Elisabeth Mariano Apresenta


Edição nº 06 - de 15 de Julho de 2002 a 14 de Agosto de 2002

Olá Leitores!

Escrever em minha própria coluna, trouxe-me uma alegria extra, causando-me surpresa. Ao dialogar com empresários, executivos de alto escalão, representantes de lideranças sobre o lançamento do Portal ESPAÇO MULHER INFORMA... deparei-me com uma distinção especial. Essa coluna já fazia parte do menu Favoritos e com naturalidade, de modo ágil, eles clicavam, demonstrando para mim, alguns um tanto tímidos e outros ponderando sobre o que escrevi, sabiam das informações do meu currículo, o que curiosamente revelava terem pesquisado e se interessado sobremaneira ao que aqui escrevo. Também foi surpreendente, que a maioria desses homens fizeram comentários sobre as esposas, filhas, secretárias para quem indicaram o site, e contavam-me que elas apreciaram muito e alguns até traziam sugestões delas para mim.

Esta sexta edição está marcada pela descoberta carinhosa e surpreendente de que muitos e importantes homens estão acompanhando-nos nesta nova caminhada, via Internet.

Espero que vocês opinem sobre o artigo referente ao que um homem precisa saber na hora de um discurso quanto à participação das mulheres na sociedade. E também sobre a ponderação intitulada: A Dor da Fome, como combatê-la.

Abraço fraternal Elisabeth Mariano.

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DICAS PARA DISCURSOS MASCULINOS SOBRE AS QUESTÕES FEMININAS

Observando que importantes conferencistas masculinos (expoentes da sociedade econômica-sócio-cultural) ao serem questionados por mulheres sobre temas que envolvam a condição feminina em suas reinvidicações, ficam um tanto "desnorteados", sem saberem como abordar este assunto.

Sugerimos que o conferencista tenha sempre em mente que este é um tema atual e importante sócio-político-culturalmente e não pode ser desprezado o conhecimento que envolve estas questões.

Procure sempre se preparar colocando algumas citações, dados estatísticos, questionamentos, valorizações sobre os aspectos políticos ou enfoques econômicos e, principalmente, deixar uma abertura para diálogos futuros sobre o tema para com a sua interlocutora.

Estas dicas são de algum modo saídas estratégicas, e não necessita ser um expert engajado em causas femininas, mas é imperdoável não saber o que dizer ou desprezar a questão, visto que ninguém mais pode ignorar este tema:

1) As mulheres no Brasil formam um universo de 52% da população e representam 40% dos trabalhadores formais, portanto, são grandes colaboradoras para o PIB nacional.

2) Que em algumas regiões do Brasil as mulheres têm mais escolaridade que os homens, isto ocorre até no ensino superior.

3) Que as diferenças salariais dentro das empresas afetam as mulheres, mesmo que exerçam o mesmo cargo que os homens, fazendo as mesmas tarefas, com as mesmas responsabilidades.

4) Que, não obstante essas diferenças, as mulheres são, também, em maior número no trabalho informal no Brasil.

5) E que são elas as que mais sofrem com a violência doméstica, discriminação e preconceito social, causando-lhes sofrimento psicológico e estresse.

Elisabeth Mariano

A DOR DA FOME, COMO COMBATÊ-LA?

Muitas vezes quando leio as estatísticas sobre a fome que afeta milhões de pessoas no mundo e, também, o quanto há de desperdício de alimentos, pergunto-me como fazer um elo entre estes dois extremos para amenizar o sofrimento de seres humanos, semelhantes a todos nós e, ao mesmo tempo, diferentes pelo abandono e sofrimento derivados da dor da fome.

Seria possível criar e treinar brigadas no combate à fome, assim como se faz para a segurança das empresas, a brigada contra incêndios?

Seria possível fazer uma gincana ou desafios para ver quem agüentaria passar mais dias sem comer, para depois descrever o que sentiu, e deste modo, vivenciar a dor da fome?

Segundo últimos levantamentos, há aproximadamente 800 milhões de pessoas famintas no mundo e que destas, diariamente, morrem 24 mil, sendo que em maior número as crianças, vítimas de desnutrição ou seja, das seqüelas da fome.

A ONU - Organização das Nações Unidas - adotou como um de seus objetivos até 2015, reduzir pela metade a pobreza mundial, o que é praticamente impossível sem a ajuda de todos, sensíveis a estas causas.

Recentemente, em Roma, ocorreu um evento com a presença de dirigentes da ONU, chefes de Estado e representantes de organizações humanitárias, para estudarem estas questões e estabelecerem projetos para viabilizar a reversão deste quadro desesperador.

Vale aqui ressaltar a importância das Campanhas contra a Fome, o voluntariado que recebe e doa alimentos, a distribuição de refeição escolar, as ações sociais que cadastram e distribuem alimentos e orientam os valores nutricionais e protéicos dos alimentos (grãos, verduras, frutas, vegetais) para as camadas mais pobres, ajudando-os de modo mais econômico a preservar a saúde física e mental sem o tormento da fome.

Elisabeth Mariano