Muitas vezes nos deparamos com anúncios publicitários, ou artigos descritivos de produtos e serviços, que nos convencem a querer saber mais, explorar aquela informação, e até fazer uma investigação de preço, utilização e garantias de produtos, mercadorias etc. O que será que nos mobiliza a saber agora mais detalhes daquela informação? É a atração da linguagem e do formato empregado que consegue nos mover, é como se houvesse uma simpatia oculta. Quando nos tornamos fãs de algum/a colunista, ou de leituras assíduas a crônicas e comentários bem-humorados de algum articulista, é também a ocorrência do mesmo fenômeno.
Quando alguém começa a proferir um discurso, ou um sermão, ou uma palestra, ou a aula de algum curso, seja como for, ficamos absolutamente envolvidos naquela retórica, e concentrados no que tal pessoa profere, concordando ou não, sentimos um magnetismo, uma simpatia, uma atitude simpática e colaborativa, é como se as palavras ali citadas, estivessem sendo destinadas a nossos sentimentos, ou aos exemplos de nossa vida. O que nos encanta tanto? É o fenômeno da comunicação bem articulada em técnica, forma e beleza estética, com o carisma de comunicação de quem ali nos encanta.
Para chegar a este ponto de transmitir confiança e mobiliar-se as pessoas no que a informação comunica, é algo que exige muita especialização do profissional que ali se esmerou para este fim. Estudar e aplicar de modo efetivo e eficaz as regras e normas, formatos e encantamentos da comunicação social é algo que exige muito de quem quer se tornar especialista. Além de estudar um bacharelado de quatro anos, terá que dispor no mínimo quase 120 mil reais (conforme dados de 2014). Isto sem contar que precisara novas especializações em pós-graduação, mestrado e doutorado se for dedicar-se a carreira acadêmica também.
Com estas observações e valorização dos profissionais da área da Comunicação Social entregamos para você mais esta edição com uma seleção de outras informações e notícias que pesquisamos para você. Aceite nosso cordial abraço, e agradecimentos por sua atenção. Elisabeth Mariano e equipe.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
A Comunicação Social é a área que trabalha com a comunicação e a linguagem humana, com o intuito de passar informações com clareza, além de utilizar estratégias para convencer os clientes. O profissional formado no curso de Comunicação Social possui um cargo estratégico, pois faz a ligação entre os diversos setores empresariais. Suas principais funções são organizar, pesquisar e apresentar informações ao público-alvo da organização em que está inserido. Também trabalha com a elaboração da estrutura de mensagens, sempre levando em consideração o meio de comunicação na qual essa estrutura será empregada.
O curso de Comunicação Social possui duração média de quatro anos. É um curso no campo da área das Ciências Humanas. Durante toda a graduação são ministradas disciplinas práticas e teóricas. A graduação pode ter enfoque em propaganda e internet. Matérias como economia e administração são ofertadas juntamente com disciplinas específicas do curso, como linguagens de propaganda e computação gráfica. O curso é ofertado na modalidade de bacharelado.
Com o intuito de auxiliar os alunos que desejam ingressar no curso de Comunicação Social preparamos um balanço com as despesas efetuadas pela grande maioria dos estudantes. Foi utilizada uma cidade de médio porte para a base dos cálculos. Saiba quanto custa estudar Comunicação Social!
Um dos primeiros gastos a ser incluído no balanço é a mensalidade para os estudantes em uma instituição de ensino privada. A mensalidade do curso de Comunicação Social varia em torno de R$ 1.200,00. Esse valor pode mudar bastante de acordo com a universidade escolhida pelo aluno. Ao fim da graduação o valor investido será de aproximadamente R$ 57.600,00.
Grande parte dos alunos que ingressam em um curso superior necessitam residir fora de casa, por isso o custo da moradia está incluso em nosso balanço. Como foi usada uma cidade de médio porte para os cálculos, consideramos o custo com a moradia de R$ 500,00 por mês. Esse valor inclui as despesas com água, luz e internet. Ao fim do curso de comunicação social o custo será de aproximadamente R$ 24.000,00.
A alimentação é um gasto que todos os alunos possuem. Dependendo da dieta do aluno e do local onde se alimenta, esse valor pode apresentar variações significativas. Algumas universidades possuem os restaurantes universitários, que apresentam um preço reduzido, porém os cálculos foram feitos baseados em um restaurante tradicional. Calculamos o valor de R$ 20,00 diários para ser gasto com a alimentação. Ao fim dos quatro anos da graduação, o valor aproximado é de R$ 28.800,00.
Alguns estudantes necessitam se deslocar até a universidade utilizando o transporte público. Porém, de acordo com o tipo de transporte utilizado pelo aluno, essa despesa pode apresentar variações. Calculamos o valor de R$ 5,00 diários a serem gastos com o transporte. Ao fim de um mês esse valor somará R$ 150,00 e no término da graduação, R$ 7.200,00.
Os profissionais do curso de Comunicação Social necessitam estar constantemente em contato com o público, por isso é necessário ter algumas características específicas como facilidade em se comunicar, capacidade de organização e habilidade em transmitir ideias com clareza. Por isso, é importante que os alunos façam cursos que os auxiliem a desenvolver essas habilidades. Ler livros indicados pelos professores também é de grande importância. Devido a isso, calculamos o valor médio de R$ 2.000,00 para cobrir gastos com materiais de estudo e equipamentos ao longo do curso.
Existem algumas opções para quem não tem condições de arcar com os cursos da Faculdade. Conheça as principais:
ProUni: é um programa do governo que oferece bolsas de estudos parciais e integrais para estudantes de faculdades privadas. O processo seletivo usa a nota do Enem e, para participar, é obrigatório ter feito o Exame no ano imediatamente anterior. As inscrições para o ProUni são gratuitas e acontecem duas vezes por ano.
FIES: é o financiamento do Governo Federal para universitários de faculdades privadas. Os juros são de 3,4% ao ano e o estudante só começa a pagar a dívida um ano e meio depois de formado.
Crédito Universitário: para quem passa por dificuldades financeiras temporárias, é possível usar o crédito universitário privado para pagar um semestre da faculdade.
Podemos concluir que, para um aluno que estuda em uma instituição de ensino pública, mora fora de casa e utiliza transporte público, os gastos ao longo dos quatro anos de graduação giram em torno de R$ 98.000,00. Já para os alunos que estudam um uma universidade privada esse valor sobe para R$ 119.600,00.
E você? Ainda está em dúvida sobre qual curso seguir? Veja se você tem vocação para os cursos da área das ciências humanas e conte pra gente!
Segundo dados de uma pesquisa divulgada pela ComScore, feita com mulheres com faixa etária entre 15 e 24 anos, o boom das mídias sociais foi um dos grandes responsáveis pelo aumento do número de mulheres nos sites de comércio eletrônico.
Isso provavelmente se dê pelo fato das mulheres estarem mais atentas ao que está sendo dito a respeito do produto que pretendem comprar. Elas utilizam as redes sociais como critério de escolha, a partir dos comentários que permeiam a rede. É neste cenário, onde tudo precisa ser rápido e objetivo, que o comércio eletrônico vem conquistando cada dia mais o público feminino. As mulheres já representam 57% dos compradores ativos na web.
Os descontos oferecidos pelos sites de compras coletivas e o investimento nos setores de beleza, saúde e moda também contribuíram para que o público feminino passasse a gastar mais tempo e dinheiro com as compras online. O estudo revelou que no Brasil, o tíquete médio para compras nesses sites varia de R$ 30 a R$ 40.
A busca por marcas e sites específicos torna a disputa por estas consumidoras, cada dia mais, acirrada. Os e-commerces estão criando campanhas segmentadas e especializadas nesse público, pois, além de consumidoras fiéis, as mulheres são as maiores responsáveis pela viralização, ou seja, pelas indicações de lojas e produtos para sua rede de amigos.
Outro comportamento comum nas mulheres é o hábito de assinarem as newsletters dos e-commerces para receberem mensagens com as ofertas dos produtos de sua preferência diretamente na caixa de email. Por isso, o email marketing é tão importante para atrair a atenção desse público, afinal, que mulher resiste a uma “vitrine” montada especialmente para ela?
Por Bárbara Gengo, Analista de Comunicação da All In Mail
Cursos técnicos são cursos que têm como principal objetivo oferecer conhecimentos teóricos e habilidades para que os alunos saiam capacitados para o mercado de trabalho. Esses cursos se diferenciam dos cursos de graduação, porque, além de possuírem uma menor duração, seu foco está na prática.
O ensino técnico é uma metodologia de ensino que oferece um diploma diferenciado aos alunos, com uma capacitação mais técnica e objetiva. É uma modalidade de ensino que possibilita uma integração rápida do estudante no mercado de trabalho. Tem como foco auxiliar os estudantes para que tenham acesso mais rápido ao mercado de trabalho, se comparado aos cursos de graduação e licenciatura.
Os cursos técnicos encontram-se entre o ensino médio e o ensino superior. Eles podem, inclusive, ser feitos após o ensino médio ou até mesmo substituí-lo. No Brasil existem três tipos de cursos técnicos: curso técnico integrado, curso técnico externo e curso técnico profissionalizante. A formação técnica, ao contrário do que muitos pensam, é de grande interesse para o mercado de trabalho, pois os profissionais são formados para serem trabalhadores práticos e atuarem especificamente em uma determinada área. Os profissionais formados em cursos técnicos são ideais para executar os projetos que saem das pranchetas dos engenheiros.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), existem 185 cursos técnicos no país, divididos em 12 áreas diferentes. Conheça os 5 melhores cursos técnicos na área da saúde!
O curso técnico em gestão hospitalar tem como principal objetivo formar profissionais que possam atuar em hospitais e clínicas. Usando seus conhecimentos para manter e melhorar o funcionamento dos hospitais. O profissional do curso técnico em Gestão Hospitalar é responsável por dar o melhor uso possível ao dinheiro e ao espaço físico dentro dos hospitais.
O curso possui duração média de 2 anos. Sua grade curricular é composta por disciplinas dos campos da Administração e da Saúde. Oprofissional formado no curso técnico em Gestão Hospitalar atua na organização e no planejamento de hospitais e clínicas. Pode atuar no melhoramento da infraestrutura e do espaço físico do local onde atua, definindo o número de enfermeiros, médicos e demais profissionais. Também faz a manutenção preventiva de equipamentos médicos, o controle de estoque e atua em campanhas de saúde.
O curso técnico em Radiologia tem como principal objetivo oferecer conhecimentos e habilidades para que o aluno esteja apto a operar diversos tipos de equipamentos de diagnósticos. Esses equipamentos são fundamentais na medicina moderna, pois garantem um auxílio extra para os médicos, que podem realizar diagnósticos através das imagens de estruturas internas do organismo.
O curso possui duração média de 2 anos. Sua grade curricular é composta por disciplinas da área das Ciências Humanas, como anatomia e biologia. O profissional formado no curso técnico de Radiologia opera equipamentos que realizam diagnósticos através de imagens de radiografias. Pode trabalhar em clínicas e hospitais, auxiliando médicos na identificação de patologias e alterações em órgãos internos. Na área da Engenharia faz o rastreamento de tubulações e estruturas metálicas. Pode atuar ainda na indústria alimentícia e na farmacêutica.
O curso técnico em Enfermagem tem como foco fornecer conhecimentos para que os alunos estejam aptos a manter, promover e restabelecer a saúde dos seres humanos. O profissional formado no curso técnico em Enfermagem está apto para atuar na promoção, proteção e recuperação da saúde, além de auxiliar na prevenção de doenças.
O curso técnico em Enfermagem tem duração média de dois anos. Possui disciplinas do campo das Ciências Biológicas, mas o aluno também terá contato com matérias de administração, sociologia e psicologia. O profissional formado nessa área possui um amplo campo de atuação, podendo trabalhar em hospitais, clínicas, escolas e no campo da saúde coletiva. Faz a coleta de dados sobre o estado de saúde de seus pacientes através de exames físicos e psicológicos. O técnico em enfermagem é responsável por todos os cuidados com o paciente, desde a alimentação até sua higiene, por isso é indispensável em hospitais e clínicas.
O curso técnico em Farmácia tem como objetivo formar profissionais qualificados para realizar o estudo de medicamentos, vacinas e substâncias químicas, além de analisar a relação dos medicamentos com os organismos vivos. O técnico em farmácia ajuda a desenvolver novos medicamentos e cosméticos, métodos de produção eficientes para estes produtos, realizando testes de laboratório, análises clínicas, análises toxicológicas, físico-químicas e biológicas.
O curso técnico em Farmácia possui duração média de 2 anos. Contém em sua grade curricular disciplinas da física, química e matemática. O profissional formado nessa área pode atuar em laboratórios de análises clínicas, pesquisando e registrando exames toxicológicos e clínicos e trabalhar em hospitais, clínicas e farmácias.
O curso técnico em Nutrição e Dietética tem como principal objetivo promover a saúde, fazer a reeducação alimentar e auxiliar os pacientes em dietas. O técnico em Nutrição e Dietética faz o acompanhamento e a orientação em todo o processo de alimentação e de produção de alimentos. Controla e investiga a relação do ser humano com o alimento, tendo como intuito preservar a saúde humana.
O curso possui duração média de 2 anos. Em sua grade curricular constam disciplinas da área médica, mas a ênfase maior é em matérias relacionadas à alimentação. O profissional formado no curso técnico de Nutrição e Dietética pode trabalhar em hospitais, clínicas e restaurantes.
E você, interessou-se por alguns dos cursos técnicos na área da saúde? Então conte para gente!
Sobre o Autor:
Felipe Veronezzi
Atualmente é consultor independente de educação, focado em carreiras e mercado de trabalho e colaborador ativo no Guia da Carreira.
A Redução da Maioridade Penal foi o tema discutido na aula do curso de pós-graduação em Direito da Criança e do Adolescente, realizado na sexta-feira (24), na Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás (Esmeg). A juíza e coordenadora da pós, Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, foi a mediadora do debate, que contou a com a participação de várias autoridades.
O assunto foi um dos destaques do 2º módulo do curso, que tem como temática central a discussão em torno da rede de proteção da criança e do adolescente – entidades políticas, sociais e jurídicas de atendimento – procedimentos técnicos relacionados, psiquiatria forense e casos interessantes. No sábado (25), a aula foi ministrada pela professora mestre em Psicologia, Maria Luiza Moura Oliveira.
A especialização é direcionada para magistrados, promotores de justiça, delegados de polícia, policiais civis e militares, conselheiros tutelares, psicólogos, sociólogos, assistentes sociais e pedagogos, que atuam ou pretendem atuar na área da Infância e da Juventude. (Texto: Arianne Lopes, com informação do site da Esmeg – Centro de Comunicação Social do TJGO)
Alberto Gonçalves Com Agência Brasil
Jefferson Rudy/Agência Senado
O plenário do Senado aprovou no dia 11 de maio o projeto que torna crime hediondo assassinato de policiais civis, militares, rodoviários e federais, além de integrantes das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança Pública e do sistema prisional, seja no exercício da função ou em decorrência do cargo ocupado. O projeto foi encaminhado à sanção da presidenta da República.
De acordo com a Agência Brasil, O texto também estabelece o agravamento da pena quando o crime for cometido contra parentes até terceiro grau desses agentes públicos de segurança e for motivado pelo parentesco deles. Esses tipos de homicídio especificamente serão considerados qualificados, o que aumentará a pena do autor do crime.
A pena vai variar de 12 a 30 anos de prisão, maior que a pena para homicídio comum, que é de seis a 20 anos. Também foi aumentada em dois terços a pena para casos de lesão corporal contra esses agentes ou familiares.
O projeto foi aprovado em sessão deliberativa convocada para o dia 11.
(texto continua...)
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150330_eua_maioridade_penal_jf
1 abril 2015... prender menores de idade não tinha efeito considerável nos índices de criminalidade... Para ele, a melhor prática para lidar com menores infratores é... quando o aumento no índice de crimes cometidos por menores levou 47...
23 de mar de 2015 - Um dos argumentos é conter supostas ondas de criminalidade... “Ao contrário do que se pensa, no Brasil os adolescentes infratores já são... houve um crescimento dos índices de criminalidade.... há denúncias de tortura e maus tratos cometidos por agentes do estado.... 24 de Março de 2015 at 12:30.
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3144
E mais: quando o ilícito é cometido por menor, existe expressa limitação inclusive ao prazo de apuração, posto que após o infrator completar 21 anos,.
27 de fev de 2014 -... de que menores são autores da maior parte dos crimes cometidos no país. A Senasp estima que os menores de 16 a 18 anos – faixa etária que mais seria afetada por... agravando a superlotação dos presídios sem contribuir para a queda dos índices de violência.... 11/06/2015 21:48 · 246 comentários.
http://www.educacionista.org.br/jornal3/?p=4230
27 de abril de 2015... Já os dados sobre crimes cometidos por adultos tiveram uma ligeira redução, de 8.013 em... Estadual (MPE) Sidney Fiori Junior ressalta que já existe a punição ao menor infrator.... “O índice de reincidência do menor no crime é de 30%, enquanto que o adulto tem índice de 70% a 80%”, garante.
Mesmo defendendo aumento no tempo de punição a menores infratores, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) mantém jovens internados por uma média de sete meses, enquanto o período máximo permitido é de três anos. A informação é do jornal Folha de S. Paulo com dados do Ministério Público.
A gestão tucana defende mudança na lei dos atuais três anos de detenção máxima para oito em caso de jovens que cometem crimes hediondos, como homicídio e estupro. Contudo, do levantamento feito pelo MP que contabilizou 3.712 infrações cometidas que resultaram em 1.356 internações, apenas 12 jovens ficaram internados por mais de dois anos e só um cumpriu a pena máxima. Desses casos, 88 remetem a infrações de estupro, latrocínio e homicídio qualificado. No total, são 22 mil medidas em execução na capital paulista.
Ainda de acordo com o jornal, na maioria das vezes os juízes decidem soltar os jovens da Fundação Casa apoiando-se em pareceres de psicólogos, assistentes sociais e monitores da fundação. No entanto, promotores ouvidos pela Folha indicaram que a Fundação abrevia as internações devido à superlotação. No mês de março, 32 das 51 unidades em São Paulo tinham déficit de vagas.
A presidenta da Fundação Casa Berenice Gianella disse ao jornal que a instituição segue o princípio constitucional de que a internação deve ser breve e que a palavra final sobre a soltura é da Justiça.
Segundo nota do governo do Estado, a punição ao menor infrator deve “verificar as peculiaridades de cada caso e submeter cada um deles ao crivo do Judiciário”. A proposta da gestão Alckmin ao congresso que amplia o tempo máximo de internação a jovens que cometam crimes hediondos “não é o de manter menores internados por um prazo maior, mas desmotivá-los a cometer infrações, principalmente crimes bárbaros”.
Em números absolutos, de um total de 3.712 infrações cometidas por jovens de 1º de agosto de 2014 a 30 de abril de 2015, o roubo qualificado lidera em disparado (1.975 casos). Em seguida vem tráfico (852 casos) e furto (276 casos).
Maioria dos mortos é de jovens pobres entre 15 e 25 anos, de baixa escolaridade e moradores de periferias das grandes cidades. Entorno de Brasília é a região com maior índice de criminalidade provocada pelo narcotráfico
O Grupo UN de Notícias fez um levantamento sobre a criminalidade provocada pelo tráfico de drogas no Brasil. Durante três meses, os repórteres Willian Ferraz, Hugo Bross, Kaio Diniz e Vanderson Freizer, visitaram todas as regiões do país e constataram que em todas elas mais da metade dos homicídios, roubos e furtos tem ligação direta ou indireta com essa atividade criminosa.
Para chegar a este resultado, foram verificadas inúmeras ocorrências registradas pelas policias Civil, Militar e Federal, além de notícias divulgadas por vários veículos de comunicação e diálogos diretos com a população atingida pelo aumento da violência motivada pelo tráfico. O Grupo UN verificou que a situação é mais preocupante nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde o narcotráfico é responsável por mais de 60% de todas as ocorrências envolvendo homicídios e roubos.
Em todo o Brasil, 56,12% dos assassinatos têm ligação direta com o tráfico. Os mortos, em sua grande maioria são de jovens pobres de 15 a 25 anos. Os crimes geralmente são cometidos entre às 18hs e às 23hs e na maior parte, em bairros de periferia. A escolaridade das vítimas também chama a atenção, a maior parte dos mortos não concluiu o ensino médio e foram assassinados por arma de fogo e com requintes de crueldade extrema. Pelo menos 70% dos jovens assassinados sofreram qualquer tipo de agressão física antes de serem mortos e tiveram partes dos corpos cortadas após os homicídios.
Destaque para o número de mulheres mortas em função do trabalho para o crime. Cerca de 30% de todas as vítimas femininas fatais no Brasil tiveram qualquer tipo de envolvimento com a venda ou o uso de entorpecentes. A prostituição também esta em ritmo acelerado, muitas mulheres vendem seus corpos por valores entre R$ 10 e R$ 25, esse dinheiro é utilizado para a compra de crack, a droga ilícita mais consumida pelo sexo feminino.
As dividas adquiridas com os traficantes é a principal causa de assassinatos dos usuários. Brigas pelo controle de pontos de venda é o que causa a morte de pequenos vendedores de droga. Apenas 5% dos dependentes químicos morrem de overdose, e em geral, provocadas pelo consumo excessivo de cocaína, o que revela a inverdade sustentada pelos governos de que um viciado em crack morre em 5 ou 6 anos, após o inicio do consumo deste entorpecente.
Isso não significa que o crack não seja altamente nocivo a saúde e sim revela que o uso desta droga causa mais problemas de congestionamento em hospitais e centros de atendimento médico do que a morte por overdose de seus usuários. O crack causa visível destruição ao corpo dos viciados, mas dificilmente mata por consumo excessivo.
Região Norte – Nos estados do Norte do Brasil, o aumento de crimes ligados ao tráfico é cada vez maior, mas se comparada às demais regiões do país, podemos dizer que a situação ainda é a mais confortável. Em relação aos homicídios, o estado de Rondônia é o líder, cerca de 50% das mortes nas maiores cidades rondonienses está ligada a venda e ao uso de entorpecentes.
No Pará, os conflitos relacionados à luta por terras ainda é o que mais mata. Porém, o tráfico vem deixando sua marca no número de vítimas. 46,21% dos assassinatos cometidos nos grandes centros urbanos paraenses são provocados pelo tráfico. Em nenhuma das cidades do estado visitadas pelo Grupo UN, este número esteve abaixo dos 45%.
Região Nordeste – A prostituição em função do uso de entorpecentes é o que mais preocupa nos 9 estados do Nordeste brasileiro. Garotas de 10 a 18 anos vendem seus corpos por uma ou duas pedras de crack. João Pessoa, capital da Paraíba, é a cidade do país com maior índice de usuários de crack por cada grupo de 100 mil habitantes e é também, onde a prostituição infantil provocada pelo narcotráfico é mais visível.
Pernambuco e Paraíba são os estados que mais sofrem com a violência gerada pelos traficantes, respectivamente 59% e 61% da criminalidade das cidades desses estados tem ligação direta ou indireta com o tráfico. Em Fortaleza, capital do Ceará e em Salvador, capital da Bahia, foram verificados o maior índice de ameaças devido a dividas geradas pelos usuários. 58% dos jovens entre 14 e 25 anos assassinados nessas duas cidades tiveram envolvimento com o tráfico, ou eram devedores aos traficantes.
Região Centro-Oeste – No Centro-Oeste a situação é mais preocupante, sobretudo na região metropolitana de Goiânia, onde a criminalidade cresceu 120% entre 2010 e 2011, e o número de assassinatos passa de 10 por final de semana. O Entorno de Brasília esta entre os lugares mais violentos do planeta, a ligação dessa realidade com o tráfico é visível. Em cidades como o Novo Gama e Valparaíso de Goiás a situação está fora de controle e o trabalho da polícia se resume em conter chacinas.
Em Goiânia e em Aparecida de Goiânia, 60% e 67% dos crimes registrados pelas policias Civil e Militar, são ligados ao tráfico. Além disso, o Grupo UN apurou que com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, é no Centro-Oeste onde existe maior envolvimento de policiais e de jovens de classe média alta na venda e uso de entorpecentes, em especial a maconha e a cocaína.
O estado do Mato Grosso é a porta de entrada de todo o tipo de drogas no país, vindas especialmente da Bolívia e da Venezuela. Também ficou evidente que o Mato Grosso do Sul esta entre as rotas preferenciais dos traficantes. Quase todos os dias pessoas são presas em Campo Grande tentando transportar entorpecentes para o restante do Brasil e para cidades que fazem as rotas internacionais. Em Mato Grosso 54% dos crimes são ligados ao tráfico e no Mato Grosso do Sul, este número sobe para 57%.
Região Sudeste – O estado de São Paulo é um dos maiores consumidores de cocaína do Brasil, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. São Paulo tem um paradoxo incomum em relação aos outros estados analisados, enquanto que em cidades do interior como Campinas e São José do Rio Preto, existem maior consumo de cocaína e maconha, em especial por jovens de classe média; na capital do estado e em cidades próximas, o crack é a droga mais consumida e gera mais da metade dos homicídios na região, provocados por dividas dos usuários que se tornam impagáveis.
Belo Horizonte é a cidade onde a situação parece estar sobre controle, porém, na região metropolitana da capital, os índices de mortes relacionadas ao tráfico vêm crescendo consideravelmente. A capital mineira é também um centro de distribuição internacional de entorpecentes, atrás de Florianópolis e cidades do Paraná. São Paulo e Minas Gerais estão entre os estados com aspectos mais confortáveis em relação à criminalidade provocada pelo narcotráfico. Respectivamente 47% e 49% das ocorrências policiais têm ligação com este tipo de crime.
Região Sul – Na região Sul o incomum aconteceu. O Paraná é o estado brasileiro com menor índice de violência gerada pelo tráfico, cerca de 40% dos crimes paranaenses tem ligação com a venda de drogas. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul é o campeão em consumo de cocaína e é o estado que mais sofre com problemas gerados pelo crack. 54% da criminalidade gaúcha têm ligação direta com o narcotráfico e os jovens vêm se drogando cada vez mais e morrendo cada vez mais cedo. Na periferia, boa parte dos adolescentes não completa 19 anos.
Quase não existem centros de tratamentos para os dependentes químicos que estão entre os que mais procuram ajuda no Brasil. Os jovens do Sul querem sair do vício, só não tem como fazer isso, pois os tratamentos são caros e os locais mantidos pelo governo são caóticos e não tem condições de recuperar ninguém. No Sul, foi verificado ainda, um maior sofrimento por parte dos familiares dos viciados, isso porque, meninos entre 10 e 13 anos já estão experimentando o crack pela primeira vez.
O que favorece a entrada no crime? – “Veja isso aqui repórter, nós não temos saúde, educação, esporte ou lazer. Nosso esgoto corre pelas ruas, nossos filhos se alimentam em meio a um grande número de moscas, não há emprego, não existe investimento público nessas pessoas, só nos resta o crime”, disse emocionado um morador de Belém a nossa reportagem.
E a afirmação é verdadeira! Em todas as cidades visitadas pelo Grupo UN, o alto índice de homicídios e de viciados em drogas estava concentrado nas periferias, em bairros sem nenhuma infraestrutura e grandes favelas. O que nos leva à conclusão de que a falta de investimentos públicos em saúde, educação e lazer é o principal fator que favorece a entrada do jovem para o mundo do crime.
“O Brasil vive uma guerra civil contra o tráfico, nossa imprensa se preocupa muito com as mortes em países onde tudo passa dos limites, mais ignoram nosso problema, um dos mais graves da America Latina. Por dia centenas de jovens são mortos em função do tráfico, e vão investir bilhões de reais em Copa do Mundo. Algumas sedes deste evento são campeãs de mortes, destaque para o Recife, Fortaleza e Brasília, mas isso não tem importância. O importante é manter o país afundado no caos”, destacou um delegado da Policia Civil do Rio Grande do Norte.
A desigualdade social é maior do que se pensa, ou do que o governo federal realmente diz ser. É visível a divisão de classes sociais nas grandes cidades brasileiras. Os ricos estão “protegidos” em suas mansões e os pobres lutam pela sobrevivência em meio a barracos feitos de taboas e pequenas ruelas que dão acesso as favelas.
O Brasil precisa de ajuda. A população sofre com o crescimento da criminalidade gerada pelo narcotráfico e é cada vez maior o abismo que divide a realidade das propagandas governamentais e a vida nas grandes cidades. Enquanto os jovens morem, o governo garante altos investimentos em educação, saúde e esporte. Vendo as propagandas de TV, rádio e veículos de comunicação impressos, chegamos a acreditar em um país melhor, mas quando viajamos para conhecer a realidade nua e crua, as lágrimas vêm aos olhos por ver tanto sofrimento e dor.
A mudança depende de nós, um fato cruel que precisa ser mudado com urgência: 98% dos municípios brasileiros têm a venda de crack e de outras drogas, enquanto que, em apenas 11% deles existem projetos que visam prevenir a entrada dos jovens no mundo dos entorpecentes. Nenhuma das atividades educacionais visitadas pelo Grupo UN tinha qualquer ajuda de nenhum tipo de governo.
Vanderson Freizer e Almir Oliveira – Grupo UN/MRB-27 | grupoun@folha.com.br (com reportagem de Willian Ferraz, Hugo Bross e Kaio Diniz)