FIPLC EM-EH


Edição nº 214 - de 15 de Março de 2020 a 14 de Abril de 2020

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Cada vez mais as áreas profissionais se “desenvolvem” tecnologicamente, mas as pessoas não se atualizam quanto ao risco de suas saúde, por desconhecer “as novas doenças das origens digitais”

Ao se fazer uma pesquisa se observa a “fragilidade de informações que se refiram a doenças profissionais oriundas do “mau uso ou uso em excesso de equipamentos das novas tecnologias, e principalmente, pelo tempo exposto, sem cuidados de ergonometrias, tão pouco em relação a área nutricional diário, até mesmo cuidar de beber água... ou, se movimentar um pouco a cada intervalo...

Está em aberto o campo de estudos na área da saúde desta nova geração!!!

Trazemos nesta edição também, além de dicas de emprego etc. as informações sobre a saúde diária “posto que ainda não há um compendio de saúde ocupacional para estes/as trabalhadores/as...

ESPERAMOS QUE SEJAM ÚTEIS AS INFORMAÇÕES PESQUISADAS.

Gratidão as colaborações recebida... CORDIAL ABRAÇO

Elisabeth Mariano e equipe FIPLC_EM-EH.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Infoproletário: as novas relações de trabalho na era digital

3 de julho de 2019

Nas últimas décadas, as relações de trabalho mudaram de forma significativa. Se no início dos anos 1990 tínhamos profissionais mais ligados à realização de processos manuais nas indústrias, a crescente informatização alterou de vez o perfil dos funcionários. Hoje, cerca de 26 milhões de pessoas atuam na área de prestação de serviços, o que corresponde a 25% de toda a força de trabalho brasileira, de acordo com dados do Senai. E isso tem trazido impactos diretos na saúde física e, principalmente, mental dos trabalhadores.

O grupo de estudos Metamorfose do Mundo do Trabalho, formado na Unicamp, tem se dedicado a estudar essas questões. Em uma matéria exibida pelo Fantástico no fim de abril, os pesquisadores destacaram as transformações vividas pelas empresas nos últimos anos e mostraram o novo termo usado para designar os trabalhadores atuais: o infoproletário.

“É aquele trabalhador que, em qualquer atividade que desempenha, depende da máquina digital, informacional, do smartphone ou de alguma modalidade de trabalho digital”, conta o sociólogo Ricardo Antunes. É o caso, por exemplo, dos operadores de telemarketing, vendedores de comércios digitais e motoristas de aplicativos.

São trabalhos que exigem alta intensidade, baixo uso da criatividade e pouca capacidade de controle, além de não oferecer nenhum tipo de estabilidade. Ou seja, há mais serviço, menos espaço para crescer e muita pressão. As metas estão cada vez mais altas, os baixos salários precarizam o trabalho e os limites entre a empresa e a vida pessoal estão cada vez mais indefinidos, criando um ambiente com condições ocupacionais perfeitas para adoecer os trabalhadores.

CUIDADOS PARA EVITAR O ADOECIMENTO MENTAL DO TRABALHADOR

“O impacto da tecnologia é tão brutal que ninguém na sociedade está preparado completamente para trabalhar. Então precisamos ter um processo, que é de nação e construção de todos, para resolver isso. O problema não é a tecnologia em si, é como nós nos preparamos para as transformações que a tecnologia gera”, diz Paulo Mól, diretor de operações do Sesi, na reportagem do Fantástico.

Com isso, novas doenças ocupacionais começam a ser majoritárias. Segundo dados do extinto Ministério do Trabalho e Emprego, por exemplo, os transtornos psicológicos foram alguns dos fatores que mais afastaram profissionais de suas atividades. Somente entre 2012 e 2016, foram registrados 55,3 mil casos de licenças devido a esses problemas, sendo 28 mil por transtorno de ansiedade ou depressão.

“A empresa moderna amplifica o parque industrial, mas reduz o trabalho vivo, que passa a ser polivalente, multifuncional. O trabalhador vive rotinas estressantes por ficar ligado e disponível o tempo todo”, diz o sociólogo Ricardo Antunes, titular da Unicamp, em palestra no Tribunal Superior do Trabalho de São Paulo.

Como conciliar vida pessoal e profissional?

Por ser algo muito novo, os especialistas ainda não possuem uma solução para esse modo de vida. Muito está sendo discutido sobre as características dos infoproletários, mas poucas soluções práticas foram apresentadas. Até mesmo porque, em um mercado tão competitivo e que cobra altas performances a todo momento, esse é um ciclo difícil de ser rompido.

Apesar disso, há algumas atitudes que as empresas podem assumir para evitar o adoecimento mental dos trabalhadores. Oferecer flexibilidade, definir metas possíveis de serem cumpridas, respeitar as características individuais e não descuidar da parte física são apenas algumas dessas soluções – leia mais em nosso post sobre o assunto.

Soluções em SST

Pensar no bem-estar dos trabalhadores não é só uma questão de valorização profissional, mas também de melhoria dos indicadores da empresa. E tudo isso começa com um programa bem estruturado de Segurança e Saúde do Trabalho. A Ocupacional possui a experiência que a sua empresa precisa para crescer. Faça contato e veja como podemos te ajudar!

(Fonte: https://www.ocupacional.com.br/ocupacional/infoproletario-as-novas-relacoes-de-trabalho-na-era-digital/, data de acesso: 14/03/2020)

21 (possíveis) profissões do futuro para conhecer hoje

Por Colunista do Na Prática

24.02.2020

Há muitas previsões sobre o futuro do mercado e o que todas têm em comum é o fato de apontarem sérias mudanças. A organização Center For the Future of Work aponta possíveis novas ocupações.

Todos os dias, há um novo artigo ponderando o que esperar do futuro do trabalho na era da revolução tecnológica. As opiniões e hipóteses são variadas, mas costumam ter algo em comum: o mundo vai mudar e estar preparado fará toda a diferença. Um relatório do Center for the Future of Work, estabelecido pela Cognizant Technology Solutions, é mais específico em suas apostas e traz 21 profissões do futuro, entre elas diretor de portfólio genômico, Chief Trust Officer e curador de memórias pessoais.

Parece ficção científica, mas essas são previsões para a próxima década. Para tornar esse cenário mais palpável, os postos são apresentados como anúncios de emprego e incluem tarefas, responsabilidades e qualificações necessárias.

A equipe da Cognizant, que é uma das maiores empresas de tecnologia de informação do mundo, se baseou em macrotendências atuais em diversas áreas, como meio-ambiente, migração, biotecnologia e demografia, para criar as possibilidades. “O trabalho vai mudar no futuro, mas não vai sumir”, resumem os autores do relatório – que consideraram, mas não incluíram profissões como fazendeiro de carbono e engenheiro de impressão 3-D.

Descubra quais são essas possíveis novas profissões do futuro e que nível de conhecimento tecnológico exigem abaixo.

21 profissões do futuro

#1 Detetive de dados

O que este profissional do futuro faz

Investiga mistérios em Big Data. “O que nossos dados estão nos contando? Que segredos contêm?”, questionam os autores.

O que é preciso

Saber sobre finanças, matemática e data science, mas ser um cientista de dados não é necessário. Conhecimentos legais são uma vantagem.

#2 Facilitador de TI

O que este profissional do futuro faz

Nesta profissão do futuro, a função é explorar tendências digitais e cria uma plataforma self-service automatizada para que usuários construam seus próprios ambientes colaborativos, incluindo assistentes virtuais.

O que é preciso

Ter formação em TI, ciências da computação, engenharia, ciências naturais ou administração de empresas. Habilidades de comunicação e liderança também são necessárias.

#3 Oficial de ética de sourcing

O que este profissional do futuro faz

Investiga, acompanha, negocia acordos de bens e serviços para garantir que gastos indiretos da empresa (em energia, restos e relações sociais) estão alinhados com os padrões de ética de seus stakeholders.

O que é preciso

Ter experiência com ética em ambientes corporativos, habilidades interpessoais e de comunicação, capacidade de trabalhar em grupo. Conhecimentos de negócios, lei, gestão pública ou filosofia são diferenciais.

#4 Gestor de desenvolvimento de negócios de inteligência artificial

O que este profissional do futuro faz

Na quarta das profissões do futuro, o profissional define, desenvolve e implementa programas eficazes para acelerar vendas e negócios de inteligência artificial (IA).

O que é preciso

Ter experiência com vendas e desenvolvimento de negócios em grandes organizações, além de experiência corporativa com plataformas de IA, machine learning e computação em nuvem.

Quer saber onde você se encaixa no mercado? Faça teste de vocação profissional!

#5 Mestre de edge computing

O que este profissional do futuro faz

Cria, mantém e protege o ambiente de edge computing, ou computação na “borda” (trata-se do limite da rede de computação em nuvem, perto da fonte de dados).

O que é preciso

Doutorado na área ou em áreas relacionadas, experiência com segurança e protocolo de internet das coisas (IoT), entre outros assuntos. Capacidade de arquitetar e projetar ambientes de computação em nuvem ou edge computing.

#6 Walker/Talker

O que este profissional do futuro faz

Profissional autônomo, como motoristas de Uber. Passa tempo com clientes idosos através de uma plataforma online para escutá-los e conversar com eles. “Sua principal tarefa como walker/talker é ‘prestar atenção'”, esclarece o anúncio.

O que é preciso

Qualquer background será considerado. É preciso ter mobilidade para visitar clientes em casa quando for necessário.

#7 Conselheiro de compromisso de saúde

O que este profissional do futuro faz

Trabalha remotamente para oferecer coaching individual e conselhos de bem-estar e saúde para usuários de pulseiras inteligentes, que monitoram suas atividades e sinais físicos.

O que é preciso

Ter experiência com nutrição ou educação física e credenciais (obtidas em cursos online) em modalidades esportivas como CrossFit ou yoga. Saber lidar com ambientes culturalmente diversos também é necessário.

#8 Técnico de saúde assistida por inteligência artificial

O que este profissional do futuro faz

Examina, diagnostica e administra tratamentos apropriados para pacientes, auxiliado por tecnologia e por médicos acessíveis de maneira remota.

O que é preciso

Ter formação em enfermagem ou similares e ter experiência anterior na área de saúde, além de habilidades interpessoais e capacidade de trabalhar sob pressão e com ferramentas digitais.

#9 Analista de cybercidade

O que este profissional do futuro faz

Garante a segurança e funcionalidade da cidade ao garantir o fluxo saudável de dados (ambientais, populacionais, etc.) pelo sistema.

O que é preciso

Ter qualificações em engenharia digital, conhecimentos sobre circuitos eletrônicos e metodologias de startup enxuta e experiência com impressão 3-D. É preciso saber ler e interpretar dados em analytics.

#10 Diretor de portfólio genômico

O que este profissional do futuro faz

Cria e executa estratégias para um portfólio de produtos biotecnológicos.

O que é preciso

Ter graduação em campo relacionado à genômica (mestrado é uma vantagem). Experiência de pelo menos uma década e habilidades de comunicação, liderança e negociação, além de um perfil analítico, também são necessários.

#11 Gerente de equipe humanos-máquinas

O que este profissional do futuro faz

Desenvolve um sistema de interação para que seres humanos e máquinas conversem melhor, o que aprimora essa equipe híbrida.

O que é preciso

Ter formação em psicologia ou neurociência e qualificação posterior em ciência da computação, engenharia ou recursos humanos. É preciso ter experiência em áreas relacionadas, como machine learning ou interação entre humanos e robôs. Experiência com UI/UX é um diferencial.

#12 Coach de bem-estar financeiro

O que este profissional do futuro faz

Oferece sessões de coaching individuais para clientes que queiram compreender e monitorar suas atividades financeiras.

O que é preciso

Ter formação em finanças ou negócios, um bom ambiente para trabalhar de maneira remota, experiência com análise de métricas financeiras e conhecimentos sobre a indústria financeira.

#13 Alfaiate digital

O que este profissional do futuro faz

Trabalha com clientes para obter medidas precisas (utilizando uma cabine especial) e garante que as peças caem bem.

O que é preciso

Ter experiência com moda, artes ou design de interiores, estar confortável com tecnologia e ter um bom tino comercial.

#14 Chief Trust Officer

O que este profissional do futuro faz

Trabalha com equipes de relações públicas e finanças para construir relações de confiança no setor financeiro e encorajar transparência e responsabilidade no mercado de criptmoedas.

O que é preciso

Ter anos de experiência relevante (com criptomoedas, blockchain, bolsa de valores), mestrado na área, conhecimentos regulatórios e perfil analítico.

#15 Analista de quantum machine learning

O que este profissional do futuro faz

Pesquisa e desenvolve soluções de ponta, que aumentam a velocidade e performance de algoritmos e sistemas, ao integrar as duas disciplinas.

O que é preciso

Ter um perfil criativo e uma pós-graduação na área, além de anos de experiência com machine learning, computação quântica ou data science.

#16 Guia de loja virtual

O que este profissional do futuro faz

Entrega atendimento ao cliente de maneira instantânea e virtual. O trabalho é remoto e utiliza realidade aumentada.

O que é preciso

Ter experiência com vendas, boas habilidades de comunicação, um bom ambiente de trabalho remoto.

#17 Corretor de dados pessoais

O que este profissional do futuro faz

Monitora e comercializa dados pessoais de um cliente e busca maximizar os ganhos em bolsas de dados nacionais e internacionais.

O que é preciso

Ter perfil analítico, conhecimento do ambiente regulatório global, saber trabalhar sob pressão.

#18 Curador de memórias pessoais

O que este profissional do futuro faz

Contata diversos stakeholders, imprensa e fontes históricas para recriar e arquitetar experiências passadas de clientes que perderam suas memórias. Utiliza realidade virtual.

O que é preciso

Ter perfil criativo e nível excepcional de inteligência emocional, ótimas habilidades de comunicação, empatia, capacidade narrativa e vontade de inovar.

#19 Construtor de jornadas de realidade aumentada

O que este profissional do futuro faz

Nesta profissão do futuro, o profissional projeta, escreve, cria, calibra, gamifica, constroi e personaliza jornadas de realidade aumentada.

O que é preciso

Ter perfil criativo, anos de experiência com jogos competitivos multiplayer, familiaridade com tecnologias como Microsfot HoloLens e Facebook Oculus e com metaversos de conteúdo.

#20 Controlador de estradas

O que este profissional do futuro faz

Monitora, regula, planeja e manipula espaços aéreos e estradas, programando plataformas automatizadas de IA usadas para gerenciar espaços de carros e drones autônomos.

O que é preciso

Aptidão para o trabalho é mais importante que qualificações ou experiências anteriores. É preciso ter habilidades de comunicação, tomada de decisão, organização e resolução de problemas. Saber trabalhar sob pressão também é essencial.

#21 Oficial de diversidade genética

O que este profissional do futuro faz

Facilita a lucratividade e a produtividade da organização e, ao mesmo tempo, cria um ambiente de inclusão genética, operando de acordo com as leis e guias relacionados à força de trabalho geneticamente aprimorada.

O que é preciso ter

Na última das profissões do futuro, é necessário grau avançado de estudos em biologia ou genômica, anos de experiência com igualdade genética ou similares. Habilidades interpessoais, de gestão e de comunicação também são essenciais.

(Fonte: https://www.napratica.org.br/possiveis-profissoes-do-futuro/, data de acesso: 13/03/2020)

Como as suas emoções interferem nas dores do corpo?

Por PRÓ-VIDA - publicado 9 meses atrás

Em tempos corridos como os dias de hoje, não é raro que a gente deixe nossa saúde de lado e foque mais no sucesso profissional e financeiro. A vida moderna é repleta de estresses, o trabalho é maçante e o estilo das grandes cidades abre pouco espaço para o conforto emocional.

O que muitas pessoas não percebem é que isso pode ter influências significativas no organismo. Os sentimentos ou o humor podem transformar a forma como reagimos à dor — nossos pensamentos possuem uma relação muito íntima com as diversas reações que permeiam nosso metabolismo, e um estado psicológico negativo pode trazer as mais diversas e impensadas consequências.

Ficou curioso sobre o assunto? Não parece essencial compreender melhor como as suas emoções interferem nas dores do corpo? Continue a leitura!

Exercícios físicos, música e dor

Especialmente o treinamento com pesos na musculação — são realizados até o extremo da capacidade muscular e, logicamente, estão diretamente relacionados à dor e à resistência. O que pouca gente esperava era descobrir que ouvir músicas durante essas atividades liberaria substâncias químicas no cérebro, que ajudariam a reduzir a sensação dolorosa e o cansaço do exercício, aumentando ainda mais o desempenho.

A explicação é que, quando ouvimos música, sentimos emoções positivas — e nosso sistema nervoso libera analgésicos naturais, as endorfinas, que agem no organismo. Quando interagimos com as melodias e harmonias de que gostamos, a liberação desses compostos é consideravelmente maior.

Canções agradáveis ao ouvinte também ajudam a melhorar a saúde do coração — estudos mostram que elas também ativam a área do cérebro relacionada ao prazer, aumentando a sensação de bem-estar. Seu uso já é estudado na recuperação de pessoas que sofrem de doença arterial coronariana, sempre atreladas ao gosto musical de cada paciente.

As músicas preferidas de cada um podem reduzir a ansiedade, diminuir a pressão arterial e fazer com que os ouvintes fiquem mais relaxados e tranquilos, equilibrando as suas emoções e minimizando consideravelmente as dores do corpo.

Estresse e sistema digestivo

Ainda que intuitivamente, nós sempre soubemos que o sistema digestivo possui uma relação direta com nossos pensamentos e sentimentos. Quem nunca ficou sem apetite, com o intestino preso ou com dor de barriga em um momento de angústia — ou até desenvolveu gastrite depois de um longo período de estresse?

O que poucos sabem é que isso é cientificamente comprovado — afinal, o intestino e o sistema nervoso têm a mesma origem embriológica. Cientistas já afirmam que mais do que o órgão responsável pela digestão, absorção e excreção dos alimentos, essas vísceras possuem uma vasta rede de neurônios, denominada sistema nervoso entérico. Nesse local, temos a produção de vários hormônios e neurotransmissores que atuam no trato gastrintestinal — mas, também, interagem com o sistema nervoso central.

A serotonina, por exemplo — responsável pela sensação de bem-estar, ela é formada através de um aminoácido obtido na alimentação. Enquanto a glândula pineal produz uma parte desse neurotransmissor no cérebro, o intestino é responsável por outra parte da sua fabricação, pois ela também contribui para as contrações do peristaltismo que movimenta o bolo alimentar até o final do trato digestivo.

Daí, podemos deduzir que pessoas com constipação intestinal crônica (prisão de ventre) acabam não tendo uma boa produção de serotonina e, por isso, apresentam maior irritabilidade, inclinação à depressão e, no caso das mulheres, exacerbação dos sintomas da TPM.

Com base na percepção de que a região gastrointestinal é sensível às nossas emoções, e que elas podem se manifestar fisicamente como incômodo e dores na região, podemos concluir que o tratamento da ansiedade e do estresse com um acompanhamento multidisciplinar pode reduzir efetivamente os problemas digestivos.

Sistema imunológico e depressão

Se a relação entre as emoções e as dores do corpo já ficaram bem claras nos exemplos acima, vale lembrar também que nossos sentimentos agem mesmo em todos os níveis do nosso organismo. Existe uma conexão fortíssima entre a saúde mental em seus estados nocivos — como depressão e raiva — e a capacidade de defesa contra doenças infecciosas e tumorais.

Pesquisas mostram que neurotransmissores podem ativar certas células de defesa, cuja função primordial é a proteção do indivíduo contra males externos — como vírus, fungos e bactérias nocivas. Essa descoberta pode ter um importante impacto científico e médico, pois mostra como o equilíbrio das emoções pode ser fundamental no combate a diversas patologias. Isso, também, deve influenciar uma nova geração de medicamentos e tratamentos — que terão foco não apenas em combater o agente infeccioso, mas também em manter o estado emocional do paciente em equilíbrio perfeito.

Estados de afeto positivo ou negativo parecem estar diretamente relacionados à ativação, ampliação, supressão ou diminuição de muitas atividades importantes realizadas pelas células imunológicas. Em outras palavras, a ativação do sistema imune passa por “mensageiros cerebrais” e pelo sistema nervoso, de modo que experiências nocivas na vida — como estresse, depressão, traumas e, até mesmo, lesões cerebrais — podem prejudicar direta e indiretamente a atuação das células de defesa, propiciando o desenvolvimento de doenças infecciosas, autoimunes e até de muitos tipos de câncer.

Emoção e dor, um conhecimento milenar

Apesar dos estudos recentes relacionarem as emoções com as dores do corpo, algumas culturas já parecem conhecer essa afinidade há muitos séculos. A Medicina Tradicional Chinesa, por exemplo, faz associações entre os sentimentos e diversos órgãos do organismo, explicando quais desconfortos podem estar fortemente relacionados com seu mau funcionamento.

Os compêndios da cultura oriental ligam, por exemplo, a ansiedade e a preocupação excessiva ao intestino grosso — corroborando o que as pesquisas atuais estão dizendo. Também conectam estados ansiosos com o coração e os pulmões, que se traduziriam em palpitações e respiração ofegante.

A antiga medicina grega também não foge dessa linha — eles consideravam que sentimentos nobres como a alegria, a tranquilidade, o altruísmo e a empatia fortaleceriam o coração e o espírito da vida, melhorando as funções imunológicas.

Eles também enxergavam a garganta como centro de comunicação do nosso corpo, além de alertar sobre o fato de que a incapacidade de expressão pode causar problemas emocionais — quem nunca experimentou o famoso nó na garganta?

E então, entendeu um pouco melhor como as suas emoções interferem nas dores do corpo e no bem-estar geral do seu organismo? Portanto, procure equilibrar seus sentimentos — e veja como sua saúde poderá dar um verdadeiro salto de qualidade!

Autor: Dr Leonardo Machado

Fonte: Portal Por uma vida sem dor

© Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta publicação, desde que citada a fonte.

(Fonte: https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-acoes/pro-vida/dicas-de-saude/pilulas-de-saude/como-as-suas-emocoes-interferem-nas-dores-do-corpo, data de acesso: 13/03/2020)

Mau funcionamento do intestino e o impacto na vida social

Um dos problemas intestinais mais comuns e que afeta grande parte da população é a constipação, mais conhecida como prisão de ventre/intestino preso. O intestino, além de ser um órgão importante para a absorção de nutrientes obtidos por meio da alimentação, também influencia no humor e na concentração para atividades do cotidiano. Dessa forma, se ele não vai bem, isso pode se refletir em sua vida social trazendo diversas limitações. Quem já deixou de fazer aquela viagem que tanto queria ou um passeio com amigos por conta do incômodo e do mal-estar de não conseguir ir ao banheiro sabe exatamente do que estamos falando.1

Um estudo publicado no ano de 2007 na revista internacional “Alimentary Pharmacology & Therapeutics”, apontou que as pessoas que sofrem de prisão de ventre apresentam qualidade de vida inferior em relação àquelas que não possuem esse problema. Além disso, o mau funcionamento do intestino também pode afetar o bem-estar, reduzir a autoestima e até mesmo causar algum desconforto durante a prática de atividade física.1

Essa relação existe porque o intestino também é responsável pela produção de hormônios. Você sabia que no intestino acontecem 90% da produção de serotonina? Trata-se da substância apontada como a grande responsável pelas sensações de bem-estar e felicidade! Quando o funcionamento intestinal não vai bem, a produção do chamado “hormônio da felicidade” diminui por tabela, podendo trazer irritação, desânimo e até falta de vontade para enfrentar os desafios da rotina. Estes são alguns sinais do mau humor que podem prejudicar seu desempenho no trabalho e até mesmo atrapalhar sua vida social.2

Um hábito muito comum e prejudicial à regularidade do intestino é ignorar a vontade de ir ao banheiro, especialmente quando fora de casa. Adiar as necessidades do corpo prejudica o funcionamento do intestino, podendo fazer mal à saúde. Respeitar os sinais do organismo pode melhorar não apenas a saúde intestinal, mas também a qualidade de vida.3

Por outro lado, essa falta de regularidade também pode estar associada à alimentação. O consumo de alimentos integrais e de hortaliças (fontes de fibras), associado à ingestão diária de 6 a 8 copos de água, pode melhorar esse quadro e trazer benefícios à vida.3

Referências

  1. Wald A et al. The burden of constipation on quality of life: results of a multinational survey. Alimentary pharmacology & therapeutics. 2007; 26(2): 227-236.
  2. Rodrigues F. Programa de neuroeducação para a felicidade: Uma revisão teórica da neurobiologia da felicidade. Neurociência & Educação Especial, 2015, Vol. 1, nº1, 92 – 104.
  3. Garcia LB, Bertolini SMMG, Souza MV, Santos MSF, Pereira COM. Constipação intestinal: aspectos epidemiológicos e clínicos. Revista Saúde e Pesquisa, 2016; 9(1):153-162.
(Fonte: https://tamarine.com.br/mau-funcionamento-intestino-impactonavidasocial.php, data de acesso: 13/03/2020)