O desembargador Walter Fanganiello Maierovitch, presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone, e vice-presidente do Conselho de Administração do CIEE, lançou no final do mês de setembro o livro: Criminalidade dos Potentes (compilação de artigos de autoria dele, publicados na imprensa, nos quais discute a criminalidade transnacional e a máfia).
Ele foi entrevistado pela revista AGITAÇÃO (*) em que destacou fatos de sua vida profissional, lutas e conquistas, além de enfatizar que os objetivos do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone, o qual preside, "são os de promover estudos e reflexões sobre a criminalidade."
Na entrevista ao responder sobre a abordagem dos grupos que sustentam a máfia, ser um tema polêmico em seu livro Criminalidade dos Potentes, ele respondeu da seguinte forma: “Há um ano, faço um trabalho em Roma sobre o problema da criminalidade sem fronteiras. É um tema que traz um aspecto novo à discussão, porque já se começa a descobrir, acima das máfias, um estamento que dá sustentação à matriz mafiosa, que vem sendo chamado genericamente de criminalidade dos potentes. Os potentes são os verdadeiros organizadores e comandantes do crime organizado, aqueles que, inclusive sob a aparência de respeitabilidade, atividades de prestígio e até de interesse público, manejam os cordéis. Estou trabalhando exatamente esse tema no livro, lançado em 29 de setembro, o primeiro da série Linha de Frente para a Cidadania, Além de Criminalidade dos Potentes, completam a série um livro sobre a geopolítica das drogas e outro sobre o terrorismo. Os dois últimos serão lançados no ano que vem.” (*) REVISTA AGITAÇÃO ((set/out 2008) p.8 a p. 11 - editada pelo CIEE/SP entrevista derivada da palestra no CIEE/SP e lançamento do livro.
Acreditamos que o sucesso do livro recém lançado atrairá muitos reflexos para o sucesso também dos dois próximos livros por tratar de temas que interessam tanto aos governantes, nas esferas do judiciário, legislativo e executivo, quanto para as lideranças da iniciativa privada, entidades classistas, mídia, educação, grupos sociais, políticos e religiosos, profissionais liberais etc.
Com o exemplo bem sucedido do desembargador Wálter Fanganiello Maierovitch queremos destacar que todas as pessoas (homens e mulheres) quando desempenham suas carreiras profissionais buscando aprimorar as vivências sociais, podem transformar suas experiências de vida e trabalho em importantes registros e pesquisas históricas que podem transformar a sociedade, escrevendo livros e fazendo palestras.
Esta é uma nova oportunidade que surge, precisaremos destas informações como base para um futuro próximo, não há mais como se orientar alunos/as com obras ultrapassadas, que fundamentam teorias afastadas da realidade contemporânea.
A área das profissões liberais é rica em conhecimentos práticos e inovadores e pode transformar a sociedade, tanto na área técnica como educacional.
Mais uma vez entregamos para você uma edição que preparamos voluntariamente com notícias para a CNPL, a quem muito agradecemos pelo apoio institucional recebido.
Esperamos que sejam muito úteis as informações selecionadas.
Receba um abraço de Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
- Tema: Novos Paradigmas na Interpretação de Imagens
- Cursos: Interpretação TCFC / Simpósios / Exposição Comercial
- Realização: ABRO
- Data: 13 a 15 de novembro de 2008
- Local: Hotel Windsor Barra & Congressos - Rio de Janeiro.
No dia 25 de Novembro de 2008, (16h00 até 21H00) no Hotel Transamérica São Paulo, SP – Salões São Paulo 1 e 2, ocorrerá o lançamento de SUPERBRANDS AWARDED 2008, promovido pela SUPERBRANDS e com o apoio da BRANDFINANCE.
Consta da programação:
- Abertura com Pyr Marcondes – Sócio / VP Operações SUPERBRANDS
- Apresentação do Projeto Superbrands Award 4ª. ed. 2008
Para que investir em marca? Os desafios de se construir marca forte no Brasil:
- Aida Singer – Gerente Sênior de Endobusiness / Marketing do Bradesco
- Stephan Duailibi Younes – Gerente de Marketing Unimed Brasil
- Alexandre Moraes – Gerente de Marketing da Ajinomoto
- João B S Ciaco – Diretor de Publicidade e Marketing de Relacionamento FIAT
- Mauro Multedo - Vice Presidente Marketing McDonald´s
- Gilson Nunes – Sócio e Presidente da BRAND FINANCE DO BRASIL e da SUPERBRANDS:
“Gestão de Riscos de Imagem e da Marca: Nova ferramenta de gestão de marca na atualidade“
- Gilson Nunes, Sócio Presidente Brand Finance, Superbrands e The Brander
- Pyr Marcondes, Sócio-VP Superbrands
“Cerca de 84 mil professores estaduais terão um laptop financiado a juro zero. É o que garante a Secretaria de Estado da Educação, que fechou balanço de inscrições no programa Computador do Professor. A iniciativa financiará em até 24 vezes, sem juro, computadores portáteis a estes educadores.
Anunciado pelo governador José Serra e pela secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, o programa foi abertos a professores, diretores, supervisores e secretários de escola efetivos da Secretaria e do Centro Paula Souza. Foram 81 mil profissionais da Secretaria e 3 mil do Centro. O próximo passo é a compra de computadores, via chamamento público, que ocorrerá até o fim deste mês. Já a partir dezembro os professores serão chamados a agência do banco Nossa Caixa para estipular seu financiamento. O computador será entregue na casa do professor em até sete dias úteis.
O objetivo do novo programa da Educação estadual, que conta com parceria das Secretarias de Fazenda e de Desenvolvimento, é oferecer dupla vantagem aos professores na aquisição de computadores. Além do juro zero, preço menor que o de mercado, devido à quantidade que será adquirida. A Secretaria espera que a ferramenta tecnológica auxilie os professores no desenvolvimento da educação, aprimorando a aprendizagem dos estudantes.
Todos os computadores serão, claro, de propriedade dos educadores. A Secretaria fechou o acordo de financiamento junto ao banco Nossa Caixa. A Secretaria irá investir pelo menos R$ 15 milhões para subsidiar o juro zero dos professores - chegando a até R$ 77,2 milhões.
O professor terá descontado o pagamento do computador em holerite (iniciando no segundo mês seguinte à adesão ao financiamento), com possibilidade de pagamento de até 24 parcelas fixas mensais e sem juro.
O preço do computador será definido após a aquisição pelo governo do Estado, via chamamento público da Nossa Caixa. Como referência - com base na configuração estabelecida (veja abaixo)- o valor do laptop no mercado é de aproximadamente R$ 1.900. Os professores pagarão menos do que isso, de acordo com a quantidade adquirida. A estimativa do governo é que o valor possa chegar a R$ 1542, 48, ou seja, até 24 parcelas de R$ 64,27.
Além da máquina a Secretaria incluiu no pacote, em parceria com a Microsoft, a oferta do pacote Windows Vista Home Basic e Office em todos os equipamentos. Além disso, terão dois softwares de apoio pedagógico.”
“O evento deverá reunir mais de três mil pessoas dos cinco continentes.
Nesta edição o público estará dividido em 850 representantes da sociedade civil e do poder público brasileiro, 850 representantes da sociedade civil estrangeiros e 1.000 vagas para governos dos demais países. Além dos 150 adolescentes brasileiros e dos 150 adolescentes de outros países.
O tema de abertura do Congresso será Garantia de Direitos da Criança e do Adolescentee a sua Proteção contra a Exploração Sexual – Por uma Visão Sistêmica. Durante os três dias de encontro, serão realizadas oficinas, espaço de diálogo e cinco painéis.
O III Congresso Mundial é promovido pelo governo brasileiro, (coordenado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos com a parceria dos Ministérios do Turismo, do Desenvolvimento Social e do Combate a Fome e das Relações Exteriores), pela Ecpat, Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e pela rede internacional de organizações não-governamentais, NGO Group.”
“O cirurgião-dentista pode ter um papel importante na identificação e combate aos casos de violência intrafamiliar. Basta que ele tenha um olhar treinado para isso e acesso a informações quanto aos procedimentos mais adequados em casos assim. O tema será destaque do IX Congresso Brasileiro de Ética e Odontologia Forense, que se realizou de 16 até 18 de outubro, na Faculdade de Odontologia (FO) da USP, em São Paulo. O encontro é organizado pela Associação Brasileira de Ética e Odontologia Legal (Abol) pretende discutir temas como o papel do cirurgião dentista diante da violência intrafamiliar, direito odontológico e responsabilidade profissional, aspectos da conduta ética, práticas de auditoria, além de temas clássicos, como a perícia criminal. O objetivo é criar caminhos para aproximar a comunidade científica, especificamente a odontologia forense, das novas demandas sociais, envolvendo conduta ética, inovação na área da pesquisa e a atividade pericial”
“Após analisar das indicações encaminhadas pelos dirigentes de entidades da Odontologia e das instituições públicas e civis e militares de Odontologia do estado do Rio de Janeiro, a Comissão de Avaliação divulgou o resultado das avaliações com base no Regimento Interno do "Prêmio Notáveis da Odontologia Fluminense". São as seguintes:
A premiação aconteceu no dia 30 de outubro, às18 h e 30, no Plenário da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.”
“Está no ar o site http://www.homenspelofimdaviolencia.com.br, que faz parte da campanha nacional "Homens unidos pelo fim da violência contra as Mulheres", lançada pela Secretaria de Políticas para Mulheres, no dia 31 de outubro. Essa iniciativa é destinada apenas ao público masculino e está no marco da Campanha dos 16 Dias de Ativismo pela não Violência contra as Mulheres e integra a campanha mundial "Unite to End Violence Against Women", proposta pelo Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon.
Ao aderirem à campanha, por meio de assinaturas, os homens se comprometem publicamente a contribuir pela implementação integral da Lei Maria da Penha (11.340/06) e pela efetivação de políticas públicas que visam o fim da violência contra as mulheres. A idéia é que as assinaturas sejam recolhidas até o dia 6 de dezembro - Dia de Luta dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. O resultado será divulgado em um evento com o presidente Lula, governadores, artistas, políticos, líderes comunitários, desportistas etc. Neste dia, o presidente Lula enviará "on line" as assinaturas recolhidas ao secretário-geral da ONU, e estas passarão a compor às assinaturas da campanha internacional.”
A “Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) foi aceita como amicus curiae do Supremo Tribunal Federal (STF), referente à Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 132-3/RJ, que visa garantir que funcionários estaduais do Rio de Janeiro que mantenham relações homoafetivas estáveis também possam ter os todos os benefícios de licença, previdência e assistência decorrentes de união estável heterossexual. A decisão de aceitar a ABGLT como amicus curiae é do relator do caso, Ministro Carlos Ayres Britto, e foi publicada no Diário do STF em 06 de outubro.
Amicus curiae significa “amigo da corte” e o termo é utilizado para designar uma instituição que tem por finalidade fornecer subsídios às decisões dos tribunais, oferecendo-lhes melhor base para questões relevantes e de grande impacto que podem afetar a sociedade como um todo.
A Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 132/RJ foi apresentada ao STF pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com base no preceito constitucional da igualdade, porque o Tribunal de Justiça daquele estado não reconhece direitos previdenciários de casais homossexuais com relação estável, como pensão ou licenças por motivo de doença na família.
Na sua análise da argüição, a Advocacia Geral da União (AGU) já deu parecer favorável à equiparação da união civil estável entre casais homoafetivos à união estável entre casais heterossexuais, de acordo com o artigo 226 da Constituição Federal. O parecer da AGU foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal que dará a decisão final.
Segundo Toni Reis, presidente da ABGLT, “a aprovação da ADPF pelo Supremo Tribunal Federal será um grande passo na conquista da cidadania plena da comunidade LGBT.”
A “24ª Conferência Mundial da ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais), foi realizada em Viena, Áustria, de 03 a 06 de novembro de 2008. 200 pessoas de 81 países participaram na conferência, com expressiva participação da África, Ásia e dos países Caribenhos de língua inglesa. Do Brasil participaram Toni Reis, Beto de Jesus e Luanna Marley. Também houve importante participação de pessoas trans, tanto masculinas quanto femininas.
200 novas organizações LGBT foram afiliadas à ILGA durante a conferência. A entidade passou a ter mais de 600 grupos afiliados, de 111 países. A América Latina é a região com o segundo maior número de organizações afiliadas (192), perdendo apenas para a Europa, com 300.”
“O turismo médico, ou mais adequadamente as viagens de saúde, são hoje um dos grandes filões de negócios decorrentes da globalização. O tema foi discutido recentemente em seminário da Câmara Britânica de Comércio (Britcham) e levantou números impressionantes. Só em 2007, cerca de1 milhão de pacientes gastaram US$ 3 bilhões na Tailândia, Cingapura e Índia em busca de tratamento médico. A perspectiva é de acentuado crescimento, pois nos países desenvolvidos os altos custos de tratamentos têm levado as pessoas a buscarem outras regiões com mesma qualidade e menor custo.
A busca de tratamento off-shore é impulsionada por fatores mais ou menos preponderantes dependendo do país. Nos países em que o sistema se saúde é predominantemente público, como Canadá e Reino Unido, a busca ocorre devido longas filas para receber tratamento eletivo ou de menor urgência. Nos países em que o sistema é eminentemente privado, como os EUA, temos um grande contingente de pessoas sem seguro ou plano de saúde e as próprias seguradoras ou operadoras têm visto o tratamento off-shore como alternativa para a redução de custos com sinistros e cirurgias.
Considerando que estes fatores só tendem a se acentuar, o mercado vai crescer mundialmente sendo uma grande oportunidade para os países que estiverem aptos a aproveitá-la.
São requisitos necessários para ser um destino de viagens médicas:
Alguns diferenciais são inatos no Brasil como receptividade, calor humano e pontos turísticos. Temos também como diferencial os médicos altamente capacitados e internacionalmente reconhecidos, além de uma excelente infra-estrutura hospitalar e de turismo. Porém, alguns desafios devem ser superados: o caos urbano, a falta de segurança e uma imagem internacional ainda pálida e ligada ao amadorismo e falta de seriedade, mesmo que de forma injusta.
Programas públicos e iniciativas privadas para o desenvolvimento deste mercado no Brasil até o momento foram isolados, desarticulados e inconsistentes, gerando poucos frutos. Porém, os atores públicos e privados estão buscando maior articulação e cooperação mútua. O setor público deve se envolver nestes esforços viabilizando um arcabouço regulatório e de serviços públicos eficientes para suportar a iniciativa privada e também induzir investimentos. O interesse público nestas iniciativas é inegável, pois ganhar este mercado significa mais recolhimento de impostos, geração de trabalho, investimentos sustentáveis em infra-estrutura hospitalar e formação profissional. Isso resultará na redução dos custos e pulverização de custos fixos na saúde.
Do ponto de vista jurídico estas iniciativas pioneiras geram demandas de estruturação tributária de prestações de serviços internacionais, aos diversos mecanismos de contratação internacional e de formalização de parcerias, além da avaliação dos riscos de responsabilização dos atores nacionais em casos de danos. E necessário um sistema jurídico que proteja os envolvidos, garanta o cumprimento das obrigações das partes e gere eficiências adicionais à operação deste negócio, que contribui enormemente para o desenvolvimento e perenidade dos resultados que certamente virão.”
“Nem todo mau resultado é sinônimo de erro, mas essa é uma dúvida que assombra médico e paciente quando algo não esperado acontece no tratamento ou em procedimentos cirúrgicos. O erro médico pode envolver o simples diagnóstico errôneo de uma doença, como já decidiu o STJ. Nos últimos seis anos, a quantidade de processos envolvendo erro médico que chegaram à corte aumentou 155%. Em 2002, foram 120 processos; neste ano, já são 360. O STJ tem assegurado a pacientes lesados por erros médicos três tipos de indenizações.
Os danos materiais referem-se ao que o paciente gastou no tratamento ineficiente e ao que eventualmente deixou de ganhar por conta do erro médico (dias de trabalho perdidos, por exemplo). Assegura-se, também, o direito de receber os danos morais, valor para compensar a dor moral a que foi submetido (como ocorre com a supressão indevida de um órgão). Por fim, o paciente pode receber por danos estéticos (prejuízo causado à sua aparência, como nas hipóteses em que o erro causou cicatrizes e outras deformidades. As indenizações são cumuláveis.
Superar um tratamento médico mal-sucedido pode levar muito tempo. Não raro, as cicatrizes permanecem no corpo por toda a vida, insistindo numa lembrança indesejável. Mas, ainda que traumatizado pelo episódio, o paciente deve considerar que há prazos legais para buscar a reparação na Justiça. O STJ entende que deve ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor aos serviços prestados por profissionais liberais, inclusive médicos. Nestes casos, prescreve em cinco anos a pretensão à reparação, contados do conhecimento do dano ou de sua autoria. No entanto, a presidente da 2ª Seção, ministra Nancy Andrighi, ressalta que há uma peculiaridade: “a responsabilidade do médico, ao contrário do que ocorre no restante das leis consumeristas, continua sendo subjetiva, ou seja, depende da prova da culpa do médico”.
Em um julgamento ocorrido em 2005 na Terceira Turma, os ministros aplicaram esse entendimento e não atenderam o pedido de um cirurgião plástico de São Paulo para que fosse considerado prescrito o direito de ação de uma paciente. Ele alegava que já teriam transcorrido os três anos estabelecidos pelo Código Civil para a reparação do dano. A paciente - que ficou com deformidades físicas após cirurgias plásticas - conseguiu que o médico custeasse todo o tratamento para restabelecimento do seu quadro clínico, além de reparação por dano moral e estético. Ainda sob a ótica da lei de defesa do consumidor, naquelas hipóteses em que o Poder Judiciário identifica a hipossuficiência do paciente, isto é, a dependência econômica ou de informações, pode haver inversão do ônus da prova.
Atualmente, estão em análise no STJ 444 recursos especiais sobre essa matéria; a maioria contesta os valores das indenizações por erro médico arbitrados em instâncias ordinárias. Mas ser admitido para julgamento no STJ não é sinal de causa ganha: a orientação consolidada na corte é de somente revisar o valor quando for exorbitante ou insignificante. A quantia deve ser razoável e proporcional ao dano.
Foi o que ocorreu na análise de um recurso do Rio de Janeiro em que a União tentava a redução do valor de uma indenização de R$ 360 mil por danos morais. A vítima era uma paciente que ficou tetraplégica, em estado vegetativo, em decorrência do procedimento de anestesia para uma cirurgia a que seria submetida em 1998. A relatora do recurso afirmou que não se tratava de quantia exorbitante. Ela entende que não foi possível estabelecer, neste caso, um paralelo com qualquer indenização devida em caso de morte da vítima. “O sofrimento e a angústia vividos diariamente pela paciente e a irreversibilidade das seqüelas sofridas potencializam, no tempo, o dano moral”, explicou a ministra.
Além do médico responsável pelo procedimento, a clínica ou hospital em que se deu o atendimento também estão sujeitos à responsabilização pelo erro médico. O STJ já decidiu, inclusive, que a operadora de plano de saúde pode responder, solidariamente, por eventual erro do médico que indicou ao segurado. Mas cada caso traz peculiaridades que podem levar a um desfecho judicial diferente. Em setembro passado, a 2ª Seção concluiu o julgamento de um recurso em que um hospital de Santa Catarina contestava a condenação solidária por erro médico. A Justiça estadual havia condenado o hospital e o médico ao pagamento de danos morais, materiais e pensão vitalícia à vítima, paciente que se submeteu a uma cirurgia de varizes.
Os ministros entenderam que a entidade não poderia ser responsabilizada solidariamente por erro médico, pois o cirurgião não prestou quaisquer serviços no interesse do hospital ou sob as suas ordens. De acordo com o relator para o acórdão, ministro João Otávio de Noronha, o fato de receber remuneração pela locação de espaço físico não torna o hospital solidariamente responsável por danos causados por imperícia médica. Entretanto circunstâncias diferentes podem levar a uma conclusão oposta. Em 2002, a 4ª Turma do STJ manteve decisão da Justiça do Rio de Janeiro que condenou uma instituição médica a responder solidariamente pela falta de informação por parte de seu médico sobre os riscos que envolviam uma cirurgia.
A paciente perdeu completamente a visão e ingressou com pedido de indenização por danos materiais, físicos e morais contra o hospital e o médico. Um ano antes, a mesma 4ª Turma já havia decidido que o médico-chefe pode vir a responder por fato danoso causado ao paciente pelo terceiro que esteja diretamente sob suas ordens.
A responsabilidade do médico pelo estado de saúde do paciente não se encerra no atendimento em si. Recentemente, a 4ª Turma confirmou o pagamento de indenização de R$ 300 mil a uma paciente que perdeu o útero, trompas e ovários devido a complicações ocorridas após uma tentativa de fertilização in vitro, realizada em 2001. Baseados na análise dos fatos feita pelo TJ do Rio de Janeiro, os ministros consideraram negligente o atendimento pós-operatório que acarretou dano à paciente, sendo, por isso, passível de responsabilização civil.
Em processo analisado pelo Conselho Regional de Medicina fluminense, o médico não tinha sido responsabilizado pela ovário-histerectomia. A paciente ingressou na Justiça contra a clínica e o médico que realizou o procedimento. Disse que o procurou para atendimento com queixa de dor e febre, mas, após exame, foi encaminhada por ele a outros profissionais. Passado cerca de um mês, foi constatado por outro médico um abscesso no tubo ovariano, o que exigiu a intervenção radical.
Condenados em primeira instância, médico e clínica apelaram, mas o TJ-RJ descartou a realização de uma nova perícia e manteve a condenação solidária. No STJ, o julgamento definiu que o médico deveria responder pelo dano causado, porque não agiu com a cautela necessária.”
“A cada 10 segundos uma pessoa morre no mundo em conseqüência das complicações do Diabetes; Brasil terá campanha de detecção e orientação.
Estimativas recentes indicam que há cerca de 250 milhões de pessoas com Diabetes em todo o mundo. Em 2025, este número deve chegar a 380 milhões. Só no Brasil, os estudos contabilizam 11 milhões de pessoas com a doença, sendo que 50% deste total desconhece que possui Diabetes. Diante desses dados importantes, será realizada em 16 de novembro, em São Paulo, a mais importante campanha de informação e detecção sobre a doença no mundo.
Organizado internacionalmente pela International Diabetes Federation (IDF), com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), em 160 países, o Dia Mundial do Diabetes é organizado no dia 14 de novembro, instituído em 1991, com objetivo de aumentar a conscientização global sobre a doença. No Brasil é organizada pela Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes (FENAD).
Como parte do calendário desta importante data, a Associação Nacional dos Diabéticos (Anad) organiza há 11 anos, no Colégio Madre Cabrini, em São Paulo, uma campanha nacional e gratuita de detecção de Diabetes, orientação, educação e prevenção das complicações decorrentes da doença.
A iniciativa, que neste ano tem como tema central “Um ano em um dia”, tem patrocínio da Divisão Diagnostics da Roche, líder mundial na monitorização de glicemia com a marca Accu-Chek. A campanha deve realizar testes gratuitos de glicemia em cerca de 10 mil pessoas, além de oferecer atendimento imediato aos portadores do Diabetes, com orientação e educação, avaliação de pés, olhos, boca, aferição de pressão arterial, testes de colesterol, hemoglobina glicada, microalbuminúria, avaliação vascular e nutricional.
O evento realizado em São Paulo pela ANAD terá iniciativas sob a responsabilidade da Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes (Fenad) e com a participação de Secretarias Municipais e Estaduais, além de organizações não-governamentais. Estima-se que a campanha de 2007 tenha alcançado 1 milhão de pessoas, em 1,2 mil cidades.
“As campanhas têm por finalidade a detecção do Diabetes mellitus principalmente nos grupos de risco, que são os portadores da doença sem diagnóstico, calculando-se em cerca de 40 a 50 % dos 11 milhões estimados no Brasil. O diagnóstico precoce propiciará o respectivo tratamento diminuindo assim, o impacto das complicações. O Dia Mundial marca também ações múltiplas que têm como objetivo a conscientização da população, dos portadores e dos gestores de saúde para a importância do Diabetes”, declara o Prof. Dr. Fadlo Fraige Filho, Presidente da ANAD / FENAD.”