Edição nº 09 - de 15 de Outubro de 2002 a 14 de Novembro de 2002

Olá Leitores!

Nessa edição em que queremos homenagear as nossas crianças brasileiras também estamos lançando um banner em formato de selo, que poderá ser inserido sem custo em seu site, e enviado como presente para suas pessoas amigas, que estejam engajadas nas lutas sociais do nosso Brasil.

Neste banner, com a ajuda de nossa WEB-DESIGNER, Lisi Marques, conseguimos expressar parte de nossa filosofia que reflete: "CRIANÇAS ABANDONADAS NÃO BROTAM DAS PEDRAS DAS CALÇADAS, ELAS NASCEM DE MÃES POBRES E DESASSISTIDAS". Com este pensamento queremos chamar a atenção para a preparação da maternidade e da paternidade responsável, se você concorda ou discorda, contate-nos pelo e-mail espacomulher@espacomulher.com.br.

Votos de sucesso. Abraço.

Elisabeth Mariano

Conheça o Currículo de Elisabeth Mariano.

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DIAS DAS CRIANÇAS

Não há uma criança sem ter tido uma mãe que a gerasse, por isto, mãe/criança e criança/mãe são binômios inseparáveis.

Quando se observa o consumismo para um ato comemorativo e nos deparamos com crianças escolhendo e ate exigindo seus presentes e passeios, está na hora de nos questionarmos. Será que se houvesse uma preparação sócio-político desta data para que fôssemos pais, mães, educadores, e profissionais de saúde da área infantil fazer um evento para esta garotada em que pudéssemos dar para eles o direito de opinar o que pensam sobre certos atos e fatos da atualidade que os cercam.

O que mais os preocupam ou aterrorizam? Como se comportariam se a situação deles fosse diferente, para mais ou para menos? E será que eles já têm uma preparação para cumprirem os seus deveres? Estamos preparando as crianças que só exigem direitos e como cumpririam deveres, quem os ensinaria para isso? Os responsáveis familiares, na maioria lutando pela própria sobrevivência chegam estressados, sem preparo ou condições sócio-emocionais para essa tarefa.

Os professores estão enfrentando dificuldades provocadas pela falta de estrutura das escolas, dos governos, da atualização profissional, do número excessivo de crianças nas salas de aulas, da violência que ronda os portões da escola e vez por outra sobressalta no território infanto-juvenil com a ameaça das drogas e do "salve-se quem puder".

Afinal, quem são os educadores sociais para a maioria dessas crianças que já sabem por osmose o que é ter uma fatia de pão de cada dia. E, ainda não falamos das violências a que são submetidas dentro de casa (em 45% pelas mães), além do abuso sexual e a exploração infanto-juvenil. Que Dia das Crianças ainda continuaremos a comemorar, se nos outros 364 dias do ano, as necessidades básicas e de integração social delas é ignorada, mesmo tendo o direito, e como serão cidadãos que no futuro cumprirão com os seus deveres?

Será que cada um de nós sabe que pode ser um educador ou educadora social orientando as crianças para viverem em harmonia e ajustadas no futuro em que construirão suas famílias, carreiras, e que com certeza recordar-se-ão do legado que lhes concedemos com bons exemplos, boas palavras e bons atos na Sociedade?

Será que elas poderão seguir nossos exemplos?

Elisabeth Mariano