Índices estatísticos continuam a revelar a desigualdade salarial e das oportunidades de carreira em relação ao trabalho feminino. Em algumas profissões há o predomínio das mulheres, entretanto, noutras elas sequer atingem a margem de 10%, a exemplo disto, estão as áreas de engenharia, tecnologia e as áreas de pesquisas científicas.
Em diálogo recente com diretor de recursos humanos de uma das mais importantes universidades privadas de São Paulo, verificamos que, embora haja o maior número de mulheres no corpo dicente, no exercício do ensino universitário os homens são maioria, fator este que pode revelar a dificuldade das mulheres para alcançarem maiores patamares na sua carreira, quer seja pela falta de oportunidade para serem admitidas ou para se concluírem mestrado ou doutorado (exigência necessária para a docência do ensino superior).
Embora as mulheres estejam em maioria na utilização de equipamentos de informática (computadores, telefonia, terminais bancários, controles e atendimento ao público), elas ainda são minoria no desenvolvimento tecnológico destes equipamentos. Talvez, pelo custo das pesquisas ou pela obrigatoriedade do trabalho como empregada, haja uma dificuldade acentuada para que este cenário mude, isto porque se observa o predomínio das mulheres nas profissões liberais, principalmente, as que estejam correlacionadas às questões de saúde, educação, área social e das artes.
Em março, estaremos realizando mais um evento em convênio com a CNPL, esperamos que este tema seja abordado por especialistas do setor da ciência e tecnologia, ao que deixamos em aberta as inscrições para este tema ou outros, às/aos afiliadas/os da CNPL, pelo e-mail: espacomulher@espacomulher.com.br.
Mais uma vez enviamos nossos votos de um ano 2005 pleno de sucesso para todas/os e nosso abraço. Elisabeth Mariano e equipe Espaço Mulher.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
O prefeito de São Paulo, José Serra aprovou a "Lei que obriga a existência do desfibrilador cardíaco" para uso em caso de emergência em locais que tenham a "circulação média diária de 1.500 pessoas ou mais".
Trata-se da Lei 13.995, de 7 de janeiro de 2005, que também obriga que haja treinamento para o uso do equipamento, por pelo menos 30% dos trabalhadores destes locais de grande aglomeração de pessoas (áreas de lazer, negócios, escolas etc.). O treinamento para o uso do desfibrilador será feito no curso "Suporte básico de vida", que será "ministrado por entidades credenciadas pelo Conselho Nacional de Ressuscitação".
Ocorrerá, nos dias 24 a 27 de janeiro de 2005, no Pavilhão de Exposições e Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, o 23º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo. O presidente do Congresso Internacional de Odontologia é o Dr. Salvador Nunes Gentil, que também preside a APCD - Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas. Serão recebidas autoridades nacionais e internacionais do mundo científico da área de Odontologia, assim como do cenário político, no que se inclui como presidente de honra o prefeito de São Paulo, José Serra, além do homenageado especial: Geraldo Alckimin, governador do Estado de São Paulo, e também estará presente na solenidade de abertura o ministro da Saúde, Humberto Costa.
Carlos Zarattini transmitiu o cargo de titular da Secretaria das Subprefeituras de São Paulo ao deputado Walter Feldman, no dia 3 de janeiro.
"A Libbs Farmacêutica lançou o livro Psiquiatria Clínica, de Marcelo Caixeta, médico-consultante em Psicologia Médica, especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pós-graduado pela Universidade de Paris. Com 384 páginas, o volume é dirigido a psiquiatras e aborda os principais aspectos da prática da psiquiatria clínica, com apresentação e discussão de muitos casos clínicos, detalhamento dos principais distúrbios psiquiátricos e orientações quanto às diferenças entre quadros clínicos aparentemente próximos uns dos outros (o chamado diagnóstico diferencial). "Este livro", explica o autor, "focaliza sua atenção sobre algumas questões diagnósticas mais freqüentes e mais complexas da prática psicopatológica. É voltado para o médico que tem de diagnosticar doenças de difícil delimitação, mesmo sendo escrito em linguagem simples para o clínico".
Sempre baseando suas idéias em grandes estudiosos da Psiquiatria, como Henri Wallon e Vygotsky, Caixeta faz uma comparação entre a prática clínica atual e a do passado, apontando que, com os modernos tratamentos, "a morbidade e a mortalidade das doenças é bem menor e isso torna possível um seguimento a bem mais longo prazo". Hoje há equipes multidisciplinares mais bem treinadas para tratar o paciente, que realizam um trabalho mais humanístico.
O médico esclarece que problemas como o alcoolismo e dependência de drogas, em muitos pacientes, estão relacionados com depressão e esta precisa ser tratada farmacologicamente. Caixeta ressalta, ainda, a relação dos transtornos de hiperatividade com a delinqüência, toxicomania e as personalidades anti-sociais (muitos meninos de rua, problema crônico no Brasil, poderiam ser enquadrados dentro destes critérios). Além disso, segundo o médico, a hiperatividade está associada a distúrbios alimentares, como a bulimia e o comer compulsivo.
Marcelo Caixeta também procura desmistificar algumas doenças como a esquizofrenia: "Ela se manifesta de várias maneiras, às vezes de modo muito sutil e leve, ao contrário do que a população imagina. As pessoas acham que é sempre loucura e sempre grave". Sobre os distúrbios afetivos, como mania e depressão, o médico afirma que nem todos os casos são diagnosticados e tratados convenientemente, redundando muitas vezes em suicídio, acidente etc. Histeria, fobia e psicoses agudas são exemplos de outras doenças relatadas.
O livro aborda o papel fundamental da história clínica e da psicofarmacologia como instrumentos terapêuticos, principalmente para dirimir dúvidas nos diagnósticos mais difíceis. Aponta ser essencial, ainda, a compreensão da inter-relação entre os fatores biológicos e psicossociais para o entendimento de cada caso clínico, além da visão abrangente e o conhecimento clínico concreto que o profissional deve ter em oposição à superespecialização. O livro traz contribuições originais do autor e seus colaboradores, fugindo da corriqueira compilação e lugares-comuns. Há, inclusive, descrições de três doenças psiquiátricas ainda não classificadas, como a Psicose da Angústia-Perplexidade tipo Conrad, as Psicoses Referenciais e uma Síndrome de Imaturidade Psicológica Masculina, de início precoce, cursando com obesidade, paranóia, tendência à indiferenciação sexual.
Psiquiatria Clínica é fruto de um trabalho de 25 anos na medicina denominada pelo autor de "frente de batalha", ou seja, um contato ininterrupto com pacientes de um serviço hospitalar de Psicologia Médica. O livro procura reafirmar a importância da empatia, do envolvimento e do contato afetivo com o paciente. "Sem este relacionamento, sem deixar de lado a postura estritamente observacional, não há como fazer um bom diagnóstico e estabelecer uma boa relação terapêutica, e sem isto não há como fazer uma boa psiquiatria", finaliza Caixeta.
O livro foi distribuído durante o último Congresso Brasileiro de Psiquiatria, realizado em Salvador (BA)".