Novos tempos em que impera a globalização exigem nova metodologias para combater e erradicar todos os tipos de violência no mundo.
Para que haja maior compreensão sobre esta nova modalidade para resolver conflitos, e fazer parte de estratégias que buscam a paz social e política entre o jogo do poder das classes, povos, governante e nações, trazemos algumas definições:
“Não-Violência refere-se a uma série de conceitos sobre moralidade, poder e conflitos que rejeitam completamente o uso da violência nos esforços para a conquista de objetivos sociais e políticos.”
“Em 10 de Novembro de 1998, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a primeira década do século XXI (de 2001 a 2010) como a Decênio internacional da promoção de uma cultura da não-violência e da paz em prol das crianças do mundo.
“A maioria dos adeptos da não-violência escolheram esta opção por aspectos religiosos, éticos, ou ainda estratégicos. Nos dois primeiros casos, ela é utilizada como um princípio de integridade e respeito à condição humana. No último caso, trata-se tão somente de uma questão circunstancial, em que se faz útil essa prática. No entanto, em um mesmo movimento de não-violência podemos encontrar estes três aspectos co-existindo.
No mundo atual, a não-violência vem sendo amplamente utilizada em movimentos pelo trabalho, pela paz, pelo meio ambiente e pelos direitos das mulheres. No entanto, uma outra maneira de utilizar a tática de não-violência é com o intuito de direcionar a opinião pública (principalmente a internacional) contra regimes políticos extremamente repressivos, expondo ao mundo os excessos cometidos contra manifestações de cunho pacífico. Teoricamente, isto faria com que a comunidade internacional passasse a pressionar os dirigentes destes regimes opressivos.” (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A3o-viol%C3%AAncia)
Comemora-se mundialmente no dia 30 de janeiro de cada ano, o Dia da Não-Violência.
Utilizar-se dos conceitos de não-violência e de novos programas, projetos e aplicação de novos critérios e monitoramentos são os maiores desafios momentâneos para educadores/as, lideranças sociais e políticas, para as estruturas governamentais dentre outras áreas da sociedade.
Um exemplo real de sucesso é o relato do caso que envolve a violência nas escolas na região de Araçatuba, que reduziu em 90% os conflitos. Dianted este sucesso enviamos nossos parabéns aos Educadores de Paz, que se especializaram e implementaram os “seis princípios do Manifesto 2000 e em quatro princípios do Relatório Delors (Jacque Delors), ambos adotados pela UNESCO”, e que podem se tornar modelo para a educação brasileira.
A não-violência deve ser estimulada também nas relações de conflitos e abusos de poder em torno das questões de gênero feminino e de outras minorias que sofrem discriminações ou preconceitos.
Com esta reflexão e coma noticia abaixo que justifica este argumento, entregamos para você esta edição 108 com uma seleção de notícias, junto com o fraternal abraço de Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER, e votos de que o ano 2011 seja pleno de boas realizações e muito feliz.”
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
“Enquanto o Governo de São Paulo estabelece critérios punitivos e orienta professores sobre em quais ocasiões a polícia deve entrar na escola, um programa baseado na cultura de paz, introduzida em 2003 em 34 escolas de seis municípios da região de Araçatuba, no interior do Estado, reduziu em 90% os conflitos desde que foi totalmente incorporado por cinco dessas unidades.
O programa, chamado Educadores da Paz, baseado na construção de cultura de paz, conseguiu reduzir índices de suspensões temporárias e definitivas, melhorou o rendimento dos alunos e colocou em pelo menos cinco escolas, o diálogo como filosofia no tratamento de casos conflituosos.
Uma das escolas é a do conjunto Habitacional Ezequiel Barbosa, localizada numa das regiões mais carentes e violentas de Araçatuba. "Pelas regras do Manual de Proteção, teríamos de suspender temporariamente 10 alunos por semana, mas com o programa Educadores de Paz, que adotamos, suspendemos um ou dois alunos", explica a diretora Rosemeire Esteve Cavalaro.
O Manual indica que o aluno deve ser advertido três vezes verbalmente antes de ser punido com o afastamento temporário da escola. "Pelo programa, o aluno é advertido quatro vezes verbalmente e os pais são chamados para solucionar o problema, antes de decidirmos pelo afastamento", explica Rosemeire.
Em outra escola, a diretora decidiu não acatar o Manual e deixou de chamar a Polícia Militar para um estudante pego com uma porção de maconha. "A diretora sabia que era a primeira vez dele e se chamasse a PM ele seria humilhado e prejudicado ainda mais", contou a supervisora do Programa, Marisa Coltri Lélis. Segundo ela, depois que os diretores conversaram com os pais e direcionaram o garoto para o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), da PM, o comportamento do estudante melhorou.
O programa, que é baseado em seis princípios do Manifesto 2000 e em quatro princípios do Relatório Delors (Jacque Delors), ambos adotados pela Unesco, tem sua base formada em técnicas do diálogo e em práticas restaurativas de resolução de conflitos e de concentração. "As reuniões quinzenais que são realizadas nas escolas com professores e diretores servem para formar educadores em cidadania, ética e valores universais, promovendo ações de construção de cultura de paz", conta Marisa. Segundo ela, a mediação de conflito é estabelecida através de uma relação de confiança entre educador e aluno. "Quando há essa relação, o conflito deixa de existir e a convivência se torna harmoniosa", diz.
Segundo ela, o programa começou a ser praticado em 2003 e até agora cinco escolas estão totalmente integradas a ele. "Nessas escolas, os conflitos diminuíram 90%", diz. "Nunca a punição sozinha deu efeito. O diálogo dá mais resultados", completa. Nas outras escolas, segundo Marisa, o programa ainda enfrenta resistência, muitas vezes por parte de diretores, que preferem medidas mais fáceis e rápidas, outra vezes por falta de empenho dos educadores.
Para o supervisor de Ensino de Araçatuba, Edison Marson, os manuais não se contrapõem ao programa. Pelo contrário, vieram a "turbinar" o programa. "Agora com as referências contidas nesses manuais, os diretores terão mais facilidade para aplicar o programa, pois ele terá mais segurança e perderá o medo de errar", diz.”
Rio de Janeiro, Brasil, 13/1/2011 – Dilma Rousseff confirmou em suas ações iniciais como primeira presidente do Brasil que a dimensão feminina distinguirá sua gestão, desenhada para ser a continuidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma, após assumir o cargo e nomear nove ministras – recorde histórico –, anunciou que sua principal meta social é erradicar a pobreza extrema. Para cumprir esta promessa terá de adotar um enfoque de gênero, porque esta é uma chaga basicamente feminina, que resistiu às ultimas e exitosas políticas de combate à pobreza e à desigualdade no Brasil.
As famílias mais pobres estão majoritariamente a cargo de “mulheres com filhos pequenos, menores de dez anos”, segundo Hildete Pereira, professora da Universidade Federal Fluminense e pesquisadora de economia e gênero. Esta situação ocorre por um conjunto de fatores, entre eles os fatos de as mulheres receberem salário menor do que o dos homens para trabalho igual, terem menos propriedades e serem as esquecidas nas heranças. Isto se agrava quando os casais se separam, pois são elas que, geralmente, assumem a responsabilidade pelos filhos, disse a economista à IPS.
Com menos renda, mais responsabilidades e obstáculos adicionais para obter emprego, a mãe sozinha cai na miséria. Por isso, o Programa de Erradicação da Pobreza Extrema, que estará pronto para aplicação em março conforme anunciado pelo governo de Dilma Rousseff, exigirá a capacitação das mulheres beneficiadas e incluirá ampla oferta de creches, disse Hildete. Se não forem criadas as condições para que essas mulheres tenham melhores oportunidades no mercado de trabalho e maiores rendas, as possibilidades de reduzir a miséria nesse segmento da sociedade serão muito escassas, segundo os especialistas.
A quantidade de brasileiros na indigência caiu de 32,4 milhões para 15,8 milhões, entre 1993 e 2008. Porém, se forem consideradas apenas as famílias lideradas por mulheres, apenas 300 mil pessoas saíram dessa situação dentre as 5,5 milhões que havia no começo desse período, segundo o Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade, com base em dados oficiais. Também se sabe que a situação é ainda pior nas dez maiores cidades do país, onde a quantidade de famílias indigentes encabeçadas por mulheres aumentou de 1,6 milhão para 1,8 milhão nos 15 anos estudados.
“O rosto da pobreza extrema é uma mulher negra e chefe de família”, resumiu Hildete, e acrescentou que também a discriminação racial contribui para anular, nesse setor populacional, os efeitos positivos do crescimento econômico, a geração de milhões de empregos e as políticas de transferência de renda que marcaram os oito anos do governo Lula.
Dilma prometeu em sua campanha criar seis mil creches. A quantidade é irrisória para as necessidades de um país com 191 milhões de habitantes, mas se trata de uma meta do governo federal, que não é o responsável por este tipo de atenção social. O problema é que as prefeituras, as verdadeiras responsáveis por aumentar o número de creches, não o fazem, embora disponham de recursos de um fundo educacional. Tampouco este assunto é uma bandeira importante de campanha nas eleições municipais, lamentou Hildete, dizendo que o desafio de Dilma será “induzir” as autoridades locais a fazerem sua parte.
“A luta mais obstinada de meu governo será a erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos”, assegurou Dilma ao assumir a Presidência. Para a tarefa colocou Tereza Campello à frente do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e Ana Fonseca como sua sub, ambas com um passado de projetos e coordenação de programas sociais, como o Bolsa-Família, que beneficia 12,8 milhões de famílias pobres.
A feminização do governo promovida por Dilma não atingiu a meta anunciada de 30% de mulheres em sua equipe de 37 integrantes do gabinete. Mas nove mulheres representam o dobro da média mantida por Lula em seus dois mandatos. Na história da República, inaugurada em 1889, houve apenas 17 ministras, e nenhuma antes de 1889. É “uma novidade importante”, embora a meta de 11 não tenha sido atingida “porque os partidos não indicaram mulheres” para representá-los no gabinete ministerial, disse Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão.
Além disso, todas as ministras reúnem “qualificação técnica e compromisso” com a igualdade de gênero, acrescentou Jacira. “Pela primeira vez, as políticas sociais serão integradas”, com uma coordenação entre ministérios de baixos orçamentos, como os de Políticas para Mulheres, de Igualdade Racial e de Direitos Humanos, que fortalecerá suas vozes nos projetos destinados a combater as desigualdades, ressaltou.
As primeiras iniciativas do governo alimentam o “otimismo” do movimento de mulheres. A decisão de Dilma de querer ser chamada de presidenta, em lugar da palavra neutra presidente, preferida pelos meios de comunicação e pela população em geral, tem “um valor simbólico extraordinário”, disse a ativista. Essa afirmação feminina não ocorreu nas eleições parlamentares realizadas em outubro, ao mesmo tempo que o primeiro turno presidencial.
Apenas 45 mulheres conseguiram acesso à Câmara dos Deputados, com 513 cadeiras, repetindo o resultado de 2006. No Senado, a bancada feminina aumentou apenas uma cadeira, somando 12 senadoras entre 81 integrantes da casa. “Temos de questionar os partidos políticos, que são a grande barreira” para uma maior representação feminina no parlamento, ao bloquearem o acesso das mulheres a instâncias de poder partidário e negar-lhes financiamento para suas campanhas eleitorais, lamentou Jacira.
Dilma tampouco abraçou bandeiras feministas, como a legalização do aborto, mas se seu governo conseguir “tratar com serenidade o assunto, sem ceder às pressões da Igreja Católica”, ampliando os serviços de saúde e de prevenção, já será um grande avanço, concluiu Jacira. Envolverde/IPS
Avaliação aplicada no Brasil mostrou que meninas são melhores na leitura e meninos se destacam em Ciências e Matemática
A última edição do Programa Internacional de Avaliação de alunos (Pisa), referente ao ano de 2009 e divulgado no início de dezembro, mostrou, entre ou¬¬tros dados, algo que osprofessores já perceberam há tempos: a diferença de gênero também se reflete no desempenho dos estudantes em sala de aula.
A pesquisa avaliou alunos de 15 anos em 65 países e mostrou que, no Brasil, as meninas são mais eficazes em leitura, enquanto os meninos se destacam em Ciências e Matemática.
Além de uma simples diferença, este quadro representa um amplo desafio aos docentes, que precisam lidar com as potencialidades de cada um e ao mesmo tempo estimular os alunos nas áreas em que eles não têm tanto interesse. A tarefa não é fácil, pois exige atenção e jogo de cintura dos professores na hora de passar os conteúdos aos jovens, que também apresentam características individuais no aprendizado.
Toda a vida Escolar de meninos e meninas é marcada pelas diferenças de comportamento e desempenho entre os dois gêneros. A rivalidade entre eles é a marca das primeiras séries do ensino fundamental. Já nos anos que antecedem o ensino médio, o interesse pelo sexo oposto começa a se despertar.
Nesta fase, em que ocorre a puberdade, o desenvolvimento de cada gênero também interfere no desempenho Escolar. Geralmente as meninas se desenvolvem mais rapidamente, enquanto os meninos amadurecem em um ritmo mais lento. A professora do setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Maria Rita de Assis César aponta, no entanto, outro fator determinante para a diferença entre os gêneros: a formação.
“Ao invés de uma diferença biológica, é mais interessante pensar na maneira com que os jovens são tratados no processo educacional como um todo, em casa, na Escola e na rua”, afirma. Na avaliação da especialista, há um direcionamento em toda a formação do aluno assim que se descobre o sexo, quando ele ainda está no útero de sua mãe.
Às meninas são direcionados afazeres que exigem capricho, limpeza e humanidades e aos meninos atividades técnicas, ligadas ao matemático. “É lógico que o resultado será diferente, os estímulos são diferentes. Qualquer pesquisa biológica ou neurológica em relação a isso é bobagem”, opina a especialista.
Os pais também são responsáveis pelos resultados apresentados pelos estudantes em sala de aula, advertem os estudiosos no assunto. Além de estimular seus filhos em suas diversas potencialidades, eles precisam investir também na formação de um gênero mais plural, com diversas habilidades. (CGB)Confira os resultados da avaliação de meninos e meninas, por disciplinas, no Pisa.
“O professor precisa estruturar a maneira de ensino prevendo a diversidade na maneira de aprender. Estas diferenças são maiores que a questão do gênero, elas acontecem de pessoa para pessoa”, ressalta a doutora em Educação e professora do curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Evelise Portilho.
Os relatos de alguns professores do ensino fundamental e médio mostram que as diferenças são realmente notáveis. De acordo com eles, as meninas são mais concentradas nas atividades de leitura e produção de texto, ao mesmo tempo em que os meninos são mais agitados e se interessam por experimentos científicos e atividades de cálculo. “Até mesmo os livros que eles escolhem são aqueles que aprofundam o conhecimento científico e tecnológico.
Nas discussões sobre as obras, os meninos participam muito mais quando trabalham com estes temas”, conta a professora de Língua Portuguesa, Lucimara Costa Gai. Ela ainda ressalta que entre as meninas, a preferência é por assuntos ligados ao sentimento.
Nas aulas de Matemática, a professora Simone Danielle Tychanowicz sente que os alunos absorvem facilmente a matéria por já estarem mais familiarizados com unidades de medidas e cálculos em geral. “Por outro lado percebo que as meninas precisam rever o conteúdo em casa. Elas vão bem na disciplina porque estudam bastante”, diz.
O mesmo acontece nas aulas de Ciências e Química ministradas pelo professor Fernando Costa. “O interesse pelas atividades práticas em laboratório é dos meninos, enquanto as garotas ficam mais tímidas. Mas, quando é preciso fazer leituras, elas compreendem muito mais.”, afirma.
Para chamar a atenção dos estudantes nas disciplinas, Evelise afirma que os professores precisam estar atentos aos interesses dos jovens, bem como estimular diferentes habilidades, as chamadas múltiplas inteligências. “Se o aluno tem predomínio em uma modalidade não podemos deixar de potencializar as outras, que também são importantes”, diz.
O ideal é desenvolver atividades que se aproximam da realidade dos jovens e oportunizar a interação entre os alunos durante os estudos, promovendo o ensino colaborativo, quando os estudantes aprendem uns com os outros, o que de acordo com Evelise é muito válido. “O ensino não precisa ser focado apenas no professor, pois não existe uma única maneira de ensinar”, garante. Na prática, os docentes garantem que a iniciativa dá resultados, uma vez que alia as potencialidades de meninos e meninas nos grupos de estudo.
Prestes a ingressar no ensino médio, o estudante Tulio Peiter, de 14 anos, percebe suas principais habilidades ao analisar as notas do boletim. Suas médias em Matemática e Ciências superam as notas em Língua Portuguesa. Para ele, isto acontece pelo fato de que o raciocínio lógico é mais fácil de entender e chega a ser divertido. “É como se fosse um jogo em que devemos encontrar o resultado”, define.
Sua colega Jéssica Farias Pereira, 14 anos, conta que não sente dificuldade em nenhuma disciplina, mas confessa que sua preferência é pela leitura. “Gosto mais de ler do que fazer outras coisas. Sempre tive essa facilidade”, afirma.
Os estudantes contam que, assim como eles, seus colegas de classe apresentam desempenhos semelhantes nas disciplinas de acordo com o gênero. Os jovens ainda observam posturas diferentes dos professores em relação à atenção aos estudantes. Muitos investem mais nas explicações aos alunos com dificuldade em absorver a matéria.
Mesmo com as preferências, Tulio e Jéssica se esforçam para aprimorar seus desempenhos. Para isso, investem pesado nos estudos e aproveitam o contato com os professores. “Procuro perguntar bastante e tirar mi¬¬nhas dúvidas, é preciso se impor. Tem que correr atrás e se adaptar à matéria”, explica Tulio.
Projeto de Lei n. 799/2010, publicado no dia 1.º de dezembro deste ano, de autoria do Deputado Fernando Capez, obriga a disponibilização de uma sala para a instalação de postos de atendimento do PROCON (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) nos estabelecimentos comerciais de grande porte tais como: portos, aeroportos, shoppings center, centros e empreendimentos comerciais que possuam acima de 65 lojas e supermercados de grande porte com mais de 10.000 m² de área. Esses postos do PROCON só poderão atender conflitos oriundos do local onde ocorreu a infração, de modo que, com isso, a repressão vai ficar muito mais eficaz.
Os comerciantes e prestadores de serviços se valem dessa ineficiência estatal e da falta de disposição do consumidor para continuarem infringindo os direitos a este assegurados pela legislação.
Para Capez, disponibilizar o fácil acesso aos órgãos de defesa do consumidor nada mais é do que uma obrigação constitucionalmente garantida, pois “Muitos consumidores lesados deixam de exercer o seu direito pela dificuldade de deslocamento até um posto de atendimento. Às vezes, são pessoas idosas que não têm condições de saúde e acessibilidade aos centros de reclamação. Com certeza, a presença do Estado nestes estabelecimentos comerciais irá inibir a prática de crimes contra os nossos consumidores, “ afirma o Parlamentar.
O artigo 3º do projeto de lei determina a aplicação de multa de 100 a 500 UFESP, para quem descumprir a norma.
Atualmente, ao ter o seu direito infringido, o consumidor quando não consegue solucionar o conflito na esfera administrativa, acaba acionando o Poder Judiciário. Essa iniciativa irá, certamente, impactar positivamente ao reduzir o número demandas judiciais e propiciar um maior respeito aos direitos do consumidor.
Delmíndia Costa – Assessora de imprensa
A deputada Célia Leão deu entrada, no final de 2010, ao Projeto de Lei nº 830/10, que proíbe a utilização de embalagens, sacolas plásticas e similares, feitas de resina sintética originadas de petróleo por estabelecimentos comerciais do Estado de São Paulo permitindo-se o uso de sacolas biodegradáveis e oxibiodegradáveis.
De acordo com o PL, a proibição visa garantir a defesa do meio ambiente através da implementação de política preventiva e de caráter educativo-ambiental, em prol da proteção dos interesses das gerações futuras. Os estabelecimentos tratados nesta lei, terão prazo de 1 (um) ano para se ajustarem aos termos da presente lei, a contar da sua vigência.
“A presente propositura foi apresentada no intuito de garantir e preservar o meio ambiente, nos termos do artigo 225 da Constituição Federal de 1988, que impõe ao poder público em todos os níveis o dever de defender e preservar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras”, lembra Célia Leão.
Como é de conhecimento público, as sacolas plásticas não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza, motivo pelo qual são focos de estudos de várias entidades de preservação do meio ambiente e estão sendo o foco de vários países que pretendem reduzir o consumo de sacos plásticos.