FIPLC EM-EH


Edição nº 250 - de 25 de Março de 2023 a 24 de Abril de 2023

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Num período conturbado e sem muitas oferta de empregos as consequências são graves na saúde das pessoas desempregadas

A solidariedade em momentos tão difíceis onde famílias passam grande carência de alimentos, remédios e até condições mínimas de sobrevivência, há que se convocar as instituições de solidariedade para que também colaborem com as doações, por mais simples que sejam, sempre ajudam.

As atividades de voluntários e de voluntárias, são muito uteis até nos cuidados com pessoas adoecidas, sem ter onde morar ou famintas mesmo.

Infelizmente este tipo de situação está ocorrendo em várias partes do mundo e, noutros países, há mais organização nas áreas de voluntários/as.

Para atender demandas assistenciais em tempos de crises, violências, e, pandemias, endemias, e até em casos de tragédias naturais etc.

Infelizmente faz falta entidades que tenham boa vontade em cadastrar pessoas que se dispõem a ser voluntárias em períodos de tragédia, endemias etc.

Assim, nosso lástima as tristezas acrescidas nas famílias brasileiras onde tantas pessoas inocentes sofrem por incompetência de lideranças etc.

É um momento de se colaborar e se solidarizar... hoje as pessoas estão necessitadas, daqui há algum tempo poderão ter meios de ser ótimo cliente.

Nosso fraternal abraço e gratidão as pessoas que colaboram e zelam pela felicidade das que no momento sofrem.

Nosso abraço de coragem para as que sofrem dificuldades que tenham fé e colaborem com todas as suas forças para vencerem tais crises atuais.

Nada é por todo o tempo, mas sim por um determinado tempo... depois tudo poderá mudar para momentos bem melhores e felizes.

Nosso fraternal abraço a quem esteja desempregado e nosso fraternal abraço as pessoas solidárias e bondosas de nossa sociedade atual.

Professora Mestra Elisabeth Mariano e equipe FIPLC_EM_EH

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ALESP aprova auxílio de até 1 salário mínimo para desempregados; nº de beneficiários também aumenta

ALESP aprova ampliação de auxílio para desempregados a até 1 salário mínimo

Projeto aprovado em plenário torna permanente também bolsa-auxílio a estudantes da FAMEMA

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16/12/2022 16:42

Os beneficiários do programa estadual Bolsa Trabalho poderão passar a receber até um salário mínimo de auxílio. Isto graças a um projeto de autoria do Executivo aprovado pelo Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na terça-feira (13), durante sessão extraordinária.

De acordo com a proposta aprovada, o número de beneficiários também poderá aumentar. O objetivo é que, do total de bolsas oferecidas, pelo menos 2% sejam voltadas para egressos do sistema penitenciário do Estado, e que pelo menos 3% sejam para pessoas com deficiência.

O Bolsa Trabalho é parte do Programa Estadual Bolsa do Povo, aprovado pela Alesp em 2021, que tem como objetivo oferecer ocupação, renda e qualificação profissional para a população desempregada.

O benefício consiste na concessão da bolsa, que poderá agora chegar a até um salário mínimo, na entrega de cesta básica e na oferta de cursos de qualificação profissional. O beneficiário do programa presta serviços para órgãos públicos, como a Sabesp e a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).

Projeto

O Projeto de Lei 625/22 altera a Lei 10.321/99, que criou o Programa de Auxílio Desemprego - como era chamado o Bolsa Trabalho - e a Lei 17.372/21, que criou o programa Bolsa do Povo, responsável por aumentar o valor do auxílio de R$ 210 para R$ 450 durante os anos de 2021 e 2022, por conta da pandemia.

A nova medida torna permanente a ampliação do valor pago pela Bolsa Trabalho no Estado de São Paulo e estabelece novas regras para o auxílio. De acordo com a proposta, o programa passará a ser coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, contando com a participação de organizações não governamentais.

A jornada de trabalho prevista pelo projeto será de 4 horas por dia, totalizando 20 horas semanais. Cada beneficiário poderá receber o auxílio por, no máximo, cinco meses.

Famema

O Projeto de Lei 625/22, aprovado hoje, torna permanente, também, o Programa Bolsa Auxílio Permanência voltado aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica da Faculdade de Medicina de Marília (Famema).

O programa seguirá as novas regras da Bolsa Trabalho e concederá o auxílio de R$ 450 para os estudantes da Famema. A proposta altera a Lei 17.462/21, que define as regras para que os universitários consigam obter o benefício. De acordo com o projeto, a bolsa deverá agora ser administrada anualmente. O projeto segue agora para sanção ou veto, total ou parcial, do governador.

(Fonte: https://www.semanariozonanorte.com.br/noticia/alesp-aprova-ampliacao-de-auxilio-para-desempregados-a-ate-1-salario-minimo, data de acesso: 24/03/2023)

Saúde do trabalhador - saúde da trabalhadora

Em um ano, Justiça do Trabalho em SP registra 16 mil ações por assédio moral e tem alta de 8,2% em ações por doenças ocupacionais

Levantamento mostra que comércio varejista é categoria com mais processos por assédio moral na área de cobertura do TRT-2. Segundo juíza, pandemia econômica e pandemia geraram mais pressão por produtividade e tensão entre empregadores e trabalhadores.

Por Isabela Leite, GloboNews

01/05/2022 05h01 Atualizado há 10 meses

Sede do TRT de SP, na Rua da Consolação, no Centro da capital paulista — Foto: Divulgação

A Justiça do Trabalho registrou quase 16 mil ações por assédio moral em 2021 na capital paulista, Grande São Paulo, ABC e Baixada Santista.

Um levantamento obtido pela GloboNews mostra que houve um aumento de 2,6% na comparação com 2020, quando o Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região (TRT-2) teve 15.567 processos distribuídos pela mesma queixa. Até os três primeiros meses de 2022, o TRT-2 também registrou 2.945 reclamações por assédio moral. Os principais acusados, de acordo com a Justiça trabalhista, costumam ser os chefes diretos das vítimas.

O comércio varejista é a categoria econômica com o maior número de processos distribuídos por assédio moral no TRT-2 entre 2019 e 2022. Foram 8.959 ações. Na sequência, estão outros serviços (4.063 processos), limpeza, segurança e vigilância (3.796 processos), telecomunicações (3.723 processos) e restaurantes, bares e similares (2.335 processos).

As doenças ocupacionais também tiveram um crescimento de 8,2% nos registros de ações trabalhistas no TRT-2 entre 2020 e 2021, passando de 8.446 para 9.138 ações nos dois períodos. Entre janeiro e março deste ano, já foram 2.220 processos distribuídos no tribunal regional. Para a juíza do trabalho Erotilde Minharro, a diminuição de postos de trabalho obrigou os colaboradores a trabalharem mais horas que o normal, que tiveram que se adaptar a outras atividades sem o treinamento adequado e passaram a sofrer de outras doenças relacionadas ao uso da tecnologia.

Processos trabalhistas distribuídos / TRT-2

Assédio moral
2022 2.945 (até 31 de março)
2021 15.973
2020 15.567
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região (TRT-2)

Pandemia e assédio moral

A juíza do trabalho Erotilde Minharro explica que o assédio moral pode ser entendido como o tipo de violência em que determinada pessoa física ou jurídica humilha, constrange, ofende e ataca a dignidade da outra. "Quando isso ocorre no trabalho, para a caracterização do dano por assédio moral, via de regra o Poder Judiciário exige que a violência ocorra de maneira repetitiva. Veja que utilizei a expressão 'via de regra', porque existe exceção. A depender da gravidade da humilhação perpetrada, uma única vez já basta para o seu reconhecimento judicial", afirma.

A procuradora do trabalho Adriane Reis Araújo, que é coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), pontua que a pandemia revelou o impacto da incerteza sobre o futuro na saúde mental dos trabalhadores e também como a vida pessoal teve um peso ainda maior na rotina dos colaboradores.

"A pandemia trouxe visibilidade a uma questão que muitas vezes não era percebida, que é a interlocução entre a vida privada e a vida profissional. Nós tivemos de uma forma abrupta, por exemplo, o fechamento de escolas e creches, o que afetou de maneira acentuada todas as trabalhadoras e os trabalhadores que tinham filhos pequenos e em idade escolar naquele momento. Mesmo aquelas pessoas que conseguiram ficar em suas residências, em teletrabalho, também se viram em uma situação de ter que cumprir uma meta de trabalho e de produção, mas com o acúmulo de todas as tarefas domésticas", explica a procuradora do trabalho.

Sobre o aumento das queixas por assédio moral, a juíza entende a pandemia modificou de forma inesperada boa parte das empresas, que atuavam de maneira analógica e não tiveram muito tempo para fazer uma transição sem conflitos. "Essa mudança brusca acabou por repercutir negativamente nas relações laborais. Em primeiro lugar, porque a tecnologia suprimiu os empregos mais repetitivos e braçais. Em segundo, porque exigiu uma espécie de 'letramento digital' por parte dos trabalhadores e nem todos estavam preparados para isso".

Além disso, segundo a juíza do trabalho, a crise econômica e a pandemia geraram mais pressão por produtividade e por cumprimento de metas mais elevadas, o que, consequentemente, "geraram mais tensões entre os atores sociais envolvidos e a busca por soluções destes conflitos na Justiça do Trabalho". Ainda segundo Erotilde Minharro, o teletrabalho - ou homeoffice - afetou as relações de trabalho, principalmente entre funcionários e empregadores que não estavam habituados a esse modelo.

"Os empregadores continuavam a exigir horas de trabalho, quando na verdade, nesta modalidade de labor, o importante é o cumprimento das tarefas que foram combinadas entre as partes. A falta de separação entre trabalho e vida doméstica também foi responsável por crises de ansiedade e uma sensação de conexão ininterrupta nos trabalhadores. Exigências excessivas e vigilância virtual exagerada também impactaram nas estatísticas", conclui a juíza do trabalho.

Processos distribuídos no TRT

doenças ocupacionais
2022 2.220 (até 31/março)
2021 9.138
2020 8.446
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região (TRT-2)

Desafios para promover ambiente de trabalho mais saudável

Tanto representantes do judiciário quanto do Ministério Público do Trabalho entendem que é necessária uma mudança de cultura da sociedade para que o ambiente de trabalho se torne mais saudável e menos violento. Segundo a procuradora do trabalho Adriane Reis Araújo a concepção de que a violência e o assédio se observam na sociedade em geral também acaba permeando a empresa.

"Então para evitar esse tipo dentro de seus quadros, a empresa precisa ter algumas ações proativas no sentido contrário a essa violência. Essas iniciativas são de capacitação para conhecer melhor as diferenças (...). E se há um público predominantemente masculino, é preciso também fazer uma capacitação com o olhar de gênero para evitar a repetição da prática de violência de gênero que a gente observa fora (da empresa) e dentro da própria empresa", diz Adriane Reis Araújo.

A juíza do trabalho Erotilde Minharro também reforça a necessidade de investir em mecanismos que mudem a cultura da empresa para promover um ambiente de igualdade e de oportunidades iguais. "Entendo que o principal desafio é a mudança de mentalidade. A mentalidade do custo x benefício deve ser observada sob a óptica do compliance e do ESG [abreviação de Environmental, Social and Governance]. Empresas que atuam na prevenção gastam menos, porque possuem trabalhadores mais satisfeitos e produtivos. Gastam menos também porque não precisam resolver problemas com danos reputacionais que diminuem o valor da empresa no mercado de ações. (...) É um efeito dominó positivo", argumenta Erotilde Minharro.

(Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/05/01/em-um-ano-justica-do-trabalho-em-sp-registra-16-mil-acoes-por-assedio-moral-e-tem-alta-de-82percent-em-acoes-por-doencas-ocupacionais.ghtml, data de acesso: 24/03/2023)

Grandes esforços são necessários para reduzir a ingestão de sal e proteger vidas

9 Mar 2023

GENEBRA, 9 de março de 2023 — Relatório inédito da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o consumo de sal (Relatório global sobre redução do consumo de sódio) mostra que estamos longe de atingir a meta global de reduzir o consumo de sódio em 30% até 2025.

O sódio é um nutriente essencial, mas, se ingerido em excesso, aumenta o risco de doenças cardíacas como AVC, e morte prematura. A principal fonte de sódio é o sal de cozinha (cloreto de sódio), mas outros temperos, como o glutamato de sódio, também contêm sódio. O relatório mostra que apenas 5% dos Estados Membros da OMS possuem políticas de redução de sódio obrigatórias e abrangentes e que 73% dos Estados Membros da OMS não implementam totalmente tais políticas.

A implementação de políticas de redução de sódio, altamente econômicas, poderia salvar cerca de 7 milhões de vidas em todo o mundo até 2030. É um componente importante das medidas para atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de reduzir as mortes por doenças não transmissíveis. Atualmente, apenas nove países (Brasil, Chile, República Tcheca, Lituânia, Malásia, México, Arábia Saudita, Espanha, Uruguai) têm um conjunto abrangente de políticas recomendadas para reduzir a ingestão de sódio.

“Dietas pouco saudáveis estão entre as principais causas de doenças e mortes em todo o mundo e a ingestão excessiva de sódio é um dos principais responsáveis”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Este relatório mostra que a maioria dos países ainda não adotou nenhuma política obrigatória de redução de sódio, deixando sua população em risco de ataque cardíaco, derrame e outros problemas de saúde. A OMS pede a todos os países que implementem os “Melhores Investimentos” para redução de sódio e aos fabricantes que implementem os parâmetros de referência da OMS para o teor de sódio nos alimentos.”

Uma abordagem abrangente para a redução de sódio inclui a adoção de políticas obrigatórias e as quatro intervenções de “melhores investimento” da OMS relacionadas ao sódio, que contribuem muito para a prevenção de doenças não transmissíveis. Elas incluem:

Os países são incentivados a estabelecer metas sobre quantidade de sódio para alimentos processados, de acordo com os Padrões Globais de Sódio da OMS e aplicá-los por meio dessas políticas.

As políticas obrigatórias de redução de sódio são mais eficazes, pois alcançam uma cobertura mais ampla e protegem contra interesses comerciais, ao mesmo tempo em que fornecem condições equitativas para os fabricantes de alimentos. Como parte do relatório, a OMS desenvolveu um [mapa de pontuação de sódio https://extranet.who.int/nutrition/gina/en/scorecard/sodium] para os Estados Membros com base no tipo e número de políticas de redução de sódio que eles têm em vigor.

“Este importante relatório demonstra que os países devem trabalhar com urgência para implementar políticas de redução de sódio, obrigatórias e lideradas pelo governo para atingir a meta global de reduzir o consumo de sal até 2025”, disse o Dr. Tom Frieden, presidente e CEO da Resolve to Save Lives, uma organização sem fins lucrativos que trabalha com países para evitar 100 milhões de mortes por doenças cardiovasculares em 30 anos. “Existem medidas comprovadas que os governos podem implementar e inovações importantes, como sais com baixo teor de sódio. O mundo precisa de ação e agora, ou muito mais pessoas sofrerão ataques cardíacos e derrames incapacitantes ou mortais, que poderiam ser evitados.

A ingestão média global de sal é estimada em 10,8 gramas por dia, mais que o dobro da recomendação da OMS de menos de 5 gramas de sal por dia (uma colher de chá). Consumir muito sal é o principal fator de risco para mortes relacionadas à dieta e à nutrição. Mais evidências estão surgindo documentando as ligações entre a alta ingestão de sódio e o aumento do risco de outras condições de saúde, como câncer gástrico, obesidade, osteoporose e doença renal.

A OMS faz um chamado aos Estados Membros para implementar políticas de redução da ingestão de sódio e para mitigar os efeitos nocivos do consumo excessivo de sal. A OMS também pede aos fabricantes de alimentos que estabeleçam metas contunentes de redução de sódio em seus produtos.

Notas para a imprensa

A OMS fez parceria com a Resolve to Save Lives, uma organização sem fins lucrativos, para apoiar países em todo o mundo a reduzir o consumo de sódio pela população. A Resolve to Save Lives publicou recentemente um banco de dados de nutrição global para alimentos embalados, que atualmente apresenta dados de nutrientes de alimentos embalados para 25 países. Desde 2017, a Bloomberg Philanthropies apoia os esforços globais da Resolve to Save Lives para salvar vidas de doenças cardiovasculares. Para saber mais, visite: https://www.resolvetosavelives.org ou Twitter @ResolveTSL

(Fonte: https://www.paho.org/pt/noticias/9-3-2023-grandes-esforcos-sao-necessarios-para-reduzir-ingestao-sal-e-proteger-vidas, data de acesso: 24/03/2023)

Estudo alerta para altos níveis de depressão e pensamentos suicidas em trabalhadores de saúde na América Latina durante a pandemia

OPAS pede proteção à saúde mental dos trabalhadores de saúde e alerta que a pressão sobre eles devido ao recente aumento de casos da COVID-19 pode seguir afetando sua saúde

Washington, D.C., 13 de janeiro de 2022 (OPAS) - Trabalhadores de saúde de onze países latino-americanos apresentam altas taxas de sintomas depressivos, pensamentos suicidas e sofrimento psíquico, conforme os resultados de um estudo liderado pela Universidade do Chile e Universidade da Columbia (nos Estados Unidos), com a colaboração da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O relatório COVID-19 Health care wOrkErs Study (HEROES) mostra que entre 14,7% e 22% dos trabalhadores de saúde entrevistados em 2020 apresentaram sintomas que levaram à suspeita de um episódio depressivo, enquanto entre 5% e 15% dos trabalhadores disseram que pensaram em cometer suicídio. O estudo também mostra que, em alguns países, apenas cerca de um terço dos que disseram precisar de atendimento psicológico realmente o receberam.

“A pandemia mostrou o desgaste dos trabalhadores de saúde e, nos países onde o sistema de saúde entrou em colapso, o profissional sofreu com jornadas extenuantes e dilemas éticos que tiveram impacto em sua saúde mental”, disse Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS. “A pandemia não acabou. É fundamental cuidar de quem cuida de nós”, frisou.

O relatório realizou entrevistas com 14.502 trabalhadores de saúde da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Bolívia, Guatemala, México, Peru, Porto Rico, Venezuela e Uruguai, e contou com a participação de acadêmicos e pesquisadores de dezenas de instituições desses países.

A necessidade de apoio emocional e financeiro, preocupação em contagiar familiares, conflitos com parentes de pessoas infectadas e mudanças nas funções habituais de trabalho foram alguns dos principais fatores que afetaram a saúde mental dos funcionários.

Por outro lado, confiar que a instituição de saúde e o governo conseguiriam lidar com a pandemia, ter o apoio dos colegas de trabalho e se considerar uma pessoa espiritual ou religiosa foram citados como alguns dos fatores que ajudaram a proteger sua saúde mental.

“A pandemia aumentou o estresse, a ansiedade e a depressão dos trabalhadores de saúde e expôs a falta de políticas específicas para proteger a saúde mental. Há uma dívida de saúde que deve ser paga”, considerou Rubén Alvarado, acadêmico do programa de saúde mental da Faculdade de Medicina da Universidade do Chile e um dos principais pesquisadores do estudo.

O relatório destaca que é urgente desenvolver políticas específicas que permitam organizar ações para proteger a saúde mental desses trabalhadores. Nesse sentido, recomenda-se modificar o ambiente laboral e garantir condições de trabalho adequadas. Além disso, conceder remuneração digna, condições contratuais estáveis e criar espaços onde as equipes possam conversar, desabafar e praticar o autocuidado.

Da mesma forma, o documento pede apoio aos trabalhadores de saúde para o cuidado de seus filhos e pessoas idosas sob seus cuidados, já que a maioria são mulheres e cuidadoras. Recomenda-se também colocar em prática as diretrizes para proteger a saúde mental dos trabalhadores dos centros de saúde e tornar os serviços de saúde mental acessíveis a esses trabalhadores.

“Após dois anos da pandemia, muitos trabalhadores ainda não recebem o apoio que precisam e isso pode fazer com que desenvolvam diferentes transtornos mentais nos próximos anos, algo para o qual temos que estar preparados”, alertou Ezra Susser, da Univer.

Aprenda a cuidar de si para cuidar dos outros

Para ajudar os trabalhadores que atuam em áreas de emergências a prevenir problemas de saúde mental e promover estilos de vida saudáveis, a OPAS lançou nesta quinta-feira (13) um curso online gratuito de autocuidado. O curso permitirá que os participantes reconheçam o estresse no trabalho e os riscos associados, identifiquem fatores de risco e proteção, detectem sinais de alerta de problemas de saúde mental e incorporem estratégias de autocuidado para alcançar hábitos saudáveis.

(Fonte: https://www.paho.org/pt/noticias/13-1-2022-estudo-alerta-para-altos-niveis-depressao-e-pensamentos-suicidas-em, data de acesso: 24/03/2023)

04 de Março - Dia Mundial da Obesidade

“Mudando Perspectivas: vamos falar sobre obesidade” – Dia 4 de Março se comemora o Dia Mundial da Obesidade

O Dia Mundial da Obesidade é um dia unificado de ação para exigir uma resposta coesa e intersetorial à crise da obesidade. Acontece no dia 4 de março e é convocado pela Federação Mundial de Obesidade em colaboração com seus membros globais.

Os Dias Mundiais anteriores incentivaram as pessoas a reconhecer suas causas profundas, aumentar o conhecimento sobre a doença, combater o estigma do peso, colocar em primeiro plano as vozes das pessoas com experiência vivida e agir para melhorar a compreensão, a prevenção e o tratamento da obesidade no mundo.

A obesidade está aumentando globalmente e os esforços para lidar com ela são desafiadores devido a equívocos sobre o tema e o papel que desempenha na saúde de uma pessoa.

O tema da campanha deste ano é ‘Mudando Perspectivas: Vamos Falar Sobre Obesidade’ e pretende aproveitar o poder do diálogo e das histórias para que, juntos, seja possível corrigir equívocos e tomar medidas coletivas eficazes. Quando todos conversam, debatem e compartilham, é possível mudar as normas e transformar os resultados de saúde para todos.

A missão do Dia Mundial da Obesidade:

Alguns dados:

No Brasil, dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, do Ministério da Saúde, mostram que a doença tem alcançado os maiores índices dos últimos 13 anos, saindo de 11,8% da população em 2006 para 19,8% em 2018.

Esse crescimento e a maior prevalência da doença são alarmantes, já que a condição traz importantes consequências para a saúde, entre elas maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como doenças cardíacas, diabetes, alguns tipos de câncer, além de estar associada a maiores índices de mortalidade.

Pela definição da Organização Mundial da Saúde, obesidade é o excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízos à saúde. Uma pessoa é considerada obesa quando seu Índice de Massa Corporal (IMC) é maior ou igual a 30 kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Os indivíduos que possuem IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 são diagnosticados com sobrepeso e já podem ter alguns prejuízos advindos do excesso de gordura.

Para haver um impacto real na prevenção e no controle da obesidade, é preciso abordar suas diversas e profundas raízes:

Sintomas:

Existe uma tendência da população em geral, e até de alguns profissionais de saúde, de considerar uma pessoa obesa quando ela já tem um quadro mais grave, daí a importância de monitorar o IMC.

A obesidade apresenta inúmeras complicações, e, de acordo com a tendência individual, ela pode desencadear, por exemplo, artrose, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico, apneia do sono e alguns tipos de câncer. A obesidade leva as pessoas a viverem menos e com pior qualidade de vida.

Tratamento:

O tratamento básico da obesidade apoia-se na modificação do comportamento alimentar e no incremento da atividade física.

Por esse motivo existe uma preocupação crescente no âmbito da prevenção, trabalhando os hábitos saudáveis de vida desde a infância e a necessidade da intervenção multidisciplinar, pois é considerada uma doença crônica, sem cura e que tende a recorrer após a perda de peso.

O sucesso depende de constante vigilância, devendo ser tratada por toda a vida, pois não existe terapia farmacológica de longo prazo que não envolva mudança de estilo de vida – pessoas com obesidade precisam do acompanhamento e do apoio dos profissionais de saúde.

Após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), o Ministério da Saúde publicou o

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Sobrepeso e Obesidade em Adultos.

Fontes:

(Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/mudando-perspectivas-vamos-falar-sobre-obesidade-04-3-e-o-dia-mundial-da-obesidade/, data de acesso: 09/03/2023)

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