Recentemente, vimos estupefatos reportagens que envolviam assassinatos que ocorreram no âmbito familiar de classes sociais elevadas e, pior ainda, que se revelavam técnicas de defesa jurídica as quais chocaram a todos os telespectadores.
Doutra vez, apresentaram cenas que levaram a comoção, quando repetidas as duas vezes em que um jornalista atira assassinando friamente sua ex-colega e namorada.
Durante todo o tempo do julgamento havia notícias, a entrevista com o pai desesperado, e o questionamento lançado para os telespectadores era se ocorria impunidade ou não, que recursos legais são estes que foram usados, se só as pessoas da classe rica têm estas regalias, enfim, ecoa, ainda, em nós o lamento de uma professora indignada, que questionava estupefata, como é que iria ensinar os seus alunos no dia seguinte.
Todas estas reportagens e outras de programas específicos nesta linha nos fazem recordar a leitura de um texto analítico do Dr. Luiz Flávio Gomes (doutor em Direito Penal, mestre em Direito Penal e presidente do Instituto de Ensino Jurídico / IELF), sob o título "Mídia e Criminalidade" (Fonte: Correio Brasiliense), editado pelo Portal Comunique-se (em 08/07/2002). O Dr. Luiz Flávio Gomes analisava a postura e responsabilidade da mídia (televisão, rádio, jornais, sites etc.) quando esta aborda o tema criminalidade. Na ocasião, ele apresentou um trecho da pesquisa ocorrida no final de Abril de 2002, sobre o estudo de "Jeffery Johnson e sua equipe, (da Universidade de Columbia (EUA) (de 1975/2000)), onde foram pesquisados membros de 707 famílias e seus diários contatos com a televisão", segundo o Dr. Luiz Flávio Gomes, em seu texto as "conclusões incontestáveis (e bem sintetizadas por Dr. Dráusio Varella, publicadas na Folha de São Paulo, de 04/05/2002, p. E10), foram as seguintes:"
"(a) quanto maior o número de horas diárias (diantes da televisão), mais freqüente a prática de crimes violentos poe estes telespectadores; (b) adolescentes e adultos jovens expostos à TV por mais de três horas por dia contam com probabilidade de praticar atos violentos cinco vezes mais em relação aos que assistem menos de uma hora; (c) o efeito deletério da violência na televisão atinge todas as faixas etárias, particularmente as crianças e os adolescentes; (d) todos os dados pesquisados apontam impressionantemente para uma conexão causal entre a violência na mídia e o comportamento agressivo das pessoas".
Prosseguindo sua análise, o Dr. Luiz Flávio Gomes, informava que, "pelo poder que possui (simbólico e real), a mídia tanto pode ser útil para a prevenção do delito" (...) "como também, pode cumprir um papel criminoso (por meio da mídia muitos crimes são cometidos: pornografia, estelionato etc.) e criminógeno (estímulo ao cometimento de crimes)".
Ainda, ressaltou Dr. Gomes, "a mídia brasileira, sobretudo a televisada, seguramente já conta com uma enorme história de êxitos e de bons serviços prestados à nação, mas também já contribuiu e continua contribuindo (assustadoramente) para o empobrecimento moral, a degeneração dos costumes e a má-compreensão das normas jurídicas em geral"(...)
Mais adiante, em seu texto, referindo-se a um episódio lastimável e de mau exemplo, com estímulo ao crime, em um capítulo de uma novela, Dr. Luiz Flávio Gomes, citou neste parágrafo a sua opinião, desse modo: "Dir-se-ia que quem projetou a cena (provavelmente) não conhece o Direito. Pode mesmo até ser ignorante das normas jurídicas vigentes. Mas, ocorre que o que já foi ensinado, erradamente, é algo profundamente conflitante com a moralidade vigente. Em suma, não é preciso conhecer o Direito para se perceber a imoralidade do que fazemos, mesmo porque direito e moral não se confundem (cf. meu curso de Direito Penal pela Internet no site www.ielf.com.br)".
Atualmente, vem sendo elogiáveis os esforços de várias ONG's que estão buscando alterar este quadro nocivo de alguns programas televisivos sobre a população que os assiste, e até mesmo apresentam, publicamente, ranking de pontuação negativa mês a mês, chegando até mesmo à punições pelo Ministério Público Federal.
Também, começa a ser debatido este tema junto aos eventos profissionais das entidades classistas da imprensa, livros são editados, cursos começam a apresentar como disciplina, portanto, não há como ignorar mais, a influência e a responsabilidade das reportagens sobre o comportamento das populações.
É lamentável que tantas emissoras (concedidas pelo governo) e empresas jornalísticas que querem destacar-se em premiações, nacionais e internacionais, sob a ótica dos Direitos Humanos, que se propagandeiam como respeitadores da Responsabilidade Social, queiram ignorar quão responsáveis são também pelo aspecto educacional, do que transmitem, além de que chocar as pessoas não é entretenimento.
Enfim, conforme concluiu Dr. Luiz Flávio Gomes, em seu texto: "Mídia e Criminalidade" a que reprisamos quando ele citou: "Tornou-se inadiável, como se nota, um amplo debate sobre este tema, para se conseguir da mídia mais do que ela hoje vem fazendo em termos de aprimoramento cultural e informalidade cultural e informacional da população. O velho chavão (cada país tem a criminalidade que merece, tem a mídia que merece etc.) é muito preconceituoso e conformista e determinista. Foi o homem que inventou a mídia. Logo, já é tempo de a mídia reinventar (ou ao menos tentar reinventar) o homem!"
Para nós, está na hora de revermos nossos valores sociais, com a mesma transparência que a mídia exige dos outros setores, não, apenas para disputar alguns prêmios esporádicos, mas para atingirmos a melhor pontuação nos rankings apontados por especialistas no assunto, como detentores de qualidade e responsabilidade no entretenimento e na comunicação que educa pela informação.
É inadimissível, principalmente, pessoas da própria imprensa agirem de modo covarde e criminoso contra seus colegas, homens ou mulheres, ou omitirem-se diante de fatos que denigrem a classe profissional, quando há preconceito, discriminação, abuso de poder, e distorção dos principais objetivos que as próprias entidades em seus estatutos estabelecem, assim como também proclama o Código de Ética dos(as) Jornalistas Brasileiros(as).
Atualmente, membros do Ministério Público Federal e outros órgãos legisladores se unem as ONGs (nacionais e internacionais) se unem na busca de aprimorar a qualidade da comunicação em nosso país, pois a liberdade de expressão não autoriza o desrespeito às leis, normas e estatutos, tão pouco, chocar a população com manipulações das notícias e reportagens, ou, ainda, atacar a honra de quem quer que seja e, muito menos, fazer o papel que ainda é do Estado, o qual, aliás, será cobrado para apresentar seus feitos com transparência, em que a mídia terá importante papel no que é de interesse público.
Ressaltamos, entretanto, que é preciso também haver reconhecimento público quando empresas e profissionais da mídia, se empenham por meio de treinamento e cursos de atualização para melhorarem a qualidade da informação no país, em respeito ao seu papel junto ao seu público e às leis e porque, realmente, praticam a Responsabilidade Social, Educacional e Informacional em nosso país. Parabéns aos repórteres brasileiros que comemoram sua data festiva no dia 16 de Maio, e jornalistas, no dia 7 de Junho, o Dia Nacional de Liberdade de Imprensa.
Com esta reflexão entrego-lhe esta edição nº 52, com o abraço de Elisabeth Mariano.
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No dia 17 de Maio, na sede do IBMEC ocorrerá o Workshop gratuito da Endeavor com a palestra: Marketing de guerrilha - como usar as armas que você já tem para combater seu concorrente.
Ocorrerá no dia 19 de Maio na sede da Telefónica S.A., o evento quq analisará os aspectos sobre "Governança Corporativa".
O BBVA e a Embaixada do México apresentarão em 26 de Maio, o seminário "Internacionalização de Empresas Brasileiras: Uma estratégia para o desenvolvimento".
Serão conferencistas: Dr. Amaury Porto de Oliveira (ex-embaixador do Brasil em Cingapura), Charles Tang (Câmara de Comércio Brasil-China), Cláudia Trevisan (Folha de São Paulo), Maria Thereza Leme Fleury (FEA/USP) sob coordenação de Lenina Pomeranz (IEA/USP). O evento ocorrerá no dia 24 de Maio, no auditório IEA/USP.
A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China realizou o Seminário Agronegócio Competitivo, que abordou o tema sobre as "certificações e a rastreabilidade como requisitos fundamentais para se competir em mercados exigentes, principalmente, ao setor de produtos agropecuários. Os grãos, as frutas e a carne brasileira serão cada vez mais competitivos se estiverem preparados para esses mercados".
Na ocasião, fizeram-se presentes autoridades e representantes da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, empresários e associados da CCIBC, o evento ocorreu no Auditório de Convenções Aduaneiras, no dia 12 de Maio.
Sob o lema: "Cidadania Universal e Direitos Humanos" acontecerá entre os "dias 22 a 24 de Junho, em Rivas - Vacia Madrid, Espanha, o II Fórum Social Mundial das Migrações, coordenado pela Comissão Espanhola de Ajuda aos Refugiados (CEAR), Serviço da Pastoral dos Migrantes (SPM), Grito dos Excluídos Continental, Federação das Associações de Emigrantes e Refugiados da Espanha (FERINE) e a Prefeitura de Rivas".
Já estão inscritas 812 organizações pertencentes a 78 países, com mais de 1.600 pessoas. "Os debates ocorrerão em torno de nove eixos temáticos que ocorrerão em nove plenárias, 36 seminários e 24 oficinas. Estes eixos são: Impactos da Globalização, Direitos, Movimentos Migratórios, Asilo e Refúgio, Modelos de Convivência, Políticas Públicas, Exclusão Social, Co-desenvolvimento e Comunicação."
Informações sobre o II FSMM, acesse www.fsmm2006.org.
Em 10 e 11 de Junho de 2006.
Workshops, debates, palestras, produtos ciganos e artesanais, bijuterias, utensílios de cobre, exposição de fotografias e danças ciganas.
Organização: Regiris Barake (profª. diplomada pela Royal Academy of Dance - Londres).
Realização: Casa da Arte e Cultura Cigana.
Apoio: Jornal Aliança Cigana.
Informações: telefone: (11) 3744-9586.
A Família Sbano (Ciganos Kalderash) convidam para a Festa Cigana em Homenagem a Santa Sara, em 20 de Maio, na sede do CASSASP - Clube da Aeronáutica. Na ocasião se apresentará a Banda Ratyr-Omá (Família Sbano) e haverá danças, exposição de artesanatos, show circense, místicos com leitura da sorte, e muitas surpresas.
Informações com Adriana - Tel.: (11) 9839-0135.
Segundo dados do Censo Escolar / 2005 a "oferta de educação indígena aumentou 17,5% nos dois últimos anos". Atualmente, as estatísticas apontam a "formação de oito mil professores indígenas". Este fator aliado à soma da "taxa de crescimento populacional dos povos indígenas (em torno de 3,6%)", junto com os atuais "incentivos de programas governamentais", são considerados os pontos que mais contribuíram para a "expansão de alunos indígenas matriculados em cursos de educação infantil e médio", tendo o ano de "2005, apontado o número de 164 mil estudantes".