Promover a cultura da paz, buscar reduzir a violência por meio de ações integradas, envolvendo a área da educação, e da saúde, e a comunidade da região de Itaquera, forma os principais objetivos, que sem dúvida atingiu pleno êxito pela dedicação dos servidores municipais, e, pela aceitação e adesão das lideranças e moradores, principalmente das mulheres, que sem dúvida, querem o que possa haver de melhor para a segurança de seus filhos/suas filhos e neto/netas…
Parabéns a quem implementou o “Projeto Segurança Humana” no dia a dia, e também para quem o planejou, e acompanhou o desenvolvimento de todas as etapas.
Para saber mais convido você para ler a notícia abaixo.
Nas férias tão merecidas para alguns, e no aquecimento das lareiras e estufas, caldos e sopas quentes, com a família e amigos reunidos para enfrentar o frio, em pleno julho, trazemos algumas dicas para o seu lazer.
E, notícias sobre a evolução da educação indígena no Brasil, que muito orgulham, afinal é muito triste nas grandes capitais ver indígenas (maioria mulheres) em calçadas infectas e a mercê da violência urbana, com suas crianças expostas, vivendo da mendicância, ou da venda de uns poucos artesanatos, pela falta de políticas públicas adequadas, e controle para que sejam tratados com toda a dignidade humana, garantida em seus Direitos Humanos e na Constituição brasileira.
Receba o agradecimento eterno por sua colaboração e apoio, com um fraternal abraço. Elisabeth Mariano
Conheça o Currículo de Elisabeth Mariano.
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“Após três anos de intensas atividades, o Projeto Interagencial Segurança Humana chegou ao fim. Em uma cerimônia de encerramento no CEU de Aricanduva, no dia 26 de junho, representantes das agências participantes das Nações Unidas, das Secretarias parceiras da Prefeitura de São Paulo e da comunidade se reuniram para comemorar os êxitos alcançados e oficializar a conclusão do projeto. As atividades continuarão acontecendo sob responsabilidade das Secretarias e da comunidade.
O Projeto Segurança Humana teve o início de sua implementação em 2008, com o objetivo de promover a cultura da paz e reduzir a violência por meio de ações integradas nas áreas de educação, saúde e ação comunitária na região de Itaquera, zona leste de São Paulo. A região possui uma população de aproximadamente 520 mil pessoas e foi escolhida pela vulnerabilidade social.
Segundo dados da Fundação Seade para a subprefeitura de Itaquera, ocorreram 235,5 mortes por agressões e homicídios para cada 100 mil jovens de 15 a 24 anos no período de 2000 a 2002.
A iniciativa foi idealizada e coordenada por quatro agências das Nações Unidas: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); Organização Pan-Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde (OPA/OMS); Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF); e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Os recursos para viabilização das ações foram garantidos pelo Fundo das Nações Unidas para Segurança Humana – UNHSTF.
As atividades aconteceram em parceria com as Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência e Desenvolvimento Social do município de São Paulo (SP).
De acordo com a Representante Auxiliar do UNFPA, Taís Santos, “este
foi um trabalho interagencial de fato. Apesar das atividades terem
aparência de estruturas individualizadas, o planejamento de todas elas
foi feito em conjunto e com muita integração”. Saiba mais clicando aqui.
13 de julho de 2012
“A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, assinou edital - publicado no dia 10 de maio -, tornando pública a abertura do processo para indicação dos membros que vão compor a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) no biênio 2013/2014.”
Leia mais http://www.cultura.gov.br/site/2012/05/10/cnic-20132014-2/
“Candidatos brasileiros ou estrangeiros têm até o dia 30 de julho para inscrever seus trabalhos no concurso de monografias Prêmio Casa de Rui Barbosa 2012, promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), instituição vinculada ao Ministério da Cultura.”
Leia mais: http://www.cultura.gov.br/site/2012/07/11/premio-casa-de-rui-barbosa-2012-3/
Centro Brasileiro de Estudos da América Latina comunica que estão abertas as inscrições para o Curso de Extensão “América Latina: revendo a arte, a política e os movimentos sociais”.
Metodologia: a base didático-pedagógica deste curso estará concentrada na apresentação e análise de trabalhos imagéticos (filmes, documentários, depoimentos das personagens que fizeram a história recente da América Latina etc.).
As aulas serão ministradas por Waldenyr Caldas, professor da ECA - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - USP, onde leciona as disciplinas Realidade Sociopolítica Brasileira e Teoria da Comunicação.
De 21 de agosto a 27 de novembro de 2012 (14 aulas, às terças-feiras, das 19h às 22h)
Taxa única de inscrição: R$ 200,00
De segunda à sexta, das 10 às 18 horas, no Anexo dos Congressistas / CBEAL - Memorial da América Latina. Vagas limitadas. Serão concedidos certificados aos alunos com presença igual ou superior a 75% da carga horária. Caso não se atinja o número mínimo das inscrições necessárias para a sua realização, o curso poderá ser cancelado, com a taxa de inscrição sendo devolvida integralmente.
Conteúdo programático e informações adicionais: poderão ser obtidos no site http://www.memorial.org.br, ou pelo e-mail: cursos@memorial.sp.gov.br e telefone (11) 3823-4780.
“A Fundação Memorial da América Latina apresenta a sétima edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. Como nos outros anos, a entrada é franca para todas as sessões. O Festlatino reúne as novidades da cinematografia da região, trazendo obras inéditas no Brasil e selecionadas – algumas delas premiadas – em importantes festivais como Berlim, Cannes, Havana, entre outros. Serão exibidos mais de 70 filmes, com as presenças de mais de 30 convidados.”
Programe-se: http://www.memorial.org.br
Serviço:
13 a 19 de julho de 2012
Memorial da América Latina – Av. Auro S. de Moura Andrade 664, Barra Funda
Cinesesc – Rua Augusta 2075, Cerqueira Cesar
Cinemateca Brasileira – Largo Senador Raul Cardoso 207, Vila Mariana
Entrada franca
“Em sua 22ª edição, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo já está com vendas abertas para ingressos antecipados. Com expectativa de receber 800 mil pessoas, o evento movimenta o turismo na capital paulista.
Sob o tema "Livros transformam o mundo, livros transformam pessoas" a edição deste ano que ocorre entre os dias 9 a 19 de agosto irá homenagear o autor baiano Jorge Amado, o dramaturgo Nelson Rodrigues e a Semana de Arte Moderna de 1922.
Uma mescla de literatura, diversão, negócios, gastronomia e cultura, o evento será realizado no Pavilhão de Exposições do Anhembi (zona norte de São Paulo) de segunda a domingo, das 10 às 22 horas.
O espaço de 30 mil m² será compartilhado por 400 expositores, incluindo editoras, empresas patrocinadoras e entidades do setor. E com foco em diferentes públicos, a Bienal irá contar com sete áreas temáticas.
No Salão de Ideias, convidados vão debater assuntos ligados ao tema do evento. No espaço Gourmet, serão realizados encontros que unem os temas gastronomia e literatura. Já Telas e Palcos é dedicado a lançamentos envolvendo autores, dramaturgos, cineastas e músicos. Há, ainda, um espaço para crianças e um para os jovens. Professores e quem trabalha no mercado literário também contam com uma área especial.”
As entradas custam R$ 12 (inteira) e podem ser adquiridas no site http://www.bienaldolivrosp.com.br
“No dia 27 de junho, foi realizado um Ato Público em homenagem ao educador Paulo Freire, que em 13 de abril deste ano, recebeu o título de Patrono da Educação Brasileira, de acordo com a Lei nº 12.612/2012, de iniciativa da Deputada Federal Luiza Erundina. O evento ocorreu no auditório da TV Câmara.
Natural de Recife (PE), Paulo Freire formou-se em direito pela Universidade do Recife (atual Universidade Federal de Pernambuco) e tornou-se professor de português e pesquisador da área de educação. Uma de suas grandes contribuições para o ensino no país foi a criação do método de alfabetização de adultos, uma prática simples e revolucionária. Também, foi um dos fundadores do Movimento de Cultura Popular, que trabalha diferentes conceitos de cultura com vistas a oferecer à população carente a oportunidade de aprendizado, por meio de praças e núcleos de cultura.
A arte de ensinar o povo a ler e a ter consciência de sua realidade de opressão, trouxe uma enorme insatisfação por parte do regime político vigente, Paulo foi perseguido pela ditadura militar e obrigado a exilar-se no Chile. Naquela ocasião, escreveu um dos seus mais famosos livros, a “Pedagogia do Oprimido”. Após 16 anos de exílio, retornou ao Brasil e continuou seu trabalho como professor e pesquisador na PUC de São Paulo.
Atuou como Secretário Municipal de Educação da cidade de São Paulo durante dois anos e meio na gestão da então prefeita Luiza Erundina, neste período, implantou o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), fundamentado nos princípios filosófico-político-pedagógicos, com o objetivo de instruir o educando a identificar a realidade na qual está inserido, dando-lhe ciência da importância de sua atuação no contexto.”
Foi-se o tempo em que a universidade brasileira estava de costas para a América Latina. No dia 26 de junho na Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, no auditório do Centro Sócio-Econômico (CSE), foi lançado o livro América Latina no limiar do século XXI, com oito artigos sobre o tema.
A obra é resultado do projeto Encuentros 18h30min, coordenado pelo professor Lauro Mattei, do curso de Economia e membro do Instituto de Estudos Latino-Americanos (Iela). Lauro é também organizador e coordenador do livro que traz oito importantes artigos sobre América Latina.
Todos os temas formam um instigante mosaico da realidade latino-americana e os desafios que ainda precisam ser enfrentados e vencidos. Além disso, traz a semente de uma forma de justiça, a comunitária, que se espalha por toda a América, cimentando o protagonismo popular.
Atualmente, todas as aldeias indígenas no estado possuem escolas implantadas e todas as crianças indígenas estão matriculadas e frequentando as aulas
“A Educação Indígena no Acre está em dia com suas crianças. É o que garante a coordenadora do setor na Secretaria de Estado de Educação e Esporte do Acre (SEE), Socorro Oliveira. Atualmente, todas as aldeias indígenas no Estado possuem Escolas implantadas e todas as crianças indígenas estão matriculadas e frequentando as aulas.
De acordo com dados do Censo 2011, são 182 unidades educacionais, das redes municipal e estadual, instaladas em Terras Indígenas (TI’s) ou em áreas de processo de demarcação. Os povos indígenas estão concentrados em 36 TI’s, com exceção daquelas habitadas por índios considerados isolados.
“São 120 Escolas estaduais localizadas nos municípios de Manoel Urbano, Assis Brasil, Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, e Porto Walter, parte em Marechal Thaumaturgo, Jordão e Santa Rosa do Purus. Em conformidade com a legislação vigente, os municípios de Jordão, Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa do Purus assumem, em regime de colaboração com o Estado do Acre, 62 Escolas e, mais recentemente, Mâncio Lima implantou uma Creche para atender a Educação infantil de Alunos Puyanáwa”, disse Socorro Oliveira através de mensagem enviada por e-mail a reportagem.
Ao todo, são atendidos 7.192 Alunos indígenas, com aulas ministradas por 443 Professores. A coordenadora explicou que, “a SEE, visando atender a demanda de Educação do povo Jaminawa, acolhe as Escolas localizadas em área do vizinho estado do Amazonas, porém, por meio de acordo tácito com o Amazonas, as matrículas estão no Censo do Acre”.
Socorro ressaltou o fato da dispersão geográfica das aldeias, associada à baixa densidade populacional, exigir a instituição de uma política educacional que assegure as demandas apresentadas pelas comunidades. “O que justifica, por exemplo, que tenhamos uma média de 17 Alunos por Professor, abaixo do número indicado pela legislação”, disse.
A coordenadora comentou também que este ano, provisoriamente, foram contratados 364 Professores indígenas e que a SEE institui comissão para tratar do concurso público para atender as Escolas indígenas.
“Os contratados estão amparados pelo Parecer nº 143/2011, emitido pela Procuradoria Geral do Estado – PGE, tendo por base a legislação nacional. No que se refere ainda à contratação de Professores indígenas, a SEE instituiu uma comissão considerando a especificidade da modalidade de Ensino, principalmente a que trata o artigo 8º da Resolução n. 03/99, que estabelece que ‘a atividade Docente na Escola indígena será exercida, prioritariamente, por Professores indígenas oriundos da respectiva etnia’”.
A coordenadora Socorro Oliveira destacou que a Secretaria tem convênios em andamentos com recursos do Ministério da Educação e Cultura (MEC)/Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). E negou que ocorra devolução de subsídios.
“Não temos nenhuma informações referente à devolução de recursos. As ações de dois dos convênios estão sendo concluídas, referente à publicação de material e construção de 22 Escolas com uma sala de aula cada. Temos convênio posterior a este, também, em andamento, referente à formação inicial e continuada de Professores indígenas e à formação de técnicos que atuam na coordenação indígena em Rio Branco e no interior do Estado”, disse.
Ela ressaltou que todas as ações de Formação Inicial e Continua têm orçamento, mas o recurso ainda não foi disponibilizado para a Secretaria de Educação.
“A previsão de execução é entre os anos de 2012 e 2013. No mês passado foram enviados, por meio do Simec (Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle), projetos com orçamento para os próximos 4 anos para a construção de 49 Escolas de uma sala de aula e Formação Inicial e Continuada dos Professores”, avisou Socorro Oliveira.
Na última quarta-feira, a SEE anunciou que o MEC aprovou o projeto para a construção das novas unidades Escolares, que serão instaladas em 10 dos 12 municípios do Acre que possuem Terras Indígenas. Segundo a Secretaria, cada unidade Escolar custará mais de R$ 60 mil, somando cerca de R$ 4 milhões em investimentos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O Ministério Público Federal (MPF) no Acre designou uma audiência pública para debater e buscar soluções para os principais problemas encontrados na Educação Escolar Indígena no Estado. A sessão foi realizada no auditório da Justiça Federal, em Rio Branco na quarta-feira, 11, e ontem, 12.
Participaram do encontro, além do MPF/AC, membros da Justiça Federal, lideranças indígenas, do Ministério da Educação (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão), da Universidade Federal do Acre (Ufac), do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Secretaria de Estado de Educação (SEE), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Controladoria-Geral da União (CGU).
“Existem inúmeras deficiências na prestação desse serviço, que é essencial e de absoluta prioridade porque é dirigido à criança e ao adolescente. Ouvimos diversas entidades durante esses dois dias para fazer uma abordagem desse tema de uma maneira mais ampla possível”, afirmou o procurador da República, Ricardo Gralha, que listou algumas deficiências identificadas no setor.
“São Escolas em precário estado de conservação, merendas que não chegam à Escola, transporte Escolar inadequado. Todos esses temas vêm sendo discutidos com bons encaminhamentos e compromisso dos gestores em regularizar essas situações”.
O procurador declarou ainda que é preciso primar pela qualidade da Educação Escolar indígena oferecida para as crianças e adolescentes daqueles povos nativos. Ele destacou que a execução do serviço no Acre é essencialmente prestada pelo Estado.
“Existem alguns municípios que prestam o serviço, mas em essência a maioria das Escolas está sob a responsabilidade do Estado do Acre e a execução da política pública, sob a tutela do Governo do Estado”, afirmou Ricardo Gralha.
Para Ninawá Huni Kui, um dos caciques que lidera o movimento indígena no Estado, a realização do encontro é resultado das reivindicações promovidas pelos povos recentemente, que inclusive resultou, no mês de maio deste ano, em uma viagem da maior caravana indígena do Acre, composta por cerca de 40 integrantes, até Brasília, onde passaram por diversos órgãos federais buscando repostas para os problemas que afligem suas comunidades.
“É importante que cheguemos a um entendimento, comunidade, gestores, representantes do judiciário. Estamos aqui fortalecendo a discussão da abertura de 3º grau para indígenas e que possamos encontrar resolução para os problemas que assolam as comunidades, como a construção das Escolas. Queremos saber onde estão construídas essas Escolas porque a maioria das comunidades está necessitando de Escolas. Todas as crianças estão matriculadas, com exceção algumas que não tem documento, mas em situações precárias. Hoje contamos uma minoria de unidades com cinco salas, que são as Escolas padrão do Estado”, analisou.
No dia 10 de maio deste ano, a Câmara de Educação básica do Conselho Nacional de Educação aprovou o Parecer nº. 13/2012, que fundamenta a Resolução que define as ‘Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação básica’.
“A legislação educacional procura atender as mudanças socioeducacionais e as alterações ocorrem quando se fazem necessárias. O Parecer CNE/CEB nº 13/2012, buscou fundamentação em vários documentos que têm força de lei, que já são orientadores da política de Educação Escolar indígena no Acre e restante do país, que são: OIT, Resolução 03/99, Constituição Federal, LDB 9394/96, Parecer 14/99, I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena”, disse Socorro Oliveira.
Segundo o texto de apresentação, “as diretrizes curriculares são resultado do protagonismo indígena, da ação de indígenas que estão tanto nas comunidades como em espaços estratégicos: Secretarias Municipais e Estaduais de Educação, no Conselho Nacional de Educação – CNE, motivados pela necessidade e avança sobre questões que a legislação anterior não atendia plenamente no que se refere ao oferecimento da Educação infantil, Fundamental, Médio, Ensino Especial, Educação de Jovens e Adultos – EJA e Educação Profissional e Tecnológica”.
“Com isso, assegura uma Educação Escolar indígena que esteja de acordo com os anseios apresentados pelos povos indígenas. Entre esses anseios, estão ações efetivas de revitalização e manutenção cultural, assim como acesso às informações que fortaleçam a gestão dos territórios em que vivem”, comentou a coordenadora.
Ela lembrou que desde o ano de 2000, a SEE iniciou o processo de formação inicial de Professores indígenas, acompanhamento pedagógico às Escolas indígenas, elaboração de projetos arquitetônicos das Escolas, a produção de material didático diferenciado, elaboração de Projetos Políticos Pedagógicos.
“São ações necessárias à efetivação da Educação Escolar indígena Acre, cuja concepção resulta de reuniões comunitárias realizadas com participação de idosos, lideranças indígenas, além dos Professores em espaços de discussões ocorridas dentro e fora das aldeias”, completou.”
Para participar, os candidatos terão que comprovar domínio da língua indígena guarani mbya, além de ter declaração expedida pela Funai de que pertencem à etnia Guarani e/ou de que residem em terras habitadas por integrantes da comunidade
“A Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) vai contratar 12 professores indígenas da etnia Guarani, para reforçar a equipe dedicada aos anos iniciais do ensino fundamental nas unidades escolares indígenas pertencentes à rede. Os docentes vão assumir as turmas no segundo semestre deste ano. As inscrições ocorreram de 12 a 13 de julho.
Para participar, os candidatos comprova domínio da língua indígena guarani mbya, além de ter declaração expedida pela Fundação Nacional do Índio (Funai) de que pertencem à etnia Guarani e/ou de que residem em terras habitadas por integrantes da comunidade.
De acordo com a assessora especial da Superintendência Pedagógica da Seeduc, Inês dos Santos da Silva, o conteúdo programático nas unidades indígenas é semelhante ao das escolas regulares, mas é contextualizado com a realidade local, os costumes e tradições da etnia.
“Nós fazemos reuniões periódicas com as lideranças indígenas locais para ver de que forma tudo isso pode ser contextualizado e adaptado à cultura deles. Então, os alunos têm, por exemplo, aula de matemática e de português, mas nesse processo também são abordados transversalmente os hábitos alimentares e a religiosidade própria”, explicou.
Segundo ela, as aulas são ministradas em português, mas há situações em que o professor precisa se comunicar em guarani, já que há palavras que não têm tradução. “Além disso, é comum os alunos se comunicarem entre si e com o professor em sua língua própria. Para eles, é natural”, contou.
De acordo com Inês dos Santos da Silva, a estrutura física das unidades de ensino, que são construídas pelos moradores das aldeias, também segue padrões típicos. “Elas não têm o aspecto retangular com o que estamos acostumados, mas um formato sextavado, além de telhados e janelas feitos de madeira. Nas paredes também há pinturas características da etnia”, acrescentou.
A rede estadual conta com três unidades de ensino indígenas: a Escola Indígena Estadual Karai Kuery Renda, localizada na Aldeia Sapukai, em Bracuí, distrito de Angra dos Reis, na costa sul fluminense; e as salas de extensão Karai Oka, na Aldeia Araponga, em Paraty, e Tava Mirim, na Aldeia Itatiim, em Paraty Mirim, ambas também na costa sul fluminense.
De acordo com a assessora especial da Seeduc, as unidades atendem aproximadamente 180 alunos e contam com uma equipe de seis professores.
Para se inscrever no processo seletivo, os interessados devem preencher o formulário no site da secretaria. Caso o candidato não tenha acesso à internet, a inscrição poderá ser feita nas coordenações de Gestão de Pessoas das regionais Médio Paraíba (Rua São João, 651, São João, Volta Redonda) e Baixadas Litorâneas (Rua José Clemente, 17, centro, Niterói).
Segundo o Centro de Assessoria Intercultural Kondó, associação civil sem fins lucrativos que desenvolve projetos educativos e culturais entre os guaranis de Angra dos Reis, atualmente vivem cerca de 35 mil índios dessa etnia no território brasileiro e cerca de 90 mil na Bolívia, Argentina e no Paraguai.”