Elisabeth Mariano Apresenta


Edição nº 108 - de 15 de Janeiro de 2011 a 14 de Fevereiro de 2011

Olá Leitores!

Há o que comemorar em 7 de janeiro o "Dia da Liberdade dos Cultos" e em 21 de janeiro, o "Dia Mundial da Religião"?

O mês de janeiro em seu calendário festivo traz duas datas comemorativas alusivas aos direitos de práticas religiosas diferentes.

Tais celebrações recordam-me quando um senhor que professava uma religião evangélica, a qual muito rígida em seus dogmas, viu-se na contingência de um "descasado" porque sua mulher não possuía a mesma confissão de fé, e, depois de "velha" não aceitava mais as pregações domiciliares. Assim, com filhos criados, separava-se dele para ter "paz".

Então ele buscava uma nova companhia (esposa), e ao declarar sua intenção de casamento a outra senhora, a qual havia sido educada em meios católicos, mas não era uma fervorosa praticante, obviamente, que o motivo da separação dele era o principal quesito para a decisão para uma nova união, então diante da dúvida da futura amada, este fiel cristão disse-lhe: "O que importa não é só definir o termo religião, mas sim compreender que há um conjunto de crenças que são determinantes em cada uma prática religiosa (filosofia, seitas, etc e que muitas são praticamente, apenas com denominações e atos litúrgicos diferenciados). Todas as manifestações de fé religiosa objetivam o mesmo fim, que é compartilhar junto aos adeptos e seguidores os mesmos códigos morais que permitem uma vivência humana e afável entre todas as pessoas, e, que com seus dogmas se crê e se respeita as forças sobrenaturais, divinas ou sagradas, que de alguma forma transcendental fora da esfera material, por meio de rituais considerados sagrados, influirá para o bem de todas as pessoas, gerando o amor e a preservação sábia da espécie humana.

E, que o Criador Celeste, com toda e qualquer denominação usada pelas crenças diferentes, apenas espera de cada criatura a prova do Amor Universal. E, que imaginasse haver mais de 70 milhões de "profissões de fé com rituais diferentes", mas centradas no amor e respeito humano. Que as religiões não foram criadas para separar as pessoas, mas para uní-las nas suas diferenças e fraquezas, para que se auto superassem e colaborassem para a própria evolução espiritual e moral, assim como estimulariam a evolução de seu próximo."

Ele a convenceu, porém acordaram que "ninguém buscaria converter ao outro aos seus dogmas espirituais", mas procurariam colaborar entre si em alguns rituais sociais festivos com a presença do cônjuge, que embora com religião diferente, mantinha viva a fé para viverem ainda uma grande história de amor.

Creio que este conto da vida real tem a ver com a comemoração do "Dia da Liberdade dos Cultos" e o "Dia Mundial da Religião" (de todas as Religiões) para se viver em harmonia e paz na vida conjugal, e em todas as fases e esferas da vida, louvando a uma mesma força criadora universal, que merece nossas crenças e confiança na proteção "divina", cujos rituais são apenas a transcendência de nosso amor humano na forma de amor espiritual.

Agradecemos todas as orações e boas obras que recebemos de pessoas que professam inúmeras religiões, e, principalmente, aos grupos que fazem parte do Diálogo Inter-Religioso, com aceitação de todos os rituais que praticam a fraternidade universal.

Fraternal abraço, Elisabeth Mariano

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ONU cria entidade para a igualdade de gênero e empoderamento das mulheres

As Nações Unidas fizeram história hoje, o dia em que ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres - oficialmente iniciou o seu trabalho. Esta nova e ambiciosa organização consolida e expande as ações da ONU para orientar o avanço da igualdade de gênero, oferecendo a promessa de um progresso acelerado para o cumprimento dos direitos das mulheres em todo o mundo.

Conhecida formalmente como a Entidade da ONU para a Igualdade entre os Gêneros e o Empoderamento da Mulher, ONU Mulheres surgiu de um acordo entre os Estados-Membros da ONU – com um forte respaldo do movimento global de mulheres, segundo o qual deve ser feito muito mais para que as mulheres possam exigir igualdade de direitos e oportunidades.

“ONU Mulheres impulsará consideravelmente os esforços da ONU para promover a igualdade de gênero, expandir as oportunidades e superar a discriminação ao redor do mundo”, declarou o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.

“Este é um momento de grandes esperanças”, disse a Diretora-Executiva de ONU Mulheres, Michelle Bachelet, ex – presidenta do Chile. “Estamos diante da oportunidade histórica de acelerar as conquistas daquilo que se trabalhou durante anos da parte daquelas e daqueles que advogam pela igualdade de gênero”.

Com início em 1º de janeiro de 2011, ONU Mulheres foi criada em Assembleia Geral da ONU de julho de 2010, sendo construída a partir do trabalho de quatro instâncias das Nações Unidas, cuja atuação se concentrava na igualdade de gênero e no empoderamento das mulheres:

Durante muitas décadas, a ONU fez progressos significativos na promoção da igualdade de gênero através de acordos marco, tais como a Declaração e a Plataforma de Ação de Beijing e da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres. A igualdade de gênero não é apenas um direito humano básico, mas a sua concretização tem enormes implicações socioeconômicas. O empoderamento das mulheres é um catalisador para a prosperidade da economia, estimulando a produtividade e o crescimento.

No entanto, as desigualdades de gênero permanecem profundamente arraigadas em cada sociedade. Mulheres em todas as partes do mundo sofrem violência e discriminação e estão subrepresentadas em processos decisórios. Altas taxas de mortalidade materna continuam a ser motivo de vergonha global. Por muitos anos, a ONU tem enfrentado sérios desafios nos seus esforços para promover a igualdade de gênero no mundo, incluindo a descentralização dos financiamentos e ausência de uma única instância para controlar as atividades da ONU em questões de igualdade de gênero.

Pleno funcionamento

ONU Mulheres tem duas funções principais: irá apoiar os organismos intergovernamentais como a Comissão sobre o Status da Mulher na formulação de políticas, padrões e normas globais, e vai ajudar os Estados-membros a implementar estas normas, fornecendo apoio técnico e financeiro adequado para os países que o solicitem, bem como estabelecendo parcerias eficazes com a sociedade civil. Também ajudará o Sistema ONU a ser responsável pelos seus próprios compromissos sobre a igualdade de gênero, incluindo o acompanhamento regular do progresso do Sistema.

(Fonte: http://www.unifem.org.br/ - http://www.abong.org.br/noticias.php?id=3252)

Fórum Social Mundial

Programação

A programação geral está organizada da seguinte maneira:

Atividades Expandidas

As atividades “Dacar Expandida” estarão acontecendo de 4 a 13 de fevereiro de 2011. Você e/ou sua organização podem preparar, a distância, uma ação a partir da sua cidade, bairro, escola ou trabalho com a intenção de participar do FSM 2011, mesmo não estando presencialmente em Dacar. Caso haja interesse, escreva para facilit.espaco.fsm.extendido@gmail.com com as seguintes informações: Local, data, horário, organização proponente, pessoa contato, tema, formato da atividade. Mais informações: http://openfsm.net/projects/dakar-etendu/invit/#PT

Fonte: Boletim do FSM
(Fonte: http://www.abong.org.br/noticias.php?id=3254)

Organizações têm até dia 19 para aderir aos GTs do Fórum Social de São Paulo

A lista de organizações que constituem o Coletivo de Articulação e os grupos de trabalho do Fórum Social de São Paulo (FSSP) será atualizada. Veja aqui a nova listagem construída a partir das informações das listas de presença das reuniões para organização do fórum.

Organizações que desejem ser incluídas ou excluídas devem se manifestar até 19 de janeiro, encaminhando um e-mail para fssp2011@gmail.com com as seguintes informações: nome da organização, nome do representante da organização no Fórum Social de São Paulo, tipo de alteração: inclusão ou exclusão e instância do Fórum em que a alteração deverá ser feita: Coletivo de Articulação, GT Comunicação, GT Mobilização, GT Metodologia, GT Mobilização de Recursos.

Relembramos que para fazer parte de um grupo de trabalho ou do Coletivo de Articulação do Fórum Social de São Paulo é preciso haver participado de, ao menos, uma das reuniões destas instâncias. Sendo assim, novas atualizações serão feitas futuramente, no decorrer do processo de organização.

Mais informações em http://www.forumsocialsp.org.br, e-mail: fssp2011@gmail.com, telefone: (11) 3151.2333.

(Fonte: Fórum Social de São Paulo - http://www.abong.org.br/noticias.php?id=3258)

Começa a surgir a renda básica universal na América Latina

Por Darío Montero, da IPS

La Jolla, Estados Unidos, 6/12/2010 – Argentina, Chile, Costa Rica, Uruguai e até o Brasil estão perto de criar uma renda mínima universal, ou cidadã, sem condicionamentos e, assim, darem o salto do sistema básico de proteção social ao de bem-estar, afirmou Martín Hopenhayn. “A premissa é que o cidadão, como tal, tem direito a uma subsistência mínima”, explicou o diretor da Divisão de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), para quem este sistema é a forma de “fazer transferências sérias” para os setores mais vulneráveis e assim reduzir a desigualdade.

Contudo, para sustentar essa transferência falta uma reforma profunda no sistema fiscal, disse Martín à IPS durante o seminário organizado pela Cepal no final de novembro na cidade norte-americana de La Jolla, como encerramento dos cinco anos de seu projeto “Experiências em Inovação Social”. As condições para garantir uma renda mínima parecem consolidar-se, segundo o recente informe anual Panorama Social da América Latina e do Caribe divulgado pela Cepal, com a pobreza em franco retrocesso apesar da grave crise global que hoje atinge a Europa e os Estados Unidos.

IPS: Como avalia a situação social regional após os cinco anos de bonança, interrompida pela crise global de 2008?

MARTÍN HOPENHAYN: Comparado com as décadas de 1980 e 1990, há uma clara melhora dos indicadores sociais. Em 2002, a pobreza afetava 44% da população regional, e hoje passou para 32,1%. A criação de empregos e o aumento da renda familiar por salários e programas sociais romperam a paralisação ou tendência contrária de décadas. Embora pareça incrível devido à tremenda crise que sofremos, também foi verificado um retrocesso geral da pobreza e da indigência, ainda que pequeno, em 2009 e este ano. Os governos adotaram – ao contrário do passado – critérios contracíclicos diante das crises e começaram a investir e proteger o emprego e a renda das famílias pobres. Outro ponto positivo neste tempo de mudanças é que pela primeira vez em muitíssimos anos foi registrada uma melhoria na distribuição da riqueza, embora continue sendo a região mais desigual do mundo. No entanto, o índice Gini melhorou em quase todos os países, especialmente Brasil e Venezuela.

IPS: Por que a desigualdade é o osso mais difícil de roer, apesar da instalação de governos de esquerda que têm essa premissa em seus programas?

MH: O maior problema é que há muita dificuldade para reduzir brechas salariais, em parte pela alta incidência do setor informal da economia, onde, apesar de avanços, ainda trabalha metade da população urbana. Além disso, ainda subsiste desprezado um aparato produtivo muito grande, sem acesso a mercado e com baixa especialização.

IPS: Também o crescimento se baseia nas matérias-primas, que não geram muito emprego...

MH: Aí existe um dilema muito grande. O notável aumento dos preços internacionais das exportações agrícolas e de recursos naturais é um grande aliado para o crescimento de muitos países, como Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, mas o problema é que são áreas que geram poucos empregos e são concentradoras de riqueza. O grande desafio para a região é diversificar a produção de riqueza.

IPS: Além disso, o aumento dos preços agrícolas é replicado no mercado interno...

MH: Este é um grande problema. Neste período analisado, poderia ter baixado ainda mais a extrema pobreza não fosse a inflação nos preços dos alimentos, pois com eles o setor social gasta toda sua renda. Há casos excepcionais, com o da Argentina, onde o governo desatrelou os preços internos dos internacionais em um alimento básico para este país como a carne bovina.

IPS: Mas essa política foi muito criticada dentro e fora da Argentina...

MH: É um dilema. Mas devo dizer que a Argentina não teve um impacto muito negativo em suas exportações por causa dessa medida e, por outro lado, melhorou a posição interna.

IPS. O que a Cepal recomenda aos governos para combater a desigualdade, quando se prevê um novo período de bonança?

MH: A primeira recomendação é que atentemos para o aspecto fiscal. A América Latina tem, em média, uma carga tributária em torno de 17% do produto interno bruto, que é muito baixa. No México, por exemplo, não passa dos 12%. E pior, a estrutura de impostos que, ao contrário da Europa, são indiretos, é muito injusta, porque faz com que todos paguem igual, ricos e pobres. São tributos sobre consumo. Por outro lado, são muito baixos os cobrados sobre a renda das pessoas e o lucro dos empresários, além de haver muitas isenções. Então, uma reforma no sistema tributário é vital. A combinação de crescimento econômico com uma carga fiscal maior e mais distribuída se traduz em aumento de recursos para as políticas sociais. Para fazer transferências sérias, desde o social.

IPS: Isto é, um aumento maior do gasto social?

MH: Atualmente, a transferência para os setores pobres, com planos como o Bolsa Família, no Brasil, ou o Oportunidades, no México, é de apenas 0,5% e 0,6% do PIB. Continua sendo muito baixo, apesar do esforço. O que acontece se transferirmos recursos para todas as famílias com certo grau de vulnerabilidade social que as coloquem acima da linha de pobreza? Isso permitirá um desenvolvimento positivo da infância, melhorando rendimentos na educação e reduzindo a desnutrição. Isto é, encaminhar a situação para romper a reprodução intergerações da pobreza, da exclusão e da desigualdade.

IPS: A opção é criar uma renda mínima para as famílias, mas sem as contrapartidas exigidas hoje?

MH: Existe uma grande discussão na região quanto a passarmos ou não dos programas de transferência condicionada para uma renda cidadã. Até agora têm sido contraprestações e valores muito baixo. O condicionamento tem uma certa lógica. Mata dois pássaros com um tiro: as famílias têm mais renda e, por outro lado, os filhos têm maior continuidade na educação. Porém, outra vez o exemplo brasileiro nos mostra que o programa Bolsa Família melhorou a renda, mas não alterou a escolaridade da infância, porque já é quase universal no ensino primário. A questão é se vamos passar do sistema básico de proteção social ao de bem-estar, e aí está o conceito de renda cidadã. Precisamos ver quais economias da região estão em condições de avançar para uma renda mínima garantida. A premissa é que ao cidadão, como tal, lhe corresponde uma subsistência mínima.

IPS: Quais países estão em condições de fazê-lo?

MH: Devem ser combinadas pelo menos quatro variáveis: a renda por pessoa produto da capacidade produtiva do país, a carga tributária, a cobertura da previdência social e o nível educacional médio. Neste plano, os que parecem mais próximos são Chile, Argentina, Uruguai e Costa Rica, embora o Brasil não esteja tão longe. Envolverde/IPS

(Fonte: IPS/Envolverde - http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=84380&edt=1, 13 de janeiro de 2011)

Cristovam vai pedir novamente uma CPI da Educação

Intenção é apurar as causas que impedem o avanço na qualidade da Educação no ritmo exigido pela sociedade atual

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pretende reapresentar requerimento para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação tão logo o Senado retorne às atividades, em fevereiro. A intenção, informou o senador, é apurar as causas que impedem o avanço na qualidade da educação no ritmo exigido pela sociedade atual.

Cristovam disse à Agência Senado nesta quinta-feira (13) que já havia conseguido as assinaturas necessárias e a CPI da Educação foi criada pela Mesa diretora, em 2008. No entanto, lembrou, por solicitação do ministro da Educação, Fernando Haddad, os senadores da base aliada retiraram suas assinaturas do requerimento e a CPI foi arquivada.

- Na mesma noite [em que foi instalada], o ministro pediu aos senadores a retirada das assinaturas e a CPI foi assassinada - disse Cristovam.

Ex-ministro da Educação e ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Cristovam disse esperar que o ministro Haddad entenda que a CPI não é contra o governo. Na avaliação do senador, é necessário fazer uma retrospectiva dos 500 anos em que a educação ficou "relegada" no Brasil.

Para ele, a melhoria na área educacional que tem acontecido no país está muito aquém das necessidades, uma vez que a cada dia é exigida mais qualificação do profissional. Ele observou que o crescimento econômico de um país atualmente acontece por meio do desenvolvimento tecnológico, o que requer investimentos nas escolas.

- [O sistema educacional] mudou muito pouco. Estamos avançando e, ao mesmo tempo, ficando para trás. Isso acontece porque os outros países avançam mais do que o Brasil e porque as exigências hoje são maiores - argumentou o senador.

Iara Farias Borges / Agência Senado

(Fonte: Agência Senado - http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/12815/cristovam-vai-pedir-novamente-uma-cpi-da-educacao)