Uma das piores atitudes sociais, empresariais, e profissionais que se percebe é no que se refere a “certos preconceitos de grupos que pensam ser poderosos!”
Utilizam-se campanhas com vistas apenas para conquistar mais vendas de seus produtos, aparelhos etc. e se esquecem que lidam com seres humanos...
Muitas vezes, mulheres (sem muito estudos, mas trabalhadeiras, entram em certos nichos de mercados e acabam por ser exploradas, tratadas como peça de engrenagem para a riqueza de terceiros, em ações etc.)
Exemplo disto, é que certa grande empresa não entrega mercadorias para suas “apoiadoras” quando em bairros distantes ou “considerados perigosos” ...
Pois é, parece que naquele bairro com tal conceito do contratante, a frágil mulher que se dedica as vendas, e recebe um mínimo percentual de comissão, dinheiro ganho com seu esforço, simpatia dedicação... muitas são o esteio da família (onde abandonada etc. vive com muitos filhos, pessoas idosas, doentes, cuidando-os.)
Ah, sim, ela pode ir para pontos de ônibus distantes, abandonar tudo para buscar mercadorias que já foram vendidas, entregar etc...Não há bandidos mais é? Ou...
Pergunte-se: E se lhes ocorrer alguma doença, quem assumirá todos os custos de sustento de sua complicada e dependente família?
Se tiver que se hospitalizar, fazer cirurgias, acidente de trânsito, ser roubada etc... o quê, a quem, e de que modo serão reconhecidas como úteis (indispensáveis?).
Infelizmente, parece que ninguém sabe o que sucede em termos de regulamentar tais situações abusivas... O mesmo ocorre com o público LGTI+...
Trabalham sem quase nenhuma garantias, mais por comissões também... e nem mesmo ter garantidos os custos básicos...
SÃO CATEGORIAS CONSIDERADAS EM ESTILO AUTÔNOMAS, MICROEMPRESARIAS/OS DE SERVIÇOS ETC. PRECISAM PAGAR O INSS PARA SE APOSENTAR EM ALGUM DIA; TEEM QUEDECLARAR IMPOSTO DE RENDA ETC. MAS, AO SE OLHAR MAIS APROFUNDADO, SÃO INDISPENSAVEIS EM SUAS MÃO-DE-OBRAS “DIARIAS, ATÉ COM PLANTÕES...”
A verdade atual que ocorreu nestes segmentos diante “da quarentena, tudo fechado” e, diante de “contágios de COVID 19” ocorreu quase a total diminuição de oportunidades de serviços a clientela, ou, vender produtos para elas... etc. AO QUE SE SABE OCORRERAM MUITOS SUICIDIOS E MORTE POR FOME....
Estamos falando de dois tipos de mãos-de-obra vulneráveis, e, das que mais necessitam serem olhada com critérios e “ justiça para a realidade destas queridas e queridos trabalhadoras/es tão sem assistência ( nem assistência social, na área da saúde, família, onde residir, tomar remédios e o “ter o básico do que comer...”).
Campanhas que não aceitam testes em animais etc. deveriam também fazer campanhas contra estes mesmos grupos pela exploração da mão-de-obra de vulneráveis.
Assim, com este alerta, quiçá haja algum departamento de repartição pública, que se interesse neste coletivo e investigue, e os ajudem nesta “encruzilhada da vida”!
Espero que apreciem o que pesquisamos para você destacando a “virtual” comemoração da 25ª PARADA GAY, na conscientização sobre a AIDS.
Também permaneço à disposição para encaminhar pessoas vulneráveis para serem atendidas dignamente por autoridades humanistas.
Fraternal abraço, Elisabeth Mariano e equipe.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
Marco Antonio De Tommaso
Site: http://tommaso.psc.br/
E-mail: tommaso@terra.com.br
Telefone: (11) 3887-9738 (de segunda a sexta em horário comercial)
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Adrianah Jalouse
Educador no Seguimento da Beleza - Cabeleireiro (a) capacitada e motivada, dedicada à promoção da aprendizagem do aluno e ao aprimoramento do potencial individual. Conduz com sucesso o ambiente de sala de aula e aprimora o comportamento do aluno por meio de abordagens positivas e inovadoras. Capaz de construir relacionamentos afetuosos, com pensamento analítico e ótimas habilidades de tomada de decisões.
EDUCAÇÃO | SÃO CAETANO DO SUL, SÃO PAULO | Janeiro 2021 - Atual
WORKSHOP | São Paulo, SP | Fevereiro 2018 - Janeiro 2021
Desenvolvi alguns trabalhos junto ao Pró-Beleza, a CLESS ACADEMY PROFESSIONAL - Cursos, Treinamentos, Workshops e Feiras de Beleza!
São Paulo, SP, | Setembro 2019
Foi realizado vários exames de conhecimento dentro o seguimento que estamos como profissional da Beleza - Várias ações e estudos entre 2017 - 2020 - alguns com reconhecimento e certificação no Estado de São Paulo.
Nos anos anteriores fiz vários cursos - Cabeleireiro - participei de vários workshop.
Cel: (11) 97711-5375
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Terapia de oxigênio aplicada em câmaras hiperbáricas mostrou resultados positivos em pesquisa feita na Universidade de Tel-Aviv
Por Rodrigo Loureiro
Publicado em: 24/11/2020 às 16h59Alterado em: 24/11/2020 às 17h08access_timeTempo de leitura: 2 min
Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, pode mudar a forma como envelhecemos. Os pesquisadores descobriram um método em que é possível reverter o processo de envelhecimento das células através do uso de terapia de oxigênio. Nos resultados obtidos até agora, algumas células de idosos já foram rejuvenescidas em 25 anos.
Esta terapia utiliza câmaras hiperbáricas, ambientes totalmente controlados e hermeticamente fechados em que o paciente é submetido à inalação de oxigênio puro em uma pressão maior do que a atmosférica. O estudo mostrou que o uso destes equipamentos pode ajudar a reverter o processo de envelhecimento das células que estão relacionadas com a deterioração do corpo humano.
A pesquisa, publicada no Aging, foi feita com 35 pessoas, todas com mais de 64 anos de idade. Os idosos foram submetidos a cinco sessões por semana durante três semanas. Todas as sessões tinham duração de 90 minutos.
A ideia de submeter as pessoas neste teste surgiu após um experimento realizado pela Nasa em que a agência espacial americana enviou uma pessoa ao espaço e o irmão gêmeo idêntico desta permaneceu na Terra. Médicos relataram uma diferença significativa no comprimento dos telômeros em relação aos dois irmãos, uma vez que um estava em um ambiente totalmente controlado.
Os resultados da pesquisa mais recente apontam um aumento de 20% no comprimento dos telômeros, as estruturas de proteínas e DNA que formam os cromossomos e impedem o desgaste do material genético. Os cientistas apontam que isso pode ajudar a reverter o processo de envelhecimento celular. O aumento de 20% equivale a um rejuvenescimento de 25 anos.
1. Abacate
Este é um dos alimentos mais alcalinizantes disponíveis no mercado. Abacates são frutas muito ricas em vitamina E, que é essencial para garantir uma pele mais macia e um cabelo mais sedoso e brilhante. Ele também ajuda a evitar ou adiar o surgimento das rugas e linhas de expressão do rosto. Trata-se de um alimento rico em gordura saudável, por isso também ajudar a prevenir doenças do coração. Entretanto, pode ser bem calórico e deve ser consumido com cuidado para não interferir na dieta alimentar. Pode ser consumido em saladas, guacamole ou vitaminas.
2. Vegetais verdes
Vegetais e crucíferos verdes como brócolis, espinafre, alface, e outras verduras verdes são altamente benéficas para o corpo. Ajudam a manter o peso corporal baixo e também têm a função de eliminar as toxinas do organismo, por isso são alimentos que rejuvenescem. A eliminação de excessos e impurezas é importante porque um corpo altamente tóxico é como um ímã para todos os tipos de doenças que podem prejudicar o corpo.
3. Alho
Este é um dos mais importantes alimentos fornecidos aos seres humanos pela natureza. Os benefícios do alho são inúmeros. O alho ajuda a evitar a degeneração celular, a manter o sangue fino e saudável e também previne doenças cardíacas. É mais vantajoso quando consumido cru. Trata-se de um excelente tempero natural e pode ser integrado em praticamente todas as receitas salgadas.
4. Gengibre
Esta raiz facilita a digestão e é, portanto, essencial ao corpo. O gengibre que tem um sabor picante e ardido e mantém o movimento do intestino em forma, permitindo assim uma boa saúde intestinal. Além disso também acelera o metabolismo por ser termogênico e também evita várias doenças, como resfriados e outros problemas advindos da baixa imunidade. Pode ser ralado em diversas receitas doces e salgadas como bolos e molhos.
5. Oleaginosas
As amêndoas e a castanha de caju são excelentes fontes de energia para o corpo. Consumir esses alimentos diariamente nos lanches da tarde ou inserindos em pratos principais ou saladas pode fornecer a vitalidade que você precisa para encarar um dia estressante. São alimentos que rejuvenescem também por serem ricos em gorduras saudáveis, fortalecendo o coração e prevenindo várias doenças. Entretanto, por serem calóricas, devem ser ingeridas com parcimônia em uma dieta nutricional equilibrada.
6. Iogurte
O iogurte é rico em minerais importantes, como potássio, cálcio, proteínas e vitaminas do complexo B. Isto faz com que seja um dos alimentos que rejuvenescem mais poderosos, além da presença de bactérias saudáveis para equilibrar a flora intestinal do corpo. Esta bactéria ajuda na absorção de nutrientes no intestino e estabiliza o sistema imunitário. Prefira as versões naturais ou o grego.
7. Macarrão e arroz integral
Os carboidratos são alimentos energéticos de longo prazo e devem integrar qualquer dieta saudável. Para evitar a farinha branca, uma excelente opção são as massas integrais. Opte por substituir o macarrão e arroz normal pelo integral, que têm mais fibras e ajudam a saciar mais o corpo, restabelecendo seus níveis de energia.
8. Melões
Melões são alimentos alcalinizantes e que fornecem muitos nutrientes e hidratam o corpo pela grande quantidade de água presente em sua composição. Além disso, também fornecem ao corpo fluidos essenciais que ele precisa para executar várias tarefas.
9. Água
Este certamente é a bebida mais importante para combater o envelhecimento. A água é um dos melhores alimentos que rejuvenescem, pois manter um corpo constantemente hidratado pode ajudar a eliminar impurezas e fornecer fluidez para o sangue, fazendo com que o transporte de nutrientes seja otimizado por todo o corpo. Assim a água está diretamente relacionada a todas as funções do organismo e deve ser ingerida em grandes quantidades todos os dias. Pelo menos 8 copos de água filtrada deve ser consumida em uma base diária.
10. Cenoura
Cenouras são ricas em betacaroteno, que ajuda a limpar o corpo da presença de metais pesados. Além disso é um superalimento que pode ajudar também a melhorar a visão e tornar a pele mais bonita, com um bronzeado natural. Pode ser consumida cozida como acompanhamento de pratos principais, ralada crua em saladas, em omeletes, recheio de tortas ou até mesmo um suco delicioso.
Fonte: Mundo Boa Forma
14/05/2021 - 12h38
Em 2020, 237 LGBT+ (1ésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia: 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%). É o que mostra o Relatório: Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil.
Diferentemente do que se repete desde que o Grupo Gay da Bahia iniciou tal pesquisa, em 1980, pela primeira vez, as travestis ultrapassaram os gays em número de mortes: 161 travestis e trans (70%), 51 gays (22%) 10 lésbicas (5%), 3 homens trans (1%), 3 bissexuais (1%) e finalmente 2 heterossexuais confundidos com gays (0,4%).
O relatório mostra ainda que, comparativamente aos anos anteriores, observou-se em 2020 surpreendente redução das mortes violentas de LGBT+: de 329 para 237, diminuição de 28%. O ano recorde foi 2017, com 445 mortes, seguido em 2018 com 420, baixando para 329 mortes em 2019.
Não é a primeira vez que nessa série histórica há redução do número de mortes de um ano para outro, sem previsão nem explicação sociológica indiscutíveis. Em 1991, por exemplo, registrou-se uma queda de 153 para 83 em relação ao ano anterior (45%), oscilação sem nenhuma causa detectável.
Essa tendência de redução de mortes violentas foi observada em 2019 na população brasileira em geral, assim como entre transexuais e homossexuais, porém, em 2020, segundo dados oficiais dos 26 estados e distrito federal, houve no Brasil um aumento de 5% nos assassinatos em comparação com 2019. Um índice confirmado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais que registrou um aumento de 41% de mortes entre travestis e mulheres trans.
Mapa da violência traçado por associação revela que São Paulo foi o estado com maior número de assassinatos
Amábyle Sandri, da CNN, no Rio de Janeiro
29 de janeiro de 2021 às 10:11 | Atualizado 29 de janeiro de 2021 às 12:53
O Brasil registrou 184 assassinatos de pessoas transgênero em 2020, segundo dossiê divulgado pela Associação Nacional das Travestis e Transexuais (Antra) nesta sexta-feira, 29 de janeiro, Dia da Visibilidade Trans. O número mantém o país no topo do ranking dos relatórios de homicídios de transgêneros em todo o mundo, à frente do México e dos Estados Unidos.
O mapa da violência traçado pela associação revela que São Paulo foi o estado com maior número de assassinatos, seguido por Ceará, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro – onde o aumento dos casos foi de 43% em relação a 2019.
O presente estudo trouxe uma importante análise sobre o reconhecimento da mulher transexual no âmbito jurídico brasileiro, abordando o conceito “mulher” dentro da qualificadora do feminicídio. O artigo 121 do Código penal foi alterado através da lei 13.104/15, para incluir mais uma categoria de homicídio qualificado, o feminicídio, que é o assassinato de uma mulher por razões da condição de sexo feminino. Quando o crime cometido contra a mulher envolver violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher considerará que há razões de gênero. No crime de feminicídio temos o sujeito passivo e o ativo. O sujeito ativo é o agressor que pode ser homem ou mulher, independente de gênero masculino ou feminino e o sujeito passivo do feminicídio é, em regra, uma mulher e é este sujeito passivo que é o objeto de análise deste estudo. No que se refere ao feminicídio, o Brasil apresenta dados elevados e preocupantes, ocupando assim a quinta posição entre 83 países no ranking internacional como um dos países mais violentos. Referente ao assunto realizou-se o estudo de conceitos, natureza jurídica, social e psicológica, apresentando assim posicionamentos favoráveis e desfavoráveis acerca da possibilidade de uma mulher transexual ser vítima de feminicídio. Para a elaboração do estudo foram utilizados dados colhidos em pesquisas bibliográficas, análises de fontes afins e lições doutrinárias como método para o alcance do objetivo. (Continua..)
A insônia é caracterizada pela dificuldade de dormir ou conseguir manter um sono contínuo sem ser interrompido durante a noite. Cerca de 30% a 50% dos brasileiros sofrem com a insônia, que pode se manifestar por diversas razões, como estresse, ansiedade, depressão, dor crônica e uso de certos medicamentos. Saiba mais sobre as causas da insônia e como aumentar as chances de ter uma boa noite de sono.
A insônia normalmente se manifesta em pessoas que tendem a ter um grau de alerta elevado (hiperalerta).
Outras possíveis causas da insônia são:
Estresse - preocupações com trabalho, saúde, finanças ou família podem manter sua mente ativa à noite, dificultando o sono. Eventos estressantes, como divórcio ou perda de emprego, também podem levar ao quadro.
Condições médicas - a insônia pode fazer parte dos sintomas de outros problemas de saúde, como apneia do sono, síndrome das pernas inquietas, dor crônica, depressão, entre outras.
Medicamentos - alguns medicamentos contêm cafeína e outros estimulantes que podem atrapalhar o sono.
Maus hábitos de sono - ter horários irregulares para dormir, fazer atividades estimulantes à noite e usar aparelhos eletrônicos antes de dormir podem interferir no seu ciclo de sono.
Para diagnosticar a insônia, o médico vai avaliar as queixas da pessoa, histórico e hábitos de vida para identificar fatores que possam ter desencadeado o quadro.
O exame do sono, chamado polissonografia, ajuda a identificar outros possíveis distúrbios que precisam de tratamento.
A higiene do sono é um conjunto de hábitos que pode ajudar qualquer pessoa a dormir melhor. Ajustes simples na sua rotina, especialmente à noite, podem afastar a insônia e melhorar drasticamente a qualidade do seu sono.
Boas práticas de higiene do sono incluem:
Estabeleça uma rotina de sono - procure deitar e levantar sempre em um mesmo horário, todos os dias. Isso é importante, pois fará com que o seu corpo crie uma rotina.
Evite aparelhos eletrônicos - ficar no celular, computador ou assistir televisão antes de dormir não é recomendado. A luz desses aparelhos dificulta a produção de melatonina, hormônio que ajuda nosso organismo a se preparar para dormir.
Evite nicotina, cafeína e álcool - procure não consumir bebidas ou alimentos que contenham cafeína, como café, chá preto, chocolate, refrigerante, entre outros, até cinco horas antes de dormir, porque agem como estimulantes. O cigarro também pode atrapalhar sono, bem como a ingestão de álcool – caso for beber, tente fazer isso até seis horas antes de dormir.
Pratique exercícios de manhã ou à tarde - exercitar-se de 20 a 30 minutos por dia fará com que você gaste energia e, consequentemente, o seu corpo precisará descansar à noite. É recomendável que o exercício seja feito de cinco a seis horas antes de ir para a cama.
Crie um ambiente adequado - se possível, procure dormir em um ambiente com temperatura adequada, longe de barulho ou distrações, para contribuir com o relaxamento do corpo e da mente.
Relaxe antes de dormir - tomar um banho quente duas horas antes de dormir, ler algo agradável, ouvir uma música calma ou beber um chá quente são opções que facilitam na hora de descansar.
Caso a insônia persista por mais de duas semanas, o recomendável é consultar um médico especialista em sono, pois o problema pode se tornar crônico.
02/06/2021 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM
Ter mais de 50 anos e pertencer ao grupo LGBTI são fatores de risco para diminuir a possibilidade de um bom atendimento, agravado pela falta de uma rede de apoio. É o que indica um levantamento sobre envelhecimento e acesso à saúde feito em todos os estados do Brasil pelo geriatra Milton Crenitte, coordenador do Ambulatório de Saúde da Pessoa Idosa do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo – USP.
Os dados foram discutidos durante uma audiência pública recente na Câmara dos Deputados, que teve como foco a criação de políticas de apoio à população LGBTI idosa. Entre os destaques do encontro, promovido pela Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa, estão a pesquisa que aponta discriminação em Instituições de Longa Permanência de Idosos – ILPIs, e a dupla invisibilidade do tema, que une o preconceito contra os mais velhos e contra os homossexuais.
O geriatra explicou que a proporção de pessoas LGBTI que, se ficassem de cama, não teriam ninguém para chamar em caso de necessidade é muito maior do que em relação às pessoas não LGBTIs, “inclusive a proporção de pessoas LGBTI mais velhas que sentem-se sozinhas, que têm medo de morrer com dor e medo de morrer sozinhas.”
As ILPIs, que eram para servir como alternativa de cuidado, em geral não estão preparadas para receber a população idosa LGBTI e se tornam um ambiente propício para a discriminação. Na audiência, o especialista em Gerontologia Diego Félix, informou que, de 100 entidades consultadas em São Paulo, só uma identificou um gay entre os residentes e ele estava sofrendo violência por parte dos outros idosos. Conforme os relatos, há um grande número de casos em que, travestis e transexuais têm de voltar à identidade masculina para serem acolhidos.
Segundo a presidente da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM, Maria Luiza Póvoa Cruz, é preciso falar sobre esse tema independente das questões legais, do Direito de Família e Sucessões, pois envolve seres humanos que já sofreram, e ainda sofrem, todo tipo de preconceito e discriminação.
A especialista lembra que os homossexuais, que hoje têm mais de 60 anos, nasceram antes da década de 60, e cresceram em um ambiente de discriminação. “A maioria foi apontada, pelos legisladores e pela sociedade, como pecaminosa e considerada indigna de proteção constitucional. Eles eram vistos como pervertidos e grande parte foi perseguida pela igreja. Até os profissionais da saúde consideravam a homossexualidade, um transtorno mental. Os homossexuais idosos de hoje internalizaram essas atitudes e crenças culturais negativas.”
Ela acrescenta: “Avançamos, sim! Mas a passos lentos e ainda temos um longo caminho pela frente em busca da igualdade de direitos.”
A presidente da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do IBDFAM detalha que a população LGBTI, quando envelhece, tende a ser alvo de duplo estigma. “De forma abrangente e generalista, posso dizer que, por ser idoso é considerado um peso ao sistema que exige, a cada dia, mais produtividade, e na sua sexualidade, são indivíduos desprovidos de desejo. Neste cenário absurdo, nasce a depressão, a solidão, o medo e o desamparo social e político.”
“Essa invisibilidade forçada de idosos homossexuais provoca um problema de saúde pública, inclusive, pois o medo de ser maltratado nos serviços de saúde provoca a não busca pelo profissional de saúde. E se formos pesquisar, são raros os artigos científicos e publicações com estudos e pesquisas com esse público”, ressalta a advogada.
Segundo ela, “é necessário e urgente um movimento de mudança, no sentido de reconhecer, conhecer e acolher esses indivíduos nos espaços públicos e privados.”
O PL 94/2021, que atualmente aguarda parecer do relator na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, também foi analisado pelos debatedores. A proposta, de autoria do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), altera dispositivos do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) para garantir que as entidades que desenvolvam programas de institucionalização de longa permanência às pessoas idosas exerçam suas funções de modo a preservar a dignidade dessas pessoas, respeitando-as independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero.
Para Maria Luiza Póvoa Cruz, considerando o aspecto jurídico, o texto da proposta é de extrema importância para esse público, pois garante direitos fundamentais, mas “soa estranho do ponto de vista humano”. A advogada explica que “é incômodo saber que vivemos num país em que é preciso uma lei para garantir o tratamento isonômico entre todos nós, e pior, para garantir tratamento isonômico a um público específico que foi ‘marginalizado’ em razão da sua sexualidade.”
“Nosso preconceito é estrutural, a população LGBTQI+ é alvo constante daqueles que não respeitam a existência do outro. Nesse sentido, o PL é claro, ao estabelecer que as instituições de longa permanência deverão adotar princípios como observância dos direitos e garantias individuais das pessoas idosas, com tratamento digno, respeitoso e isento de quaisquer formas de discriminação. E ainda devem oferecer ambiente de respeito e tratamento isonômico, independentemente de origem, raça, sexo, cor, orientação sexual ou identidade de gênero”, pontua a advogada.
Atendimento à imprensa: ascom@ibdfam.org.br