Cientificamente há estudos que comprovam o quanto há de malefícios da banalização da violência conta a mulher quando abordadas de modo sensacionalista, ou em abordagens novelísticas etc.sem se comprometer para a solução da problemática e mobilização da sociedade civil na busca de soluções práticas e efetivas, o que leva ao sugestionamento de que é corriqueiro o crime contra as mulheres.
Esta forma de se perceber papéis e estereótipos por meio de “novelas, filmes, músicas, propagandas e anúncios, tudo enfim que apresenta a mulher como inferior ao homem, promíscua e desprovida de intelectualidade, feita para ser “dona do lar”, submissa, incapaz, etc.é o que se chama de “violência simbólica”, ou seja quilo que coisifica as mulheres, enquanto deixa as pessoas indiferentes e insensíveis para ajudá-las enaqunto vítimas de violência.
Para uma melhor compreensão recomendo o trabalho intitulado: “A Violência Simbólica da Mídia contra a Mulher” de autoria de Manuela LIRA e de Ana VELOSO (Universidade Católica de Pernambuco, Pernambuco, PE - Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Natal, RN – 2 a 6 de setembro de 2008) de qual transcrevemos apenas o resumo, indicando o link na fonte para a leitura completa:
“Este trabalho tem o intuito de analisar as relações de gênero através de valores passados e reproduzidos ideologicamente pelos meios de comunicação de massa.
O texto busca agendar, na pauta das discussões sociais, o papel da mídia como intermediador de valores culturais entre a sociedade e as instituições e, sobretudo, situar esse setor como parte responsável pela legitimação do preconceito e desigualdade entre os gêneros.
O estudo consiste em uma observação da perpetuação, através dos meios de comunicação, da violência simbólica contra a mulher, fenômeno que vem sendo, reproduzido através de instrumentos de dominação simbólicos: instituições, religiões, Estado e cultura.
As relações desiguais de gênero, determinadas pela sociedade patriarcal e enraizada na cultura dos comunicadores, fazem com que estes eximam a comunicação no direito às conquistas de igualdade e conseqüentemente pratiquem a violência simbólica.
A perspectiva abordada para erradicar a violência simbólica da mídia contra a mulher é o modelo de comunicação educacional de Paulo Freire, além das propostas de monitoramento dos meios massivos pelos observatórios da imprensa, bem como a intervenção do Estado para punir o crime simbólico.”
Leia na íntegra: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/R3-0536-1.pdf
Espero que apreciem a indicação da leitura e as noticias desta edição, envio fraternal abraço com votos de muita sorte e felicidades para você, Elisabeth Mariano.
Conheça o Currículo de Elisabeth Mariano.
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“No dia 7 de agosto, a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, completou quatro anos. De acordo com dados divulgados no dia 9, pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Fortaleza, no Ceará, mais de 500 mulheres foram assassinadas no estado entre 2006 e junho de 2010.
Para a coordenadora do Observatório da Violência Contra a Mulher (Observem), Maria Helena de Paula Frota, as cifras são preocupantes. "Os números são alarmantes porque, logo após a Lei, houve pouca redução de assassinatos, e agora, o número está crescente", afirmou.
Segundo o levantamento apresentado pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Fortaleza, em dezembro de 2007, o Ceará registrou 118 assassinatos contra mulheres, 16 a mais do que em 2006, ano em que a norma foi promulgada. Em 2008, ocorreram 93 homicídios contra a mulher e, no ano passado, 132. Até junho deste ano, já foram registrados 94 assassinatos no estado.
Maria Helena acredita que uma das explicações para esse aumento de registros de violência contra a mulher está no machismo e na falta de credibilidade nas leis brasileiras. "Ainda há a cultura machista entre os brasileiros - principalmente entre os nordestinos - e muitas pessoas não acreditam nas leis", comentou.
A pesquisadora lembra que o próprio Poder Judiciário não está imune a essa visão machista. "O Judiciário é composto, na sua maioria, por homens que muitas vezes desacatam a Lei", revela. Na opinião dela, cada caso de não cumprimento da Lei é um "ânimo" para aqueles que violam os direitos da mulher. "Muitos [agressores] são condenados, mas há aqueles que desmoralizam a Lei", enfatizou.
Porém, Maria Helena comenta que o aumento de registros de violência contra mulheres não quer dizer que a violência aumentou, mas que elas estão mais dispostas a denunciar os agressores. "As mulheres estão denunciando mais, não se subordinam tanto aos homens", destacou.
A professora ressalta que, nesse aspecto, a Lei Maria da Penha tem sido importante tanto para homens quanto para mulheres. "A Lei é uma referência porque impõe limites para os homens e garante direitos para as mulheres", observa. De acordo com ela, agora, as próprias mulheres não admitem mais a "naturalização da violência".
"As mulheres estão denunciando e processando, levando a questão adiante. Elas querem barrar a violência, não admitem mais esse tipo de opressão que é cometido por pessoas com quem mantêm relações afetivas", observou.
No dia 7 de agosto, a sociedade brasileira celebrou quatro anos da Lei Maria da Penha. Na análise da coordenadora do Observem, Maria Helena de Paula, a norma representa "um avanço na punição", entretanto, acredita que, sozinha, a Lei não será capaz de pôr fim à violência contra a mulher.
Para ela, também é necessário realizar campanhas de conscientização na mídia e nas escolas. "Precisamos de campanhas, projetos de combate ao machismo e sobre os direitos da mulher".
“Neste mês de agosto, quando se comemora o quarto aniversário da promulgação da Lei 11.340/2006 -denominada Lei Maria da Penha em homenagem a Professora Maria da Penha, uma vítima da violência doméstica que denunciou o Brasil por negligência às cortes internacionais- vários casos de mulheres brutalmente assassinadas por seus companheiros ocupam as principais manchetes dos jornais do país e da nossa mídia televisiva, demonstrando a relevância e pertinência dessa nova legislação.
Dentre esses casos, tem chamado atenção especial o da jovem Eliza Samúdio. Além do suposto mandante do crime ser um jogador de futebol de certa projeção, a forma em que a jovem foi assassinada e o corpo "desovado" vem chocando a opinião pública. Seu corpo ainda não foi encontrado, mas depoimentos colhidos pela polícia indicam que Eliza foi esquartejada, seus restos mortais jogados a cachorros e os ossos posteriormente cimentados.
Sem dúvida, esse nível de brutalidade é de causar arrepios, principalmente quando se constata que atinge várias outras mulheres, sem que suas histórias ganhem espaço na mídia por não envolverem gente dita "famosa". O que já nos revela o quanto a violência contra as mulheres no Brasil ainda é banalizada. Além disso, no caso de Eliza, como vem acontecendo também com tantas outras vítimas, estamos diante de mais uma "morte anunciada"- isto é, de mais um caso de negligência por parte dos órgãos do Estado no enfrentamento à violência contra mulheres, mesmo quando as mulheres vitimadas buscam justiça.
(... Continua leia mais no link abaixo ...)
Precisamos, sim, fazer valer nossa cidadania por inteiro o quanto antes: uma vida sem violência é um direito de todas nós, Elizas, Maria Islaines e Marias da Penha!”
Leia mais: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=50131
“O caso Eliza Samúdio tem ocupado nos últimos dias amplo espaço na mídia nacional. O país assiste boquiaberto o desfecho desse bárbaro crime. Mais uma vez a vítima é uma mulher e mais uma vez conta-se a mesma história onde a vítima passa a ocupar o lugar do algoz. A condição de mulher agredida dá lugar ao desrespeitoso status de mulher vulgar e promíscua.
Contudo, tal condução não é motivo pra espanto. Essa postura é bem típica da sociedade brasileira. Em qualquer crime contra a mulher invoca-se imediatamente sua vida privada e o julgamento acaba despencando para o lado moral. A ideologia jurídica e moral socialmente aceita continua a impor como regra as mulheres padrões de comportamento que julga como corretos.
Quem não lembra do caso Ângela Diniz? Trinta e quatro anos depois continua presente em grande parte da sociedade brasileira a atitude de naturalizar o comportamento agressivo dos homens, que acreditando ser superiores as mulheres, pensam que podem delas dispor como bem quiserem,, tratá-las violentamente e até matá-las, pois acreditam também eles que por serem homens estão acima do bem e do mal.”
(... Continua leia na integra no link ...)
“Os longos anos de experiência nos permitem afirmar que enquanto não entendermos que a violência contra mulher tem suas raízes na opressão que os homens exercem sobre elas, enquanto o Estado não assumir o seu verdadeiro papel de garantir a segurança das mulheres ameaçadas, e enquanto a sociedade continuar a legitimar a cultura machista, muitas mulheres ainda terão sacrificados seus corpos e suas vidas.
A sociedade continuará a conviver com tantos outros Brunos, homens comuns, empresários, esportistas, pseudocidadãos. Às mulheres restará apenas a dor e vergonha.”
Leia mais: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=50161
Agenda: Agosto e Setembro de 2010
Regidos pela maestrina, pianista e professora Muriel Waldman a Orquestra Laetare e os Corais Canticorum Jubilum e Vox Aeterna fazem apresentações especiais em diversos locais de São Paulo.
A Orquestra de Cordas Laetare é composta por 18 músicos (violinistas, violistas, violoncelistas e contrabaixistas) de várias idades e foi criada no início de 2007 para as apresentações do projeto "Quem tem medo de música clássica", cuja meta - através de apresentações gratuitas em escolas públicas - é levar informações a respeito da música erudita, dos ritmos, dos diferentes estilos musicais e também da vida de músico a um público distante das salas de concerto.
O Coral Vox Aeterna é uma iniciativa para a divulgação da música sacra na cidade de São Paulo e foi fundado em fevereiro de 2007. O grupo é formado por adultos já com alguma experiência em canto, apaixonados por Música Sacra e com a determinação de se aprimorar em música. Regularmente promovem cursos de leitura musical e palestras a respeito de técnica vocal. Os ensaios acontecem à noite, o que torna possível um ritmo de trabalho bastante produtivo.
E o Coral Canticorum Jubilum (a alegria dos cantos, em latim) de música erudita e folclórica - é composto por 20 vozes e é conhecido por sua divulgação da música brasileira e elevado nível técnico. O Coral também persegue uma meta social e humanitária, cantando em hospitais e casas de repouso para alento dos pacientes, além de numerosas casas de espetáculo.
Informações gerais sobre a maestrina Muriel Waldman, a orquestra e os coros:
Informações sobre as inscrições e programas: http://www.laetare.com.br e http://www.voxaeterna.org
“O objetivo é que, com o reconhecimento do Sistema Único de Saúde, as parteiras sejam cadastradas para receber qualificação. Elas aprenderiam como orientar as mães e
receberiam material para realizar o parto. Uma reivindicação é o direito à remuneração e aposentadoria.”
Leia a integra em: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5359&Itemid=1
“Dia 28 de Julho de 2010 a água potável e o saneamento ambiental foram reconhecidos pela ONU como um direito humano. Uma aberração necessária para os tempos atuais.
Muito dessa conquista se deve à Bolívia. Desde a Guerra ela água de Cochabamba quando uma multidão ocupou as ruas da cidade e retomou o serviço público de água das mãos de uma transnacional, criou-se na Bolívia um bloco de forças que seria decisivo para a chegada de Evo Morales ao poder. Evo criou o Ministério das Águas e nomeou Pablo Solón como ministro,agora embaixador junto à ONU. Foi ele quem apresentou a proposta de resolução na ONU, ratificada por vários países, finalmente aprovada com muitas abstenções.”
Leia a íntegra em: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5342&Itemid=1
Primeira oficina da Universidade Popular dos Movimentos Sociais em Porto Alegre.
“Nos dias 24 e 25 de julho de 2010 foi realizada na Faculdade de Arquitetura da UFRGS a primeira oficina da Universidade Popular dos Movimentos Sociais; Rede Global de Saberes (UPMS) no Rio Grande do Sul, com o tema: Construindo diálogos entre os movimentos sociais e a universidade.”
Leia a íntegra em: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5349&Itemid=1