Abraçar e agradar com boas palavras é “carinhar” naquele SER em nossa frente, e, também ter a visão de talvez, assim, sejamos no futuro...
Ou, talvez nem tenhamos tanto futuro quanto ela... Não discrimine! Não ignore! Não maltrate! O que hoje você semeia, amanhã colherá!
Nosso fraternal abraço aos quase 29 milhões de brasileiros e brasileiras que têm 60 anos ou mais.
Elisabeth Mariano e equipe
Muitos estudos e estatísticas estudam as condições de vida das pessoas idosas no Brasil
Em nosso país, temos quase um quinto da população brasileira composta por pessoas com 60 anos ou mais idade ainda..
Na CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA se garante para as pessoas idosas, no Artigo 230:
“Que é a família, a sociedade e o “Estado” os que têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando a sua participação na comunidade,
defendendo a sua dignidade e bem-estar e garantindo o seu direito à vida.” (...)
No início, no artigo 7º inciso XXXI quando trata dos direitos sociais, a Constituição da República se refere à idade e proíbe a discriminação no trabalho quanto às diferenças de salário, exercício de funções e, especialmente, critérios de admissão da pessoa.”
(...) O principal objetivo da Constituição da República é construir uma sociedade justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais com a promoção do bem de todos, livre de preconceitos de origem, raça, sexo, cor idade e quaisquer outras formas de discriminação. (...)” fonte 1
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. O mesmo entendimento está presente na Política Nacional do Idoso (instituída pela lei federal 8.842), de 1994, e no Estatuto do Idoso (lei 10.741), de 2003.19 de set. de 2019
(autor: https://fernandosantiago.com.br/poemid.htm)
Idoso é quem tem o privilégio de viver uma longa vida...
Velho é quem perdeu a jovialidade.
Você é idoso quando sonha...
Você é velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende...
Você é velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando tem planos...
Você é velho quando só tem saudades.
Para o idoso a vida se renova a cada dia que começa...
Para o velho a vida se acaba a cada noite que termina.
Que você, quando idoso, viva uma vida longa,
Mas que nunca fique velho.
Fonte 1: https://www.ampid.org.br/v1/o-que-diz-a-constituicao-da-republica-sobre-a-pessoa-idosa-e-possivel-garantir-politicas-publicas-para-pessoas-idosas-sem-conselhos-de-direitos-legitimos-e-atuantes/, data de acesso: 15/09/2021
Fonte 2: https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/reportagem/quem-e-a-pessoa-idosa#:~:text=Para%20a%20Organiza%C3%A7%C3%A3o%20Mundial%20da,lei%2010.741)%2C%20de%202003, data de acesso: 15/09/2021
Fonte 3: https://www.ufjf.br/ladem/2020/06/21/envelhecimento-populacional-continua-e-nao-ha-perigo-de-um-geronticidio-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/, data de acesso: 15/09/2021
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Da Redação | 16/09/2020, 10h20
Central de Transplantes precisa ampliar doação de órgãos - 18/03/2011
A Central Estadual de Transplantes intermediou nesta sexta-feira (18) uma doação de coração, fígado, rins, pâncreas e córneas. A Central está preocupada em incentivar as doações de órgãos, pois em 2010 houve redução do número de ofertas em comparação com 2009. Nos três primeiros meses deste ano, o número de doações também caiu.
Victor de Oliveira tinha 21 anos quando sofreu um grave acidente de moto, em agosto de 2015. Ele teve traumatismo craniano e morte cerebral confirmada seis dias depois. Victor era o único filho da assistente administrativa Márcia Elena. Orientada pela equipe médica do Programa Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro, ela e a esposa de Victor autorizaram a doação de órgãos e tecidos do rapaz. Em depoimento gravado para a campanha “A Vida Continua”, do Ministério da Saúde, Márcia Elena explica que a doação “é um ato de amor e gratidão”.
— A gente conseguiu doar córneas, fígado e rins. O mais importante é tentar fazer o bem a quem precisa muito para poder sobreviver. A gente vê o que as pessoas passam, todo o sofrimento. O fato de você poder ajudar, salvar e dar continuidade à vida é tudo. No momento mais difícil da minha vida, eu disse sim à doação de órgãos — lembra.
O Brasil celebra neste mês exemplos como o de Márcia Elena e Victor. É o Setembro Verde, um período dedicado ao esclarecimento da população sobre a importância da doação de órgãos. O ponto alto da campanha acontece no dia 27, quando o país comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Nas duas semanas que antecedem a data, o governo promove desde 2007 ações de conscientização sobre o tema.
Embora mais de 45 mil pessoas ainda aguardem na fila de espera para um transplante, campanhas como o Setembro Verde têm dado resultados. Nos últimos dez anos, o Brasil testemunhou um aumento significativo no número de procedimentos realizados. O país saltou de 6.426 cirurgias em 2010 para 9.212 transplantes de coração, fígado, intestino, pâncreas, pulmão e rim em 2019 — um incremento de 43,3%.
Mas a pandemia de coronavírus impõe uma dura realidade para os pacientes que dependem de um novo órgão em 2020. De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, a taxa de doadores efetivos caiu 6,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. Quando se confrontam os números de doadores no primeiro e no segundo trimestres de 2020, a queda é ainda mais expressiva: 26,1%.
A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) analisou o impacto da pandemia sobre os procedimentos realizados no primeiro semestre. Em relação ao mesmo período ano passado, caiu o número de transplantes de fígado (6,9%), rim (18,4%), coração (27,1%), pulmão (27,1%), pâncreas (29,1%) e córneas (44,3%). A ABTO classifica a situação como “muito preocupante” e projeta um cenário dramático até o final do ano: o Brasil deve realizar 3.621 cirurgias em 2020, uma queda de 60,6% em relação a 2019.
Incentivo à doação
O Senado analisa pelo menos oito projetos que pretendem incentivar a doação de órgãos no Brasil. O PLS 405/2012, do senador Humberto Costa (PT-PE), institui a chamada doação presumida. De acordo com o texto, a pessoa que não deseja doar partes do corpo após a morte deve registrar a expressão “não doador de órgãos e tecidos” no documento de identidade.
“A doação presumida de órgãos pode representar uma solução a curto prazo para a carência de órgãos, conforme corroboram as experiências de outros países como a Espanha, considerada modelo na área de transplantes. Essa medida não é incompatível com o nosso ordenamento constitucional nem com a cultura do povo brasileiro, que tem a solidariedade como um de seus traços mais marcantes. A doação presumida não obriga ninguém a doar. Mas estimula que a discussão sobre o tema seja feita”, argumenta Humberto. O texto aguarda parecer na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O PL 3.176/2019, do senador Major Olimpio (PSL-SP), também torna presumida a autorização para doação de órgãos. De acordo com o projeto, a regra valeria para maiores de 16 anos. O texto vai além e estabelece penas mais duras para os crimes de remoção ilegal, compra e venda de partes do corpo e realização de transplante com órgãos obtidos ilegalmente.
“No Brasil, os cidadãos decidem se serão ou não doadores, mas após a morte apenas a família tem a palavra final. Essa medida tem se mostrado pouco efetiva. Devido à falta de informações, conhecimento e mecanismos que facilitem a manifestação, o Brasil não tem alcançado um patamar satisfatório de doação”, afirma Major Olimpio. O projeto aguarda parecer na CCJ.
O PL 3.616/2019, do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), prevê que a Carteira Nacional de Habilitação informe se o condutor é ou não doador de órgãos e tecidos. “Abre-se uma oportunidade para que a pessoa reflita sobre essa questão e registre formalmente sua vontade no documento. Esse registro pode ser de grande auxílio para a família na difícil hora de decidir a respeito da doação dos órgãos do parente falecido. A medida pode promover um aumento no número de famílias que dizem sim à doação de órgãos”, avalia. O projeto aguarda parecer na CCJ.
Medula óssea
Um outro grupo de projetos incentiva os doadores vivos de medula óssea. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, apenas 25% das famílias brasileiras contam com o chamado doador ideal (irmão compatível). Para 75% dos pacientes que precisam de medula óssea, ainda é necessário identificar um doador alternativo.
O PL 1.855/2020, do senador Irajá (PSD-TO), prevê atendimento prioritário aos doadores como forma de incentivar novos transplantes. “O atendimento prioritário em serviços como bancos, órgãos públicos, rodoviárias, agências dos Correios e outros locais de atendimento ao público torna-se uma forma efetiva de promover as doações voluntárias de sangue e a atualização dos dados dos doadores de medula óssea cadastrados”, avalia. O texto aguarda distribuição para as comissões.
O PL 1.823/2019, do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), concede aos doadores de medula óssea meia-entrada em salas de cinema, cineclubes, teatros, espetáculos musicais, circos, eventos educativos, esportivos, de lazer e entretenimento. De acordo com o texto, que aguarda parecer na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o benefício teria validade de um ano.
O PL 1.719/2019, do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), também estende aos doadores de medula óssea o beneficio da meia-entrada em espetáculos artístico-culturais e esportivos. “Além do incentivo à doação, a iniciativa impulsiona as pessoas a terem acesso a espetáculos e conteúdos que levam à reflexão, ao sentimento de alteridade, de empatia, de pertencimento, e à consciência da importância de sua atuação como membros da comunidade humana”, afirma o senador. O texto aguarda parecer na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Da Redação | 02/02/2021, 17h28
Central de Transplantes precisa ampliar doação de órgãos - 18/03/2011 A Central Estadual de Transplantes intermediou nesta sexta-feira (18) uma doação de coração, fígado, rins, pâncreas e córneas. A Central está preocupada em incentivar as doações de órgãos, pois em 2010 houve redução do número de ofertas em comparação com 2009. Nos três primeiros meses deste ano, o número de doações também caiu.
Os impactos da pandemia de covid-19, que se estendem por todos os setores, afetaram diretamente a realização de transplantes de órgãos. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil manteve os programas de transplantes, mas teve redução de cerca 40% nos procedimentos. De janeiro a julho de 2019, foram realizados 15.827 transplantes e, no mesmo período em 2020, foram 9.952. Atualmente mais de 41 mil pessoas aguardam em fila o transplante de órgãos no Brasil. Nesta quinta-feira, 4 de fevereiro, a Lei dos Transplantes (Lei 9.434, de 1997) completa 24 anos. Atualmente tramitam no Senado propostas que modificam essa legislação sobre transplantes para incentivar mais a doação de órgãos.
A Lei dos Transplantes regulamenta a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Os órgãos para transplantes podem ser doados por pessoas vivas ou mortas. Uma pessoa viva pode doar um dos rins, parte do fígado, do pulmão e da medula óssea. No caso de pessoas mortas, são dois os tipos de doadores: o doador falecido após morte cerebral, que pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Ou o doador que teve parada cardiorrespiratória, que pode doar apenas tecidos para transplante: córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Nos dois casos, a morte encefálica precisa ser confirmada.
Os procedimentos foram reduzidos também porque caíram as doações de órgãos. Entre janeiro e julho de 2019 foram registrados 6.466 novos doadores, em 2020, foram 5.922 doadores, uma queda de 8,4%.
Apesar da redução, a solidariedade aumentou. A taxa de recusa das famílias à doação de órgãos reduziu. Em 2019 o índice foi de 39,9%, a taxa caiu para 37,2% em 2020. Segundo o Ministério da Saúde, ainda assim, um dos principais fatores que restringe a doação de órgãos é a baixa taxa de autorização da família do doador.
Consentimento presumido
O Senado analisa três propostas sobre o tema. O senador Major Olimpio (PSL-SP) apresentou um Projeto de lei, o PL 3.176/2019, que institui a chamada doação de consentimento presumido. Ou seja, caso a pessoa maior de 16 anos não se manifeste contrária à doação, após a morte ela é considerada doadora até que se prove o contrário. O texto estabelece ainda penas mais duras para os crimes de remoção ilegal, compra e venda de partes do corpo e realização de transplante com órgãos obtidos ilegalmente. De acordo com o senador, a proposta contribuirá para o aumento nos índices de doadores potenciais e efetivos.
“No Brasil, os cidadãos decidem se serão ou não doadores, mas após a morte apenas a família tem a palavra final. Essa medida tem se mostrado pouco efetiva. Devido à falta de informações, conhecimento e mecanismos que facilitem a manifestação, o Brasil não tem alcançado um patamar satisfatório de doação”, afirma.
O PLS 405/2012, do senador Humberto Costa (PT-PE), também torna presumida a autorização para doação de órgãos. De acordo com o texto, a pessoa que não deseja doar partes do corpo após a morte deve registrar a expressão “não doador de órgãos e tecidos” no documento de identidade. “A doação presumida de órgãos pode representar uma solução a curto prazo para a carência de órgãos, conforme corroboram as experiências de outros países como a Espanha, considerada modelo na área de transplantes”, argumenta Humberto.
Garantia de medicamentos
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou, no início de janeiro, proposta que garante o direito ao fornecimento contínuo de medicamentos a todos os pacientes transplantados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto de lei (PL) 1/2021 ainda aguarda publicação, mas Alessandro Vieira espera uma tramitação rápida para assegurar o fornecimento do remédio o quanto antes.
— Pelo Brasil afora faltam medicamentos sem os quais o transplantado corre o risco de perder o órgão que recebeu e ter complicações severas na sua saúde. Trata da garantia de medicamentos essenciais para que não se desperdice todo o trabalho, todo o custo de uma cirurgia de transplantes. A gente espera que esse projeto seja rapidamente pautado e tramite com sucesso no Congresso Nacional — disse o senador em entrevista à Rádio Senado.
Transplantes pelo SUS
Cerca de 96% dos transplantes de órgãos são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o Ministério da Saúde. Alguns programas e colegiados são responsáveis pela coordenação de todo o processo de captação e distribuição dos órgãos doados. O Sistema Nacional de Transplantes (SNT), por exemplo, integra as secretarias de saúde de todos os estados e municípios, em uma estrutura coordenada para centralizar a notificação de doações e providenciar a logística adequada dos órgãos e tecidos, garantindo que estes cheguem nas condições certas para beneficiarem outras vidas.
As Organizações de Procura de Órgãos (OPO) têm como atribuição organizar a procura de doadores de órgãos e tecidos nos hospitais localizados na sua área de atuação, que são definidos por critérios geográficos e populacionais sob a gerencia da Central de Transplantes e do Sistema Nacional de Transplantes.
Já a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), é uma sociedade médica civil, sem fins lucrativos, criada em 1986 com objetivo de estimular o desenvolvimento de todas as atividades relacionadas com transplantes de órgãos no Brasil, contribuindo para o estabelecimento de normas, além de criação e aperfeiçoamento de legislações relacionadas ao assunto.
Veja na tabela a seguir outros projetos de lei que tramitam no Senado para incentivar a doação de órgãos e facilitar e identificação de doadores:
PL 1/2021
Garante o fornecimento contínuo de medicamentos a todos os pacientes transplantados pelo Sistema Único de Saúde.
PL 1.823/2019
Estende aos doadores de medula óssea o benefício da meia-entrada em salas de cinema, cineclubes, teatros, espetáculos musicais, circos, eventos educativos, esportivos, de lazer e entretenimento, por um período de doze meses após a doação.
PL 1.855/2020
Estabelece atendimento prioritário aos doadores de sangue e aos doadores de medula óssea em repartições públicas, empresas concessionárias de serviços públicos e instituições financeiras.
PL 3.176/2019
Torna presumida a autorização para doação de órgãos de pessoas maiores de 16 anos e torna hediondos e majora as penas para os crimes de remoção ilegal, compra e venda de partes do corpo e realização de transplante com órgãos obtidos ilegalmente.
PL 3.616/2019
Prevê que a Carteira Nacional de Habilitação informe se o condutor é ou não doador de órgãos e tecidos, e seu tipo sanguíneo/fator Rh.
PLS 405/2012
Torna presumida a autorização para doação de órgãos. A pessoa que não deseja doar partes do corpo após a morte deve registrar a expressão “não doador de órgãos e tecidos” no documento de identidade.
PL 1.719/2019
Concede aos doadores de medula óssea o benefício da meia-entrada a espetáculos artístico-culturais e esportivos como forma de incentivo à doação.
De Maria Moura, sob supervisão de Paola Lima
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Seis em cada 10 doadores de rim são mulheres - e seis em cada 10 pessoas que os recebem são homens
14 set 2018 | 14h14 | atualizado às 15h23
Em 2016, os rins da minha mãe começaram a falhar - mais uma vez. Seu primeiro transplante após vários anos na lista de espera, havia vindo de um cadáver. Da segunda vez, no entanto, sua irmã mais nova estava preparada e disposta a ser a doadora.
Como uma mulher doando para um ente querido, minha tia se encaixava na descrição básica da maioria dos doadores de rim. As mulheres representam 60% dos doadores de rim dos Estados Unidos e outros países apresentam números parecidos. No Brasil, não há um número nacional sobre as distinções de gênero entre doadores.
No entanto, sabe-se que em vários lugares do mundo essa diferença de gênero está crescendo. Desde 2008, o número de doadores homens caiu em todos os estudos demográficos nos EUA. Mas a maioria das pessoas esperando por um transplante - 59% - são homens.
O desequilíbrio na questão das doações de rins - mais homens precisam enquanto mais mulheres doam - não significa apenas um fardo a mais para elas. Pode haver consequências para a saúde dos homens também.
Diferenças de tamanho
Há dados conflitantes sobre o efeito da incompatibilidade de gênero no sucesso de um transplante. Mas um estudo com mais de 230 mil doações de órgãos nos EUA entre 1998 e 2012 indica que os transplantes renais de mulheres para homens estão entre os que tinham a menor probabilidade de dar certo. Essa tendência acontece com outros órgãos também: homens que receberam um coração de uma mulher e não de um homem, por exemplo, tinham uma chance 15% maior de morrer nos 5 anos seguintes.
Uma razão pela qual o gênero pode ter um papel nisso é a diferença nas dimensões dos órgãos, diz Rolf Barth, chefe da Divisão de Transplantes do Centro Médico da Universidade de Maryland.
Ele diz que um rim pequeno não funciona muito bem para pessoas maiores, já que órgãos menores têm uma probabilidade menor de acompanhar as demandas de um corpo maior. Uma análise com mais de 115 mil receptores de rins, por exemplo, descobriu que o risco de fracasso era maior quando a diferença de peso entre doador e receptor superava os 30 kgs.
Por Joceline Gomes
Pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que ser mulher e ser negro, no Brasil, pode diminuir ainda mais as possibilidades de tratamento eficaz na rede pública de saúde. Estudo inédito sobre transplantes de órgãos sólidos (como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão) mostra que a maioria dos transplantados no Brasil são homens da cor branca.
A pesquisa Desigualdade de Transplantes de Órgãos no Brasil: Análise do Perfil dos Receptores por Sexo, Raça ou Cor aponta que a cada quatro receptores de coração, três são homens, e 56% dos transplantados têm a cor da pele branca. No transplante de fígado, 63% dos receptores são homens e de cada dez pessoas que recebem o órgão, oito são brancas.
A maioria de receptores de pulmão também é formada por homens (65%) e pessoas brancas (77%). No transplante de rim, os homens também são maioria (61%) e 69% dos atendidos são brancos. Homens e mulheres são igualmente atendidos nos transplantes de pâncreas, mas 93% dos transplantados são brancos.
DESIGUALDADE – Para Alexandre Marinho, da diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea e um dos autores da pesquisa, “o trabalho revela que há desigualdade no recebimento dos órgãos, o que não deveria ocorrer, já que o acesso à saúde é um direito universal”.
Os pesquisadores analisaram dados de 1995 a 2004, fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Marinho explica ainda que as causas da diferença entre brancos e negros não foram o foco do estudo, mas acredita-se que as condições socioeconômicas tenham influência no momento da escolha do paciente.
DESCASO – A Constituição Federal determina que a saúde é um direito de todos os brasileiros e um dever do Estado. Mesmo com os avanços obtidos através da instalação de diversos dispositivos legais, é inegável que brancos, negros, indígenas e pardos ocupam posições diferentes na sociedade e, consequentemente, vivem experiências diferentes ao recorrer à rede médica.
Confira abaixo alguns dados que demonstram a desigualdade no atendimento recebido por negros e negras no Brasil:
Fonte: Jornal A Tarde
O Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa é celebrado anualmente em 05 de outubro.
As mulheres enfrentaram o medo da pandemia e aos desvarios da quarentena de modo arrojado, trabalhando muito e conforme reportagens, no período desde final de 2020 até há alguns recentes meses, elas predominaram os micro negócios e, conseguiram conciliar com as “sobrecargas familiares” pois, até obter faxineiras e empregadas domésticas era muito difícil.
Segundo dados estatísticos *SEBRAE), “ em 2020, foram abertas 626.883 micro e pequenas empresas em todo o país. Desse total, 535.126 eram microempresas (85%) e 91.757 (15%) eram empresas de pequeno porte.”
Relatórios apontaram que “ao final de 2020, o saldo positivo no país foi de 2,3 milhões de empresas abertas, com destaque para microempreendedores individuais (MEI).”
Da redação
21/03/21 - 15h58 - Atualizado em 21/03/21 - 18h30
Em janeiro de 2021, as micro e pequenas empresas (MPEs) geraram quase o dobro do número de empregos (aproximadamente 195,6 mil) ante os criados pelo segmento no mesmo mês do ano passado (cerca de 103,9 mil). O levantamento foi divulgado pelo Sebrae, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Os pequenos negócios lideraram a geração de postos de trabalho no Brasil em janeiro. O saldo positivo das MPEs correspondeu a 75% de todos as 260,3 mil vagas criadas ao longo do mês.
As Médias e Grandes Empresas (MGEs), que registraram um saldo negativo em 2020, 2.887 postos de trabalho encerrados, criaram 41,6 mil novos empregos em janeiro (cerca de 16% do total).
No último mês de janeiro, os setores que mais contribuíram para os saldos positivos foram Serviços, Indústria de Transformação e Construção. Esses resultados valem tanto para as MPEs quanto para as MGEs. A divergência ocorreu no setor do Comércio. Enquanto as MPEs apresentaram saldo positivo de 27,4 mil, as médias e grandes tiveram um saldo negativo de 21,3 mil vagas.
Em janeiro deste ano, os cinco Estados que proporcionalmente mais geraram empregos foram: Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Roraima e Rio Grande do Norte. Todos esses Estados geraram pelo menos 17 novos empregos a cada 1.000 postos de trabalho já existentes. Os estados que proporcionalmente menos geraram empregos foram: São Paulo, Minas Gerais, Amapá, Rondônia, Rio de Janeiro e Amazonas. Excluindo Amazonas, que apresentou saldo negativo, os demais geraram menos que sete novos empregos a cada 1.000 postos de trabalho existentes.