Jornal Espaço Mulher


Edição nº 175 - de 15 de Agosto de 2016 a 14 de Setembro de 2016

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Quão é admirável a participação das diretoras executivas de ONU Mulheres no Brasil!

Quando se tem acesso às notícias que as diretoras executivas de ONU MULHERES no Brasil estejam participando de alguma solenidade, a exemplo recente disto, as solenidades da abertura das OLIMPÍADAS, pode-se perceber todo o esforço de que seja exemplificada de forma prática e natural a participação pacífica das Mulheres, no pleno exercício de seus direitos de seres humanos e cidadãs livres no país.

O treinamento delas é tão valioso que para elas tudo flui naturalmente, e só ao observá-las já aprendemos, e, encontramos forças para continuar na caminhada de nossos objetivos sem fraquejar; principalmente, porque elas, além do importante cargo que ocupam, são todas muito bem preparadas, com currículos invejáveis tanto na formação acadêmica, quanto na vida prática no exercício de seus cargos em qualquer país do mundo!

A seguir transcrevemos para você a notícia em que a diretora-executiva da Onu Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, e Nadine Gasman, representante da Onu Mulheres no Brasil participaram e o que elas analisam e referenciam sobre as mulheres nas Olimpíadas.

Esperamos que você aprecie esta edição com as notícias e informações que pesquisamos para você!

Fraternal abraço de Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

ONU Mulheres: participação feminina aumentou nas Olimpíadas, mas governança ainda é masculina

Publicado em 05/08/2016 Atualizado em 06/08/2016

A presença das mulheres entre os atletas dos Jogos Olímpicos aumentou nas últimas décadas, mas ainda é preciso ampliar sua representatividade nos cargos administrativos das instituições de governança do esporte no mundo, afirmou a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, que participou nesta sexta-feira (5) do revezamento da tocha olímpica no Rio de Janeiro.

A presença das mulheres entre os atletas dos Jogos Olímpicos aumentou nas últimas décadas, mas ainda é preciso ampliar sua representatividade nos cargos administrativos das instituições de governança do esporte no mundo, afirmou a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, que participou nesta sexta-feira (5) do revezamento da tocha olímpica no Rio de Janeiro.

“As Olimpíadas melhoraram muito em termos de participação das mulheres em todos os esportes. Atualmente, o número de atletas mulheres está em quase 50%”, disse Phumzile. “Mas ainda podemos melhorar em termos de (participação das mulheres na) administração, tanto no nível nacional como internacional”, completou.

Enquanto nos Jogos de Paris de 1900 havia apenas 22 mulheres em um total de 977 atletas, as Olimpíadas de Londres, em 2012, foram os primeiros jogos em que elas competiram em todas as modalidades. Na Rio 2016, cerca de 4,7 mil mulheres – 45% de todos os atletas – representarão seus respectivos países em 306 eventos.

Nos cargos diretivos do esporte, no entanto, a representatividade das mulheres ainda é baixa globalmente.

Para Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres no Brasil, as mulheres estão mais empoderadas para entrar e permanecer na prática esportiva, apesar de o cenário ainda ser muito mais difícil para elas devido a fatores como estereótipos de gênero. “Agora temos 45% de mulheres entre os atletas. Esperamos que chegue a 50%”, disse Nadine.

Uma das principais iniciativas da ONU Mulheres no Brasil envolve justamente a prática esportiva. Trata-se do projeto “Uma Vitória Leva à Outra”, cujo objetivo é criar espaços seguros nas cidades brasileiras para que meninas com idade média de dez a 14 anos possam praticar esportes. A meta é chegar a 2,5 mil meninas até o ano que vem.

“As meninas e mulheres estão fazendo um excelente trabalho como campeãs. Estão mostrando liderança e excelência. Estamos felizes com o fato de a ONU Mulheres estar aqui para inspirá-las a continuar nos esportes, porque muitas meninas desistem quando chegam à puberdade. Queremos garantir que não perderemos campeãs”, declarou Phumzile.

No projeto “Uma Vitória Leva à Outra”, a ONU Mulheres aborda questões de igualdade de gênero com as jovens participantes durante oficinas com psicólogas ou assistentes sociais. Elas também aprendem a administrar melhor seu dinheiro e recebem informações sobre saúde reprodutiva, liderança e assertividade, disse Phumzile.

“Nos últimos meses que estivemos com essas meninas, vimos as mudanças ocorridas, mas temos que tornar esses benefícios maiores, para que as mulheres sejam informadas sobre as leis que as protegem e que tenham confiança em usar a lei em seu benefício”, disse ela.

Revezamento da tocha olímpica

Como parte dos eventos ligados aos Jogos Olímpicos do Rio, a diretora-executiva da ONU Mulheres participou nesta sexta-feira do revezamento da tocha olímpica no Jardim Botânico, zona sul da cidade. A adolescente Thaiza Vitória da Silva, de 15 anos, também caminhou com a tocha posteriormente em Ipanema, ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Thaiza faz parte do projeto “Uma Vitória Leva à Outra” na Vila Olímpica de Mato Alto, em Jacarepaguá, onde joga handball. No revezamento da tocha em Ipanema, ela representou as cerca de 400 meninas do programa, poucas horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos.

Questionada sobre como se imagina nas próximas Olimpíadas de Tóquio, em 2020, Thaiza disse que seu desejo é continuar nos esportes. “Eu pretendo estar na seleção brasileira ou jogando em algum lugar, mas ainda no handball”, disse a menina antes de participar do revezamento da tocha com o chefe da ONU.

(Fonte: https://nacoesunidas.org/onu-mulheres-participacao-feminina-aumentou-nas-olimpiadas-mas-governanca-ainda-e-masculina/, data de acesso 10/08/2016)

Mulheres vivem sete 7.8 anos mais do que homens no Brasil

Por Eliana Bussinger

Mulheres: ao viver mais acabam sozinhas, pobres, doentes e deprimidas. Ninguém sabe afirmar ao certo porque as mulheres vivem mais do que os homens. Aliás, muito mais do que eles: no nosso país a média é de 7.8 anos a mais segundo o IBGE.

Estudos nos EUA da Alliance for Aging Research mostraram que o hiato entre vida e morte dos homens e mulheres sempre existiu (era cerca de 2 ou 3 anos até o início do século XX). Mas tornou-se progressivamente maior após avanços tecnológicos da medicina garantirem maior qualidade na forma como as mulheres dão à luz.

A redução da mortalidade durante os partos, nas primeiras décadas do século XX, permitiu que esse hiato chegasse a 7 anos. E assim permanecesse até os dias de hoje.

Os partos matavam as mulheres de maneira impiedosa, assim como, até hoje, as doenças coronárias fulminam os homens.

É bem verdade que um parto jamais matou um único homem, curiosamente no entanto, o estresse da vida moderna, hábitos destrutivos de alimentação e vícios perniciosos talvez venham a ser uma das razões para que o gap de longevidade volte a se fechar – de forma negativa - dado que mais e mais mulheres estão sofrendo de doenças coronárias.

A menos, é claro, que as poções mágicas da medicina e da ciência venham nos salvar, reduzindo a mortalidade por doenças do coração: a principal razão de morte no mundo inteiro (segunda é o câncer).

Por enquanto, por terem uma longevidade 10% superior a deles, as mulheres acabam, no final da vida, muito vulneráveis a vários doenças e a muitos problemas financeiros.

Não! Não são apenas as despesas com médicos e remédios, por falta de serviços sociais decentes, que as tornam mais vulneráveis, mas sim a acumulação financeira que quase sempre é precária durante a vida produtiva da mulher.

'Cavalo de Tróia'

É por isso que não é difícil afirmar que esse presente de maior longevidade acaba se tornando um verdadeiro 'Cavalo de Tróia'. Aliás, é uma pena que assim seja considerado. Viver é bom e sempre deveria ser assim. Mas as mulheres, por viverem mais, além de ficarem sozinhas na terceira idade (aumento das taxas de divórcio e menor longevidade dos parceiros), adoecem com facilidade e acabam precisando de cuidados especiais, que incluem acompanhamento médico, cirurgias, remédios (caros) de uso contínuo e um número sem fim de exames laboratoriais.

Isso exige facilidade de locomoção e, às vezes, um acompanhante (você sabia que em alguns hospitais as pessoas idosas só são atendidas se estiverem acompanhadas? E o critério é idade e não habilidade física ou sanidade mental, como se um simples número significasse alguma coisa? Ora, nem todo mundo está incapaz e nem todo mundo tem alguém a seu lado, ou dinheiro para pagar um acompanhante ou um táxi, por isso muitos idosos acabam desistindo de procurar atendimento médico.

O meu discurso para as mulheres que são jovens ou estão em processo de pré-menopausa é que observem as mulheres idosas de suas famílias: quanto vivem, como vivem, de quem dependem, quão saudáveis elas são, quanto elas se divertem, como elas agem, quem gosta delas. Enfim, observe se é assim que você quer envelhecer, porque aí está algo inevitável. Sinto muito. Se acharmos que viver é bom, inevitavelmente envelheceremos.

E se você optar por qualidade na terceira idade, então isso só dependerá de você.

Do que você faz hoje para ser mais exata!

A pessoa que você será no futuro está sendo construída hoje, no presente.

Envelhecer com qualidade custa caro. É preciso juntar pequenas fortunas para que isso aconteça. Não espere por ninguém. Filhos ou governos, principalmente.

Os filhos porque precisam cuidar das suas próprias vidas e os governos porque não são confiáveis e isso você já sabe.

Ainda que seja difícil, pense em cada gasto e investimento que você faz hoje, porque isso pode estar prejudicando esse futuro (possível) de qualidade.

AUTORA: Eliana Bussinger é mestre em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas

(*) Eliana Bussinger é mestre em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas

(Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulheres_saude.htm, data de acesso 10/08/2016)

Estudo constata associação entre doença vascular cerebral e demência

Publicado em 06/07/2016

Vasos sanguíneos doentes no próprio cérebro, que é comumente encontrados em pessoas idosas, podem contribuir mais significativamente para a demência da doença de Alzheimer do que se acreditava anteriormente, de acordo com novos resultados do estudo publicado em junho na revista The Lancet Neurology, uma revista médica britânica.

"Patologia vascular cerebral pode ser um fator de risco sub-reconhecido para a demência da doença de Alzheimer", escreveram os pesquisadores.

O estudo realizado por pesquisadores do Centro de Doenças do Rush Alzheimer analisaram os dados médicos e patológicos em 1.143 indivíduos mais velhos que tinham doado seus cérebros para a investigação sobre as suas mortes, incluindo 478 (42 por cento) com demência da doença de Alzheimer. As análises dos cérebros mostrou que 445 (39 por cento) dos participantes do estudo tinha aterosclerose de moderada a grave e 401 (35 por cento) tiveram arteriolosclerose cerebral, que é o endurecimento das paredes das artérias menores.

O estudo concluiu que doenças dos vasos cerebrais elevam a possibilidade de ter demência de Alzheimer. O aumento era de 20 a 30 por cento para cada nível de agravamento da gravidade. O estudo também descobriu que a aterosclerose e a arteriolosclerose (microangiopatia) estão associadas a níveis mais baixos de habilidades de pensamento, inclusive na memória e outras habilidades de pensamento, e estas associações estiveram presentes em pessoas com e sem demência.

"Ambas as grandes e pequenas doenças dos vasos levam a demência e alteram habilidades do pensamento, independentemente um do outro, e independentemente das causas mais comuns de demência, tais como patologia e cursos de Alzheimer", disse o Dr. Zoe Arvanitakis.

Parte da Rush University Medical Center, Centro de Doenças do Rush Alzheimer é dedicado ao estudo da doença de Alzheimer, uma doença neurológica que é a causa mais comum de demência. É um dos 29 centros designados nos Estados Unidos financiados pelo Instituto Nacional sobre Envelhecimento.

O estudo não foi desenhado para determinar a causalidade de demência de Alzheimer, ou mesmo se a doença vascular ou Alzheimer desenvolvido pela primeira vez. "Mas sugere que a doença vascular desempenha um papel na demência", disse Arvanitakis. "Descobrimos que as doenças dos vasos sanguíneos são muito comuns no cérebro, e estão associadas a demências que são tipicamente atribuídas a doença de Alzheimer durante a vida".

Será que impedir a doença cerebrovascular pode prevenir a doença de Alzheimer?

O estudo analisou quais dificuldades cognitivas são causadas por doenças dos vasos e se doença dos vasos e Alzheimer são mais destrutivas em conjunto do que seriam sozinhos. Um editorial na revista The Lancet Neurology, que acompanhou os resultados do estudo observou que, embora outros estudos indicaram que as medidas pró-ativas como comer uma dieta seletiva e fazer exercícios regulares pode proteger as pessoas contra a doença de Alzheimer, essas intervenções podem, na verdade, estar agindo em processos de doença vascular e não sobre o Alzheimer,.

Cerca de 47 milhões de pessoas vivem com demência em todo o mundo, de acordo com a Federação Internacional de associações de Alzheimer em todo o mundo.

Em 2050, esse número é projetado para ser 132 milhões. Portanto, encontrar maneiras de tratar ou prevenir a doença "é uma meta importante", disse Arvanitakis.

O estudo da Lancet Neurology utilizou dados clínicos recolhidos a partir de participantes entre 1994 a 2015, e usou os dados patológicos obtidos a partir do exame dos cérebros doados para a autópsia, e utilizou análise de regressão para determinar as probabilidades de demência de Alzheimer e os níveis de função cognitiva, e a correlação com doença cerebrovascular.

(Fonte: Congressos Médicos, 2016 - http://www.congressosmedicos.com.br/noticias/estudo-constata-associao-entre-doena-vascular-cerebral--e-demncia/?id=2600, data de acesso 10/08/2016)

Por que as mulheres vivem mais

Além de cuidarem mais da própria saúde, especialistas dizem que elas recebem uma ajudinha extra da evolução superar os homens em longevidade. Saiba mais

Tatiana Tavares, especial para o iG São Paulo

Três gerações: no Brasil as mulheres vivem, em média, quase oito anos a mais do que os homens

Nascem mais homens do que mulheres no mundo, mas eles morrem antes. Uma afirmação fácil de ser confirmada – basta olhar as taxas de natalidade e de expectativa de vida de países mundo afora. Para cada 105 homens, nascem 100 mulheres.

No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 revelaram que a expectativa de vida do brasileiro está em 73,4 anos, sendo que para os homens ela é de 69,7 e para as mulheres chega a 77,3. Sim, são quase oito anos a mais. E não para por aí: mesmo com os riscos impostos pela gravidez e pelo parto, as mulheres vêm vivendo mais que os homens pelo menos desde o século 16.

O geriatra Ângelo José Gonçalves Bós, do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, afirma que assim que começa a puberdade os homens se colocam mais em risco do que as mulheres, o que contribui para essa diferença na longevidade.

“Eles brigam mais na rua, envolvem-se em acidentes de carro e moto. As mortes por lesões, por exemplo, são mais comuns em homens até os 50 anos”, diz o médico.

Mas a partir dessa idade a situação não melhora para os homens. Enquanto eles morrem de doenças como infarto, AVC e câncer, elas convivem mais com enfermidades não-fatais como artrite, osteoporose e diabetes.

“O fato é que as doenças que atingem mais os homens causam maior mortalidade.”

Envelhecimentos distintos

Homens e mulheres envelhecem de forma diferente. Enquanto nos homens o envelhecimento dá ao longo da vida, nas mulheres ele ocorre de forma mais acelerada após a menopausa, segundo explica o geriatra Ângelo Bós.

A menopausa, aliás, seria outro fator determinante na expectativa de vida das mulheres. Pelo menos é no que acredita o geriatra Thomas Perls, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard (Estados Unidos).

De acordo com Perls, a longevidade feminina dependeria, em muito, do equilíbrio entre duas forças: o impulso evolutivo para passar adiante seus genes e a necessidade de se manter saudável o suficiente para criar tantos filhos quanto possível. E a menopausa, acredita ele, traça uma linha divisória entre elas, protegendo as mulheres mais velhas do risco de terem filhos em idades muito avançadas e ao mesmo tempo permitindo que elas vivam o suficiente para cuidar de seus filhos e netos.

Mas como uma vida longa não significa necessariamente uma existência mais saudável, o principal fator que contribui para que as mulheres vivam mais é mesmo o cuidado que elas têm com a própria saúde. Elas costumam procurar ajuda médica com mais frequência do que os homens, e tratam suas doenças mais precocemente.

Apesar dos costumes femininos cada vez mais se aproximarem dos masculinos – o estresse no trabalho e a preocupação em manter financeiramente uma família não são mais exclusividade masculina –, nota-se ainda uma maior preocupação da mulher com a estética e com a própria saúde, ressalta Marcos Höher, ginecologista e especialista em reprodução humana do Centro de Pesquisa e Reprodução Humana Nilo Frantz.

“A mulher é mais dedicada aos cuidados alimentares, frequenta com maior assiduidade os consultórios médicos, principalmente para fazer revisões periódicas de saúde”.

(Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2012-07-01/por-que-as-mulheres-vivem-mais.html, data de acesso 10/08/2016)

Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos

Consultar casos registrados

As informações sobre situação, estados e municípios disponíveis nesta consulta estão restritas aos dados dos casos registrados no sistema.

Se você não encontrou alguma UF ou município na lista, significa que até o momento não há casos dessas localidades registrados no Cadastro.

(Fonte: http://www.desaparecidos.gov.br/, data de acesso 10/08/2016)

A Lei da Busca Imediata

Não é necessário esperar 24 horas para registrar o desaparecimento de uma criança ou adolescente. Procure imediatamente uma Delegacia de Polícia Civil mais próxima a sua residência para fazer o Boletim de Ocorrência no caso do desaparecimento de uma criança ou adolescente.

A Lei nº 11.259 de 30 de dezembro 2005, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente no seu artigo 208 determina a investigação policial imediata em casos de desaparecimento de crianças e adolescentes. A Lei é conhecida como “Lei da Busca Imediata”.

A investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes será realizada imediatamente após notificação aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes todos os dados necessários à identificação do desaparecido.

É importante ressaltar que registro do caso de um desaparecimento no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos não substitui o Boletim de Ocorrência, pois este é uma ferramenta que contribui na busca e localização do desaparecido, sendo o Boletim de Ocorrência o instrumento que desencadeia oficialmente a investigação de um desaparecimento.

Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida – 25 a 31 de março / 25 de Maio – Dia Internacional da Criança Desaparecida

Com a sanção da Lei nº 12.393 de 04 de março de 2011 foi instituída a Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida, que acontece anualmente no Brasil de 25 a 31 de março.

Nesse período a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – SDH/PR por meio da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente/SNPDCA, juntamente com a Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos – ReDESAP, busca desenvolver ações de mobilização nacional pela busca de crianças e adolescentes desaparecidos, bem como a divulgação de ferramentas e legislação que auxiliam a sociedade no enfrentamento do fenômeno do desaparecimento.

Essas ações também ocorrem no dia 25 de maio, Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, contando com a parceria do Centro Internacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (ICMEC).

As ações desenvolvidas buscam assegurar as nossas crianças e adolescentes o direito à convivência familiar e comunitária, direito único e irrevogável garantido na Legislação brasileira.

Disque Direitos Humanos - 100

O Disque 100, além de ser um canal de denúncia de violações de direitos humanos constitui-se também em uma ferramenta que auxilia na localização de crianças e adolescentes desaparecidos.

Por meio do Dique 100 é possível informar o desaparecimento de uma criança ou adolescente ou mesmo prestar informações sobre a localização. O Disque 100 encaminha a informação para os órgãos competentes para que as devidas providências sejam tomadas.

A ligação é gratuita e você não precisa informar seus dados caso não queira. O serviço está disponível 24 horas, 07 dias por semana.

Com 40 mil crianças desaparecidas por ano, Brasil abandona ferramenta de localização

Cadastro nacional lançado com alarde em 2010 tem menos de 400 pessoas registradas

R7 Página Inicial - 25/5/2015 às 00h05 (Atualizado em 25/5/2015 às 09h32)

Ana Cláudia Barros, do R7

A cada ano, em média 250 mil pessoas desaparecem no Brasil sem deixar rastro. Dessas, 40 mil têm menos de 18 anos, de acordo com estimativas oficiais. Apesar da gravidade do problema — que pode ser ainda maior, já que especialistas apostam na defasagem dos números —, o tema tem recebido pouca atenção do poder público.

Nesta segunda-feira (25), Dia Internacional da Criança Desaparecida, o R7 traz à tona o debate ao falar de uma ferramenta lançada com grande alarde em 2010, mas que até agora não emplacou. Criado pelo governo federal, o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos tinha como proposta montar um banco de dados seguro, capaz de auxiliar na difusão de informações e no esclarecimento dos casos de desaparecimento.

Mesmo após passar por reformulação, a nova versão, colocada no ar em março de 2013, até agora não conseguiu se consolidar como uma referência no enfrentamento da questão.

A baixa adesão sinaliza a falta de efetividade da ferramenta. Em setembro de 2013, ao elaborar uma série sobre o tema, a reportagem contabilizou 305 casos cadastrados, em 17 Estados. Passados quase dois anos, a quantidade de inscritos não chega a 400 — até este sábado (23), eram 368, em 20 Estados.

Na versão atual do site, desenvolvido pela SDH/PR (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República) em parceria com o Ministério da Justiça, qualquer pessoa pode registrar casos de desaparecimento. Antes de serem encaminhadas para polícias, ONGs (organizações não governamentais) e Conselhos Tutelares, as informações são, segundo os órgãos oficiais, submetidas à análise de uma equipe especializada.

Ao entrar no portal, a impressão que se tem é de abandono. Na página principal, um banner anuncia a Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida, realizada de 25 a 31 de março. O problema está no ano: 2013.

Para Ivanise Esperidião da Silva, que três meses após o desaparecimento da filha Fabiana ajudou a fundar a ONG Mães da Sé, em 31 de março de 1996, a ferramenta é negligenciada.

— Há crianças que estão no site e que já foram localizadas. Eles não fazem controle. Nós [da ONG] ligamos para a família para saber se a pessoa foi encontrada. Não somos o governo, gastamos dinheiro com ligações telefônicas, dependemos da sociedade para manter nosso trabalho. E eles têm toda uma infraestrutura e não fazem o trabalho da forma correta.

Na avaliação do advogado Ariel de Castro Alves, membro da coordenação em São Paulo do Movimento Nacional de Direitos Humanos, o pequeno número de casos inscritos, comparado à média anual de desaparecimentos no País, mostra a inoperância do cadastro.

— Dentro de um cenário em que as estimativas estão em torno de 40 mil desaparecimentos só de crianças e de adolescentes anuais, isso mostra o quanto o cadastro está inoperante. Na verdade, ele só foi criado formalmente. Não funciona. Não tem efetividade. As pessoas que fazem buscas de crianças desaparecidas nem levam em conta esse cadastro.

“Tia Xereta” já encontrou mais de 3.000 pessoas desaparecidas

Na análise dele, o cadastro ainda não funciona, principalmente em razão da falta de integração entre os Estados e o governo federal.

— A maioria dos Estados sequer tem cadastros de crianças e adolescentes desaparecidos e, quando tem, não são acessíveis ao público. A falta de delegacias especializadas é outro empecilho para o atendimento adequado às famílias e à investigação dos casos, já que as apurações e buscas não se iniciam imediatamente.

“Fora do ar”

Vera Lúcia Ranu, outra fundadora do Mães da Sé e, atualmente, à frente da ONG Mães em Luta, também faz críticas ao cadastro. Vera, cuja filha Fabiana desapareceu em novembro de 1992, afirma que não foram poucas vezes que encontrou o site fora do ar ou com algum problema técnico.

— Fizeram a reformulação em que a família teria que alimentar o cadastro. Só que quando a gente entra na página, pede para habilitar uma senha. Quando entro novamente com a senha, ele não reconhece, não dá para cadastrar.

Ivanise Esperidião também avalia que o problema do desaparecimento não é tratado como deveria pelo poder público.

— Pessoas desaparecidas não dão voto. Não temos nenhum deputado federal, nenhum senador que se interessem pela causa. Vivemos à mercê da própria sorte.

Sandra Moreno, que após o desaparecimento da filha Ana Paula, em 2009, tornou-se ativista da causa, faz coro. Para ela, o cadastro do governo federal não tem utilidade prática. Sandra é autora do projeto de lei de iniciativa popular “pela pessoa desaparecida no Brasil” e recolhe assinaturas para que a proposta vire lei — ainda são necessárias quase 1, 4 milhão de adesões.

— Nós chamamos de “cadastro da vergonha nacional”. Não nos serve para nada. Estão nos chamando de idiota. Não encontro outra palavra.

Potencial desperdiçado

O advogado Ariel de Castro Alves considera que, se funcionasse conforme o previsto, o cadastro do governo federal faria a diferença.

— Hoje, uma criança desaparece em um Estado. Mesmo com o boletim de ocorrência, não há uma interligação de informações entre os Estados. Se uma criança for encontrada em São Paulo, ninguém vai saber que ela consta como desaparecida em outro Estado. Por não estar nesse cadastro e por não haver um sistema único entre as secretarias estaduais de segurança pública.

Outro lado

Em nota, a SDH/PR destaca que o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos “é um instrumento do governo federal que requer a adesão voluntária dos estados”. Acrescentou que marca “o envolvimento de agentes de segurança pública, governos de estado, conselhos tutelares e da sociedade no enfrentamento pleno desta problemática”. Enfatiza também que os registros do cadastro levam em conta o sigilo das informações pessoais.

A SDH/PR entende que o cadastro “é uma importante ferramenta de apoio na localização e ou identificação de crianças e adolescentes desaparecidos” e admite que ainda não conta com uma integração com órgãos de segurança pública, mas pode ser utilizado por esses.

Sobre o problema do desaparecimento de pessoas no País, o órgão afirma que “apoia movimentos da sociedade civil com foco na temática, buscando também a formalização de parcerias com órgãos e instituições”.

Estatísticas

O Ministério da Justiça destaca que a Secretaria Nacional de Segurança Pública está integrando os boletins de ocorrência nas Polícias Civis dos Estados por meio da Rede Infoseg (Rede de Integração Nacional de Informações de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização) e do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas). Afirma que, assim que for concluída a realizada efetivamente a integração de todos os registros, terá "um levantamento mais atualizado da quantidade de dados de desaparecidos no País, assim como de casos solucionados".

A pasta informa ainda que a Lei do Sinesp Nº 12.648, instituída em 4 de julho de 2012, “prevê a integração de todos os boletins de ocorrência dos Estados e a divulgação de dados de pessoas desaparecidas no portal Sinesp”.

(Fonte: http://noticias.r7.com/cidades/com-40-mil-criancas-desaparecidas-por-ano-brasil-abandona-ferramenta-de-localizacao-25052015, data de acesso 10/08/2016)

Triste realidade: 200 mil pessoas desaparecem por ano no Brasil

2 anos atrás (Atualizado 10 meses atrás)

O Hoje em Dia desta quarta-feira (12) mergulhou em um verdadeiro drama brasileiro: pessoas desaparecidas. O País registra 23 desaparecimentos por hora, 550 por dia e 200 mil por ano. Para muitas famílias, as buscas e a angústia duram a vida inteira. O programa recebe pessoas que sofrem esse drama e lutam pela ajuda do poder público.

(Fonte: http://entretenimento.r7.com/hoje-em-dia/videos/triste-realidade-200-mil-pessoas-desaparecem-por-ano-no-brasil-17102015, data de acesso 10/08/2016)