Trazer informações sobre os movimentos femininos e alusivos ao dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, relembrando a origem histórica, em que foram mártires mulheres operárias em Nova Iorque, lutando por melhores condições de salário, demonstrando quais são hoje as lutas sociais e reivindicações políticas, foi uma tarefa difícil para nós. Isto porque o espaço editorial s tornou pequeno mediante tantas informações e convites para os eventos e atos alusivos a esta data comemorativa e importante no cenário das mulheres engajadas. Hoje temos o confronto da violência doméstica, da violência urbana, da violência organizada e globalizada até a ameaça da guerra, situações estas em que as vítimas serão sempre as mulheres, não só pela vida delas, mas pela vida das pessoas que elas geram e amam. Ainda há muito desconhecimento em pensar que não há preconceitos, discriminações e violência moral, e isto é que leva a algumas pessoas, homens e mulheres, questionarem estas lutas femininas.
Nós do ESPAÇO MULHER como filosofia e missão existencial de nosso projeto, sabemos o quanto somos necessárias oferecendo a oportunidade do encontro das trocas de informações e conhecimentos, da força organizada para as conquistas que faltam, para ajudar nas implementações políticas ou para questionar a falta delas, para, inclusive, solidarizarmo-nos umas com as outras, pelas perdas da morte, do seqüestro, das falências, dos desempregos, da invalidez, até as grandes alegrias, nascimentos, casamentos, formaturas, novos cargos, oportunidades de conferencias, novos negócios, tudo isto nos une e reúne.
Só poderá criticar ou desprezar a comunidade das mulheres engajadas nos movimentos femininos quem nunca experimentou a solidariedade e a fraternidade, para si e para as outras, e juntas transcenderem para a sociedade e para o mundo. Esperamos que você aprecie as notícias desta edição 14 e tenha muita sorte em todas as áreas de sua vida. Ajude-nos a divulgar, envie notícias e participe sempre.
Abraço de Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
A Presidenta do SATED/SP, Lígia de Paula Souza, é a nossa homenageada na categoria sindical, isto porque ela representa uma excelente liderança, há muitos anos, frente ao SATED/SP e também pela representatividade feminina nos meios artísticos. Alem de ela ter tornado o SATED/SP um ponto de apoio e luta para os(as) artistas sindicalizados(as), ela também promoveu convênios odontológicos, médicos, com óticas e está ampliando vantagens para a área de seguros e psicoterapia. Há também a assistência jurídica e promoção de palestras que atualizam os profissionais artistas e técnicos sindicalizados.
Com os objetivos de discutir como a educação pode e deve contribuir para a promoção da igualdade racial e os de debater propostas para a implementação da Lei 10.639/03, que trata da inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino, a obrigatoriedade da Temática "História e Cultura Afro-Brasileira". Também foram debatidas a questão das Políticas Afirmativas e as quotas nas universidades, e discutidas propostas sobre o tema para debate nos Congressos da CUT.
Foram expositores: Kabenguele Munanga, professor da USP; e João Carlos Nogueira, sociólogo, diretor de formação do INSPIR, membro do Conselho de Desenvolvimento Social do Governo Lula.
O evento foi realizado pela CUT de São Paulo, Secretaria de Políticas Sociais e pela Comissão Estadual contra a Discriminação Racial, em 07 de março, no auditório da CUT/SP.
"A Educação foi o primeiro tema a ser discutido entre o novo governo e as nações indígenas, durante a realização do Seminário Educação Escolar Indígena, que aconteceu, de 11 a 14 de março, no Hotel San Marco, Brasília. O encontro reuniu representantes do MEC, técnicos das 24 secretariais de educação dos estados onde há populações indígenas, os 13 integrantes da Comissão Nacional dos Professores Indígenas e outros 14 líderes de organizações de professores indígenas, alem de representantes de organizações não-governamentais ligadas à educação indígena.
A principal dificuldade enfrentada na Educação Indígena é a adaptação, não só dos métodos de aprendizado, mas também na administração dos sistemas educacionais, para as culturas de cada um dos povos. "Não existe uma única nação indígena, são 220 nação, com culturas bem diferentes", explica Kleber Matos, coordenador de Apoio à Escola Indígena do MEC.
A concepção de uma educação intercultural surgiu a partir da Constituição de 1988, que reconhece o direito à cidadania dos povos indígenas, e depois com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que prevê o atendimento a este povos, respeitando suas culturas e tradições. "Foi um grande avanço, já que a LDB anterior, de 1971, nem citava os índios", lembra Matos.
Uma das formas de se respeitar as tradições destes povos foi a formação de professores indígenas para trabalhar nas aldeias. Hoje, quase 80% dos profissionais do Magistério lecionando em terras indígenas são provenientes destas comunidades. Em alguns locais, estes professores chegaram a sae organizar em associações, como a Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngüe, no Amazonas."
O seminário de Educação Escolar Indígena reuniu em grupos, por região, os representantes das Secretarias de Educação e das organizações não-governamentais para a discussão da implementação das metas e objetivos do Plano Nacional de Educação.
Os grupos que puderam apresentar propostas para que em médio prazo todos os entraves e dificuldades sejam superados foram:
Grupo 1 - Pará, Maranhão, Tocantins e Amapá;
Grupo 2 - Amazonas, Roraima e Acre;
Grupo 3 - Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás;
Grupo 4 - Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco e Ceará;
Grupo 5 - Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro;
Grupo 6 - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
Grupo 7 - Organizações Não-Governamentais que desenvolvem projetos de Educação Escolar Indígena.
Um dos temas abordados foi a execução da política de Educação Escolar Indígena nos diversos estados, o ponto de vista dos professores e organizações indígenas. Os professores indígenas membros da Comissão Nacional de Professores Indígenas e os representantes das Organizações Indígenas presentes farão uma exposição a respeito do atendimento escolar às etnias de sua região. Nesse momento, os representantes indígenas podem e devem apresentar demandas, propostas e encaminhamentos para a superação dos entraves e dificuldades existentes.
No dia 29 de março, a Coordenadoria Especial da Mulher, em conjunto com a Coordenadoria da Participação Popular e o Conselho Municipal das Pessoas Portadoras de Deficiência, promovem o lançamento do vídeo sobre as mulheres deficientes e mostra fotográfica Mulheres que lutam pelo direito de ir e vir.
O material é resultado de vários processos iniciados em 2002, por exemplo, o Grupo do Trabalho, desenvolvido com mais de 50 mulheres, a I Conferencia Municipal das Mulheres e o I Seminário Municipal de Saúde da Mulher com Deficiência, intitulado: "Direito à Saúde com dignidade: sonho ou realidade?".
Nadir Soares de Lima uma das organizadoras do projeto dentre outras colocações, ressalta que: "um dos mitos é a dificuldade que a sociedade tem de aceitar a sexualidade dessas pessoas, que chega a acreditar que, as mulheres com deficiência física não podem engravidar."
A Coordenadoria Especial da Mulher da Prefeitura do Município de São Paulo, sob a coordenação de Tatau Godinho em parceria com a Associação Oriashé de Arte e Cultura Negra e a COHAB (Companhia de Habitação) inauguraram, em 08 de março, o Espaço Lilás, em uma casa na Zona Leste da Capital, que será um local livre para atividades, oficinas e cursos voltados às mulheres de baixa renda no município, e ainda é um local para ampliar as relações de amizade e o convívio entre as mulheres.
No dia 11 de março, a advogada Norma Kiriakos, Presidenta da Oficina dos Direitos da Mulher, apresentou a palestra "Direitos da Mulher no Novo Código Civil", e também falou "sobre a dificuldade que o brasileiro tem de praticar a igualdade no cotidiano e a ausência de políticas eficazes que possam eliminar de vez as diferenças entre homens e mulheres". Este evento foi promovido pela CEM.
Evento que ocorrerá no dia 20 de março, das 14h às 16h, Rosa Sílvia Lopes Chaves, da Coordenadoria Especial da Mulher, da Prefeitura do Município de São Paulo, como realização da Subprefeitura da Lapa.
Em 10 de março, no Plenário Teotônio Vilella, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em comemoração ao cinqüentenário da CNPL- Confederação Nacional das Profissões Liberais, reuniram-se importantes e influentes representantes das entidades femininas e sindicais, para prestigiarem a conferência da Deputada Célia Leão e do Dr. Luís Eduardo Gautério Gallo - Presidente da CNPL.
A Deputada Célia Leão, pela quarta legislatura, é também advogada, fez uma revisa geral nas questões femininas, quanto à evolução das leis até o momento atual, em que estão sendo registradas as presenças das mulheres no cenário do Poder Legislativo e Executivo. Teceu muitos elogios ao trabalho que realizamos no Projeto ESPAÇO MULHER, fruto de dedicação e persistência de 16 anos de trabalho voluntário na área da comunicação.
A Deputada Célia ao ser questionada pelo Dr. Gallo quanto às influências das cotas nas Ações Afirmativas, tanto para as Mulheres nos partidos, quanto no momento atual, as cotas étnicas no ensino universitário, ela emocionou a todos os presentes, ao relatar que todas as suas campanhas foram feitas sobre a cadeira de rodas indo ao encontro de cada pessoa no meio da multidão, pois para ela os comícios normais a desfavoreciam. Que mesmo sendo paraplégica e mulher não se valeu das cotas, tudo o que perdeu ou venceu, foi pelo próprio esforço e apoio do eleitorado. Entretanto, ressaltou que ela mesma como Deputada Estadual criou as leis das cotas para deficientes, o que os favorece para concorrerem a concursos públicos e outros acessos desde o plano físico (ônibus, calçadas, escadas, banheiros) até a oportunidade para facilitar o estudo dos que não têm as mesmas condições físico-biológicas, que as demais pessoas motivadas pela deficiência.
Ela compreende as cotas como algo necessário por causa da própria sociedade, porém é ao mesmo tempo bom e ruim, e no das cotas étnicas é tudo muito novo para se ter a avaliação ou resultado. Há um período de adaptação para tudo e após este tempo é que se poderá analisar melhor.
Entretanto, ela deixou claro que não basta apenas existir a lei, nós precisamos usar as leis para que o direito e a justiça se fortaleçam, assim como a cidadania.
A conferência do Dr. Luís Gallo trouxe muitos conhecimentos sobre as profissões liberais no Brasil, relatou também sobre a influência feminina nas profissões, e quanto à ascensão política nos cargos sindicais e federativos, as quais ainda são muito poucas. Destacou Maria Terezinha Govinatsky, a qual preside a Federação Nacional dos Nutricionistas; sendo mãe, esposa, professora universitária, voluntária nas áreas de pessoas carentes, profissional liberal com suas ocupações e uma atuante líder sindical e federativa, muito respeitada na CNPL, além de destacar outras mulheres que também já estão liderando sindicatos.
Ao ser questionada por nós, quanto a presença das mulheres nos altos cargos diretivos dos sindicatos e entidades congêneres internacionais, se era semelhante ao Brasil. Dr. Gallo respondeu que nas reuniões em que participou de importantes decisões na União Mundial das Profissões Liberais, na OIT - Organização Internacional do Trabalho, na OMC - Organização Mundial do Comércio, dentre outras, havia apenas homens. Dr. Gallo foi muito admirado e elogiado por todos pela beleza e relevância de seus depoimentos.
A palestra que proferimos intitulada "Comunicação nossa de cada dia dai-nos hoje..." a qual faz parte de pesquisa monográfica para trabalhos acadêmicos trouxe questionamentos quanto aos atos discriminatórios e de violência moral, na área da comunicação, desde a interpessoal até a social.
Na apresentação artística o evento teve a exibição poética de Diva Ganini (a Gauchita) representando a Casa do Poeta e a exibição musical ficou por conta do violonista e professor Luciano Brás, representando o Movimento Poético Nacional. O evento contou com a colaboração da Assessoria do gabinete da Deputada Célia Leão, com a equipe do Cerimonial da Assembléia Legislativa, foi exibido pela TV Assembléia, noticiado no Jornal da REDE VIDA de Televisão e foi realizada entrevista na TV Comunitária de São Paulo. O coquetel foi realizado no Salão dos Espelhos, servido pelo Buffet do Restaurante AFALESP. A filmagem esteve sob o encargo de Pérsio - Produtora de Vídeo.