É interessante observar o carinho e a receptividade de todas as áreas profissionais da área da beleza para com a sua clientela. A acolhida entre sorrisos e “saudades” e aquele toque de “vamos ver como está para ver como ficará” entre elogios e querendo saber as novidades, sem dúvida, é algo essencial e admirável.
Enfim, escolhida a “modalidade do atendimento”, o que a /o cliente quer, mãos-a-obra e se dedicam com empenho, escutam confidências e sonhos e planos de cada pessoa, que neles/nelas confiam tanto quanto a um terapeuta...
Eis o carisma essencial para atuar nas áreas de beleza, saúde, e das artes... Fazer a outra pessoa ser e se sentir feliz, acolhida e estimada. Contudo, são profissões que podem sofrer algumas consequências em saúde profissional, se não tiver certos conhecimentos e cuidados, situação que pode envolver a si mesmo /mesma ou para terceiros/cliente etc. assim sendo trazemos aqui algumas pesquisas sobre a área da saúde, com links indicados para estudar mais sobre cuidados para uma melhor saúde profissional.
Esperamos que sejam úteis e desde já enviamos nossos votos de um breve e saudável, e festivo retorno aos seus postos de trabalho. Recebam nossa valorização as suas áreas profissionais e o fraternal abraço de Elisabeth Mariano e equipe EMBELEZAR
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
Prof. Dr. Ricardo Falzoni CREMESP: 49.876
NASCIMENTO: 30/05/1958
CASADO
Endereço da clinica
Rua Borges Lagoa, 564 cnj 24 segundo Andar
Tel.: (11) 5083-3453 | 94574-9109
Instagram: @drricardofalzoni
Site: http://www.cirurgiaplasticafalzoni.com.br/
Dr. Euler Ribeiro é médico há mais de 50 anos, PhD em Geriatria e Gerontologia, além de outras especialidades na medicina (anestesista, pneumologista, cardiologista). É também Reitor da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade do Amazonas (FUnATI/AM), membro da Academia Brasileira de Letras do Amazonas e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, Professor e Conferencista internacional.
Ao longo da sua vida tem publicado livros e artigos científicos voltado para o envelhecimento humano.
Ele é reitor da FUnATI – Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade.
E-mail: nateuler@gmail.com
Pensando em levar dicas e informações sobre prevenção de doenças para nossos alunos, a FUnATI lançou o Minuto de saúde com o Reitor, um podcast diário com o Reitor da FUnATI, Dr. Euler Ribeiro, Médico Especialista em Geriatria e Doutor em Gerontologia Biomédica. Todos os dias você poderá ter acesso aos podcasts acessando a nossa playlist do nosso canal do youtube. Confira!
OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da RÁDIO EMBELEZAR, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.''As pessoas estão sempre com horários corridos, e isso impede que elas percebam que ao usar objetos compartilhados nos salões de beleza podem estar adquirindo algumas doenças'', alerta especialista
Cuidados com doenças transmitidas em salões de beleza
O número de doenças causadas pelo uso compartilhado de objetos utilizados em salões de beleza cresce a cada dia. O Alerta é da Terapeuta Capilar Sandra de Assis Maia.
“As pessoas estão sempre com horários corridos, e isso impede que elas percebam que ao usar objetos compartilhados nos salões de beleza podem estar adquirindo algumas doenças, principalmente quando falamos em objetos cortantes. A pessoa pode ser infectada por fungos, bactérias e até mesmo vírus ao cuidar dos cabelos no salão”, afirma a terapeuta.
O POVO Online com informações do site Altostima.com desvenda para você o que é Mito e o que é Verdade quando o assunto é o uso compartilhado de acessórios em salões de beleza:
1 - Escova de cabelo pode transmitir doenças?
Verdade, o compartilhamento desse objeto contaminado pode levar a uma infecção fúngica (micose) conhecida como pitiríase versicolor.
2 - Retirar os fios de cabelos da escova é o bastante para que ela fique limpa?
Mito. É recomendado que a limpeza seja feita por meio da lavagem com água e detergente, tanto nas escovas quanto nos pentes.
3 - Água sanitária também pode ser usada na hora de higienizar escovas e pentes?
Verdade. O uso de água sanitária também é indicado para retirar todas as impurezas dos objetos.
4 - Escovas de metais não precisam ser higienizadas?
Mito. Qualquer tipo de escova seja ela metálica, porcelana, plástica e almofadada deve ser higienizada corretamente, principalmente quando se fala em uso compartilhado.
5 - Tesouras e lâminas de barbear podem transmitir hepatite?
Verdade. O risco de transmissão da hepatite através de instrumentos compartilhados tais como lâminas de barbear e tesouras podem transmitir a doença. Principalmente homens que fazem a barba, esses devem checar atentamente sobre a higienização do material que será utilizado.
6 - Pode se pegar piolhos somente se pentear os cabelos com pentes e escovas que não foram esterilizados?
Mito. Este parasita são dificilmente visíveis e são transmitidos facilmente de pessoa para pessoa através do contato corpóreo e do compartilhamento de vestimentas (capas utilizadas na hora de cortar o cabelo) e objetos como: pentes, escovas e toucas. A infestação por piolhos causa coceira intensa e pode afetar qualquer área da pele, em especial o couro cabeludo.
7 - Usar o mesmo lavabo sem higienizar pode transmitir alguma doença capilar?
Mito. Doenças capilares só se pega quando há contato direto com o couro cabeludo, no caso do lavabo a pessoa está mais propícia a ter uma doença de pele. Algumas pessoas vão de bermudas para o salão, com isso o contato da pele com cadeiras e lavabos pode ocasionar doenças de pele e não capilares. O correto é passar um pano com álcool para limpar toda a área.
8 - Dermatite Seborreica pode ser contraída por meio de escovas de cabelos?
Verdade. A dermatite seborreica pode ser contraída por meio de pentes e escovas. A doença é uma inflamação crônica da pele. Ela ataca o couro cabeludo sob a forma de lesões avermelhadas que descamam e coçam. Para tratar a doença existem medicamentos específicos para a pele e o couro cabeludo capazes de controlar os sintomas.
9 - A Anvisa liberou o uso do formol somente nas escovas progressivas feitas pelos salões de beleza?
Mito. A quantidade permitida pela Anvisa é de 0,2%, com a função de conservante. Todo cliente deve checar com o cabeleireiro qual a quantidade que será utilizada na hora do procedimento.
10 - Escova progressiva pode causar câncer?
Verdade. A inalação pode causar câncer no aparelho respiratório, dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório. Pode ainda causar graves ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar e pneumonia. O contato com a pele (couro cabeludo) causa irritação, dor e queimaduras.
11 - As maquinas de cortar cabelo tem algum risco de se contrair o vírus do HIV?
Verdade. Os objetos cortantes ou perfurantes contaminados com sangue fresco visível podem ser um risco se cortarem ou perfurarem a pele - ou seja se a máquina foi utilizada num soropositivo e fez um corte ficando contaminada com sangue e logo a seguir for utilizada noutra pessoa e também fizer um corte acidental, existe um risco de exposição ao HIV nesta pessoa. Uma máquina de barbear ou cortar cabelo faz apenas uma ferida superficial na pele, o risco é menor, mas existe.
Por isso é bom ficar atento e ligado com os procedimentos de higienização dos lugares que você frequenta.
Redação O POVO Online
Hepatite E..... conhecimentos básicos sobre algumas doenças que estão sob vigilância... Introdução - Nada pode ser feito em Vigilância Epidemiológica sem a... pela vigilância sanitária. c) Isolamento: em pacientes internados precauções do... diferencial dermatite seborréica, tinha cruris e eritrasma, leucoplaquia pilosa...
De Eliana Giaretta
14 de março de 2017
Todos os dias, milhares de brasileiros visitam os salões de beleza à procura de cuidados estéticos e que tragam bem-estar. São locais que se transformaram em pontos de encontro social, com picos de concentração de pessoas em alguns dias e horários da semana, e onde são realizados procedimentos estéticos que podem gerar materiais biológicos potencialmente contaminados que causam doenças. Nas conversas e interações sociais que ocorrem nos ambientes de beleza também existe o potencial de se perpetuar crenças e hábitos errados por falta de orientação.
As doenças infecciosas podem ser adquiridas em lugares onde procedimentos invasivos são realizados frequentemente sem os cuidados adequados de lavagem das mãos, esterilização de materiais e reaproveitamento de materiais potencialmente contaminados com sangue.
Os profissionais que trabalham nos salões de beleza, incluindo os(as) micropigmentadores(as) e aplicadores(as) de tatuagens corporais, executam atividades que podem gerar riscos potenciais de transmissão de doenças, pela possibilidade de causarem lesões com solução de continuidade na pele e nos seus anexos (pelos e unhas) e pelo desconhecimento em relação a regras de higienização e cuidados com o compartilhamento de instrumentos.
Os estabelecimentos promotores de beleza devem respeitar e se adequar às exigências sanitárias vigentes, seguindo normas práticas essenciais, com o intuito de garantir segurança e qualidade aos profissionais e à população que demanda por estes serviços, sem exposição a riscos e promovendo saúde e bem-estar.
Vamos pensar na seguinte situação: um(a) profissional micropigmentador(a) ou tatuador(a) atende um cliente que tem, por exemplo, hepatite C e, ao realizar o seu procedimento ocorre sangramento que contamina os instrumentos utilizados durante a micropigmentação ou tatuagem. Se não forem tomados os devidos cuidados com a higienização e esterilização dos materiais utilizados, há o risco de contaminação do próximo cliente. Já imaginou o problema? Este cliente pode ter acabado de contrair uma doença muito grave que, mesmo com o tratamento adequado, pode ter respostas variáveis, além de haver o risco de desenvolvimento de câncer no fígado a longo prazo.
Além da Hepatite C, existe o risco de transmissão de outras doenças, tais como:
Alguns cuidados podem ser tomados pelos clientes:
Os profissionais que atuam nos salões de beleza, incluindo os(as) micropigmentadores(as) e aplicadores(as) de tatuagens corporais, são numericamente expressivos e atendem um grande contingente de pessoas todos os dias; portanto, a formação continuada deste segmento profissional pode ajudar a promover a saúde na sociedade como um todo e contribuir no processo de prevenção por meio da suspeita e orientação de tratamento com o médico, o que levaria a uma diminuição dos indicadores de várias endemias.
Doenças transmitidas pelo sangue.
Hepatite B
O mais perigoso patógeno sanguíneo é o vírus da hepatite B (VHB), que provoca uma doença do fígado com risco de vida. Existe uma vacina de prevenção, se você se encaixa no perfil de profissionais que tem contato com o sangue deve procurar o serviço de saúde pública da sua cidade e tomar as vacinas necessárias para prevenção dessa doença.
Hepatite C
Uma infecção comum pelo sangue é a hepatite C. Seus vírus pode causar uma doença contagiosa que resulta em danos graves ao fígado, mas a maioria das pessoas não sabem que contraíram a doença até que seu órgão seja prejudicado.
HIV
A doença mais conhecida causada por patógenos é a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), que é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Essa síndrome destrói o sistema imunológico humano de forma que ele não seja capaz de combater a doença.
Ocupações em risco
Algumas profissões possuem um risco maior de exposição a agentes patogênicos transmitidos pelo sangue do que outras, incluindo todos os trabalhadores de saúde, limpeza, socorristas, trabalhadores de laboratórios de pesquisa e os de segurança pública, como bombeiros e agentes da lei, também os profissionais que trabalham com perfuro cortante como tatuadores ou micropigmentadores.
Prevenção/Solução
Os empregadores que explicam aos seus funcionários que eles podem estar expostos a sangue ou outros materiais potencialmente infecciosos no local de trabalho são solicitados a educar os funcionários sobre patógenos e dar-lhes acesso aos equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras, óculos de segurança, revestimento do corpo e sistemas de segurança para descarte de material contaminado.
O lixo biológico deve ter sua coleta de maneira especial, jamais descarte esse lixo junto com o lixo comum. Contate o serviço público da sua cidade e se informe sobre a coleta do seu material contaminado.
Agradecimento especial ao meu amigo e coautor do meu livro, Dr. Elso Elias Vieira Jr, Dermatologista Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Doutorado/PhD pela Universidade de São Paulo (USP).
Todos os dias, milhares de brasileiros visitam os salões de beleza à procura de cuidados estéticos e que tragam bem-estar. São locais que se transformaram em pontos de encontro social, com picos de concentração de pessoas em alguns dias e horários da semana, e onde são realizados procedimentos estéticos que podem gerar materiais biológicos potencialmente contaminados que causam doenças. Nas conversas e interações sociais que ocorrem nos ambientes de beleza também existe o potencial de se perpetuar crenças e hábitos errados por falta de orientação.
As doenças infecciosas podem ser adquiridas em lugares onde procedimentos invasivos são realizados frequentemente sem os cuidados adequados de lavagem das mãos, esterilização de materiais e reaproveitamento de materiais potencialmente contaminados com sangue.
Os profissionais que trabalham nos salões de beleza, incluindo os(as) micropigmentadores(as) e aplicadores(as) de tatuagens corporais, executam atividades que podem gerar riscos potenciais de transmissão de doenças, pela possibilidade de causarem lesões com solução de continuidade na pele e nos seus anexos (pelos e unhas) e pelo desconhecimento em relação a regras de higienização e cuidados com o compartilhamento de instrumentos.
Os estabelecimentos promotores de beleza devem respeitar e se adequar às exigências sanitárias vigentes, seguindo normas práticas essenciais, com o intuito de garantir segurança e qualidade aos profissionais e à população que demanda por estes serviços, sem exposição a riscos e promovendo saúde e bem-estar.
Vamos pensar na seguinte situação: um(a) profissional micropigmentador(a) ou tatuador(a) atende um cliente que tem, por exemplo, hepatite C e, ao realizar o seu procedimento ocorre sangramento que contamina os instrumentos utilizados durante a micropigmentação ou tatuagem. Se não forem tomados os devidos cuidados com a higienização e esterilização dos materiais utilizados, há o risco de contaminação do próximo cliente. Já imaginou o problema? Este cliente pode ter acabado de contrair uma doença muito grave que, mesmo com o tratamento adequado, pode ter respostas variáveis, além de haver o risco de desenvolvimento de câncer no fígado a longo prazo.
Além da Hepatite C, existe o risco de transmissão de outras doenças, tais como:
Alguns cuidados podem ser tomados pelos clientes:
Os profissionais que atuam nos salões de beleza, incluindo os(as) micropigmentadores(as) e aplicadores(as) de tatuagens corporais, são numericamente expressivos e atendem um grande contingente de pessoas todos os dias; portanto, a formação continuada deste segmento profissional pode ajudar a promover a saúde na sociedade como um todo e contribuir no processo de prevenção por meio da suspeita e orientação de tratamento com o médico, o que levaria a uma diminuição dos indicadores de várias endemias.
Doenças transmitidas pelo sangue.
Hepatite B
O mais perigoso patógeno sanguíneo é o vírus da hepatite B (VHB), que provoca uma doença do fígado com risco de vida. Existe uma vacina de prevenção, se você se encaixa no perfil de profissionais que tem contato com o sangue deve procurar o serviço de saúde pública da sua cidade e tomar as vacinas necessárias para prevenção dessa doença.
Hepatite C
Uma infecção comum pelo sangue é a hepatite C. Seus vírus pode causar uma doença contagiosa que resulta em danos graves ao fígado, mas a maioria das pessoas não sabem que contraíram a doença até que seu órgão seja prejudicado.
HIV
A doença mais conhecida causada por patógenos é a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), que é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Essa síndrome destrói o sistema imunológico humano de forma que ele não seja capaz de combater a doença.
Ocupações em risco
Algumas profissões possuem um risco maior de exposição a agentes patogênicos transmitidos pelo sangue do que outras, incluindo todos os trabalhadores de saúde, limpeza, socorristas, trabalhadores de laboratórios de pesquisa e os de segurança pública, como bombeiros e agentes da lei, também os profissionais que trabalham com perfuro cortante como tatuadores ou micropigmentadores.
Prevenção/Solução
Os empregadores que explicam aos seus funcionários que eles podem estar expostos a sangue ou outros materiais potencialmente infecciosos no local de trabalho são solicitados a educar os funcionários sobre patógenos e dar-lhes acesso aos equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras, óculos de segurança, revestimento do corpo e sistemas de segurança para descarte de material contaminado.
O lixo biológico deve ter sua coleta de maneira especial, jamais descarte esse lixo junto com o lixo comum. Contate o serviço público da sua cidade e se informe sobre a coleta do seu material contaminado.
Agradecimento especial ao meu amigo e coautor do meu livro, Dr. Elso Elias Vieira Jr, Dermatologista Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Doutorado/PhD pela Universidade de São Paulo (USP).
Dr. Pedro Pinheiro - 25/10/2020
A AIDS é uma doença infectocontagiosa transmitida por um vírus chamado HIV (vírus da imunodeficiência humana). Para se ter AIDS é preciso estar contaminado com o vírus HIV; não existe a possibilidade de alguém ter AIDS sem ser HIV positivo.
Só é possível contrair o vírus HIV de uma pessoa infectada, ou seja, o vírus precisa ser transmitido de uma pessoa para a outra. Não se “pega AIDS” tendo relações sexuais com alguém que não tenha o vírus, do mesmo modo que não é possível “pegar AIDS” se masturbando sozinho. Também não há transmissão do HIV através de transfusão de sangue que não esteja contaminado nem do contato com agulhas que não tenham sido utilizadas em pacientes com HIV.
As informações acima podem parecer banais, mas muitas pessoas ainda acham que o HIV pode ser transmitido apenas pelo ato sexual, independentemente da situação de saúde do(a) parceiro(a).
É importante também diferenciar o HIV da AIDS. HIV é o vírus, enquanto AIDS é a doença causada por esse vírus. É possível ser portador do HIV e não ter AIDS, já que algumas pessoas são carreadoras assintomáticas do vírus. Na verdade, a maioria das pessoas passa vários anos infectadas com o HIV antes de desenvolver qualquer sintoma da AIDS. A média de tempo entre a contaminação e o desenvolvimento da doença é de 10 anos.
Para se adquirir o HIV, o vírus precisa entrar na circulação sanguínea. A pele é o nosso principal organismo de defesa, funcionando como uma armadura, impedindo que germes do ambiente tenham acesso ao interior do nosso organismo. Caso não existam feridas, o simples contato do sangue ou de outros fluidos contaminados com a pele íntegra não é suficiente para transmissão do HIV.
Se a pele é uma ótima barreira, o mesmo não podemos dizer das mucosas, como a glande do pênis, ânus e a mucosa da vagina, que apresentam poros que possibilitam a invasão do HIV para dentro do organismo. A mucosa oral também não é uma barreira tão eficiente porque frequentemente apresenta pequenas feridas.
Portanto, qualquer situação em que fluidos contaminados pelo HIV consigam entrar em contato com a corrente sanguínea há risco de contaminação.
Na prática, quase todos os casos de transmissão do HIV se resumem às seguintes situações:
Vamos falar rapidamente sobre cada uma delas.
Via sexual
A principal via de transmissão do HIV é através das mucosas dos órgãos sexuais. Toda relação sexual causa microtraumas nestas mucosas, muitas vezes invisíveis ao olho nu, o que facilita a contaminação pelos vírus que estão presentes nas secreções genitais. Os fluidos que contém o vírus são as secreções vaginais, o sêmen, o liquido pré-seminal (aquele transparente que sai do pênis antes da ejaculação) e, obviamente, o sangue.
O sexo anal é a forma que apresenta maior risco de contaminação. A mucosa do ânus e do reto é mais fina que a vaginal e, por não apresentar lubrificação natural, está mais sujeita a pequenas lesões durante o ato sexual. Quanto mais ferida estiver a mucosa, mais fácil é para o vírus invadi-la.
O sexo oral ativo (receber o pênis ou a vagina na boca) também pode transmitir HIV, principalmente se houver lesões na cavidade oral como gengivites, aftas, feridas, etc. Algumas dessas lesões podem ser pequenas o suficiente para passarem despercebidas para a maioria das pessoas, mas não o suficiente para impedir a penetração do vírus presente nas secreções genitais.
Apesar de ser a via mais comum de transmissão do HIV, o risco real de transmissão pelo sexo é bem mais baixo do que a maioria das pessoas imagina:
O valores acima podem parecer muito baixos, mas eles são apenas uma média e se referem a uma única relação isolada. O risco de transmissão vai se tornando progressivamente maior quanto mais relações os casais têm. Por exemplo, ao longo do tempo, um homem homossexual que tenha relações com frequência com um parceiro HIV positivo tem um risco de 40% de acabar sendo contaminado se for passivo e de 22% se for ativo.
O risco de transmissão através do sexo é maior quando a pessoa contaminada apresenta uma carga viral elevada. Quando o vírus encontra-se em grande quantidade no sangue, ele inevitavelmente também estará em grande quantidade nas secreções genitais. Por outro lado, portadores do HIV que estão em tratamento e apresentam carga viral negativa apresentam risco muito baixo de transmissão.
A presença concomitante de outra doença sexualmente transmissível, como sífilis, herpes ou gonorreia, aumenta o risco de transmissão ou contágio pelo HIV.
O melhor modo de prevenir a transmissão do HIV através das relações sexuais é com o uso camisinha, que reduz o risco em mais de 80%. A associação entre o uso correto dos medicamentos antirretrovirais e a camisinha torna praticamente nula a chance de transmissão do HIV, seja qual for a forma de sexo empregado.
Transfusões sanguíneas
Receber transfusões de sangue, produtos sanguíneos ou transplantes de órgãos contaminados pelo HIV é disparada a forma mais perigosa de adquirir o vírus. O risco de transmissão ao ser transfundido com uma única bolsa de sangue contaminada é de 92%.
Essa forma de transmissão era muito comum no início da epidemia de AIDS, na década de 1980, mas hoje em dia é rara, devido aos testes rigorosos pelos quais o sangue doado é submetido.
Compartilhar agulhas contaminadas
Atualmente, cerca de 7% dos casos novos de HIV surgem em usuários de drogas intravenosas que compartilham agulhas.
O risco de contaminação ao utilizar uma agulha infectada é de 0,6%. Novamente, a carga viral e a repetição do comportamento de risco tornam o risco de contaminação maior.
Acidentes com agulhas contaminadas
Profissionais de saúde que lidam com pacientes HIV positivo podem se contaminar através de acidentes com agulhas contaminadas. O risco de contaminação para acidentes que perfuram a pele é de 0,23%. A carga viral do paciente é o fator mais importante no risco.
Transmissão da mãe para o feto durante a gravidez
A passagem do HIV da mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação também já foi uma via muito comum de transmissão. Atualmente, porém, a sorologia para HIV faz parte de todo pré-natal e o tratamento da mãe contaminada com antirretrovirais reduz o risco de transmissão para menos de 1%. Os poucos casos ainda registrados são de mulheres que não fizeram pré-natal adequado ou que não tomaram a medicação de forma correta.
Fora as cinco vias discutidas acima, praticamente não há outras formas de transmissão do vírus HIV. Existem relatos isolados de transmissão através de mordidas ou de contato de sangue contaminado com o olhos, mas esses casos são muito raros.
É importante saber que os seguintes fluidos corporais NÃO transmitem o HIV (ao não ser que haja sangue misturado):
Nenhum dos fluidos acima apresenta concentrações do vírus em quantidades relevantes para que haja transmissão.
Também NÃO se contrai AIDS através de:
O HIV sobrevive muito pouco tempo no ambiente, por isso, histórias sobre pessoas que colocam sangue contaminado no Ketc.hup, agulhas em telefones públicos e cadeiras de cinema são apenas mitos que circulam pela internet. Além disso, o vírus quando exposto a sabão ou outros produtos químicos, também morre.
Chamamos de infecção aguda pelo HIV, ou síndrome retroviral aguda, o quadro que ocorre entre 2 a 4 semanas após a contaminação com o vírus.
Os sintomas são semelhantes à uma síndrome de mononucleose, com febre, dor de garganta, múltiplas pequenas manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo, aumento dos linfonodos (ínguas) e dor de cabeça. O aparecimento de pequenas úlceras no pênis, ânus ou na cavidade oral são bem característicos da lesão primária pelo HIV.
Nem todo mundo que se contamina com HIV vai desenvolver sintomas da infecção aguda e, em alguns casos, os sintomas são tão discretos que passam despercebidos pelo paciente.
Durante a infecção aguda, a quantidade de vírus na circulação sanguínea encontra-se muito elevada, o que faz com que a transmissão para outras pessoas seja mais fácil nessa fase.
Explicamos a síndrome retroviral aguda em detalhes no texto: INFECÇÃO AGUDA PELO HIV – Síndrome Retroviral Aguda.
Atualmente, os medicamentos que combatem o vírus HIV são tão eficazes, que eles podem ser usados como forma de impedir a transmissão do HIV de uma pessoa para outra. Existem duas estratégias:
Profilaxia pré-exposição (PrEP)
A profilaxia pré-exposição é quando pessoas com alto risco de contrair o HIV tomam medicamentos diariamente para reduzir suas chances de serem infectados. A PrEp é feita atualmente com um medicamento antirretroviral chamado Truvada® (tenofovir + emtricitabina).
A toma diária de um comprimido de Truvada® reduz o risco de contrair o HIV do sexo em mais de 90%. Entre as pessoas que injetam drogas, a redução do risco é de mais de 70%.
Recomendamos que a PrEP seja considerada para pessoas que são HIV-negativas e que estejam tendo um relacionamento sexual contínuo com um parceiro(a) soropositivo. A asociação da camisinha com a PrEP torna praticamente nulo o risco de transmissão do HIV de um parceiro para outro.
Outras situações que podem indicar o uso do Truvada® são: pessoas com vida sexual promiscua e sem hábito de usar preservativos, usuários de drogas que partilham agulhas e homens gays que fazem sexo anal passivo e tenham história de outras doenças sexualmente transmissível.
Profilaxia pós-exposição (PEP)
A profilaxia pós-exposição é aquela que é feita após o paciente ter tido contato real ou potencial com o vírus HIV, como no casos de estupro, camisinha que estourou, relação desprotegida, acidente com agulhas, etc.
A PEP deve ser iniciada o mais rapidamente o possível, idealmente nas primeiras 2 horas (maior taxa de eficácia). Até 72 horas depois do incidente, o tratamento ainda apresenta efeito, porém, estudos indicam que os índices de infecção são mais baixos quando a profilaxia é iniciada nas primeiras 36 horas.
Existe mais um de um esquema antirretroviral indicado. Atualmente, os mais comuns são:
O tratamento dura 28 dias e o paciente deve ser acompanhado pela equipe de saúde por 90 dias para comprovação da eficácia.
Explicamos a profilaxia da AIDS no artigo: [Como prevenir a infecção pelo HIV (PrEP e PEP). https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/dst/como-prevenir-a-infeccao-pelo-hiv/]
1. Quais são as vias de transmissão do HIV mais comuns hoje em dia?
2. Eu posso “pegar AIDS” fazendo sexo com uma pessoa não contaminada?
Não se pega o vírus HIV de pessoas que não têm o vírus HIV. Se o seu parceiro(a) não está contaminado(a), não há risco de transmissão. O ato sexual não “cria” o HIV. Do mesmo modo que não se pega sarampo de quem não tem sarampo, não é possível pegar o vírus HIV de quem não tem o vírus HIV.
3. É possível ter relações desprotegidas com uma pessoa portadora HIV e não se contaminar?
Sim. A transmissão não ocorre em 100% dos casos. Na verdade, na maioria das vezes, são necessárias mais de uma relação desprotegida para que alguém seja contaminado.
4. É verdade que mulher não transmite HIV para o homem?
Não. Isto é um mito que provavelmente surgiu pelo fato do risco de transmissão da mulher para o homem ser menor do que do homem para mulher ou de que do homem para outro homem. É possível, sim, que homens se contaminem com HIV tendo relações desprotegidas com mulheres HIV positivas.
5. A camisinha protege 100% contra o HIV?
Não. A camisinha reduz o risco de transmissão em 80%. É importante lembrar que o risco de transmissão em uma única relação sexual é naturalmente muito baixo. Com o uso da camisinha, ele se torna praticamente nulo.
6. Se o parceiro não ejacular dentro da vagina ou do ânus, ainda assim há risco de transmissão do HIV?
Sim. Não é preciso ejaculação para haver transmissão do HIV.
7. Qual é a via sexual que traz mais riscos?
O sexo anal é tipo com maior risco de transmissão do HIV, sendo até 17 vezes maior que no sexo vaginal.
8. O que traz mais riscos: sexo passivo ou sexo ativo?
O sexo passivo, tanto na via vaginal quanto anal, traz maior risco de contaminação. Isto não significa, porém, que o parceiro ativo também não corra riscos.
9. Sexo oral transmite HIV?
Sim. Como há HIV nas secreções da vagina e do pênis, o parceiro(a) que colocar a boca em contato com a genitália do parceiro pode se contaminar, apesar do risco ser bem baixo.
Como a saliva não contém HIV em quantidades significativas, receber o sexo oral, ou seja, ter o pênis ou a vagina em contato com a boca de outros não costuma trazer riscos. Estima-se que a chance de contaminação ao receber sexo oral seja de apenas 0,005%.
10. Se eu beijar um HIV positivo que esteja com uma lesão na boca posso ser contaminado?
Existe um pequeno risco de transmissão, mas é preciso que haja sangramento visível. Existe apenas um caso conhecido no mundo inteiro de transmissão do HIV deste modo.
11. Se o parceiro tiver uma afta, existe risco de transmissão do HIV pelo beijo?
Se não houver sangramento, não.
12. Sexo entre mulheres transmite o HIV?
Sim, apesar do risco ser bem menor do que com o sexo heterossexual ou homossexual entre homens.
13. Existe risco de transmissão do HIV através da penetração anal ou vaginal com os dedos?
Muitíssimo baixo. Se o dedo tiver cortes ou feridas é possível se contaminar. Se o dedo estiver sangrando é possível transmitir. Porém, não há casos relatados de transmissão por essa via.
14. É possível a contaminação com o HIV se um mosquito picar uma pessoa infectada e imediatamente depois me picar?
Não. Não existe nenhuma hipótese de transmissão do HIV por mosquitos.
15. É possível transmitir o HIV pelo leito materno?
Sim. O aleitamento materno é uma das vias possíveis de transmissão do HIV da mãe para o filho.
16. Partilhar brinquedos sexuais como vibradores e dildos podem causar transmissão do HIV?
Sim, existe risco. Deve-se usar um novo preservativo no objeto a cada troca com o parceiro(a).
17. É possível “pegar AIDS” em banheiros públicos?
Não. O HIV não sobrevive fora do corpo humano no ambiente.
18. É possível “pegar AIDS” partilhando lâminas de babear?
Sim, pouco provável, mas possível, principalmente se a pessoa usar um lâmina ainda com sangue fresco de uma pessoa contaminada.
19. É possível pegar HIV de uma pessoa contaminada, mas ainda aparentemente saudável, ou seja, sem AIDS?
Sim. O fato da pessoa portadora do HIV ainda não ter critérios para AIDS ou qualquer doença aparente não significa que ela não possa transmitir o vírus.
20. É possível pegar HIV através de tatuagens ou piercing?
Sim. Todo material que penetre a pele deve ser descartável. Se o profissional que faz a tatuagem ou coloca o piercing reutiliza material, há sempre risco de contaminação. Se o material for estéril e descartável, não existe risco.
21. O sangue de outra pessoa tocou na minha pele, posso ter sido contaminado?
O contato de sangue com pele íntegra não transmite o HIV. Basta lavá-la com água e sabão. Só existe risco se o sangue entrar em contato com feridas na pele ou mucosas (olho, boca, ânus ou vagina).
22. É possível pegar HIV através de uma cusparada?
Não.
23. Tosse ou espirro transmitem HIV?
Não.
24. Trabalho / moro com uma pessoa portadora do HIV, devo tomar alguma precaução em relação a ela?
Não. A não ser que vocês tenham sexo desprotegido, ela não lhe contaminará, mesmo que vocês se beijem, abracem, usem os mesmos talheres, usem o mesmo banheiro, a mesma toalha, dividam a mesma cama, etc.
25. Preciso lavar as mãos após ter tido contato ocasional com um paciente HIV positivo?
Não.
26. É possível pegar HIV através de uma alimento propositadamente contaminado?
Não. Isto é uma lenda urbana. Sangue no ketc.hup, sêmen na sopa, água contaminada, etc. O HIV não resiste ao contato com calor ou outras substâncias químicas. Além disso, o HIV é morto pela acidez do estômago. Não existe nenhum relato no mundo inteiro de contaminação pela ingestão do vírus.
27. Doar sangue pode me contaminar?
Não. Doar sangue não faz ninguém pegar HIV.
28. Se uma pessoa com HIV tocar no meu pênis, eu posso me contaminar?
Não. O HIV não vive no exterior do corpo. Não há HIV na pele das pessoas.
30. Já existe vacina que impeça alguém de “pegar AIDS”?
Não, ainda não existe vacina contra o HIV. Mas conforme explicamos no texto, existem formas de profilaxia com medicamentos que na prática acabam prevenindo a contaminação.