A responsabilidade da edição nº 12 aumentou com a entrada em vigor do Novo Código Civil Brasileiro, em 11 de janeiro, pois foram muitos os questionamentos que nos fizeram para saber nossa opinião.
Pessoalmente, creio que estava na hora da substituição, em atenção às necessidades atuais da sociedade e, principalmente, para que haja uma justiça em prol das partes mais fracas.
Algumas inovações assim apresentadas por alguns segmentos da área de comunicação, já eram adotados em algumas decisões judiciais, por exemplo, pensão alimentícia (das ex-companheiras para os homens que não tenham condições de auto-sustento, por doença grave, física ou mental), por período determinado ou indeterminado.
Também quanto à adoção do sobrenome da mulher, já haviam homens que optavam por isso durante o casamento. Entretanto, as mudanças que se referem ao regime de bens no casamento e a guarda de filhos não preferencial apenas para a mãe, na dissolução conjugal, são fatores novos. Além da maioridade civil para os filhos e filhas aos 18 anos, são decisões que trarão algumas alterações e adaptações nas famílias.
Quanto às questões expressivas de "chefe de família", que são eliminadas regularizam o que já ocorria de fato, a igualdade entre marido e mulher na condutividade da vida familiar. O fim da "lei do mais forte" é algo que esperamos que possa realmente ocorrer para que haja uma justiça mais social, proporcionando mais chances para os que não dispõem de serviços de advocacia de plantão.
Além do Novo Código Civil Brasileiro ter uma característica mais humanitária nos seus 2.046 artigos, esperamos que o aparato jurídico público se ajuste, de modo a orientar e defender "a parte mais fraca", efetivamente, cumprindo a nossa Constituição Federal, que "reza o acesso à Justiça para todas as pessoas, sem distinções e preconceitos".
Assim sendo, esperamos que o novo ano que chega com as novidades civis traga para todos nós, homens e mulheres brasileiros, muita sorte e oportunidades de realizações bem sucedidas.
Mas como diz um velho adágio: "O homem põe e Deus dispõe", por isto, invocamos a disposição divina para o que for melhor para todos nós, povo, instituições e governos.
Abraço.
Elisabeth Mariano
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Perguntei-lhe: - Quem é você mulher, com 36 anos de idade, obesa com 75 kg e 1m e 48 cm de altura?
Ela respondeu-me: Sou Duda, uma obesa feliz e amada pelas crianças. Sim, ela é realmente, uma monitora de crianças nas festas infantis, único lugar que conseguiu trabalhar coma sua formação de pedagoga, além de ser dona de um rosto bonito e sorridente.
Ela conta que quando criança, na escola sentiu muita tristeza porque seus colegas caçoavam e hoje (sorri!) é amada pelas crianças, sendo tia, e muito mais obesa.
Duda se define como um pouco teimosa, alegre, brincalhona, com bom relacionamento com as pessoas, porém, sente-se incomodada porque não consegue paquerar, pois os homens são muito preconceituosos.
Ela freqüenta bares de jovens, dança (de salão) faz ginástica (aeróbica, natação, caminhada), dirige carro, usa computador, estuda, não tem preferência por moda e não faz tratamento psicológico.
E diz, eu fiquei assim, porque tenho distúrbios hormonais (somente ocorre a menstruação se tomar os remédios) trata com ginecologista e endocrinologista, e no quadro de sua família, mãe e pai têm registro de obesidade.
Aos 8 anos menstruou pela primeira vez, aos 10 pela segunda vez, e somente aos 12 anos, por ultra-som, descobriu-se o porquê, passando a tomar hormônios (anticoncepcional), já fez duas cirurgias de varizes por causa do excesso de peso.
Qual a solução, se ela existe, para corrigir a sua obesidade, perguntei-lhe e ela respondeu:
- Eu gostaria que tivessem hormônios que corrijam o meu problema dos ovários, mas que não tivessem o efeito colateral de provocar a obesidade, este é o desafio e a minha esperança.
Assim é a vida e o sonho da amada Duda, obesa e feliz!
Aguarde na próxima edição reportagem completa sobre obesidade!
Elisabeth Mariano
Violência é tudo aquilo que traz constrangimento físico ou moral a outrem, segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
E o que pode ser mais violento do que se agredir uma pessoa para que ela não busque o recurso da Lei na sua defesa? Agressão moral são todas aquelas palavras, atos e julgamentos que promovem o isolamento, a dúvida, o abandono, o temor para que a pessoa, psicologicamente, enfraquecida não tenha sequer forças e confiança para buscar a defesa jurídica.
Daí a minha crença, que as instituições possam criar sistemas humanizados, para compreenderem as fragilidades de uma alma ou psique(!) fragmentada pela violência psicológica.
Muitas vezes, dizer não à violência e comemorá-la em sua data festiva, em 30 de janeiro, é incentivar ao indivíduo para buscar sua defesa de honra, dignidade, direitos e informar-lhe que não é apenas um dever legal, um ato de cidadania, um combate à impunidade, é sim, e também, uma obrigação moral e espiritual.
Ao citar o campo espiritual, busco o conceito de religião no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa e encontro a definição: "crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, considerada(s) como criadora(s) do Universo, e que como tal deve(m) ser adorada(s) e obedecida(s), e, a manifestação de tal crença por meio de doutrina e ritual próprios, que envolvem, em geral, princípios éticos". Temos no Brasil e na América Latina uma multi-religiosidade, advindas das mais variadas origens étnico-raciais, a exemplo das mais tradicionais, temos as advindas dos indígenas e dos africanos até as cristãs, islâmicas, budistas, hebraicas, esotéricas etc.
O tema religião é algo polêmico e até conflitivo em meio a grupos, que não reconhecem o direito de escolha de outras crenças que não as suas.
Daí, surgem os conflitos, preconceitos, discriminações, indiferenças, intolerâncias e perseguições que maculam a democracia religiosa e ferem os direitos humanos.
Somente com a prática da solidariedade, respeito a pluralidade e diversidade, com a abertura ao diálogo é que se promoverá a paz e a felicidade entre os povos e nações, ensinando e promovendo a não-violência entre os seus adeptos, seguidores e fiéis.
Elisabeth Mariano