Jornal Espaço Mulher


Edição nº 235 - de 15 de Agosto de 2021 a 14 de Setembro de 2021

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Na hora do desespero da quarentena, ONG’s se tornam criativas para gerar rendas...

Queremos aqui enviar nosso fraternal abraço e a solidariedade para as milhares de ONGS/Organizações Não Governamentais, dirigidas por Mulheres, em todo o nosso imenso Brasil,

Sem dúvida, pode-se imaginar as preocupações com as pessoas que eram assistidas e melhoravam um pouco a carência delas, e, agora com falta de doações em geral, as dificuldades triplicaram, assim como aumentou-a fome, as doenças e tristezas.

Nossa solidariedade e ao mesmo tempo requeremos aos grandes grupos empresariais que ajudem as ONGs brasileiras, pois há muitas pessoas carentes que dependem delas.

Recebam nosso fraternal abraço e a nossa nova edição Jornal Espaço Mulher, Elisabeth Mariano e equipe.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

ONGs estão atuando durante a pandemia?

14 de agosto de 2020 in Institucional

A pandemia afetou as organizações sociais de diversas formas. Perda de apoio financeiro, paralisação de suas atividades, necessidade de realizar ações emergenciais (como entrega de cestas básicas e kits de higiene) ou precisando adaptá-las para modo online.

Além do desafio de migrar para uma nova ferramenta (virtual), sem perder a qualidade de seu trabalho, muitas organizações atendem um público que não têm acesso à internet.

Nossas parceiras e parceiros estão na luta todos os dias e nesse momento atuando para minimizar os impactos da COVID-19 e apoiando milhares de pessoas que se encontram em uma situação de vulnerabilidade social – seja pela perda de vidas, desemprego, fome e falta de apoio do estado e de políticas públicas.

Os desafios são muitos, mas as reformulações, transformações e o apoio também são diversos. Os projetos estão aprendendo a usar novas ferramentas, aproveitando o momento para se reestruturarem, contando com apoio de voluntários, se conectando com outros projetos, entre outras formas.

Este também é um momento em que essas pessoas têm se encontrado e unido esforços criando uma rede de apoio. Pensando nesse constante apoio, onde podemos trocar informações, ensinamentos, compartilhar desafios e dores, nós promovemos o Conectados, nosso primeiro encontro nacional para ONGs da nossa rede de forma online.

O encontro se deu no dia 6 de agosto e juntou mais de 55 participantes representando 47 organizações, de mais de 5 estados do Brasil e que atuam em diversas causas sociais.

Agradecemos imensamente à todas as ONGs que participaram do nosso encontro! Parabenizamos todas e todos que estão na linha de frente lutando pela garantia dos direitos.

Como estão atuando em tempos de pandemia?

Principais formas de atuação em tempos de pandemia compartilhadas pelas organizações presentes no encontro:

1) Ações emergenciais

Muitas organizações começaram a fazer entrega de cestas básicas, roupas, cobertores, materiais de higiene, etc.…Passando a atuar de forma ampliada, beneficiando não apenas o seu público-alvo, como também a família toda ou a comunidade de seu entorno. E também passando a fazer um apoio assistencial para famílias/pessoas em situação de vulnerabilidade.

Além de mudar sua forma de atuação, as organizações relataram os desafios de cuidado em relação a pandemia, higienização dos materiais, o uso de máscaras, luvas, álcool em gel e atenção e cuidado com os(as) voluntários(as) da linha de frente.

Aumento de doações: algumas instituições relataram uma maior mobilização de doadores, aumento de arrecadação de doações de pessoas físicas e parcerias.

“Começaram fazendo uma campanha de arrecadação de água, porque era uma demanda do território. Fizeram uma campanha de arrecadação e conseguiram 30 mil reais. Conseguiram 1500 cartões com a Gerando Falcões. Durante esse período fizeram estavam fazendo um curso de gestão pra organização e conseguiram se regulamentar legalmente.“

Cintia Santana – Instituto Entre o Céu e a Favela (RJ)

Ação do Instituto Entre o Céu e a Favela (RJ)

2) Apoio emocional

As instituições tiveram que suspender atendimentos psicológicos presenciais e passaram a desenvolver atendimento psicológico à distância, buscar formas de acolhimento online. A Coletiva de Mulheres Negras de Abayomi abriu vaga de psicólogo(a) voluntário à distância no Atados e agora as mulheres da linha de frente da coletiva estão fazendo terapia online e gratuita, fundamental para quem trabalha constantemente com os impactos da pandemia e famílias em situação de vulnerabilidade social.

3) Atividades online

De alguma forma todas as instituições presentes estão passando por esse processo de adaptação, de atividades que eram presenciais pararem de acontecer ou se transformarem em formas online de atuação. Formas que foram compartilhadas:

Muitos começaram as atividades online por causa da pandemia e vão continuar atuando dessa forma após também, descobrindo assim uma nova ferramenta para somar ao trabalho que era feito antes da pandemia.

4) Gestão organizacional

As organizações também aproveitaram esse momento para “cuidar da casa”, colocando processos organizacionais em ordem durante a suspensão de atividades presenciais. Formas de cuidado que as organizações compartilharam:

5) Fortalecimento de rede

Muitas organizações se uniram, tanto para arrecadar doações, como também para fazer a distribuição de forma mais produtiva. Esse movimento trouxe um fortalecimento da rede de organizações sociais da mesma região/causa.

6) Voluntariado

Diferentes experiências com o voluntariado durante a pandemia, algumas organizações diminuíram a sua equipe, outras aumentaram. Voluntários(as) atuando presencialmente em ações emergenciais, com todos os cuidados necessários, e muitos atuando à distância em atividades de gestão, captação de recursos, comunicação, apoio emocional e muito mais.

Formas de mobilização, gestão e atuação de voluntários que foram compartilhadas

Dificuldades/desafios da atuação em tempos de pandemia

Essas foram as 6 principais formas de atuação citadas pelas organizações participantes, que também compartilharam os seus desafios e superações da atuação em tempos de pandemia:

Superações

Destaque de casos compartilhados

“Por estarem em uma área de risco, estão com dificuldades na arrecadação de doações, mas fizeram uma parceria com a Tia Stellinha (1000 máscaras).”

Erica – Projeto Nova História (RJ)

“Começaram fazendo uma campanha de arrecadação de água, porque era uma demanda do território. Fizeram uma campanha de arrecadação e conseguiram 30 mil reais. Conseguiram 1500 cartões com a Gerando Falcões. Durante esse período fizeram estavam fazendo um curso de gestão pra organização e conseguiram se regulamentar legalmente.”

Cintia Santana – Instituto Entre o Céu e a Favela (RJ)

“Voluntariado cresceu muito na pandemia – a visibilidade da instituição aumentou e as parcerias também. Pediatras e Ginecos estão atendendo por telefone; voluntários ajudaram a abrir uma padaria para gerar renda para o projeto – vão fazer biscoitos, pães. Obstetras irão começar a fazer atendimento a mães pagantes – parto humanizado em casa – para voltar dinheiro à instituição e para evitar o risco de ir ao hospital.”

Wanda Grecco – Associação Materna – São Paulo (SP)

Biblioteca Sete de Abril – Salvador (BA)

“Voluntários estão ajudando na parte de redes sociais para comunicar as lives, fazendo o logo e ajudando na arrecadação de dinheiro.”

Gicelia Barros – Biblioteca Sete de Abril – Salvador (BA)

Como estão se organizando para retorno das atividades pós pandemia?

Muitas organizações relataram que ainda não pensam em voltar a atuar presencialmente, por conta dos altos números de casos de covid-19 em suas cidades/estados. A possibilidade de voltar a atuação presencial está sendo cogitada para 2021, pela maioria das organizações. Algumas mesmo sem previsão de volta já se organizaram internamente para quando esse retorno ocorrer.

Desafios de continuar atuação online

Adaptações para continuar mais tempo com atuação online

ONGs participantes:

(Fonte: https://blog.atados.com.br/como-as-ongs-estao-atuando-durante-a-pandemia/, data de acesso: 14/08/2021)

25 de Agosto: Dia Nacional da Educação Infantil

Os ensinamentos recebidos na primeira infância são essenciais para o desenvolvimento cognitivo

O oitavo mês do ano é um tanto significativo para a educação. Dia 07 é o dia Internacional da Educação. No dia 11, comemora-se o Dia da(o) Estudante. Já no final do mês, temos o Dia — e a Semana — Nacional da Educação Infantil. São três datas importantes que atentam para a necessidade de valorizar o ensino.

O dia 25 de agosto foi escolhido em homenagem à data de nascimento da dra. Zilda Arns. Médica pediatra e sanitarista, ela dedicou a vida ao trabalho assistencial para crianças. Fundou e coordenou a Pastoral da Criança — instituto que promove o desenvolvimento integral das(os) pequenas(os) — e a Pastoral da Pessoa Idosa. “As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de paz e esperança”, disse ela momentos antes de morrer em um terremoto que atingiu o Haiti, em 2010.

A educação infantil abrange crianças de 0 a 6 anos de idade. É o primeiro passo da educação básica e tem como objetivo o desenvolvimento pleno da criança como ser humano. O período da primeira infância é crucial para a evolução dos aspectos físicos, intelectuais, psicológicos e sociais.

Proporcionar uma educação infantil de qualidade é investir no futuro. Para o defensor público coordenador do Núcleo da Infância e Juventude (NUDIJ), dr. Bruno Müller, garantir acesso a uma educação de excelência e o desenvolvimento das(os) pequenas(os) deve ser interesse de todas(os). “Cuidar de crianças tem um alto impacto na formação de uma sociedade mais saudável, dinâmica e produtiva”, diz ele.

A lei, através do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Marco Legal da Primeira Infância, considera a questão educacional como um fenômeno amplo e assegura o respeito às individualidades e ritmo de aprendizagem de cada um(a). O dr. Bruno destaca que a lei brasileira inova ao dispor que instituições que trabalham com crianças tenham espaços lúdicos. “Isso propicia o bem-estar e possibilita que elas explorem o mais importante dos seus direitos: o de brincar”, comenta o defensor público.

Dados do Censo Escolar de 2019 mostram que as matrículas na educação infantil aumentaram 12% desde 2015 no Brasil. No entanto, o cenário no país ainda é alarmante. Em 2018, segundo informações divulgadas na Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD), 34% das crianças de até 3 anos frequentavam creches. Além da falta de vagas, outros fatores como vulnerabilidade socioeconômica e necessidades especiais de crianças com deficiência contribuem para o afastamento das(os) pequenas(os).

Apesar de estar diretamente ligada ao ambiente escolar, a educação infantil vai muito além da sala de aula. Isso porque a família e a sociedade exercem um papel fundamental na formação da criança. Para o coordenador do NUDIJ, toda experiência é uma oportunidade para que a criança entenda o meio em que vive e evolua integralmente em suas particularidades e diferenças. “A soma de esforços é que gera indivíduos globalmente estimuladora e potencialmente capazes de desenvolver as mais diversas atividades e interações”, complementa o dr. Bruno.

A Defensoria Pública, como integrante do sistema de justiça, também desempenha um papel importante. O órgão atua individual e coletivamente na busca pela efetivação do direito à educação, seja na disponibilização de vagas em creches ou em ações que pleiteiam o direito à educação infantil nos locais mais próximos da residência da criança. As(os) defensoras(es) públicas(os) podem, ainda, solicitar esclarecimentos de autoridades públicas sobre a prestação de uma educação de qualidade, que preze pela igualdade e respeito a todas(os).

(Fonte: https://www.defensoriapublica.pr.def.br/2020/08/2010/25-de-agosto-Dia-Nacional-da-Educacao-Infantil.html, data de acesso: 13/08/2021)