Jornal Espaço Mulher


Edição nº 226 - de 15 de Novembro de 2020 a 14 de Dezembro de 2020

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Já quase chegando ao final do ano 2020 e repensando a vida neste ano, um dos mais difíceis para viver...

Sem dúvida, foi mais difícil do que nunca para as crianças e jovens em primeiro lugar.

Tiveram que abandonar colegas e amigos de escola, grupos de esportes, turminha da lanchonete, e muitas outras perdas sociais que desfrutavam...e, agora, nem perto dos vizinhos da casa em que residem, poderiam se expor... ficaram sem frequentar a pracinha, ou até mesmo em grupos ir aos shoppings... dançar, bicicleta no parque...

As pessoas idosas também... não podiam circular nos parques, pelas ruas, ir aos supermercados, tomar um cafezinho com torradas ou salgadinhos... e, ali as “conversas” eram colocadas em dia com outras pessoas da mesma idade e interesses...

As mulheres, hoje consideradas em maioria no país inteiro, as que mais estão mantendo as famílias sozinhas, e trabalhando em tripla jornada... quer seja em casa com algumas de suas habilidades, em fabricar doces, pães, etc. ou fazer marmitas... atender vendas de produtos em casa, via Internet, por celulares ou computadores algumas teem como agir. Outras nem isto, sofre porque não pode comprar, e ainda se preocupam com filhos/as que precisam estudar via Internet para não serem reprovados, e, é só ela, ela!!!

A pandemia também trouxe o medo de se perder familiares, de se adoecer gravemente Percebe-se inclusive o desencanto em não mais se confiar nos governantes, que sequer tiveram a criatividade de ao menos uma vez por semana, se dirigir ao seus cidadãos e suas cidadãs numa palavra de apoio e de solidariedade, esperança, bons votos...

A crise da pandemia revelou muito do caráter e de comportamentos doentios e de covardias com a população... tivemos por outro lado, quase o “sacerdócio de médicos/as e enfermeiros/as etc. com suas vidas expostas e na luta para curar pacientes.

Lamentavelmente, a quarentena revelou o lado nocivo/negativo de todas as areas profissionais e negócios, de lideranças, de autoridades (raras podemos não citar).

Agora há um hiato de confiança, e, descrença... e, ao mesmo tempo as necessidades básicas de ter um trabalho remunerado, e assistências essenciais para suas famílias, principalmente, as milhões de mulheres responsáveis pela manutenção de filhos/as.

Aqui em nossa solidariedade, trazemos algumas dicas que talvez possam ser uteis em áreas de reciclagem de roupas, onde com criatividade talvez possa aumentar a renda.

A frustação de quem quer solidarizar-se também é grande, e difícil, por que quer ajudar, mas também enfrentam barreiras “contra quem quer ser solidária com as pessoas carenciadas...” estamos diante de vários tipos de caos sociais e políticos.

Acreditamos no potencial da cura, da sobrevivência, criatividade de se inovar e vencer.

Trazemos esta edição com pesquisas de outras atividades sociais de alguns outros estados, e pode ser que sejam uteis para ser aplicado em todos os bairros/cidades.

Nosso abraço, fraterno e carregado de esperanças para saúde e o sucesso de todas!

Elisabeth Marino e equipe.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher

Dia 25 de Novembro

Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher – 25 de novembro

No dia 25 de novembro comemora-se o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher. A data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), dominicanas que ficaram conhecidas como Las Mariposas e se opuseram à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo sendo assassinadas em 25 de novembro de 1960.

No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, a data do assassinato das irmãs foi proposta pelas feministas para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher.

Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que 25 de novembro é o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas.

Nos dias de hoje a data vem sendo promovida pela ONU e pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome, sendo fonte de divulgação, inclusive, para o disque 180, que atende casos de denúncias de violência contra a mulher.

Iniciada em 25 de novembro de 1991, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres.

Este período que vai de 25 de novembro até 10 de dezembro, quando se comemora o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, também contempla outras datas significativas como o 1º de dezembro (Dia Mundial de Combate à Aids), 6 de dezembro (Massacre de Mulheres de Montreal) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).

1. O QUE É CONSIDERADO VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER?

A Organização Mundial de Saúde define a violência contra a mulher como todo ato de violência baseado no gênero que tem como resultado o dano físico, sexual, psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade, seja na vida pública seja na vida privada.

A perspectiva de gênero para compreender a violência contra as mulheres resultou de um longo processo de discussão. Utilizar a categoria de análise gênero, neste caso, significa assumir que a violência decorre de relações desiguais e hierárquicas de poder entre homens e mulheres na sociedade, e que não se deve a doenças, problemas mentais, álcool/drogas ou características inatas às pessoas, mas sim, uma construção social.

2. ONDE É CRIME?

Atualmente, 125 países possuem leis específicas de proteção à mulher, sendo que a legislação brasileira (Lei Maria da Penha) é considerada uma das três mais avançadas do mundo. Apesar do avanço legislativo, o Brasil é o 7º país, em uma lista de 84, com o maior número de homicídios de mulheres (Mapa da Violência 2012). Em 2010 foram dez mulheres mortas por dia, sendo sete delas pelas mãos daqueles com quem elas detinham uma relação de afeto (marido, ex-marido, noivo, ex-noivo, namorado, ex-namorado etc.).

3. COMO OS PROFISSIONAIS DA UBS PODEM IDENTIFICAR SINAIS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER?

As mulheres em situação de violência tendem a usar os serviços de saúde com maior frequência. Podemos imaginar, portanto, que uma parte considerável das pacientes (de um quarto a metade) pode sofrer ou ter sofrido violência física ou sexual pelo parceiro na vida. Apesar da alta magnitude, é raro a violência tornar-se visível.

Quando mulheres que estão sofrendo violência procuram os serviços de saúde, dificilmente revelam espontaneamente esta situação. Mesmo quando se pergunta, corre-se o risco de não ser revelado este sofrimento. Isto porque é bastante difícil a mulher falar sobre a violência, pois as suas experiências revelam o descrédito e o não acolhimento diante dessa revelação.

Também devemos lembrar que a palavra violência pode não corresponder à experiência vivida por algumas mulheres, que não reconhecem os atos agressivos cometidos pelo parceiro como violência, mas sim como “ignorância”, “estupidez” e outros termos parecidos. Assim sendo, seja por dificuldades das mulheres, seja porque podem não confiar nos serviços de saúde, as mulheres geralmente não contam que vivem em situação de violência.

4. QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS NA SAÚDE DA MULHER?

É conhecido dos profissionais o fato de que a violência contra as mulheres tem alta magnitude e relevância na saúde, uma vez que mulheres que vivem e/ou viveram tal situação têm mais queixas, distúrbios e patologias físicas e mentais e utilizam os serviços de saúde com maior frequência do que aquelas que não viveram esta experiência.

Além disso, aumenta o risco de problemas de saúde no futuro. Um estudo aponta que a violência intrafamiliar contra a mulher acarreta graves consequências a seu pleno desenvolvimento pessoal, entre elas as doenças de ocorrência tardia, como hipertensão, colesterol elevado, artrite e problemas cardíacos.

Ademais, apesar da indicação de marcas de agressões físicas vivenciadas pelas mulheres, a violência a que são submetidas no dia a dia da relação com o companheiro revela um sofrimento moral que traz também implicações de ordem emocional e psicológica. Estudos sublinham as implicações da violência no campo tanto da saúde física quanto da saúde mental. O acúmulo de sofrimentos e a dificuldade em exteriorizar seus problemas se refletem não só na saúde física, mas também na saúde psicológica e emocional. Como algumas das consequências psicológicas e comportamentais da violência alguns estudos relatam o uso de álcool e drogas, depressão, ansiedade, tabagismo, comportamentos suicidas e autoflagelo, distúrbios na alimentação e no sono, baixa autoestima, fobias e síndrome do pânico.

5. QUAL A PRINCIPAL QUEIXA?

A queixa mais apresentada pelas mulheres que sofrem violência é a dor crônica em qualquer parte do corpo ou mesmo sem localização precisa. É a dor que não tem nome ou lugar!

6. COMO TRATAR?

Estudos mostram que nas UBS, alguns profissionais se atrelam a exames que trazem dados inconclusivos, categorizam os achados como “queixas difusas” e não detectam o problema. Muitos profissionais de saúde têm muita dificuldade em lidar com violência doméstica por ser um problema complexo, não sendo passível ser abordado plenamente pelo viés da biomedicina, que preconiza tratamento médico-centrado, exames e extermínio de lesões e dores físicas.

Extrapolar esse modelo tradicional, através da atenção centrada na pessoa (compreensão da experiência individual do adoecimento, conhecimento da pessoa como um todo, intensificação da relação profissional-usuário, e busca pela obtenção de decisões compartilhadas entre profissionais e usuários), pode levar a uma maior identificação e minimização da violência doméstica.

O setor Saúde, por ser um dos espaços privilegiados para identificação das mulheres em situação de violência, tem papel fundamental na definição e articulação dos serviços e organizações que, direta ou indiretamente, atendem a estas situações. Ter uma listagem com endereços e telefones das instituições componentes da rede, para o conhecimento de todos os funcionários dos serviços permite que as mulheres tenham acesso sempre que necessário e possam conhecê-la independentemente de situações emergenciais.

LEMBRE-SE:

Escutar é tão importante quanto perguntar diretamente. Uma atitude de respeito, interesse e não-julgamento e a manutenção explícita do sigilo são fundamentais. É necessário também respeitar o tempo do usuário (e o nosso, profissionais com pouco tempo) para revelar o problema e oferecer as orientações cabíveis.

7. ONDE DENUNCIAR?

Podemos citar a central de denúncia pelo telefone 180, as Delegacias da Mulher, da Criança e as dos idosos, Ministério Público, instituições como casas-abrigo, grupos de mulheres, creches, entre outros. O fluxo e os problemas de acesso e de manejo dos casos em cada nível desta rede devem ser debatidos e planejados periodicamente, visando à criação de uma cultura que inclua a construção de instrumentos de avaliação. Isso envolve atuação voltada para o estabelecimento de vínculos formalizados entre os diversos setores que devem compor a rede integrada de atenção a vítimas de violência para a promoção de atividades de sensibilização e capacitação de pessoas, para uma assistência efetiva ampliação da rede de atendimento e para a busca de recursos que garantam supervisão clínica e apoio às equipes que atendem pessoas em situação de violência.

8. QUAL A MELHOR FORMA DE PREVENÇÃO?

A equipe de saúde deve estar sensibilizada e capacitada para assistir a pessoa em situação de violência. Dessa forma, há que se promover, sistematicamente, oficinas, grupos de discussão, cursos, ou outras atividades de capacitação e atualização dos profissionais. Isso é importante para ampliar conhecimentos, trocar experiências e percepções, discutir preconceitos, explorar os sentimentos de cada um em relação a temas com os quais lidam diariamente em serviço, a exemplo da violência sexual e do abortamento, buscando compreender e melhor enfrentar possíveis dificuldades pessoais ou coletivas.

Isso porque, ao lidar com situações de violência, cada profissional experimenta sentimentos e emoções que precisam ser reconhecidos e trabalhados em função da qualidade do atendimento e do bem-estar do(a) profissional envolvido(a).

É importante também desenvolver sistemática de autoavaliação da equipe, sem deixar de considerar o limite da atuação de cada profissional.

Texto escrito por Kellin Mello, Graduanda de Psicologia Unisinos, Bolsista de Gestão de Pessoas/RH TelessaúdeRS.

Revisão Roberto Umpierre, Médico de Família e Comunidade, Coordenador Científico do TelessaúdeRS.

Ilustração de Luiz Felipe Telles, Designer Gráfico, Consultor de Comunicação do TelessaúdeRS

Ficou com alguma dúvida? Tem algum caso de violência contra mulher no seu município e não sabe como ajudar?

PLATAFORMA

Se você é profissional da saúde de uma UBS do Rio Grande do Sul, envie sua pergunta na Plataforma Telessaúde, nossos teleconsultores podem te ajudar: Clique aqui para acessar a página sobre a plataforma

Se você é médico de qualquer lugar do Brasil ou enfermeiro do Rio grande do Sul e trabalha na APS/AB ligue para 0800 644 6543 e converse com nossos teleconsultores.

Referências:

19 de Novembro, Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino

Published by Presleyson Lima at 2 de novembro de 2019

Lançado pela ONU (Organização das Nações Unidas) com o intuito de incentivar e valorizar as mulheres empreendedoras, a data é realmente motivo de comemoração.

Afinal, de acordo com o GEM (Monitoramento de Empreendedorismo Global), em 2017 51% das mulheres estavam empreendendo no mundo.

No Brasil, segundo a mesma fonte, em 2018 24 milhões de brasileiras tinham um negócio, formal ou informal, ou realizaram alguma ação com o intuito de ter o próprio negócio nos últimos 12 meses. (continua...)

(Fonte: https://presleyson.com.br/2019/11/02/19-de-novembro-dia-mundial-do-empreendedorismo-feminino/, data de acesso: 14/11/2020)

Criatividade e saúde mental em tempos de pandemia

Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas)

A PANDEMIA Em tempos de Pandemia da COVID-19, dormimos em um mundo e acordamos em outro, onde o inesperado se fez presente e situações que, até então, pareciam controladas, tornaram-se desafiadoras e passaram a nos exigir uma adaptação imediata.

São mudanças rápidas e informações que nos alcançam, em sua maioria, sem filtro. Assim, nossa saúde mental está diretamente afetada, principalmente por não sabermos quanto tempo o isolamento social, fundamental para evitar a contaminação, deverá durar.

Essas mudanças nos obrigam a fazer escolhas importantes, mas que não são fáceis. Por exemplo, nos mantermos distantes de familiares e amigos que amamos para nos proteger mutuamente.

Podemos nos sentir perdidos, amedrontados e com sentimentos confusos, principalmente porque é um momento novo, cheio de incertezas e perspectivas desafiadoras. Sabemos que a criatividade e as forças de caráter nos ajudam a superar os problemas e promovem a saúde mental das pessoas em diferentes ambientes e situações, sendo então importante que ela seja desenvolvida nestes momentos tão críticos (Morais, Miranda, & Wechsler, 2015).

(Fonte: https://www.puc-campinas.edu.br/wp-content/uploads/2020/04/Cartilha-revisada.pdf, data de acesso: 14/11/2020)

Moda consciente: o que fazer quando uma peça de roupa chega ao final de sua vida útil?

O consumo consciente passa pela responsabilidade de fazer a destinação correta de um produto após o seu uso. No caso das roupas, a tarefa é difícil – mas alguns cuidados ajudam a reduzir os impactos; veja as dicas a seguir.

O consumo consciente passa pela responsabilidade de fazer a destinação correta de um produto após o seu uso. No caso das roupas, a tarefa é difícil – mas alguns cuidados ajudam a reduzir os impactos; veja as dicas a seguir.

O que fazer com aquela blusa que não serve mais, a calça que rasgou ou as meias furadas e desgastadas? Não caia na besteira de simplesmente colocar a peça na cesta de lixo, pois esse gesto corriqueiro traz um impacto ao meio ambiente e à sociedade.

No Brasil, estima-se que são geradas 170 mil toneladas de resíduos têxteis por ano, sendo que 80% delas vão parar em lixões e aterros segundo dados divulgados pelo Sebrae.

A decomposição de tecidos é um processo que pode levar meses, no caso das fibras naturais (algodão, linho, seda e lã), ou até centenas de anos, no caso das sintéticas (poliéster e derivados do petróleo), explica Francisca Dantas Mendes, vice-coordenadora do curso de graduação Têxtil e Moda da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP).

Além de contaminar o solo e os lençóis freáticos, esses resíduos soltam gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global e das mudanças climáticas. A gestão deste enorme volume de resíduos também exige investimentos públicos, pelos quais todos pagam.

Por isso, quando você não quiser mais uma peça de roupa ou acessório, faça a seguinte avaliação:

Caso você não encontre nenhuma solução entre as opções acima, o ideal seria destinar a peça à reciclagem – um processo em que o tecido é transformado em fios, que depois podem servir de matéria-prima para a fabricação de novos produtos.

Mas, no Brasil, ainda há poucas iniciativas, que estão longe de conseguir suprir a necessidade gerada pelo consumo e descarte excessivos de roupas “O processo de reciclagem têxtil é muito trabalhoso, principalmente se o tecido for misto, pois não é fácil separar as fibras naturais das artificiais”, afirma a especialista Francisca Mendes. Por isso é que, na maioria dos postos de coleta de resíduos, não há a opção para tecidos.

Para onde levar?

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), os consumidores são responsáveis por descartar de forma sustentável os itens que adquiriram, como roupas e sapatos. Mas a PNRS também responsabiliza as empresas pelo pós-consumo de seus produtos, sejam fabricantes ou lojas. É a chamada “logística reversa”.

Algumas empresas ligadas à área têxtil têm programas de coleta de peças para reciclagem. Uma delas é a cadeia internacional de lojas C&A, que tem o projeto Movimento Reciclo. Como funciona?

O consumidor leva suas roupas (compradas ou não na rede) até uma das 31 lojas (em 18 cidades) e as deposita em caixas de coleta. É feita uma triagem. “As peças que ainda têm condições de reuso são destinadas para o Centro Social Carisma, em Osasco (SP), e as que precisam ser recicladas são encaminhadas para o projeto Retalhar”, explica Rozália Del Gaudio, gerente sênior de Sustentabilidade e Comunicação da C&A no Brasil.

A Retalhar não recebe apenas peças da C&A, mas também é parceira de outras 30 empresas, como FedEx, Itaú, TAM, Gol e Leroy Merlin. A maioria dessas companhias encaminha uniformes usados em suas operações. Essas roupas passam por um processo em que o tecido é desfibrado, tornando-se matéria-prima para outras aplicações. A partir daí a Retalhar destina esse material para a indústria automobilística e de construção civil, ou então para cooperativas de costureiras.

“Já passamos da marca de 41 toneladas, o que equivale a mais de 130 mil peças que ganharam vida nova ao invés de gerarem poluição em aterros”, afirma Jonas Lessa, proprietário da Retalhar. A empresa não recebe doações de pessoas físicas.

Meias furadas, rasgadas, sem par podem ser destinadas para pontos de coleta da campanha Meias do Bem, criada pela empresa Puket. As peças são recicladas na própria fábrica da Puket e transformadas em cobertores e meias, destinadas a instituições sociais.

Desde 2013, a campanha já reciclou 15 toneladas de resíduos têxteis que viraram 30 mil itens, que ajudaram a esquentar muitas pessoas em noites de frio.

Outra empresa que também aplica a logística reversa é a Havaianas.

Os consumidores podem devolver seus antigos chinelos em uma das lojas da marca ou em suas franquias. Esses calçados são transformados em tapetes para playground, que são doados a projetos sociais. A reciclagem também está na cadeia de produção das sandálias. Durante o processo de fabricação, 85% do resíduo são reciclados e o restante é destinado a outras indústrias para reaproveitamento.

Aqui vale uma sugestão de consumo consciente: se você pretende se desfazer de uma peça usada, entre em contato com o fabricante para saber se é possível devolvê-la para que seja descartada da forma correta (para reuso ou reciclagem).

É importante que os consumidores sinalizem às empresas que tem essa preocupação e as influenciem s a passarem a receber de volta esse material

Tecido: moeda de troca

Logística reversa não é a única opção para o consumidor. Se você tem sobras de panos que ainda não foram usadas (por exemplo, retalhos que sobraram de uma cortina ou toalha de mesa que você mesma fez), não as jogue fora! Elas podem valer muito!

Leve-as ao Banco de Tecidos. Idealizado pela figurinista Lu Bueno, o projeto funciona como uma espécie de “banco”. A moeda de troca é o tecido de reuso. Para participar, basta você levar suas peças para uma avaliação. É aceito quase todo tipo.

Depois de pesadas e organizadas, elas ficam à disposição para o “saque” e você recebe em créditos por quilo depositado. Depois, você pode sacar outros tecidos em troca ou comprar a quantidade que você precisa. Há unidades em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

Dia Mundial da Reciclagem é comemorado em 17 de maio. Esta data foi instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Dia Nacional da Reciclagem é celebrado anualmente em 5 de junho.

(Fonte: https://www.akatu.org.br/noticia/moda-consciente-o-que-fazer-quando-uma-peca-de-roupa-chega-ao-final-de-sua-vida-util/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20Pol%C3%ADtica,a%20chamada%20%E2%80%9Clog%C3%ADstica%20reversa%E2%80%9D, data de acesso: 14/11/2020)