Elisabeth Mariano Apresenta


Edição nº 133 - de 15 de Fevereiro de 2013 a 14 de Março de 2013

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Dia 25 de fevereiro - dia da criação do Ministério das Comunicações

Dia 16 de fevereiro - Dia do Repórter

“O Ministério das Comunicações (MiniCom) completa 46 anos de existência, foi criado no dia 25 de fevereiro de 1967, por meio do decreto-lei nº 200. É o órgão do Poder Executivo Federal encarregado da elaboração e do cumprimento das políticas públicas do setor de comunicações. Tem como missão proporcionar à sociedade brasileira acesso democrático e universal aos serviços de telecomunicações, radiodifusão e postais, privilegiando a redução das desigualdades sociais e regionais, o desenvolvimento industrial-tecnológico competitivo, a expansão do mercado de consumo de massa e a gestão sustentada do meio ambiente.

Suas atividades abrangem:

(Fonte: http://wikicom.mc.gov.br/index.php/Minist%C3%A9rio_das_Comunica%C3%A7%C3%B5es – 13/02/2013)

Vale destacar que o “poder da comunicação de massa” foi questionado pela notável Professora, Filósofa e Escritora Dra Marilena Chauí; em um “evento em defesa da liberdade de expressão e por uma Ley de Medios, realizado no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, em 2012. Leia o trecho que selecionamos da brilhante palestra apresentada:

“Ideologicamente, o poder da comunicação de massa não é um simples inculcação de valores e ideias, pois, dizendo-nos o que devemos pensar, sentir, falar e fazer, o especialista, o formador de opinião e os comunicados nos dizem que nada sabemos e por isso seu poder se realiza como manipulação e intimidação social e cultural.

Um dos aspectos mais terríveis desse duplo poder dos meios de comunicação se manifesta nos procedimentos midiáticos de produção da culpa e condenação sumária dos indivíduos, por meio de um instrumento psicológico profundo: a suspeição, que pressupõe a presunção de culpa.

Ao se referir ao período do Terror, durante a Revolução Francesa, Hegel considerou que uma de suas marcas essenciais é afirmar que, por princípio, todos são suspeitos e que os suspeitos são culpados antes de qualquer prova.

Ao praticar o terror, a mídia fere dois direitos constitucionais democráticos, instituídos pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789 (Revolução Francesa) e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, quais sejam: a presunção de inocência (ninguém pode ser considerado culpado antes da prova da culpa) e a retratação pública dos atingidos por danos físicos, psíquicos e morais, isto é, atingidos pela infâmia, pela injúria e pela calúnia.

É para assegurar esses dois direitos que as sociedades democráticas exigem leis para regulação dos meios de comunicação, pois essa regulação é condição da liberdade e da igualdade que definem a sociedade democrática.”

Leia a antológica palestra de Marilena Chauí, acesse: http://www.conversaafiada.com.br/pig/2012/08/31/chaui-pig-produz-culpas-e-condena-sumariamente/

(Fonte: Paulo Henrique Amorim -PORTAL CONVERSA AFIADA - autor de “Chauí: PiG (*) produz culpas e condena sumariamente” - Publicado em 31/08/2012, data de acesso em 13/02/2013)

Nosso fraternal abraço a todas as pessoas que com seu apoio possibilitaram o ESPAÇO MULHER completar 26 anos de existência. Nossa homenagem a todas as mulheres no destaque das corajosas palavras da Filósofa Dra Marilena Chauí, e na reportagem entrevista da Indígena We’e’ena Miguel que em São Paulo, busca defender os direitos de todas as mulheres indígenas no Brasil.

Elisabeth Mariano (neta paterna e bisneta materna de indígenas brasileiras).

Conheça o Currículo de Elisabeth Mariano.

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Museu do Índio

Ministra da Cultura, Marta Suplicy, manifestou apoio à preservação do Museu do Índio

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, conversou com o governador em exercício do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, para manifestar a posição do Ministério da Cultura (MinC) a favor da preservação do Museu do Índio, prédio datado de 1862, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

Leia mais em: http://www.cultura.gov.br/site/2013/01/23/museu-do-indio/

(Fonte: Ministério da Cultura: Informativo Cultural nº 70 - http://www.cultura.gov.br/site/2013/01/23/museu-do-indio/)

Índia We’e’ena Miguel: luta pelos direitos das mulheres indígenas

Ela tem 24 anos, estuda gestão financeira, é artista plástica e presidente nacional das mulheres indígenas pela LIBRA. Conheça a história dessa guerreira que luta pelo direito das mulheres indígenas do Brasil.

O Tempo de Mulher é um espaço democrático que busca conhecer e discutir os dilemas, desejos e necessidades da mulher brasileira. Com a mulher indígena não seria diferente. No dia 19 de abril, em que comemoramos o Dia do Índio, entrevistamos We’e’ena Miguel. Da Aldeia Tikuna de Umariaçu, município de Tabatinga no estado do Amazonas, de onde saiu há 12 anos, essa representante das mulheres indígenas cursou artes plásticas e estuda atualmente gestão financeira, tudo, segundo ela, em prol de seu povo.

Com o reconhecimento de seu trabalho artístico - ela se aprimorou no método acrílico sobre tela -, recebeu vários prêmios e convites para exposição de suas obras. A índia tikuna aproveitou o sucesso e a visibilidade, e decidiu dedicar-se à inclusão social dos povos indígenas por meio da difusão da arte.

Não é à toa We’e’ena foi eleita a representante indígena da LIBRA - Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil. Hoje, com 24 anos, reside em São Paulo e é casada com o violonista Maestro Robson Miguel, também conhecido como Cacique Cafuzo Tukumbó Dyeguaká.

Eles residem em um castelo (isso mesmo!) no município de Ribeirão Pires, construído pelo Cacique, com o objetivo de contar a história de seus ancentrais índios e negros. Nas próximas páginas, conheça um pouco da história da Índia Tikuna e seus objetivos como presidente Nacional das Mulheres Indígenas pela LIBRA.

Fale um pouco de sua origem e de sua transferência da aldeia para a cidade: We’e’ena: Eu sou do povo Tikuna, Alto Solimões, interior do Estado do Amazonas. Vivem lá 35 mil Tikunas. Para chegar até minha aldeia leva-se 8 dias de barco - de Manaus até Tabatinga, que já é fronteira de Peru com a Colômbia. Eu me transferi da aldeia para a cidade aos 12 anos de idade para aprender a ler e a escrever. Me mudei com meus pais para Manaus, onde me formei no Ensino Médio.

Nesse meio tempo, participei de um concurso e fui selecionada entre 45 alunos para receber uma bolsa de estudos para um curso de Artes Plásticas. Estudei durante quatro anos, me aperfeiçoei na técnica acrílica sobre tela e, ao mesmo tempo, nunca deixei de trabalhar com o movimento indígena e nem perdi a tradição de minha cultura e língua. Aliás, minha mãe nunca deixou que perdêssemos nossas raízes, apesar de residir na cidade.

Mas sempre tivemos essa ligação entre aldeia e cidade versus cidade e aldeia, estamos sempre indo e voltando. - E como foi sua transferência para São Paulo? Como ficou conhecida pela luta em prol dos povos indígenas? We’e’ena: Quando completei 18 anos, me transferi para São Paulo, onde terminei meus estudos e entrei para a faculdade, faço hoje o curso de Gestão Financeira.

Não sabia que tinha tantos outros indígenas que moravam em São Paulo e lideravam movimentos, assim como era comum em Manaus. Fui me integrando aos índios Guarani, Chavante e outras etnias, e nossa união ocasionou o fortalecimento do movimento pelo nosso povo.

Então em 2010, fui convidada a conceder uma entrevista em uma TV local para falar da mulher indígena. Uma das representantes da LIBRA - Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil -, me conheceu nessa gravação e me fez o convite para integrar a instituição a fim de representar as mulheres brasileiras indígenas.

E o que exatamente é a LIBRA e qual seu papel nessa instituição? We’e’ena: A Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil nasceu na Alemanha no século 20, e se estendeu entre Europa e EUA, quando no pós-guerra as mulheres se uniram para conseguir melhores condições de trabalho e direitos também de votar. A data da fundação do movimento foi acertada em 1975, onde também se deu o Dia Internacional da Mulher. No Brasil, a LIBRA existe há mais de 60 anos. Aqui a instituição já tinha sua representante branca, não indígena, e também a afro, exceto uma mulher que pudesse falar e representar as indígenas.

Depois que me viram dando entrevista para a TV, entraram em contato comigo e fizeram o convite a fim de fortalecer o movimento. Depois de três meses de conversa eu aceitei, pois não é fácil você representar uma nação indígena. Pois não sou somente porta voz das mulheres, mas de todo o povo indígena que ainda está lutando para ser reconhecido em sua própria terra.

- E desde quando você é representante pela LIBRA? We’e’ena: Estou há dois anos nesse cargo. Faço palestras, falo de nosso povo para as indígenas e não indígenas. Realizo fóruns, debates em vários eventos pelo país a fim de conquistar e ocupar de fato nosso espaço, direitos sociais, artísticos, políticos e dar poder e visibilidade para as mulheres indígenas. Nós não temos visibilidade ainda, agora que estamos conseguindo entrando no Congresso Nacional, reivindicando leis.

Aliás, reconhecemos que há muitos projetos escritos em nosso favor, e eu procuro entender as propostas para levar ao conhecimento das mulheres, já que sou representante das indígenas em nível nacional.

- E como representante pela LIBRA, o que visa para seu povo? Qual tipo de reconhecimento almeja? We’e’ena: Quero que a mulher indígena tenha direito a voz entre as aldeias e fora das aldeias. Que ela possa entra no mercado de trabalho, competir de forma igualitária e ter os mesmo direitos que o branco ou o negro. Não queremos ser diminuídos e discriminados porque as pessoas não conhecem a cultura indígena, mas reconhecidos, queremos ocupar os espaços sociais, administrativos em uma empresa, por exemplo, ter visibilidade artística, política. O que as mulheres indígenas querem é poder se unir e ter o mesmo direito de todas as pessoas. Sou artista plástica e cantora, luto pelo meu espaço e então gostaria que todas as mulheres brasileiras indígenas tivessem também a oportunidade de mostrar seus trabalhos. Não vejo democracia quanto a isso. Quando falamos de Direitos Humanos temos que incluir o branco, o negro e o índio. O índio também vota, então tem o direito e o poder de conquistar o espaço de forma igualitária.

- Você saiu da aldeia aos 12, aos 18 já estava em São Paulo e hoje é representante das indígenas pela LIBRA. Qual sua ligação com as aldeias, para você representá-las, como busca esse vínculo? We’e’ena: Viajo por diversas partes do Brasil. Dias atrás, por exemplo, aproveitei que fui participar de um congresso na Bahia e visitei as indígenas Pataxó de lá. E agora com a tecnologia, fica mais fácil. É tudo muito novo, mas as mulheres estão interessadas nessa evolução, tentamos nos integrar pelas redes e criar uma maneira de não somente eu representá-las, mas que cada etnia possa ter sua representante. Eu visito as aldeias e tenho pedido que elejam uma mulher para que os represente e com quem eu possa ficar em contato para que me passe o que vem acontecendo, suas necessidades. Com esse conhecimento, tenho condição de levar propostas para nossos representantes no Congresso Nacional, por exemplo.

Em 2011, por exemplo, fizemos um fórum em São Paulo e conseguimos reunir 200 mulheres indígenas de todo o Brasil, pelo menos uma mulher de cada etnia.

 - E como líder de um movimento a favor das indígenas, como avalia o processo de reconhecimento do povo indígena fora das aldeias? We’e’ena: Hoje muitos homens saem da aldeia para a cidade não para competir e sim para serem reconhecidos. Temos representantes indígenas que são políticos como vereador, deputado. Agora é a mulher indígena que está saindo atrás de seus direitos, que vem buscar conhecimento. Isso está acontecendo lentamente porque é tudo muito novo, é muito difícil sair de uma cultura e entrar em outra diferente, até você se adaptar, ter o conhecimento do não indígena, tem um pouco mesmo de conflito. Mas temos essa capacidade de aprender e estar junto com os não indígenas.

É um choque para os índios sair de uma cultura totalmente diferente. Você está isolado com outros costumes, outras línguas e vai para uma cidade de pedra, sendo que morava na natureza, onde só tinha mato. Eu mesma, até os 12 anos, não falava português. Um dos resultados dessa luta é que muitas crianças das escolas das aldeias estão aprendendo o português ao invés de apenas ser ensinada a língua de seu povo. Sem contar a tecnologia que agora está entrando nas comunidades como internet, rádio e TV, que ajudam a ampliar o conhecimento, a visão de conquistar novos espaços, e então as crianças estão tendo mais facilidade de acompanhar e de se preparar.

- E o que está preparando e espera acontecer nas lutas que tem pela frente? We’e’ena: Estamos preparando para 2013 o primeiro congresso das mulheres brasileiras indígenas, onde vamos convidar diferentes autoridades entre nossos povos e não indígenas também para falarmos sobre direitos e deveres. Esse ano vai ser de pequenos debates preparatórios para a preparação do congresso. Por isso, tenho viajado muito pelo país e fazendo o convite para as diferentes aldeias.”

Autora: Karina Costa, http://estilo.br.msn.com/tempodemulher

(Fonte: http://indiatikunaweeenamiguel.blogspot.com.br/)

CNJ promove seminário sobre Juizados Especiais, com inscrições para trabalhos científicos

“No dia 6 de março, será realizado o “Seminário Juizados Especiais: Diagnósticos e Perspectivas” promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O evento visa a avaliar e ampliar os conhecimentos e as discussões sobre os Juizados Especiais, bem como apresentar e debater os dados sobre os Juizados Especiais Cíveis, Especiais e da Fazenda Pública. O evento ocorrerá na sede do Conselho Nacional de Justiça, em Brasília.”

(Fonte: http://tj-rs.jusbrasil.com.br/noticias/100333509/cnj-promove-seminario-sobre-juizados-especiais-com-inscricoes-para-trabalhos-cientificos)

Casas de Justiça e Cidadania

“Para divulgar e unificar a comunicação visual do programa Casas de Justiça e Cidadania, o CNJ criou a logomarca, banner, cartaz e folder explicativo.

Casas de Justiça e Cidadania é uma rede integrada de serviços ao cidadão, onde são oferecidos assistência jurídica gratuita, informações processuais, audiências de conciliação pré-processual, emissão de documentos, ações de reinserção social de presos e egressos.

Atualmente, o programa está presente em 14 Estados (Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Para encontrar a Casa mais próxima e saber os serviços que ela oferece, acesse o link Onde Encontrar.

O objetivo do programa é promover o princípio constitucional da cidadania (Constituição Federal de 1988, art. 1º, II) e disseminar práticas voltadas à proteção de direitos fundamentais e acesso à cultura e à justiça.”

(Fonte: http://www.cnj.jus.br/campanhas-do-judiciario/casas-de-justica)

Romaria da Terra e os ‘Princípios do Bem Viver’

Entrevista com Padre Izidoro Bigolin

Ocorre na terça-feira de carnaval, 12 de fevereiro de 2013, a 36ª Romaria da Terra, que este ano será organizada pela Diocese de Caxias do Sul na Comunidade Bom Pastor, em Bento Gonçalves. O tema deste ano é "Terra e Cidadania: Princípios do Bem Viver". Participante desde a primeira edição da romaria, o Padre Izidoro Bigolin ressalta que a caminhada deste ano trará perspectivas atuais à celebração. "A Romaria deste ano traz presente em seu modo de ser realizada, questões bem concretas como o consumo consciente. Não é apenas para o homem da roça, é para todos a questão da cooperação, da solidariedade de ter projetos comuns”, esclarece.

Padre Izidoro é um militante da causa e participou da primeira edição da Romaria da Terra em 1977, em São Gabriel, quando ainda era acadêmico e fazia parte de um grupo de estudantes de Teologia na PUC-RS. Ele destaca que alguns desafios de décadas atrás ainda permanecem que por isso a Romaria da Terra ainda é importante. "Primeiro porque os desafios da nossa realidade, não só do interior, da roça e da agricultura, permanecem, ainda que, às vezes, não com os mesmos nomes. Mas as situações permanecem pelo clamor da vida. Deus quer a libertação de seu povo e a dignidade plena. Se trata de situações bem concretas, bem reais, bem marcantes da vida do povo da roça, do interior e da cidade”, pondera.” - CONTINUA EM...

Confira a entrevista na íntegra em http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=73500

(Fonte e autoria: IHU - Unisinos -Instituto Humanitas Unisinos - Adital - Sexta, 08 de fevereiro de 2013)