Certa vez eu estava promovendo uma audiência pública em importante órgão governamental, e, um grupo de elegante senhoras foram prestigiar uma das conferencistas que por nós fora convidada, o tema era polêmico, atual e segundo o currículo desta importante especialista era a especialização acadêmica e profissional dela.
Em meio a alguns dados apresentados ocorreu um “desvio, ou um “ruído” na comunicação” diante de um esclarecimento que sendo coordenadora da mesa do evento perguntei!
Em um princípio de tumulto com ânimos exaltados de algumas destas senhoras mantive-me calma e atenta, com atenção na conferencista...e para minha surpresa ela a
“atacou verbalmente” dizendo que as informações que eu pesquisava e veiculava, não eram de fontes confiáveis...
Sinceramente diante do que fora informado da excelente formação acadêmica daquela senhora, foi surpreendente a atitude dela...
E perguntei-lhe quais são as fontes confiáveis para a Sra.? Ela respondeu que são todos os grandes jornais e revistas do país destacando os respectivos nomes (aqui não necessários).
Tive que me conter na resposta e continuidade do diálogo político, mas, sinceramente, fiquei muito estarrecida com tal afirmativa, diante do currículo de tal acadêmica...
Posto que tanto pode ser o maior veículo de tiragem do pais ou o menor segmentado, a maioria das reportagens de assuntos relevantes no país possuem em maioria as mesmas fontes!
A exemplo abaixo, sobre um mesmo tema, demonstraremos várias titulações, porém no conteúdo todas as reportagens terão como eixo central a ‘Pesquisa do IBGE: com a análise referente ao “ANALFABETISMO NO PAÍS”
Tanto faz ser um jornal ou revista do interior de algum estado (tanto fazer ser noticiosos diários ou um informativo segmentado mensal com tiragem diária ou semanal, mensal) todas as fontes são as mesmas, e a diferença estará no/a profissional jornalista, que poderá se ater e comentar de forma diferenciada aos dados estatísticos.
Ou seja, caberá a /ao redator passar ao público leitor a sua ótica, o seu foco do que quer salientar, diante de sua cidade, ou no contexto geral de gênero e raça etc.
O que é lamentável ainda nos meios de comunicação social é uma cultura de que a mídia segmentada não tem valor, e nas críticas ferrenhas por discriminação e ódio, até mesmo pejorativamente a denominam de “mídia nanica.”
Contudo devo confessar que algumas das pessoas que ali tentaram me expor, um tempo depois na “roda da vida” tiveram os grandes grupos mais percalços do que eu, na minha modéstia sobrevivente e participativa no meio segmentado...
Para destacar aqui nesta edição o número de analfabetos que ainda há no Brasil quando no dia 8 de setembro se comemora o “DIA MUNDIAL DA ALFABETIZAÇÃO).
Sem dúvida nas fontes pesquisadas da grande mídia ou de pequena, verificaremos que realmente as bases jornalísticas são as mesmas, muda “diante do volume de faturamento ou presença social de alguns veículos de comunicação”, com os de outros que estejam, em áreas bem segmentadas e no interior de outros Estados, fora das grandes capitais, talvez até possa estar uma mínima diferença...
Toda a profissão jornalística ou de comunicação social em âmbito nacional possui a mesma grade de ensino, o que muda é o marketing e o “ataque às diferenças sociais!”
Na referida comemoração sugerida para o dia 8 de setembro vindouro, recomendamos a abordagem de palestras e debates sobre a alfabetização recomendamos também incluir o tema do “analfabetismo funcional!” para que haja mais conscientização de cursos a área de interpretação de textos e redação...
É estarrecedor ver lideranças se expressarem de forma chula por falta desta prática de ensino comunicacional, ou seja, o lado sociocultural da comunicação na “fala diária”.
Agradecimentos sinceros a todas as pessoas colaboradoras e voluntárias, cujas nos apoiam e participam, pois tais atitudes nos incentivam na continuidade.
Elisabeth Mariano
Conheça o Currículo de Elisabeth Mariano.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
A taxa de analfabetização mais atual no Brasil foi divulgada pelo IBGE em maio de 2018 na última Pesquisa por Amostra de Domicílios (Pnad 2017).
O Brasil tinha pelo menos 11,5 milhões de pessoas com mais de 15 anos analfabetas (7% de analfabetismo).8 de mar de 2019
Analfabeto funcional é a pessoa que sabe ler e escrever, mas é incapaz de entender ou interpretar um texto que acabou de ler. O termo analfabetismo funcional está relacionado ao uso prático da linguagem para fins específicos e tarefas cotidianas.
Para o IBGE, a taxa de analfabetismo funcional é a porcentagem de pessoas de uma determinada faixa etária que tem escolaridade de até 3 anos de estudo em relação ao total de pessoas na mesma faixa etária.
Há uma outra medição, criada pela ONG Ação Educativa, o Índice Nacional de Analfabetismo Funcional (Inaf), feita em parceria com o Ibope.
O Inaf 2018 apontou que cerca de 30% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais.
Por Bruno Villas Bôas | Valor
RIO DE JANEIRO - (Atualizada às 10h50) O Brasil tem 11,8 milhões de analfabetos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse contingente representa 7,2% da população de 15 anos ou mais de idade, a chamada taxa de analfabetismo.
Pelo conceito usado pelo IBGE, analfabetas são pessoas que não sabem ler e escrever um bilhete simples.
A pesquisa mostra padrões conhecidos sobre o perfil do analfabetismo no país. Está concentrado, sobretudo, na população com 60 anos ou mais de idade e na região Nordeste, especialmente no interior. O quadro está ligado ao problema histórico do acesso à educação verificado no meio rural do país.
Na região Nordeste, a taxa de analfabetismo chega a 14,8%, o dobro da média nacional. É também quase quatro vezes maior do que as taxas estimadas para as regiões Sudeste (3,8%) e Sul (3,6%), que exibem os melhores indicadores. Dos 11,8 milhões de analfabetos, 6,5 milhões estão na região Nordeste, o que significa metade do total nacional.
Somadas, as 27 capitais do país têm 1,1 milhão dos 11,8 milhões de analfabetos, cerca de 10% do total do país, embora concentre um quarto da população brasileira. A cidade de São Paulo tem 195 mil analfabetos, como sua população é de 12,1 milhões de pessoas, a taxa de analfabetismo é de 1,9%.
A pesquisa mostra, ainda, que a taxa de analfabetismo cresce na medida em que são consideradas faixas etárias mais elevadas da população. Entre pessoas com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo chega a 20,4%. Isso equivale a 6 milhões de pessoas.
Entre as pessoas pretas ou pardas, a taxa de analfabetismo dobra. Das pessoas brancas de 15 anos ou mais, 4,2% são analfabetas. Dos pretos ou pardos nessa faixa etária, 9,9% são analfabetos. Uma em cada três pessoas que se declararam de cor preta e parda com 60 anos ou mais era analfabeta, em 2016.
Assim como ocorreu com indicadores de desigualdade e pobreza, o IBGE também não apresentou resultados de anos anteriores sobre o analfabetismo e outros indicadores da educação, impossibilitando uma compreensão da evolução do ensino no país. Em anos anteriores, o tema era investigado pela antiga Pnad, que foi descontinuada.
Segundo Marina Aguas, analista do IBGE responsável pela pesquisa, o número medido de analfabetos pela Pnad Contínua não seria comparável com o antigo número, de 2015. Ela menciona sobretudo diferenças de amostragem da pesquisa. Pela antiga Pnad, o país tinha 12,9 milhões de analfabetos, 8% das pessoas de 15 anos ou mais.
No Brasil, o Plano Nacional de Educação (PNE) previa a redução da taxa de analfabetismo para 6,5% em 2015 e a erradicação do analfabetismo ao final de 2024. Sem o cumprimento nem da meta intermediária, a erradicação do analfabetismo nos próximos anos torna-se uma possibilidade cada vez mais distante.
(Continua...)A cada dez pessoas pretas ou pardas com 60 anos ou mais, três são analfabetas; entre os brancos, há apenas um idoso analfabeto a cada dez
Daniela Amorim, O Estado de S.Paulo
21 de dezembro de 2017 | 10h50
RIO - O Brasil ainda tem 11,8 milhões de analfabetos. A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 ou mais anos de idade foi estimada em 7,2% em 2016, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua): Educação, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O analfabetismo é mais agudo entre pretos e pardos, onde a incidência de analfabetos é mais que o dobro do que entre brancos. Na população de cor branca, quatro em cada 100 pessoas eram analfabetas. Entre os pretos ou pardos, 10 em cada 100 eram analfabetos.
A situação fica mais grave com o avanço da idade. De cada dez pessoas pretas ou pardas com 60 anos ou mais, três são analfabetas. Entre os brancos, há apenas um idoso analfabeto a cada dez.
"É um problema de estoque, dessa população mais velha. Só vamos diminuir o analfabetismo conforme essa população mais velha for morrendo", disse Marina Aguas, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A falta de estudos foi um desafio na vida do casal de aposentados Jair Araújo, de 64 anos, e Maria José, de 70. Vindos do interior de Minas, eles tiveram de abrir mão da escola para se dedicar ao trabalho. Ela nunca aprendeu a ler e escrever. Araújo consegue, mas com dificuldade, e frequentemente recorre à ajuda dos filhos para pagar contas e ler cartas.
“Só fui estudar depois de formar meus filhos”, conta. "A professora vinha dar aula no sítio, mas eu tinha de trabalhar. A gente nunca conseguia concluir um ano inteiro.”
Atraso. O Plano Nacional de Educação (PNE), de 2014, previa redução da taxa de analfabetismo para 6,5%, em 2015, o que foi alcançado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. "Os dados são importantes para fomentar políticas públicas para a redução do analfabetismo", lembrou Marina.
A Região Nordeste tinha a maior taxa de analfabetismo (14,8%), mais de quatro vezes superior às taxas estimadas para as Regiões Sudeste (3,8%) e Sul (3,6%). Na Região Norte, o analfabetismo foi de 8,5% e, no Centro-Oeste, 5,7%.
O PNE prevê erradicar o analfabetismo no País em sete anos. “Duvido que a gente consiga cumprir essa meta até 2024”, diz Rossieli Soares da Silva, secretário de Educação Básica do Ministério da Educação. “Não são problemas que surgiram do dia para a noite. É um acúmulo que resultou nisso”, acrescenta ele, que ressaltou os esforços da pasta para ampliar o acesso à creche e à pré-escola.
Para Olavo Nogueira Filho, diretor de Políticas Educacionais do Movimento Todos pela Educação, além de aumentar a inclusão de crianças e adolescentes, é preciso elevar o nível do ensino. “A falta de qualidade impede que a educação seja a ferramenta transformadora de redução da desigualdade.” / COLABOROU LUIZ FERNANDO TOLEDO