Jornal Espaço Mulher


Edição nº 117 - de 15 de Outubro de 2011 a 14 de Novembro de 2011

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Ainda em discussão: há mulheres machistas e homens feministas?

Impressiona em pleno século 21 certas atitudes de representantes governamentais e de importantes lideranças, nos mais diversos segmentos: educacionais, religiosos, políticos, empresariais, jurídicos, bancários, de mídia etc. insistirem em determinados comportamentos, mesmo sabendo que demonstram estar sendo pessoas desatualizadas, grosseiras, que sabem “desfilar” com equipamentos e alta tecnologia de última geração, mas com atitudes “pré-históricas”.

Obviamente, que é preciso descontar as pessoas que são comprometidas mental e emocionalmente, incapazes de aprenderem e se comportarem conforme os novos tempos, mas, sem dúvida, beira ao ridículo sem fim, certas atitudes que querem fazer um “enfrentamento” aos direitos de mulheres, que conquistam seus espaços de forma inteligente, criativa, com a demonstração de sua capacidade intelectual e emocional.

Um “tal de vale tudo”; “ataque de lá, que eu ataco de cá”, e sem falar de outras aberrações de atitudes que chegam a criminalidade diária, instituída e sem punição, sem sequer haver um lugar que realmente ao menos possa ouvir e compreender do que é que se está falando, pretendendo, ou fazendo, além de faltar a plena humildade do querer aprender, e evoluir, somar, colaborar, praticar atos justos etc.

E, o mais abominável ainda é o “roubo intelectual” utilizado por grandes corporações, que agem monitorados por advogados/as especialistas em “esquentar” por meio de polêmicas brechas jurídicas os atos de “marqueteiros/as” que sós sabem plagiar o que faz sucesso, vivem fazendo “maquilagem grosseira”, e assumem-se como “sanguessugas e parasitas” da criação alheira, na certeza de que seus atos jamais serão punidos. Lamentável! Repugnante! Abominável!

Tudo isto só comprova que para ser revanchista contra os direitos das mulheres que sabem conquistá-los, só podem estar muitos homens e mulheres machistas, incuráveis!

Mas, há a outra contrapartida, ainda silenciosa e discreta, mas atuante os homens e mulheres feministas, que sabem reconhecer os direitos das mulheres, incluindo aquelas que são criativas, autoras, e capazes de terem a iniciativa e o pioneirismo de liderar

campanhas, projetos, e criar intelectualmente, seu negócio com base sócio-políticas para outras mulheres. Abaixo todos os /as plagiadores/as do ESPAÇO MULHER, punição para todos/as, que cometem o crime de violação de direitos autorais!...

Receba nossos protestos de indignação, e a seleção de notícias que fizemos para você nesta edição. Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER.

Mulheres machistas; homens feministas

Claro que existe. E ainda sou mais ousada em afirmar que existem mais mulheres machistas do que feministas. E isso é uma pena, porque não pode haver evolução sem mudança das próprias mulheres. E esse processo é mais lento quando as mulheres a favor da mudança são minoria.

Porém, a notícia boa é que também tem homens feministas. (Lógico, a grande maioria não assume ou não sabe que são). Mas eu até entendo, é difícil para um homem dizer “sou feminista” porque podem interpretá-lo mal, chamá-lo de homossexual. Mas isso não tem nada a ver. Todavia, não faz mal eles não assumirem. Porque o importante não é você falar “Ah, eu sou feminista. Sou a favor da evolução” e não fazer jus ao que diz (como muitas mulheres pseudo-feministas)O que realmente importa é a ação. E a diminuição das contradições(que são bem difíceis de conter)Mas eu sei que uma hora essas contradições do nosso dia-a-dia vão diminuindo gradativa e naturalmente.

Claro, é importante falar que é feminista sim, gritar para o mundo inteiro, para mais pessoas verem que é uma coisa positiva e juntarem-se a nós, mas a palavra não vale nada sem a nossa ação. São pequenos ou grandes atos do nosso dia-a-dia. Quando nós surpreendemos alguém sobre alguma coisa, mostramos um novo lado de um pensamento antiquado que ela achava ser o único lado, nós ensinamos algo a essa pessoa. E essa pessoa aprendendo algo, ela vai querer ensinar o que aprendeu. Então mais vale você mostrar para alguém que somos iguais do que simplesmente falar “somos iguais”. (segue – leia mais no link)”

Autora - Heloísa Vasconcelos - 16 de junho de 2010

revolucaofeminista@yahoo.com

(Fonte: http://www.revolucaofeminista.com/2010/06/mulheres-machistas-homens-feministas.html)

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

GISELE ENTRE OS FINALISTAS DE PRÊMIO AMBIENTAL

“Foi divulgada no dia7 de outubro, a lista com os três finalistas que concorrem ao prêmio International Green Awards na categoria Best Green International Celebrity (Celebridade Internacional mais engajada com o meio ambiente). Os internautas votaram e nossa Embaixadora da Boa Vontade figura a lista dos candidatos eleitos pelo público, juntamente com Paul McCartney e Miguel Bose. O grande vencedor será anunciado no dia 24 de novembro, em Londres.

O International Green Awards visa reconhecer o trabalho daqueles que demonstram um verdadeiro compromisso com o meio ambiente. A categoria Best Green International Celebrity, incluída esse ano, tem como objetivo premiar aqueles que ressaltam a importância da sustentabilidade e utilizam a sua imagem para inspirar pessoas ao redor do mundo a ter um maior engajamento em torno das degradações sofridas pelo nosso Planeta nos últimos anos.

“Tenho sorte de ter crescido em uma família que compreendeu a importância de ter a natureza e a comunidade coexistindo em harmonia. Minha carreira me deu a oportunidade de chamar a atenção sobre importantes causas socioambientais, na esperança de promover uma relação mais consciente com o meio ambiente”, comentou a modelo.

Agora é esperar e ficar na torcida para que a nossa Embaixadora da Boa Vontade tenha sido a grande vencedora! Obrigada a todos que votaram na Gisele como a celebridade mais amiga da natureza.”

(Fonte: http://www.giselebundchen.com.br/novidades/9850/gisele-entre-os-finalistas-de-premio-ambiental)

Novo Conselho Superior do Centro de Professorado Paulista tomou posse em São Paulo

“O teatro da sede central do CPP estava lotado quando a presidente da Comissão Eleitoral, Rosemarie Gomes de Oliveira, empossou os 200 conselheiros eleitos, oriundos de todas as partes do estado de São Paulo,para comporem o Conselho Superior do Centro do Professorado Paulista, gestão 2011/2016.

A cerimônia foi na manhã do dia 7 de outubro, após um processo eleitoral totalmente transparente e democrático.

Na sequência dos trabalhos da Comissão Eleitoral, foram devidamente empossados e diplomados os conselheiros que nomearam, por meio de voto, a Mesa Diretora do Conselho Superior. Como presidente da entidade, professor José Maria Cancelliero. Os respectivos vices são: professora Loretana Paolieri Pancera, professor Silvio dos Santos Martins e professora Maria Lúcia de Almeida e ainda, primeiro e segundo secretário: professor Antonio César Albergaria Whitaker e professora Laismeris Cardoso de Andrade.

O professor José Maria Cancelliero, como presidente empossado, manifestou sua gratidão pela confiança em seu trabalho e ressaltou a indispensável dedicação da Comissão Eleitoral, responsável para o sucesso de tão complexo processo.

A cerimônia de posse do novo Conselho Superior foi transmitida ao vivo pela TV Web do CPP.”

(Fonte: informação enviada por e-mail)

XII Congresso Brasileiro do Terceiro Setor – São Paulo - 21/10/2011

“Ocorrerá no dia 21 de outubro de 2011, das 8h00 às 18h30, no Renaissance São Paulo Hotel, o XII Congresso Brasileiro do Terceiro Setor, que abordará temas sobre contabilidade, auditoria, direito e captação de recursos para o terceiro setor.

O enfoque deste congresso será a atualização e o aprimoramento da capacitação profissional da sociedade civil organizada e das empresas socialmente responsáveis, diante das mutações legais, contábeis e de sustentabilidade do terceiro setor.”

Inscrições e informações: Pelo site: http://www.dialogosocial.com.br.

“As pessoas de bem também têm direitos”

(*) Júlio Soares/Objetiva (11.10.11)

A promotora Silvia Becker Pinto diz que, para resolver situação carcerária do País, a população ficou desprotegida com legislação em benefício de infratores.

A coordenadora da Promotoria Criminal de Caxias do Sul (RS) Silvia Becker Pinto, provocou uma reflexão sobre a dura realidade da segurança pública no País e os impactos com a Lei nº 12.403, que alterou o Código de Processo Penal. Ela foi a convidada da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul de ontem (10). Na concepção da promotora de Justiça, está havendo uma inversão de valores na sociedade, à medida que a nova legislação não beneficia a população de bem, responsável por financiar a máquina pública, e sim os infratores, amparada pelo princípio da não culpabilidade.

Silvia entende que os direitos estão sendo garantidos às minorias, neste caso os criminosos, e que a população em geral fica desprotegida. “Essa lei deixa descoberta a sociedade. As pessoas de bem também têm direitos”, resumiu ela.

A lei, cujo principal objetivo é resolver a situação da superlotação dos presídios brasileiros, prevê 14 tipos de medidas cautelares, para que o juiz tenha alternativas na condenação, como fiança, recolhimento domiciliar e monitoramento eletrônico.

Desde julho deste ano, quando entrou em vigor, a prisão preventiva só será admitida nos crimes dolosos com pena superior a quatro anos. O grande problema, conforme a promotora de Justiça, é que não há como fiscalizar as medidas de monitoramente dos presos longe das penitenciárias porque não é de hoje que Judiciário, Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Federal trabalharam com suas estruturas sucateadas.

Silvia exemplificou o tamanho dos direitos dos apenados ao lembrar que por decisão judicial os presos da Penitenciária do Apanhador, em Caxias do Sul, não precisam mais usar uniforme para evitar constrangimentos públicos. Ela complementou dizendo que uniformes atualmente servem como pano de chão.

“Nós que fizemos uma opção de viver uma vida digna, que trabalhamos e temos família, que cumprimos a lei, não podemos admitir que a nossa segurança esteja ameaçada. Nós também somos destinatários de direitos fundamentais. Precisamos nos unir, somar forças, para montar um pano de ação. Acorda Brasil!”, sustentou Silvia, indignada.

Ela argumentou que a apatia geral se deve ao fato de a população não se sentir parte do Estado. “Identificamos Estado como sendo governo. Mas nós somos o Estado. Temos direitos assegurados pela Constituição Federal, e a segurança é um deles. E aí eu pergunto: será que as pessoas querem essa lei?”, frisou.

Para Silvia, os governos federais e estaduais investem muito pouco em segurança pública e os índices criminais comprovam isto, tendo em vista que ao invés de diminuir eles estão maiores do que há anos.

A promotora de Justiça encerrou ressaltando a seriedade dos problemas que os impactos da lei trarão para a segurança pública. “Não se assustem se a sociedade de Caxias for à porta do Fórum cobrar a conta”, alertou.

Como raras vezes se viu, ao final da fala de Silvia, os participantes da reunião-almoço se levantaram para aplaudi-la de pé.”

(Fonte: http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=25615)

Estupros no Metrô

Por Luiza Nagib Eluf, - (14.10.11)

Procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo.

“Reunir sob uma só definição toques libidinosos e atos sexuais com penetração torna mais difícil a aplicação de penas aos agressores

Por mais surpreendente que possa parecer, temos tido notícias de moças que foram estupradas dentro de vagões do metrô em São Paulo. É intrigante como alguém consegue cometer tamanha violência em horário de pico, em um local superlotado. Será que ninguém ao redor tem coragem de agir diante de um ato brutal?

A explicação, porém, é outra. Com a alteração do Código Penal no que se refere aos crimes de natureza sexual, qualquer ato libidinoso cometido com violência ou grave ameaça passou a se chamar estupro, como um beijo lascivo ou uma carícia nas partes íntimas. Anteriormente à Lei nº. 12.015/2009, para se configurar um estupro, era preciso que o agressor de fato praticasse uma conjunção carnal.

As mencionadas ocorrências no metrô não são atos sexuais. Em um dos últimos casos noticiados, o sujeito rasgou a calcinha da moça e bolinou sua área genital. Isso agora é denominado estupro - evidentemente, um exagero que só vem confundir as coisas.

É perfeitamente possível passar as mãos nas partes íntimas de uma pessoa em pleno vagão lotado do metrô, do trem ou no ônibus sem que os outros percebam. E isso acontece com frequência. Não deveríamos ter que chamar essa conduta de estupro, mas a reforma penal trouxe essa alteração que podemos considerar indevida.

O ato sexual é uma coisa, e o toque libidinoso, outra. No entanto, o novo artigo 213 do Código Penal simplesmente juntou essas agressões sexuais no mesmo texto, gerando consequências ruins.

Primeiro, a definição ampliada aumenta muitíssimo o número de estupradores, o que, por si só, constitui um fato aterrorizante.

Segundo, dificulta a aplicação da pena, que vai de seis a dez anos de reclusão em regime inicial fechado e é excessivamente rigorosa no caso de apalpadelas.

Os juízes talvez tenham resistência em reconhecer um estupro nas ocorrências em que não houve sexo oral, anal ou vaginal. O risco é a absolvição de agressores, o que não é justo, ou a desclassificação do ato libidinoso para contravenção, com uma pena irrisória. Prevalecerá a impunidade, o que é péssimo, pois abusos sexuais, mesmo aqueles em que não há penetração, são muito ofensivos.

Embora a reforma penal que instituiu novos tipos dentre os crimes contra a dignidade sexual tenha vários pontos positivos, fica a sugestão para que alguns artigos sejam reescritos, principalmente o de número 213.

É preciso separar as modalidades de violação sexual em dois artigos distintos. Um que preveja o ataque com penetração, incluindo-se nessa categoria a felação, o sexo anal e vaginal, que deverá ser denominado estupro e terá pena alta, como supramencionado; e outro que englobe atos libidinosos sem penetração e que estabeleça pena menor, proporcional ao malefício causado - esse seria o artigo 214 do Código Penal.

Com essa alteração, de certo conseguiremos mais punições para os molestadores.”

Contato autora: http://www.luizaeluf.com.br

(Fonte: http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=25650&lat=1)