Jornal Espaço Mulher


Edição nº 182 - de 15 de Março de 2017 a 14 de Abril de 2017

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Dia 7 de Abril, Dia do Jornalismo

Nesta edição queremos destacar a importância das Mulheres Jornalistas todas as demais que trabalham em redações de grades ou pequenas editoras jornalísticas, de assessorias de imprensa, redatoras de suas micro empresas ... que a maioria de todas nós que inovamos ou buscamos liderar alguma causa, ou queremos demonstrar o lado da verdade em favor dos mais enfraquecidos, logo passarmos também ser alvos, estamos sofrendo ameaças, intimidações, perseguições financeiras, assédio judicial, descaso de autoridades, abuso de poder, ridicularização ao buscar socorro, e além disto calunias, difamações e outros horrores da vida moderna, em que grandes grupos não aceitam as livre iniciativas das profissionais femininas, e se é algum nicho inovador passam para a violência destrutiva da concorrência desleal e apossarem-se das criações intelectuais delas sem a mínima remuneração ou consideração.

É preciso que se tenha coragem e se parta para as denúncias e que se tenha então os apoios das ONGS, as quais devem ser prestigiadas por todas nós Mulheres.

Aqui nosso abraço pelo transcurso do dia 7 de abril, vamos nos mobiliar neste dia também. Parabéns a “RSF na proteção mundial das jornalistas”.

Vamos assinar a pesquisa e fazer denúncias nas iniciativas recentes da ONU em proteção as Mulheres Jornalistas, vamos de mobilizar amigas e parentes, para que assinem e participem.

Esta edição traz notícias que pesquisamos para você, e queremos destacar as entrevistas de duas senhoras muito valiosas em suas missões profissionais

NA RÁDIO ESPAÇO MULHER a entrevista coma Dr.ª Nara Rivitti, defensora chefe da DPU/SP, que está em parceria para montarmos um plano de ação “ Acesso à Justiça para Mulheres, conforme Recomendação 33 da CEDAW/ONU. E na TV ESPAÇO MULHER a psicóloga Rosangela Barqueiro, que nos traz informações sobre as pessoas e principalmente, as Mulheres que sofram deficiência visual ou visão subnormal.

Leia mais sugestões abaixo pesquisadas sobre as ONGS DE JORNALISTAS.

A sua opinião e sugestão será importante para nós! Receba nosso fraternal abraço, com votos de muito sucesso, de Elisabeth Mariano e Equipe ESPAÇO MULHER.

AJUDE-NOS A DIVULGAR A TV ESPAÇO MULHER E A RADIO ESPAÇO MULHER junto a sua listagem de pessoas amigas, isto nos ajudará muito. Desde já agradecemos.

EM TODOS OS DIAS 15 DE TODOS OS MESES UMA NOVA EDIÇÃO ESPAÇO MULHER.

Sugestão de Leitura:

ONG abre primeiro centro de apoio a mulheres jornalistas no ...

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2017/03/07/ong-abre-primeiro-centro-de-apoio-a-mulheres-jornalistas-no-afeganistao.htm

7 de mar de 2017 - Cabul, 7 mar (EFE).- A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) inaugurou nesta terça-feira o primeiro centro para a proteção de ...

ONG mostra abuso contra mulheres jornalistas

http://www.santoandre.sp.gov.br/biblioteca/bv/hemdig_txt/140520019m.pdf

ONG mostra abuso contra mulheres jornalistas. Pesquisa diz que 213 sofreram intimidação. DE WASHINGTON. Uma pesquisa da Funda-. ~Zio de Mulheres na ...

ARTIGO19

http://artigo19.org/

Neste 8 de março, as mulheres aderiram à Greve Internacional das Mulheres com ... Líder estadunidense tem impedido trabalho de jornalistas críticos ao seu ...

“Somos uma ONG cuja missão é produzir e fomentar o jornalismo de...

http://www.intervozes.org.br/direitoacomunicacao/?p=26952

[Título original: A aposta da agência Pública em um novo modelo de jornalismo] No Brasil ainda são poucos os jornalistas que se arriscam a explorar novos...

Mundo - ONG mostra abuso contra mulheres jornalistas

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/155884-ong-mostra-abuso-contra-mulheres-jornalistas.shtml

11 de mar de 2014 - ONG mostra abuso contra mulheres jornalistas. Pesquisa diz que 2/3 sofreram intimidação. DE WASHINGTON. Uma pesquisa da Fundação ...

As mulheres no jornalismo: uma ideia em construção

25/07/2014 16:19 BRT | Atualizado 26/01/2017 21:43 BRST

Luiza Bodenmüller - Editora de Blogs no Brasil Post.

http://www.huffpostbrasil.com/luiza-bodenmuller/as-mulheres-no-jornalismo-uma-ideia-em-construcao_a_21671871/

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Pesquisa revela que salário das mulheres é cerca de 20% menor que o dos homens

Agência Brasil - A

A economista do Dieese Adalgiza Amaral, apresenta os resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal, relativos à mulher no mercado de trabalho. (José Cruz/Agência Brasil)

Apesar de ter havido uma redução na diferença do salário entre homens e mulheres, o salário feminino é cerca de 20% menor. O resultado consta de pesquisa sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho do Distrito Federal, divulgada hoje (7) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo o estudo, realizado numa parceria do Dieese com a Companhia de Planejamento e a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF, a redução na diferença de salário entre homens e mulheres se deu porque a renda do homem caiu mais do que a da mulher.

A pesquisa mostra ainda que houve aumento da participação feminina no mercado de trabalho. Em 2016. Ao todo, são 612 mil mulheres com alguma ocupação, enquanto 671 mil homens estão no mercado de trabalho no DF. Em termos percentuais, 47,7% das vagas são ocupadas por mulheres e 52.3% por homens. No quesito instrução, em 2016 36,2% das mulheres em idade ativa tinham nível superior, contra 30,5% dos homens no mesmo patamar, uma diferença de mais de 5%.

Ocupação

Em relação ao desemprego, a taxa feminina cresceu 28,8%, enquanto a masculina atingiu 31,7%. Embora a taxa de desemprego dos homens seja maior, a quantidade de mulheres no mercado de trabalho é menor. São 151 mil mulheres desempregadas e 126 mil homens fora do mercado.

Segundo a coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese, Adalgisa Lara Amaral, “alguns trabalhos que as mulheres fazem tem remuneração menor. E algumas empresas na hora de contratar preferem os homens, em razão da mulher ter jornada dupla (cuidando dos filhos)”.

No setor de serviços, 80,6% das vagas são ocupadas por mulheres. Enquanto no comércio a maioria das vagas pertence aos homens. Quando se trata de trabalho formal, com carteira assinada, houve uma redução de 5,3% para homens e 2,8% para mulheres. Outro dado importante é o crescimento do trabalho autônomo, com 3,3% de homens e 5,1% de mulheres a mais nessa modalidade.

“Tivemos um forte aumento de pessoas perdendo seus trabalhos com carteira assinada e essas pessoas se inseriram no mercado autônomo. E mesmo com os homens perdendo mais seus empregos, o trabalho autônomo cresceu mais para mulheres por esses trabalhos estarem mais vinculados ao setor de serviços, que é dominado pelas mulheres”, explicou Adalgisa.

* Estagiária de jornalismo sob a supervisão do editor Augusto Queiroz

(Fonte: http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/carreira/pesquisa-revela-que-sal%C3%A1rio-das-mulheres-%C3%A9-cerca-de-20percent-menor-que-o-dos-homens/ar-AAnZ5M1?ocid=NL_PTBR_A1_OM2-PID84423, data de acesso 10/03/2017)

Poupatempo amplia serviço de investigação de paternidade

06/03/2017

O Programa Poupatempo passa a oferecer a partir desta segunda-feira (6) um novo tipo de serviço na unidade de Itaquera, destinado a esclarecer casos de investigação de paternidade. O serviço já era prestado desde dezembro na unidade de São Bernardo do Campo, em um projeto piloto em parceria com o Ministério Público Estadual. Agora o serviço passa a ser oferecido também na maior unidade do Poupatempo, que atende em média 11,7 mil pessoas por dia.

O serviço de investigação de paternidade tem por objetivo assegurar o direito de todos os cidadãos de ter o nome do pai na Certidão de Nascimento, Carteira de Identidade e em outros documentos. Apesar da garantia legal, existem mais de 750 mil pessoas com até 30 anos em todo Estado de São Paulo que não contam com a identificação do pai no RG, segundo estimativa do Ministério Público.

O serviço será expandido para todas as 73 unidades do Poupatempo nos próximos meses. A partir do dia 20 estará disponível também no Poupatempo Santo Amaro; a partir de 27, no Poupatempo Luz e a partir de 3 de abril, nas unidades Lapa e Cidade Ademar.

Desde o mês de dezembro, 250 cidadãos procuraram o Poupatempo São Bernardo para pedir o reconhecimento de paternidade. Mas de 60% são adultos, contrariando a expectativa dos promotores, que acreditavam inicialmente que a procura maior seria por mães de crianças não reconhecidas pelo parceiro. Desse total, 25 pais já reconheceram prontamente os filhos logo no primeiro contato dos promotores. Em três casos os pais estão no exterior e o procedimento será via judicial. Em 23 casos os pais já morreram e a investigação terá de ser feita com exames de DNA de parentes. Oito intimados não foram localizados e oito não reconheceram a paternidade, o que também levará a procedimentos judiciais para exames de DNA.

Segundo o promotor público Maximiliano Roberto Ernesto Fuhrer, da promotoria de São Bernardo, a ausência do reconhecimento da paternidade é motivo de grande constrangimento e também de problemas emocionais e psicológicos. Há mais de dez anos ele se dedica à causa e, com a ajuda do Poupatempo, espera ampliar a conscientização do público em relação à questão da paternidade responsável. “As pessoas que carregam o RG com o nome da mãe e do pai não fazem ideia do valor dessas informações registradas oficialmente no documento”, afirma.

Ele conta que todos os casos de investigação são emocionantes, e cita o caso de uma mulher que busca o reconhecimento pelo pai, mas ele não a reconhece. “Só em saber que ele existe e está vivo, ela chorou compulsivamente de felicidade ao receber a notícia”, conta.

Um levantamento feito no município de São Bernardo do Campo, com base em informações das secretarias Municipal e Estadual de Educação, mostrou que o índice de ausência de reconhecimento de paternidade, entre 2012 e 2015, chegava a 4,1%. “Na população carcerária esse índice chega a 12,91%”, diz o promotor.

No Poupatempo, a campanha conta com cartazes e folhetos com destaque para a frase: “Encontre seu pai aqui”. Os interessados no serviço precisam preencher um formulário com o Termo de Indicação de Paternidade, que será encaminhado ao Ministério Público Estadual para as providências necessárias.

Segundo o promotor, o termo pode ser preenchido pela pessoa que deseja ser reconhecida pelo pai ou por um responsável, caso ele seja menor de idade. O responsável pode ser a mãe, avó ou mesmo por vizinhos ou conhecidos. O termo é uma solicitação para que o processo seja iniciado.

Quando o pai não comparece ao Ministério Público após a primeira intimação, um processo judicial é aberto. Se o pai não é localizado, os promotores tomam providências, com a ajuda de familiares, para que ele possa ser encontrado e intimado.

Segundo a gerente de atendimento do Programa Poupatempo, Cândida Schwenck, a parceria com o Ministério Público tem grande significado ao agregar mais um serviço de cidadania para a população, de forma simplificada.

Como funciona

A solicitação (Termo de Indicação de Paternidade) deve ser preenchida no Poupatempo por alguém com mais de 18 anos e pode beneficiar pessoas de qualquer idade. Para simplificar o processo e evitar cobrança de taxas judiciais nos cartórios, o requerente pode declarar-se pobre. É necessário apresentar documento de identificação e cópia.

Depois de digitalizar o formulário e as cópias dos documentos, o Poupatempo enviará o material por e-mail para o Ministério Público. A partir daí, o promotor de Justiça competente providenciará a averbação e a extração de uma nova Certidão de Nascimento, que será entregue ao interessado num prazo estimado de 30 dias. Caso o pai não seja encontrado, não faça o reconhecimento ou tenha dúvidas sobre a paternidade, o promotor poderá encaminhar o interessado a um serviço de assistência judiciária (Defensoria, faculdades de Direito, serviços municipais).

Programa Poupatempo

O Poupatempo é um programa do Governo do Estado, executado pela Diretoria de Serviços ao Cidadão da Prodesp – Tecnologia da Informação, que, desde a inauguração do primeiro posto, em 1997, já prestou mais de 529 milhões de atendimentos. Atualmente conta com 72 unidades fixas, em todas as regiões administrativas do Estado, além de um posto móvel, que atendem mais de 180 mil cidadãos por dia.

Em 2016, o Poupatempo foi eleito pelo segundo ano consecutivo o ‘melhor serviço público de São Paulo’ pelo Instituto Datafolha. Em pesquisa anual de satisfação, o Poupatempo obteve 99% de aprovação dos usuários. A Prodesp, que administra o Poupatempo desde a sua criação, foi eleita em 2016 a ‘melhor indústria digital do Brasil’, no ranking Melhores & Maiores da revista Exame.

(Fonte: https://www.poupatempo.sp.gov.br, data de acesso 10/03/2017)

Um bilhete deixado no banheiro de avião por aeromoça salvou uma menina vítima de tráfico humano

7 fevereiro 2017

Uma comissária de bordo americana salvou uma menina vítima de tráfico humano após desconfiar do modo como o acompanhante dela a tratava durante o voo. Saiba o que ela fez em detalhes e as orientações para quem desconfia que alguém está sendo traficado.

A jovem salva pela comissária hoje frequenta a universidade - e ainda mantém contato com ela.

(Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-38895589, data de acesso 10/03/2017)

Geração baby boom: livro aponta mágoa de pais e mães idosos com seus filhos e filhas adultos

'Filhos adultos mimados, pais negligenciados', de Tania Zagury, tenta entender comportamento de uma geração sem compromisso

por Renata Rusky 08/12/2015 14:00

Especialista em educação, Tania Zagury já lançou mais de 10 livros sobre a relação entre pais e filhos. Nesta entrevista, ela fala sobre o mais recente, Filhos adultos mimados, pais negligenciados (editora Record). O livro alinha diferentes relatos de pais na terceira idade que compartilham uma mágoa: a forma como são tratados nessa fase da vida. Todos os entrevistados pertencem à chamada geração baby boom, composta pelos nascidos entre 1946 e 1964. Tipicamente, eles proporcionaram à prole muito mais liberdade do que tiveram. Mas alguma coisa deu errado nesse jeito de criar e educar.

É sobre esse mal-estar que a autora discorre a seguir:

Pelo que a senhora escreve no livro, a chamada síndrome do ninho vazio parece ser sentida de uma forma mais pesada pelos boomers. Isso, de fato, acontece? Por quê?

No novo livro, o meu foco é mostrar a quem está criando filhos agora o quanto é importante ter consciência de que a forma pela qual se educa no presente tem grande influência nas atitudes que as novas gerações terão no futuro — inclusive em relação a seus próprios pais. Quem desenvolve habilidades sociais e afetivas positivas nos filhos, capacita-os a perceber necessidades de outras pessoas, e não somente as suas próprias. E, como a pesquisa mostrou, há grandes chances de os próprios pais se beneficiarem disso. Já quem cria filhos voltados apenas para o seu próprio ego — problema para o qual tenho alertado os pais nos últimos 26 anos — provavelmente sentirá na pele o que é uma pessoa egocentrada. A síndrome do ninho vazio é um problema que acomete apenas pais que não têm outros interesses na vida que não os filhos, razão por que quando esses ganham o mundo, sentem-se esvaziados, podendo se deprimir e até se desestruturar.

Mesmo com a melhor das intenções, eles erraram na criação dos filhos?

Só errou quem julgou que educar fosse atender a todos os desejos dos filhos. Porque, nesse caso, tornaram-se de tal forma superprotetores que não os deixaram ver o mundo da forma que é de fato. Essas crianças cresceram muito protegidas e sem limites, o que gera uma visão inadequada da vida. Assim, encontramos hoje adultos jovens que não compreenderam que têm compromissos com a sociedade e com sua família; cresceram achando que têm todos os direitos, mas raramente pensam que dos direitos derivam deveres também. Esses pais permissivos pecaram pelo excesso, pelo medo de errar e por confundirem limites com autoritarismo. Mas, obviamente, não foram todos que agiram dessa forma. Esses pais se anularam em nome dos filhos? É importante que eles deem mais prioridade às próprias vontades? Pelo contrário! O meu intuito é justamente mostrar a quem hoje está criando os filhos o quanto é importante ter clareza em relação ao projeto educacional. Os boomers priorizaram os filhos sim, mas o fizeram porque de fato consideravam fundamental fazê-lo. Como deve ser feito, porque ter filhos não é uma brincadeirinha, que pode ser terceirizada quando se deseja. Os boomers não se arrependeram de sua decisão. Apenas pensavam que receberiam um pouco mais de reciprocidade, tendo se dedicado tanto aos filhos. O que os está fazendo se sentirem negligenciados é o pouco tempo e a incompreensão que os filhos demonstram em relação às suas necessidades na terceira idade, mas que são basicamente de afeto. O que desejam não é muito: uma visita, um telefonema — duas vezes por semana que seja. Também adorariam que se interessassem pelo que acontece em suas vidas e que demonstrassem um mínimo de desejo de estar com eles, de compartilhar momentos conjuntos!

Os boomers criaram filhos ingratos? Não simpatizo muito com o termo “ingratidão”. Prefiro falar em negligência. Acredito que a maioria dos filhos adultos que se esquecem ou raramente se lembram de fazer contato com os pais idosos sem outra intenção, que não seja saber deles com real afeto e interesse, não percebem o quanto essas pequenas atenções fazem diferença na vida de seus pais idosos. Não creio que haja intenção de magoar ou de ferir, na maioria dos casos. Escrever o livro foi decorrência dessa convicção. Acredito realmente que aqueles que lerem o meu novo livro se conscientizarão do sofrimento e da decepção que involuntariamente estão causando e, com isso, imagino que a maioria mudará de atitude com os pais — tão queridos, mas muitas vezes ignorados. O ego muito grande seria uma característica dos filhos dos boomers. Não existiria também uma dificuldade de entender o pensamento dos pais, mais velhos, e até uma intolerância com as ideias deles, o que faria com que as conversas fossem desagradáveis para ambos?

A meu ver, essa dificuldade para captar as necessidades do outro (ainda que esse “outro” seja seu pai ou sua mãe) deriva de uma educação calcada no “eu” (eu gosto, eu não gosto, eu quero, eu não quero), no egocentrismo, no individualismo e na vaidade (muito incentivada atualmente na sociedade ocidental). É o que chamei de “efeito colateral de uma educação sem limites”. Fato é que os boomers incentivaram que seus filhos fizessem sempre “o que fosse melhor para si”. Eles obedeceram (e gostaram!). Afinal, nada mais fácil do que só pensar no que é conveniente para si e ignorar o que é bom para os outros. Por conta disso é que surgiu a intolerância — e não apenas em relação aos seus pais, mas a tudo que os desagrade. A incapacidade de tolerar frustrações, sobre a qual adverti faz duas décadas, está aí em cada esquina. Ocorre que muitos dos idosos de hoje também não concordavam com o que seus pais lhes diziam. No entanto, guardavam suas opiniões para si ou as externavam de forma educada e respeitosa! Jamais diriam o que se escuta hoje: “Ai, mãe, que saco!” ou “Não dá mesmo para conversar com você, né, só tem ideia ridícula!” É uma questão de querer e de se disponibilizar para que a relação se mantenha num nível afetuoso. Afinal, somos todos adultos agora, não?

A senhora comenta sobre os afetos líquidos e sobre como as gerações X e Y têm capacidade de romper relações com facilidade. Os rompimentos de casamento seriam também uma prova disso?

Não há dúvida de que muitas pessoas hoje em dia se sentem altamente comprometidas consigo próprias, mas bem pouco com o outro. É isso que faz com que se torne mais fácil descartar relacionamentos do que batalhar para que o entendimento se restabeleça. Afinal, pensar, rever posturas, conversar, ouvir e também se autoanalisar é trabalhoso. E pode ser penoso às vezes. Olhar suas próprias fraquezas, analisar dificuldades na relação, mudar atitudes e lutar para se manter ao lado de alguém que se considerou valer a pena dá trabalho. É construção diária. Daí que se torna mais conveniente para alguns começar outra relação. Seja no amor, no trabalho, seja com amigos. Então, como dizem alguns, de forma bem utilitarista: “o negócio é fazer a fila andar”.

Seu livro propõe uma mudança de comportamento para quem já é adulto e se reconhece com um tipo de relacionamento ruim com os pais e também alerta quem ainda está criando um filho pequeno. Para quem já tem um filho um pouco mais velho e sente que a situação já está degringolando, o que é possível fazer?

Considero que o homem é um ser em construção. Daí porque creio no poder da educação. Sempre dá para reverter um processo, desde que, no caso da família, os pais compreendam que precisam mudar de atitude. Quando isso ocorre, metade do caminho está percorrido. A partir daí, é ter segurança e persistência para colocar em prática. Sempre cientes de que, em educação, nada acontece do dia para a noite, especialmente quando se agiu durante anos de forma oposta.

O meio-termo é sempre difícil de ser alcançado. Como seria o equilíbrio entre o modelo de educação que vigorou até os anos 1950 e os que os baby boomers colocaram em prática?

Nem tão difícil assim, a meu ver e desde que as pessoas compreendam que todo extremo é radical. Basta que se busque o equilíbrio: nem oito nem oitenta, como reza a sabedoria popular; ou, como diria Aristóteles, a virtude está no meio-termo. E completo, com um pensamento que cunhei pensando nesse equilíbrio: “Diga sim sempre que possível, e não sempre que necessário.”

A falta de hierarquia é romantizada em nossa sociedade. Dentro da família, qual é a importância e a necessidade dela?

Acredito que, na família, especialmente durante a infância e até meados da adolescência, os pais devem deixar claro para os filhos (pelas suas atitudes no dia a dia principalmente e não tanto pela “falação”) que existe uma hierarquia ali. Não tão rígida como no passado recente, mas uma hierarquia clara. A autoridade parental precisa ser reconhecida pelas crianças, bem como a consciência de que a palavra final pertence a quem é a autoridade. Ouvir o que os filhos querem ou reivindicam é essencial, mas a decisão deve ser sempre dos adultos.

De que forma os pais menosprezam a capacidade das crianças de compreender e aprender regras? Deixando para depois — para anos depois, melhor dizendo —, a aprendizagem do que pode ou não pode, da hora do sim e do não, de ensinar responsabilidades. E, especialmente, “passando a mão na cabeça dos filhos” cada vez que fazem alguma coisa errada, em vez de corrigir e sancionar quando necessário, porque sempre acham que “é cedo”.

A partir de que idade é possível começar a colocar regras? A criança pode ser esperta o suficiente para fingir que não entende?

A partir de 1 ano e meio, em torno disso. Jamais antes de ela compreender o que está falando, ou seja, quando ela já tiver vocabulário em torno de 300 palavras, o que costuma ocorrer exatamente na idade que citei. A criança saudável é esperta e inteligente sim, mas jamais terá, aos 2 ou 3 anos, capacidade de fingir. O que pode ocorrer é ela perceber que os pais são inseguros; que as atitudes de um e outro não são harmônicas; que um é mais fácil de dobrar que o outro etc. A partir daí é que ela se torna mais insistente. O que só comprova que são os pais que precisam definir — e, de preferência, em conjunto — quais regras adotarão. Sabendo exatamente o que se quer fica mais fácil ser coerente.

Essa ideia de que é preciso sempre estar “fazendo alguma coisa” com os filhos, por que descartá-la? Não seria bom se divertir a toda hora?

Seria ótimo se divertir a toda hora, mas é impossível. Há muitas horas para nos divertirmos: férias, fins de semanas, à noite etc., desde que se esteja com quem amamos. Há horas, porém, em que todos temos que fazer coisas nem tão divertidas assim: ir ao banco, pagar contas, fazer compras nos supermercados, lavar roupa, fazer relatórios no trabalho, enfrentar dificuldades no relacionamento, enfrentar a má vontade de pessoas que não gostam do trabalho que fazem etc. Não existe esse mundo em que todos se divertem o tempo todo! E quem decide ter filhos precisa saber que está assumindo uma tarefa que lhe dará, no mínimo, 30 anos de trabalho. Então, é importante que saibamos conviver, ou seja, é necessário entender que todos temos momentos de mau humor. Às vezes, adoece ou se perde o emprego. Nada é perfeito todo o tempo. Se não ensinarmos a nossos filhos que a vida é assim, com momentos felizes e outros nem tanto, eles não estarão preparados para as dificuldades naturais da vida. Se os criarmos deixando que acreditem que tudo é festa, como reagirão diante do infortúnio? Todos passamos por revezes em algum momento. É preciso que tenhamos raízes fortes e que as desenvolvamos em nossos filhos também — só assim teremos serenidade e equilíbrio emocional para enfrentar o que se apresentar a nós.

O exibicionismo das redes sociais também pode ter uma culpa nisso?

Sem dúvida. Nós vivemos a sociedade do espetáculo, ou seja, todos querem ser felizes, realizados, célebres e... famosos! Só que isso é uma total impossibilidade, ao menos o tempo todo e para todos. As redes estão estimulando a ideia de que todos são imensamente felizes, vivem de bem com a vida — com a família, o maridão, os irmãos —, o que é totalmente ilusório. Pelo contrário, sabemos que a maioria das famílias tem desentendimentos, conflitos, além de amor. Então o que nos resta fazer é tornar nossos filhos conscientes e críticos, de forma a que não embarquem num mundo de ilusões, potencialmente perigoso para a saúde mental de cada um e de toda a sociedade.

O número de jovens, de 15 a 29 anos, que não estudam nem trabalham chegou a 9,6 milhões. Esse número tende a aumentar com a forma como os filhos dos boomers educam os filhos?

Quem educa hoje são os filhos dos boomers, que estão repetindo o modelo de muita liberdade e quase nenhuma hierarquia. Somam-se ainda o consumismo e o imediatismo, características dos adultos jovens da atualidade, que também priorizam o prazer, a liberdade e a felicidade instantânea o mais das vezes. O perigo é que quem busca realização em coisas materiais logo se cansa disso, porque consumir não preenche o indivíduo a longo prazo. Daí porque tão grande aumento no número de suicídios e depressão entre os jovens (300% em 10 anos). Se a pessoa se coloca a serviço de metas ralas e não em um projeto consistente que a encante e dê sentido à vida, sentirá, em poucos anos, o vazio existencial se instalar ou a inexplicável e perene ansiedade que inferniza a vida de tantos. Daí a busca por outro passeio, outra viagem, outra aquisição. Ou a beber mais e mais, ou tomar remédios para dormir e antidepressivos para se animar. Hoje, o grande projeto de muitas famílias é levar os filhos à Disney World! Pouco a pouco, esse jeito de viver se revela incapaz de trazer felicidade. Frente a frente consigo próprio, o tédio e a falta de objetivos se materializam. Se esses jovens pais não se ajudarem nesse sentido, provavelmente, o percentual dos nem-nem (não trabalham nem estudam) subirá sim.

(Fonte: http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2015/12/08/noticias-saude,186602/geracao-baby-boom-livro-aponta-magoa-de-pais-e-maes-idosos-com-seus-f.shtml, data de acesso 10/03/2017)

Curso de formação em Ayurveda - SemiPresencial

A OPORTUNIDADE que você esperava. Estude AYURVEDA de QUALQUER LUGAR do mundo a partir de sua casa! Aulas Online e Encontros Presenciais.

Turma Regular de Estudo tradicional de Ayurveda com aulas online e presenciais com os renomados professores: Dr. Robert Svoboda (USA) e Dra. Claudia Welch (USA) e com os professores Erick Schulz (Brasil) e Sabrina Alves (Brasil) e com o Dr. Partiosh Bhatt (Índia) e equipe do Instituto Naradeva Shala.

Nova Turma com início em ABRIL de 2017 - Inscrições Abertas - Vagas Limitadas

Informações detalhadas do curso, clique no link a seguir: http://naradevaonline.com.br/ayurveda-semi-presencial/

Instituto Naradeva Shala

Rua Coriolano, 169/171 - Bairro Pompéia - São Paulo/SP

(próximo ao SESC Pompeia e ao Shopping Bourbon)

Tel: (11) 3862.7321 (telefonica/vivo fixo)

Tel Celular / WhatsApp: (11) 94748.9690 (Nextel)

E-mail: cursos@naradeva.com.br

Mais informações, em nosso site: http://www.naradeva.com.br

Conheça o nosso blog: http://blog.naradeva.com.br/

Instituto Naradeva Shala

CURSOS com INÍCIO EM ABRIL/2017

CURSO DE FORMAÇÃO EM YOGA - Presencial

Curso reconhecido como Pós-Graduação Lato Sensu (MEC) e Formação Livre de Professores de Yoga

O Curso é coordenador pelo Prof. Sergio Carvalho que é praticante de yoga desde 1995 e professor desde 1999. Forma profissionais desde 2003.

Nova Turma com início em ABRIL de 2017 - Inscrições Abertas - Vagas Limitadas

Para ler informações detalhadas do Curso de Yoga: clique aqui.

Autora: Hanna Bárbara *

(Fonte: http://www.naradeva.com.br)