Elisabeth Mariano Apresenta


Edição nº 70 - de 15 de Novembro de 2007 a 14 de Dezembro de 2007

Olá Leitores!

O sucesso das mulheres acima dos 80 anos de idade

Com a felicidade de ter convivido com a minha bisavó e avó materna, agora desfruto a alegria de compartilhar a alegria dos 80 anos de minha mãe. Mulheres fortes, lutadoras e vencedoras. Muitas vezes, encontro amigas e amigos um tanto desanimados e sem planos de vida aos 60 anos, pensando em aposentadoria profissional, ou tristes pela viuvez, pelas doenças, e até estão sem um planejamento de vida.

Quando me deparo com pessoas nessa fase de vida procuro estimulá-las para que façam um planejamento de algo para lutar durante mais vinte anos. Quando pergunto: Mas, se você viver mais 20 anos, o que fará em cada um destes dias? É curioso perceber a esperança, a dúvida, um risinho de que “é, pode ser, e daí, que farei”? Parece até que neste momento um raio de criatividade e decisão cruza suas mentes e semeia novos sonhos e ideais.

No livro de minha autoria (editado em 1991 - na 2ª edição) intitulado ESPAÇO PARA A MULHER? “0”! na página 37, sob o título: “POTENCIAL SERÓDIO - ou VOCAÇÃO TARDIA?” faço uma análise da situação da mulher idosa (já abordando o termo terceira idade, e apresentando projetos de voluntariado para esta fase de vida, como política pública inclusive). Ali são apontadas as possibilidades de uma nova vida, incitando-as para que compreendam que é o momento abençoado que terão de “unir o útil ao agradável” na realização daqueles sonhos que muitas vezes precisaram deixar de lado por causa dos compromissos familiares.

Atualmente, temos o exemplo notável da mulher mais idosa do mundo a receber o Prêmio Nobel de Literatura, trata-se de Doris Lessing, aos 87 anos de idade, e que esperou 40 anos por este reconhecimento, além de ser a 11ª mulher agraciada pela Academia Sueca o prêmio Nobel de Literatura de 2007. Ela é filha de britânicos e nascida na Pérsia (atual Irã), mãe de dois filhos, teve uma formação autodidata, pois parou de estudar antes dos 14 anos, pois a partir daí trabalhou como babá, telefonista,estenografa e jornalista.

Autora de uns 50 títulos, com reduzido número de leitores, mas sucesso de crítica, sua vida foi voltada para as questões sociais e militâncias, no entanto o que destacou Dóris Lessing foi a sua abordagem na emancipação da mulher, que aliás sempre teve um vínculo intimamente ligado a sua vida.

Ela foi capaz de grandes sacrifícios por sua carreira, e junto aos seus personagens que enfrentavam “a dissolução dos sentidos, da loucura e de uma espécie de experiência mística que “salvaria” o ser humano (e a mulher em particular) das garras da sociedade burguesa.” Embora a crítica considere que o “melhor da obra dela é porque reporta a um período em que ainda se acreditava no sonho, no ser humano, com um toque romântico e ingênuo nesse posicionamento legítimo.”

A obra que levou Dóris à fama foi em 1962, com o livro “O Carnê Dourado” (anos 60 - movimento feminista), no Brasil esta sua ousada obra não foi traduzida e lançada.

Com outros enfoques ela nos seus autobiográficos e semi-autobiográficos “Debaixo da Minha Pele”, e “Andando na Sombra”“O Sonho mais Doce” lançou-se em suas entranhas e misturou um pouco de ficção cientifica.

Dóris Lessing, aos 87 anos, recebe o prêmio por “transmitir a experiência épica feminina, que descreveu com ceticismo, paixão e força visionária a divisão da civilização”, comentou a Academia Sueca.

Assim este exemplo vivo de mulher, que mesmo diante da espera, e de tantas dificuldades que se tornariam a matéria-prima para as suas obras literárias, prova concretamente que é possível produzir, ser militante, fazer sucesso após os 80 anos de idade, ser feliz e receber reconhecimento com prêmio internacional.

No Brasil tivemos até o ano passado o convívio de Maria Lenk, que até os seus 92 anos de vida foi considerada a “dama das águas”, por ter sido pioneira como nadadora e campeã inúmeras vezes, rompendo barreiras nas competições além de ter sido a pioneira nas Olimpíadas.

Maria Emma Hukda Lenk Zigler, filha de ex-ginasta alemão, nasceu em São Paulo, em, e aprendeu a nadar aos 10 anos, para se recuperar de uma pneumonia nos dois pulmões.

Por causa da doença e do tratamento tornou-se a pioneira no esporte sul-americano feminino, aos 17 anos, com uma maiô emprestado, em 1932 ela competiu nas Olimpíadas de Los Angeles (EUA). Em 1936, nos jogos de Berlim (Alemanha) Lenk no estilo peito, “apresentou uma inovadora braçada fora d’água (método feito só por homens naquela época) e assim ela passou a difundir o nado borboleta”.

Em 1939, ela quebrou dois recordes mundiais, no Rio de Janeiro, e em 1943, organizou “a primeira mostra de balé aquático, que mais tarde originou o nado sincronizado no Brasil.”

Em 1988, ela foi “homenageada pela ela foi homenageada pela entidade FINA (Federação Internacional de Natação) com o "Top Ten", por ser uma das dez melhores atletas masters. Com esta homenagem, Maria Lenk entra para o hall da fama da FINA, sendo a única nadadora da América do Sul que consta na lista. Como não bastasse, disputou o Mundial em 2000 na categoria entre 85 e 90 anos: 100 metros peito, 200 metros livre, 200 metros costas, 200 metros medley e 400 metros livre, ganhando cinco medalhas de ouro.”

O “Comitê Olímpico Brasileiro homenageou Lenk em 2004, com a entrega do Troféu Adhemar Ferreira da Silva, um dos momentos marcantes do Prêmio Brasil Olímpico. Continuando a bater recordes, no final de 2005 bate três recordes mundiais do nado de peito”.

E na “última homenagem recebida em vida, Maria deu seu nome para o novo Parque Aquático no autódromo do Rio de Janeiro, que recebeu as provas de natação, nado sincronizado e saltos ornamentais nos Jogos Pan-Americanos.

Assim se pode analisar o quanto Maria Lenk superou “pneumonia, preconceitos e dificuldades financeiras para conseguir seus objetivos. Ela foi e continuará sendo exemplo para todos, além de deixar a eterna lembrança de que todos nós podemos superar dificuldades em qualquer época de nossas vidas.” (Fonte: Tony Bernstein - coordenadora geral Portal Terceira Idade).

O que há de comum na vida destas duas mulheres consideradas idosas? Elas passaram por dificuldades financeiras, foram atrás dos seus ideais, enfrentaram os preconceitos inerentes à sua época, souberam inovar e enfrentar desafios pessoais e coletivos. E, antes, de tudo, sabiam que os seus feitos estavam sendo notáveis, exatamente pela idade acima dos 60 anos, e por serem mulheres ousadas, que sabiam conquistar prêmios, e, além disso, tiveram a coragem de escrever na própria história de vida na história das vitórias femininas através dos tempos.

A reflexão que fica para cada pessoa sempre será tenha planos de vida, vença seus próprios limites, considere as dificuldades como obstáculos a serem vencidos, seja criativa, ouse inovar usando suas experiências acumuladas e diferentes das dos outras pessoas. Ignore os conceitos e preconceitos alheios, viva cada dia vitoriosamente, e, mesmo na solidão, diante de um espelho que seja, comemore a alegria de ser campeã na existência humana. Ninguém sabe quando é um ator ou uma atriz da história, só tempo revela a coragem e as conquistas, e às vezes, podemos nos tornar exemplo e trajetória para outras pessoas serem nossas seguidoras.

Com um abraço fraternal receba esta edição e os votos de muitos dias felizes e produtivos em sua vida, e desde já planeje o que fará por si e pela outras pessoas nos próximos 20 anos.

Conheça o Currículo de Elisabeth Mariano.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Prêmio Direitos Humanos 2007 - inscrição prorrogada

A “Portaria da Secretaria Especial de Direitos Humanos SEDH/PR nº 169, de 1º de novembro de 2007, prorrogou para o dia 18/11/07, o prazo de encaminhamento das indicações ao Prêmio Direitos Humanos 2007; e para o dia 28/11/07, o prazo para que o Comitê de Julgamento delibere sobre a concessão dos prêmios (DOU de 5/11/07, PR, pág. 8).” Mais informações: (www.sedh.gov.br).

(Fonte: De Olho em Brasilia 330)

Parlamento do Mercosul e os Direitos Humanos

O “Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) informa que nos dias 22 e 23 de novembro acontecerá, na Câmara dos Deputados em Brasília, o Seminário O Parlamento do Mercosul e os Direitos Humanos. O debate estará sendo promovido pela Comissão de Direitos Humanos do Parlamento do Mercosul, pelo Congresso Nacional (Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Comissão Conjunta do Mercosul) e pelas organizações da sociedade civil brasileira Conectas Direitos Humanos, Comunidade Baha´i do Brasil, Fundação Friedrich Ebert/FES, Instituto Brasileiro de Análises Econômicas/Ibase, Inesc e outras entidades, articuladas no Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa. Os objetivos do Seminário são: contribuir para aprofundar o debate sobre o Parlamento do Mercosul como um espaço estratégico para a construção de uma integração regional includente e socialmente orientada com base na defesa e promoção dos Dhescas na região; permitir uma maior interlocução e articulação entre os parlamentares do Mercosul e as organizações da sociedade civil de direitos humanos.”

Mais informações: ciconello@inesc.org.br.

(Fonte: Informes Abong 406)

I Fórum APROARTES: artistas e autores

Entre os dias 29 e 30 de novembro acontecerá o I Fórum APROARTES: Artistas e Autores, em São Paulo, na programação constam as seguintes palestras:

A Previdência e a Previdência Privada (sr. David Alencar - representante do ministro da Previdência sr. Luis Marinho);

O direito do Autor no Brasil (dr. Nehemias Gueiros Júnior – advogado especializado em Direito Autoral, Show Business e Direito da Internet);

A proteção autoral das Criações Intelectuais (dr. Manoel J. Pereira dos Santos – presidente da ABDA Associação Brasileira de Direitos Autorais, advogado e sócio de Santos e Furriela Advogados);

O Direito do Autor e o registro das obras intelectuais (dra. Maria Elizabeth da Silva Nunes – advogada e analista jurídica do Escritório de Direito Autoral da Fundação da Biblioteca Nacional);

As limitações e exceções do Direito Autoral (dra. Ivana Crivelli – advogada ASPI e sócia de Crivelli & Carvalho Advogados);

Artistas e Autores (Jonatas Liasch (Natinha), Carlo Franco (arte multimídia), Carolina (dança), Sidney Cina (artista). Mediadora: Dra. Clorinda Letícia L.S. AmorinAPROARTES);

Plano Nacional da Cultura (Frank Aguiar – Deputado federal e Relator da Comissão do Plano Nacional da Cultura);

O Direito do Autor e o Show Business / entretenimento (dr. Nehemias Gueiros Júnior – advogado especializado em Direito Autoral, Show Business e Direito da Internet);

A gestão coletiva de Direitos Autorais – o ECAD e a execução pública (sr. Ivanilton Almeida – representante do ECAD/SP);

Ética – Trabalho – Justiça (dra. Clorinda Letícia L.S. Amorin – superintendente executiva APROARTES);

A arte e a Hipermodernidade (Jonatas M. Liaschi (Natinha) – Ex-Banda Rara, consultor e professor de filosofia e marketing; educador, publicitário, músico compositor, produtor musical, membro fundador da APROATES);

A responsabilidade artística e social (Artistas e Autores: Jonatas Liach (Natinha), Carlos Franco (artes gráficas), Carolina (dança), Sidney Cina (artista), Yara Rocca (jornalista/escritora). Mediadora: Dra. Clorinda Letícia L.S. AmorinAPROARTES).

Informações e inscrições em www.aproartes.org.br.

(Fonte: Dra. Clorinda Letícia L.S. Amorin – APROARTES)

Direito Autoral - debate no Senado Federal

O “direito autoral nas áreas de cinema e música e o papel do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) foram debatidos em audiência pública no dia 13, pela Comissão de Educação (CE) e sua Subcomissão Permanente de Cinema, Teatro, Música e Comunicação Social, com a superintendente-executiva do Ecad, Glória Cristina Braga, e o presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas, Ricardo Difini Leite.”

(Fonte: De Olho em Brasília 330)

Prêmio Culturas Indígenas

Encontram-se abertas as inscrições para o prêmio "Culturas Indígenas 2007 – Edição Xicão Xukuru", promovido pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC), em parceria com a Associação Guarani Tenonde Porã. O Edital nº 5 estabelece o prazo de 90 dias (até 7/1/08) para o recebimento de inscrições de comunidades indígenas que vivem nas aldeias ou em áreas urbanas, representadas por suas instituições tradicionais ou outras lideranças indígenas, de organizações indígenas (associações formalmente constituídas) e representativas de comunidades ou povos indígenas. Os recursos para a premiação são da Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O MinC divulgou nota com os detalhes do prêmio e acesso à íntegra do edital e ao formulário para inscrição.

(Fonte: De Olho em Brasília 326)

Vaticano beatificou o primeiro indígena na América do Sul

O indígena argentino Ceferino Namuncurá, que morreu em 1905, foi beatificado pelo Papa Bento XVI, no dia 11 de novembro, Filho de cacique, indígena "curou câncer" de útero de mulher em 2000. O milagre foi decisivo para que o Papa firmasse, em julho passado, o decreto de beatificação de Ceferino. O Papa em sua preleção destacou que o Beato Ceferino Namuncurá "Com sua vida, ilumina nosso caminho para a santidade, convidando-nos a amar nossos irmãos com o amor com que Deus nos ama", e ainda augurou que "o exemplo do novo beato produza abundantes frutos de vida cristã, principalmente entre os jovens".

(Fonte: Ir. Vera Regina Mendes)

2º Encontro da Cooperação Descentralizada e Federativa Franco-Brasileira

Em Belo Horizonte (MG), representantes dos governos francês e brasileiro reuniram-se para um acordo de Cooperação Brasil-França, durante o 2º Encontro da Cooperação Descentralizada e Federativa Franco-Brasileira, realizado de 12 a 14 de novembro. Foram debatidos os “temas como economia social e solidária, desenvolvimento sustentável, turismo, políticas de inclusão social e políticas urbanas.”

(Fonte: De Olho em Brasília 330)

Seminário: A Diplomacia Parlamentar e a Proteção aos Direitos Humanos

A “Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional promoveu no dia 13, em Brasília, o seminário internacional "A Diplomacia Parlamentar e a Proteção aos Direitos Humanos". Foi convidado para a abertura do embaixador Celso Amorim (ministro de Relações Exteriores)”, dentre outras relevantes autoridades.

(Fonte: De Olho em Brasília 330)

Encontro reúne ativistas de Direitos Humanos em São Paulo

Ativistas “de direitos humanos do chamado Sul Global (África, Ásia e América Latina) reuniram-se desde o dia 3 e até o dia 10 de novembro durante a sétima edição do Colóquio Internacional de Direitos Humanos, que acontecerá na Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. O evento é realizado pela organização internacional não governamental, Conectas.

De acordo com organização, além de enfrentar desafios muito similares para a promoção dos direitos humanos em seus países, os participantes selecionados têm outras características em comum - em média, 30 anos de idade e, apesar da maioria deles participarem em organizações pequenas e/ou ainda em desenvolvimento, já têm bastante experiência pessoal com a área de direitos humanos.

Alguns trabalham com temas bastante abordados pela mídia, como a tortura na China, a Aids em países africanos ou os conflitos na Palestina. Outros procuram alternativas menos convencionais, como o uso de quadrinhos para educação em direitos humanos.

Mais informações: www.conectas.org/coloquio.

(Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=30370, 01/11/07 - Brasil)

Prêmio Vladimir Herzog e a luta pelos Direitos Humanos

A “todos aqueles que trabalham pelos direitos humanos e aos profissionais da imprensa que se dedicam a não permitir que o assunto seja esquecido. Foi assim que boa parte dos premiados da 29ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos fez seus agradecimentos na cerimônia” que aconteceu na noite de 25 de outubro.”

Homenagens

Além dos “melhores trabalhos jornalísticos do ano, o evento promovido pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e outras instituições como a Fenaj, ABI, OAB, homenageou cidadãos de outras áreas que “atuam em prol dos direitos humanos no Brasil”.

(Fonte: redação COMUNIQUE-SE, 26/10/2007)

Campanha nacional de doação de livros para as bibliotecas dos presídios

"A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade". Essa é a redação do artigo 10 da Lei de Execução Penal. A mesma lei também prevê, para cada estabelecimento penitenciário, uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.” **

Assim iniciou-se o texto enviado para a nossa redação e assinado por Rosiana Queiroz – coordenadora nacional do MNDH - Movimento Nacional de Direitos Humanos, e que abaixo transcrevemos na íntegra:

“Muitas pessoas falam em "crise do sistema penitenciário", "falência do Estado". Acompanhando isso, há comentários sobre um novo paradigma: a cooperação entre o Estado e o indivíduo. A partir dessa idéia de solidariedade, a Comissão de Direitos Humanos e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), juntamente com seus parceiros e colaboradores, propõe aos brasileiros uma ação de colaboração à execução penal, já que a prevenção do crime e a (re)educação do preso interessam a toda a sociedade.

O preso perde vários direitos: a liberdade, o voto, entre outros, mas não perde o direito de ser tratado como ser humano. A Constituição proíbe penas cruéis e assegura o respeito à integridade física e moral, contudo as atuais condições do sistema penitenciário brasileiro, na sua maioria, são precárias e não oferecem possibilidades de recuperação.

Colabore para mudar essa realidade, doando livros instrutivos, recreativos e didáticos para as bibliotecas dos presídios. É importante que esses livros estejam em razoável estado de conservação, que tenham um conteúdo útil e interessante e não despertem a violência, a astúcia e a criminalidade.

Nós sabemos que a simples doação de objetos materiais não tem o mesmo poder de amparo dos profissionais e voluntários que se dedicam pessoalmente ao sistema penitenciário. No entanto, sua doação não é apenas de ferramentas didáticas, mas principalmente de atenção, interesse e boa vontade. É uma oportunidade de mostrar que o povo brasileiro está disposto a contribuir para um país com mais educação, dignidade e paz. É uma forma de humanizar os presídios.

Neste sentido convidamos a entidades articuladoras a se unirem ao MNDH, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e o Centro de Produção da Justiça Federal nesta Campanha, onde os objetivos são estimular a leitura entre os presos possibilitando uma concepção melhor do conhecimento e auto ajuda na ressocialização de cada um.

Para o MNDH e suas entidades filiadas esta é uma grande oportunidade de colaborar com o processo de humanização dos presídios e com a reforma penitenciária como um todo, garantindo a aplicação dos direitos humanos e dando visibilidade às nossas ações, posto que a campanha conta com ampla divulgação realizada pela Câmara dos Deputados. O trabalho a ser realizado é receber, fazer a triagem (verificando se os livros contêm defeitos ou conteúdo impróprio) e encaminhamento dos livros aos presídios. Certo de podermos contar com o empenho de todos e todas, o MNDH antecipadamente agradece.

Para mais informações visite o site do MNDH: www.mndh.org.br, menu Ações e Projetos.”

(Fonte: transcrição de correspondência enviada por Rosiana Queiroz – coordenadora nacional do MNDH - Movimento Nacional de Direitos Humanos -17/10/07)