Inúmeras e variadas são as atuais pesquisas sobre a condição das mulheres em todo o mundo, principalmente, por organismos intencionais que se dedicam ao estudo dos povos.
Repetem-se quase a todo o ano, embora algumas demonstrem que ocorreu avanço, e até citem que há um terço de mulheres junto a fatia dos mais ricos do país e que chega a quase 40% o índice de mulheres executivas bem sucedidas e ricas.
Outras pesquisas demonstram que as micro empresas são controladas por uma faixa de 30 a 60% de mulheres em toda a América Latina.
Todavia, embora a aparente mostra de riqueza de algumas mulheres no topo da pirâmide social, e que elas sejam a maioria nos bancos escolares que concluiu os seus estudos, enquanto que os homens abandonam mais cedo a escola pressionados pelo mercado de trabalho ou por causa da violência, elas ainda são as que menos recebem remuneração pela sua força de trabalho, não tem acesso a carreira, a acabam sendo a maioria desempregada com curso de nível superior.
Nas classes mais pobres de periferias encontra-se a situação mais dramática das mulheres, onde elas são obrigadas a enfrentar as “tarefas apenas destinadas as mulheres”, pois há uma explícita divisão sexual do trabalho, e, além de tudo não há uma divisão de tarefas domésticas dentro do lar, onde elas acabam sendo responsáveis por todos os cuidados familiares, sem ter acesso a creches suficientes e acessíveis para as suas crianças e abrigos para os seus idosos e doentes.
Tudo isto aliado ao pior inimigo da raça humana “o preconceito social” destinado para segregar as pessoas que são pobres e não fazem parte das benesses da sociedade que congrega as melhores oportunidades, oferecidas aos que pertencem “as castas sociais.”
E, na base da pirâmide e nas periferias, sendo a maioria que sustenta toda a força de mão-de-obra pesada estão ainda mais sobrecarregadas com mais um preconceito, o racial e o de origem nacional, as negras e as migrantes.
Quando há discursos eleitoreiros em busca de votos da massa prometem-se todos os tipos ilusórios de benesses para o povo, e até em entrevistas junto à mídia citam-se as políticas públicas com (pequenas) cifras investidas diante das necessidades reais daqueles grupos. E, também são citados os órgãos públicos que atendem a maior parcela da população, só que as filas para agendamento e o tempo que precisam esperar para o “rápido atendimento do caso”, ultrapassam a paciência humana.
Quando isto tudo passa a ser questionado pelas militâncias em defesa dos direitos humanos desses grupos desfavorecidos que são apenas ricos no abandono da discriminação social, ouve-se a clássica desculpa “não temos recursos, não foi destinado verba orçamentária suficiente” etc.
Como solucionar tudo isto, quando o executivo empurra para o legislativo, e vice-versa, e o judiciário ainda não tem experiência suficiente para atender a demanda que uma pressão popular possa fazer para exigir seus direitos humanos sociais, capitaneados por militâncias de ONGs, religiosas etc.?
Para mudar as leis, e exigir a aplicação das mesmas, para monitorar as políticas e verbas públicas, e saber acionar legalmente diante dos abusos, para retratar na mídia a realidade dessa parcela menos favorecida do povo brasileiro, em que predominam as mulheres, faltam para elas - as mais interessadas, os conhecimentos apropriados, o acesso ao poder e a decisão para a indicação das verbas e auditoração das mesmas.
Como melhorar este quadro sócio político? Em nossa opinião orientando-se as pessoas desde o banco escolares para a educação social, onde sejam banidos todos os tipos de preconceitos e discriminações, e que seja semeado o sentimento da empatia com o próximo, não apenas a solidariedade passiva e pontual diante das tragédias.
Falta o amor humano pelas outras pessoas em cumprimento ao que é pregado nos dogmas religiosos, principalmente... E, que poderá suprir a “falta de recursos”...
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“A Anistia Internacional do Uruguai aproveita o mês dedicado às lutas das mulheres de todo o mundo para apresentar, no dia 11 de março na Biblioteca Nacional, em Montevideu, o relatório "A armadilha do gênero - Mulheres, violência e pobreza".
Na oportunidade, ainda foram discutidas as atividades realizadas nos seis anos da campanha "Não mais violência contra as mulheres" e divulgada a nova ação: "Exige Dignidade".
Segundo informações do relatório "A armadilha do gênero", dados da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que mais de 70% das pessoas que vivem em situação de pobreza são mulheres. "Por que mais de dois terços das pessoas pobres do mundo são mulheres, se estas constituem somente a metade da população mundial?", questiona.
A resposta é encontrada no próprio relatório: discriminação.
Segundo a Anistia, este é um dos principais fatores que explicam a pobreza feminina. "Em alguns países, a discriminação contra as mulheres impregna na legislação e, em outros, esta discriminação persiste apesar da adoção de leis de igualdade", afirma.
Isso pode ser constatado com uma simples comparação entre os benefícios que os homens e as mulheres recebem. De acordo com o estudo da Anistia, o acesso a recursos e meios de produção como terra, crédito e herança, por exemplo, não é igual para os dois sexos.
Da mesma forma, em média, as mulheres recebem salários mais baixos e, muitas vezes, o trabalho nem sequer é remunerado. "As mulheres, com frequencia, trabalham em atividades informais, sem segurança de emprego nem proteção social.
Ao mesmo tempo, seguem responsabilizando-as do cuidado da família e do lar", lembra.
Vale ressaltar que as mulheres não sofrem apenas com pobreza e discriminação. Segundo o documento da Anistia, elas ainda são as mais afetadas pela violência, pela degradação do meio ambiente, pelas enfermidades e até mesmo pelos conflitos armados.
De acordo com a organização, apesar de algumas conquistas e avanços nas garantias de direitos das mulheres - por exemplo, o reconhecimento de que os direitos delas são direitos humanos -, ainda há muito que ser feito.
Para Anistia, o reconhecimento dos direitos das mulheres apenas melhorou a vida de algumas. Por conta disso, considera que os Estados e as instituições internacionais devem ter mais vontade política para garantir tais direitos e para assegurar a igualdade.
Além disso, a organização acredita que as demandas das mulheres precisam ser ouvidas e respeitadas.
"A voz das mulheres deve ser escutada. Suas contribuições devem ser reconhecidas e alentadas. A participação ativa das pessoas que se vêem afetadas é um elemento essencial de qualquer estratégia de luta contra a pobreza", afirma.”
O relatório "A armadilha do gênero" completo está disponível em: http://www.amnesty.org/ar/library/asset/ACT77/009/2009/ar/b2f94dc6-69e2-4c83-9310-c892bdd03c8c/act770092009spa.pdf
“No dia 18 de março, o Sindicato dos professores de São Paulo fará cobertura ao vivo pelo Twitter da palestra “A construção de valores e a gestão da indisciplina em sala de aula”, que será ministrada por Ulisses Ferreira Araújo, professor da Faculdade de Artes, Ciências e Humanidades (USP/Leste), consultor e autor de diversos livros.
Para acompanhar, basta acessar o endereço twitter.com/sinprosp, a partir das 14h.
Os interessados poderão enviar perguntas e fazer comentários durante o evento.
E por falar em Twitter, se você ainda não segue o SINPRO-SP, clique aqui.
Todas as tardes, de segunda a sexta, o Sindicato acompanha e compartilha notícias diversas sobre o mundo da educação, trabalho e cultura.
Sua participação será muito bem-vinda!”
O “Espaço Cultural Diálogos do Sul e o Memorial da América Latina vão realizar, entre os dia 27 de março e 29 de maio, na capital paulista, o curso "Para onde caminha a América Latina? História e conjuntura", que vai debater e refletir sobre os acontecimentos políticos e sociais da América Latina, através de informações especializadas, à margem das produções dos grandes grupos midiáticos.
Os encontros, realizados sempre aos sábados, serão ministrados pelo jornalista Paulo Cannabrava Filho, autor do livro "No Olho do Furacão - A América Latina nos anos 70 e 80".
Jornalistas, sociólogos, historiadores, professores, estudantes universitários e demais interessados em conhecer mais sobre a memória política e cultural do nosso continente podem se inscrever no Centro Brasileiro de Estudos da América Latina (CBEAL).”
Para mais informações, acesse http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/index.jsp
“O evento aconteceu no dia 13 de março, em São Paulo, e reuniu gestores, organizações da sociedade civil, pesquisadores e educadores para debater a reforma da lei de direitos autorais; consulta pública deve ser lançada ainda este mês.
As tecnologias digitais ampliaram consideravelmente as possibilidades de acesso à informação e ao conhecimento e têm entusiasmado educadores, pesquisadores e estudantes no debate sobre a incorporação desses recursos na escola para melhorar a qualidade da educação. No entanto, a legislação de direitos autorais em vigor apresenta restrições ao pleno desenvolvimento dos processos educativos.
A lei 9.610, de 1998 – a chamada LDA – não permite que músicas, filmes, fotos, cópias de textos – mesmo aqueles que estão fora de circulação comercial – sejam usados para fins didáticos e educacionais. Escolas e universidades, assim como organizações não-governamentais que trabalham com atividades de formação, estão sujeitas a esses limites.
Depois de um processo de audiências iniciado em 2007 com diversos setores da sociedade civil, o Ministério da Cultura elaborou um anteprojeto de lei para a reforma da LDA, que está prestes a ser aberto para consulta pública, antes de ser encaminhado para votação no Congresso. A previsão é que a consulta se inicie ainda em março, de acordo com o MinC.
Para debater os limites da atual LDA e os pontos necessários em uma reforma para que se equilibrem os direitos do autor e o direito à educação, organizações envolvidas com o tema – Ação Educativa, Casa da Cultura Digital, GPopai-USP, IDEC, Instituto Paulo Freire, Intervozes e Música Para Baixar, – realizaram um debate no dia 13 de março, das 10 às 17 horas, no Instituto Paulo Freire - Casa da Cidadania Planetária- em São Paulo.”
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