Em minha experiência profissional que chega a quase 5 décadas, das quais em grande parte, dediquei-me voluntariamente para a área social com apoio e divulgação às atividades de benemerência e filantropia feitas por mulheres, consegui registrar muitos fatos e atitudes de pessoas que marcaram de forma positiva, ou nem tanto.
Quando iniciei com minha micro-empresa, em São Paulo, na área da comunicação e com os respectivos registros de marca e direitos autorais do projeto ESPAÇO MULHER (assim como o Jornal da Mulher Brasileira, e a Embelezar), eu procurava pessoas colaboradoras e patrocinadoras, na busca de apoio e base para estas iniciativas, pouco encontrei quem acreditasse em mim, alguns/algumas me “tachavam de louca, sonhadora, e até outras coisas horríveis”. Ocorreram muitas discriminações.
Lamentavelmente, talvez, pela “falta de cultura e ganância” de alguns segmentos, ocorreu perseguição para que não sobrevivêssemos com este ideal etc. passamos por muitas violações de nossos direitos e abusos de toda a ordem, sem encontrar guarida e socorro, exceto em familiares e pessoas amigas mais próximas.
Quando registramos ESPAÇO MULHER, não havia registro no INPI, e nem mesmo nos guias telefônicos, os quais guardamos ao longo desta trajetória, para comprovar que entrávamos com algo inédito.
Contudo, ao largo do tempo alguns “profissionais e empresas de registros de marcas” passaram a inundar "ESPAÇOS para todas a coisas", além de grandes grupos de comunicação se aproveitarem de nossa imagem, além das tentativas de fazer o mesmo em formato de projetos sociais etc. usando a denominação indevidamente para programas televisivos, colunas jornalísticas, saites, em eventos, lançamentos etc.
No início, algumas mulheres inclusive com as quais tentávamos formatar parcerias e ajudávamos com nossas divulgações (trabalho gratuito) não se mostraram interessadas em apoiar-nos diante das dificuldades atravessadas.
Atualmente, de forma lamentável algumas tentam usurpar de nossa imagem tanto em discursos, palestras, prêmios, em impressos etc.,( diziam que eram minha sócia e diretoras para levar vantagens), algumas até usam / usaram em negócios (que as vezes rapidamente fecharam), até mesmo em registros de empresas, ou seja apossaram-se indevidamente, sem minha autorização para tal fim, assim, também, agiram alguns homens.
Tudo foi registrado e devidamente documentado ao longo do tempo por pessoas que fazem estudos de gênero e junto ao mundo dos direitos humanos, as quais vieram nos acompanhando e ajudando continuadamente.
Escutei muitas ameaças e arbitrariedades, havia (e há) quem aposte na impunidade, na falta de condições financeiras para eu pagar honorários na área de defesa jurídica (alguns muito elevados), e todas outras formas de mazelas plantadas, malevolamente, para que não atingisse as minhas metas e ideais e, desenvolvesse a minha vocação.
Foram muitas decepções, pois a confiança era quebrada muitas vezes, e as façanhas de quem trabalha com armadilhas são muitas, chegam ao ponto de apostar que não haverá meios de defesa legal etc., para não informar outras barbáries ocorridas.
Questionava-me se era contra o que eu fazia, pelo projeto, pelo valor das marcas, pelo inovador em defesa das mulheres, era pela minha fragilidade e proposta, o que realmente motivava, homens e mulheres, a agirem de forma tão negativa e desastrosa (para eles/elas mesmos/as)?
Felizmente, com muita calma e paciência, em meio as dificuldades, encontrei outras pessoas com verdadeiro espírito humanitário que de forma solidária e leal, trouxeram o apoio, a solução e dando-nos força para vencer os abusos, o descaso para atendimento frente as violações sofridas.
Quase estamos chegando aos 22 anos do projeto ESPAÇO MULHER e, ainda com alguns reveses se solucionando, todavia aumentaram o número de pessoas que começaram a colaborar, e se afastam as atitudes de gente negativa e perturbada...
Principalmente, compreende-se que tudo isto era uma forma de violência psicológica (o que praticavam era o assédio moral, para que eu enfraquecesse como pessoa humana, profissional), e uma forma de violência econômica (pela prática da concorrência desleal, estelionato intelectual etc.) se houvesse a minha desistência, aproveitar-se-iam do que eu havia criado, sem as prováveis punições, reparações etc.
Quando se ouve, lê, escreve, editam-se leis sobre as violências contra as mulheres, parece que só se trata das que se refiram na esfera familiar, porém a violência não está apenas na cidade vizinha, mas está de muitas formas no cotidiano das pessoas...
Quando iniciei esta campanha de COMBATE À VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E À VIOLÊNCIA ECONÔMICA CONTRA AS MULHERES, no ano passado, deixei uma oportunidade para que as mulheres participassem com suas próprias informações, as quais foram muitas, e compreendemos as dificuldades inerentes a cada uma delas.
Realmente, a situação é crítica com o que ocorre em todos os meios, lamentavelmente, em quase todos os setores ainda prevalece uma forma bem visível dos muito tipos de violência contra as mulheres.
Nesta edição especialmente quero agradecer muito o apoio recebido de parlamentares, lideranças, entidades, profissionais, empresários/as, que colaboram conosco ajudando a superar de forma positiva os desajustes e desvios sociais de outras pessoas que agem sem escrúpulos. E com o maior carinho o agradecimento especial com quem colaborou de forma direta, quer seja em trabalho, com a amizade leal, orientações, e parte financeira.
Diz um sábio e velho ditado popular: "Quando na dificuldade, conhece-se as verdadeiras pessoas amigas, pois elas chegam para ajudar, quando as falsas já foram embora."
Felizmente as pessoas amigas verdadeiras estão fazendo parte do lado bonito e positivo desta história, somente estas serão valorizadas, elogiadas e reconhecidas, com a graça de Deus...
Com este breve pedacinho de vida relatada, que comprova as razões essenciais do que fazemos, agradeço também a sua atenção, envio um fraternal abraço, com esta edição nº 82.
Elisabeth Mariano
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“A dra. Letícia Soberón, coordenadora geral da Rede Informática da Igreja da América Latina (RIIAL), organismo do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, no início da tarde de ontem, apresentou às Capitulares a iniciativa: “Um portátil para cada criança”, lançada por Nicholas Negroponte, co-fundador dos laboratórios do MIT (Massachussets Institute of Technology de Boston)”.
“O Fórum Mídia Livre lançou o Manifesto pelo fortalecimento da mídia livre, por políticas públicas democráticas de comunicação e pela realização da Conferência Nacional de Comunicação. O documento obteve amplo apoio de movimentos, entidades, acadêmicos(as) e jornalistas. No blog do Fórum de Mídia Livre ele pode ser baixado em formatos diferentes e segue aberto a adesões. A proposta do FML é entregar o documento aos presidentes da República, do Senado e da Câmara, e do STF, a fim de promover as lutas pelo fortalecimento da mídia livre, por políticas públicas democráticas de comunicação e pela conferência.”
Mais informações: http://forumdemidialivre.blogspot.com.
“No dia 3 de novembro, teve início a última fase do Capítulo Geral, que começou no dia 18 de setembro passado. O término, como previsto, será no sábado dia 15 de novembro, festa da bem-aventurada Maddalena Morano, com a palavra conclusiva da Madre, a assinatura dos verbais por todas as Capitulares, a solene celebração eucarística presidida pelo Reitor-Mor, P. Pascual Chávez Villanueva com os Conselheiros SDB presentes em Roma.”
“Entre os dias 12 e 16 de novembro de 2008, Brasília será ocupada por diferentes ritmos e cores. A capital do país, durante a semana em que se comemora a proclamação da república será a sede do Terceiro Encontro Nacional dos Pontos de Cultura, que integra o programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura, a TEIA 2008, o maior encontro da diversidade cultural brasileira. Mais de 800 representantes e centenas de artistas e ativistas culturais de todas as regiões do país se reunirão na Esplanada dos Ministérios em Fórum, Seminários e Mostra Artística. Um encontro de reflexão e encantamento. Durante os dias do evento acontecerá também uma Feira de Economia Solidária, organizada pelos/as integrantes do Fórum Distrital e Entorno de Economia Solidária.”
Leia a íntegra em: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3873&Itemid=1.
“Entidades ligadas à luta pelos Direitos Humanos e aos Movimentos Sociais realizam nos dias 4, 5 e 6 de dezembro próximo em São Paulo o "Tribunal Popular: o Estado Brasileiro no banco dos réus". O objetivo da iniciativa é se contrapor às celebrações oficiais em razão dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ao julgar o Estado Brasileiro pelas sistemáticas violações de direitos da população mais pobre, fundamentalmente jovem e negra e a criminalização dos movimentos sociais.
Mais em: http://www.tribunalpopular2008.blogspot.com”.
Nos dias 16 e 17 de dezembro será realizado em Salvador (mais precisamente em Costa do Sauípe) a Cúpula Presidencial do Mercosul e a Cúpula da América Latina e do Caribe para a Integração e Desenvolvimento. O evento contará, obviamente, com a participação dos presidentes destes países. Os movimentos sociais através da Aliança Social Continental (articulação de movimentos sociais construída a partir do combate à criação da ALCA) e da Coordenadora Sindical do Mercosul vem construindo uma agenda de atividades a se realizar em Salvador entre os dias 11 e 15”.
Leia a íntegra em: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3865&Itemid=1.
Ocorrerá de 8 a 13 de dezembro, organizado pelo Fórum Gaúcho de Economia Solidária, a X Feira Estadual de Economia Solidária do RS.
“A Cúpula dos Povos do Sul será realizada em Salvador nos dias 12 a 15 de dezembro. O evento marca a passagem da cúpula dos presidentes do Mercosul e da Conferência da América Latina, Caribe e México – CALC, que acontece entre os dias 15 e 17, no litoral norte baiano. Ambas reúnem-se pela primeira vez sem a presença dos EUA e da União Européia. Esses dias estarão em debates à agenda do futuro dos povos da nossa região.
Os acontecimentos se darão primordialmente frente a grave crise econômica mundial. Decisões importantes sobre comércio, integração regional, políticas sociais e econômicas, segurança, integração produtiva, políticas sobre migrações, serão objetos de deliberações que suscitarão expectativas, e, sobretudo, discussões sobre temas fundamentais para as nossas vidas.” (...)
(...) “A Cúpula dos Povos do Sul torna-se imperativa na construção da integração regional que propicie uma nova perspectiva de combate a exclusão social, que preserve a liberdade e auto-determinação dos povos, eliminem as opressões de gênero e raça, reconheçam a diversidade cultural e étnica, resolvam os problemas da educação, saúde e segurança, preservação do meio ambiente, e contribuam na luta pela construção de uma sociedade justa e igualitária.”
“O governo brasileiro anunciou a indicação do professor Antônio Augusto Cançado Trindade para a Corte Internacional de Justiça, em Haia.”
“O fenômeno da violência e seu impacto na vida das mulheres esteve em discussão, de 10 a 12 de novembro, durante a 34ª Assembléia de Delegadas da Comissão Interamericana de Mulheres (CIM). O encontro atende convocação da Organização dos Estados Americanos (OEA) e reúne autoridades governamentais de 34 países. O Brasil esteve representado pela ministra Nilcéa Freire, da SPM.”
“No dia 2 de novembro, à tarde, as capitulares tiveram a possibilidade de um encontro com os participantes do Congresso do VIDES Internacional realizado em Sassone (Roma) de 31 de outubro a 2 de novembro sobre o temal “Bens comuns e direitos humanos: patrimônio e compromisso para os jovens”.
“Iniciativas concretas em favor da paz, da justiça e da dignidade estiveram sempre presentes na história da entidade mais representativa do ecumenismo no nosso tempo - O Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Nesse envolvimento, igrejas e grupos cristãos expressaram de maneira abrangente o profundo significado de sua missão no mundo e ao mesmo tempo deram passos seguros em favor da unidade dos cristãos.
A promoção da paz tem sido aspecto fundamental no amplo ministério do CMI. Está presente na história do ecumenismo desde a sua mais remota origem. Nas mais diversas conferências e esforços que antecederam a institucionalização oficial do Conselho (23 de agosto de 1948), além das questões relacionadas com a fé, a doutrina e a vida das igrejas, a problemática sócio, política e econômica da época exerceu influência decisiva na caminhada ecumênica. A dimensão política da existência humana nunca ficou ausente das preocupações e dos esforços pela unidade dos cristãos.” (...)
“Representantes da Igreja Católica dos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte encontraram-se recentemente para discutir as estratégias da Campanha da Fraternidade (CF) do próximo ano. O lema da CF 2009 será: "A paz é fruto da justiça" e visa debater sobre a segurança pública, além de contribuir para a promoção da cultura de paz na sociedade brasileira, sensibilizando a todos para o engajamento na construção de uma sociedade justa que garanta a segurança dos cidadãos”
Segue a programação das Missas da Pastoral Rodoviária para novembro e dezembro de 2008. Verifique se o Padre Miguel ou o Padre Germano vai passar na sua cidade. Repasse esse e-mail para a sua lista. Imprima e entregue para possíveis interessados. Mídia impressa e mídia eletrônica nos ajudem na divulgação.
Assista ao filme "O Sal da Terra" sobre a Pastoral Rodoviária: http://www.osaldaterra.com.br.
Visite: http://www.pastrodo.com.br.
"O índio não tem direito a nada. Tem justiça para os grandes empresários, para ele tem juiz, deputado, senador. Para os índios, pobres e negros não. Espero que o filme faça com que vocês ergam a cabeça e que olhem para o país" (Ambrósio Vilhalva - Kaiowá Guarani, em Veneza, Itália)
Quiçá o filme "A terra dos homens vermelhos" ganhe o festival em Veneza e venha a sensibilizar mais e mais gente pelo mundo afora, sobre a dramática luta dos Kaiowá Guarani pelas suas terras e vida. O Mato Grosso do Sul, em suas terras vermelhas, outrora cobertas de exuberante mata Atlântica e hoje com um dos menores índices de mata, chegando em regiões a menos de2%, precisa urgentemente rever a fúria de um progresso devastador, que apenas concentra a terra e o capital em mãos de cada vez menos gente, e ultimamente nas mãos de grandes grupos multinacionais. Só existe desenvolvimento se existir justiça. E só existe justiça se forem reconhecidos os direitos dos povos indígenas, dos quilombolas, dos sem terra, dos jogados à beira da estrada e da vida.” (...)
“O filme, quando estava sendo gravado em Dourados, foi repentinamente interrompido pela passagem no local dos integrantes da Comissão da Câmara dos Deputados, que investigou a morte de crianças Kaiowá Guarani, por desnutrição. Na ocasião, o diretor do filme ficou aborrecido pelo incidente, dizendo que os custos de produção eram altíssimos. Que agora os benefícios do grito pelos direitos indígenas sejam ainda mais altos.”
“Que a terra vermelha regada com o sangue de dezenas lideranças e milhares de vidas Kaiowá Guarani possa renascer e florescer em nova primavera!”
(*) artigo de autoria de Egon Dionísio Heck - Assessor do Conselho Indigenista (CIMI) Mato Grosso do Sul.
Leia mais em: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=35986.
“Um colóquio em Salvador reuniu especialistas de 13 países para debater trabalho, saúde, acesso a tecnologia e pobreza entre as mulheres negras. A idéia do evento, que aconteceu entre 6 e 9 de novembro, foi o de criar uma rede de comunicação entre organizações da África, Europa e América e apresentar indicadores sociais sobre o tema. Além dos conferencistas, cerca de 300 negras ligadas a organizações sociais, à educação ou a grupos quilombolas devem assistir as palestras e participar dos debates.
Chamado O Lugar da Mulher Negra na Geopolítica: Refletindo sobre os desafios das lutas contra pobreza e racismo, o colóquio foi composto por cinco mesas de debate que abordarão temas como os 120 anos da abolição da escravatura no Brasil, a inserção da mulher negra na produção científica, a violência e a discriminação. O evento é promovido pela UNEGRO (União dos Negros pela Igualdade) e tem o apoio do PNUD.’ (...)
“Sobre a saúde, foram discutidos, por exemplo, dados que apontam que, em 2003, das 36,4% das brasileiras de 25 anos ou mais que nunca tinham feito exame de mama, 28,7% eram brancas e 46,3% negras. Os dados são do estudo Resultado das Desigualdades de Gênero e Raça, do Governo Federal, UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) e IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
As desigualdades persistem inclusive entre as mulheres com mais de 12 anos de estudo: 10,5% das brancas nunca tinham feito o exame contra 18% das negras. "Estes números apontam desigualdades na qualidade do atendimento relacionadas com práticas e comportamentos discriminatórios adotados no cotidiano de trabalho, resultantes de preconceitos e estereótipos racistas, próprios do racismo institucional.” (...)
“O quadro de discriminação também se reflete no mercado de trabalho, um dos temas abordados no evento. A proporção de pessoas procurando emprego também é maior entre os negros e entre as mulheres no Brasil. Em 2006, o primeiro grupo, tinha 11% de desempregados e o segundo 9,4%. Para a população masculina e para os brancos as taxas eram de 6,4% e 7,5%, respectivamente. “As mulheres negras constituem, portanto, o segmento que se encontra em situação mais precarizada, o que se confirma por outros dados, como será visto a seguir.”
Negros trabalham mais, mas ganham menos - http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=51658&edt=.
Livro põe mulheres negras na História - http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=36897&edt=.