As mulheres advindas das mais diversas regiões do Brasil e do mundo conseguiram afirmar marcante presença política junto a este megaevento internacional, realizado recentemente, em Porto Alegre/RS.
As dificuldades são muitas, mas em contrapartida, as oportunidades são inúmeras para que as mulheres possam celebrar os seus direitos de cidadãs, exercer suas liberdades fundamentais e, cumprir seus deveres sociais na transformação do mundo, para uma vida melhor, e, que conseqüentemente, beneficiará a humanidade.
Este é um novo papel da mulher que evolui política e socialmente, pois, é a partir da influência das suas ações, junto aos meios associativos, que fará surgir novas atitudes governamentais, inclusive incentivando a paz entre os povos.
Cumprimentamos todas as mulheres participantes do V Fórum Social Mundial nesta edição, e enviamos-lhe um abraço de Elisabeth Mariano e da equipe ESPAÇO MULHER.
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O Governo Federal, por intermédio da Medida Provisória nº 234/05 concedeu aos empresários brasileiros um novo prazo, até o dia 11 de Janeiro de 2006, para fazerem as adequações às novas normas contratuais obrigatórias e as respectivas alterações na Junta Comercial.
Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, sediou novamente o Fórum Social Mundial (Fórum Social Mundial / 2005), isto depois de ter realizado os três primeiros, sendo que em 2004, o evento ocorreu em Mumbaí, na Índia.
Neste ano, de 26 a 31 de Janeiro, durante a abertura do evento compareceram mais de 200 mil pessoas, participaram no evento 155 mil, destas 35 mil permaneceram acampadas no espaço geográfico denominado de Acampamento Internacional da Juventude, no Território Social Mundial.
No total eram mais de 500 espaços que abrigaram todas as 2.500 atividades, distribuídas em 203 salas e auditórios para debates (com capacidade entre 50 e l.000 lugares) e outras 295 tendas, ao longo de 4 quilômetros (150 mil m² de área construída) para abrigar praças de alimentação, palcos, centros e apoio, postos e saúde, estandes das organizações e patrocinadores, as que acolheram as campanhas dos povos indígenas, movimentos negro, mundo do trabalho etc...
Os 11 Espaços Temáticos receberam representantes de 6.588 organizações, de 153 países.
Eram cerca de 6.830 profissionais da área da comunicação, de 69 países, dos 1.616 veículos jornalísticos, envolvidos na cobertura do Fórum.
O número de voluntários, que trabalharam no evento, estava em torno de 2.800, e além disso, 2.500 trabalhadores da Economia Popular e Solidária também participaram.
A estrutura do FSM / 2005 comportou 700 computadores, mais de 1.000 pontos de acesso à Internet, 30 cybercafés, 11 centrais de informação, 4 espaços de atendimento à saúde, 600 sanitários químicos, 4 praças de alimentação, 60 quiosques para lanches e 1 feira de abastecimento.
No ano de 2006, o Fórum Social Mundial será descentralizado e suas atividades serão realizadas simultaneamente em diferentes continentes.
No ano de 2007, O Fórum Social Mundial realizar-se-á no continente africano.
Representavam o Conselho Internacional, da quinta edição do Fórum: Salete Valesan, do Comitê Organizador Brasileiro; a indiana Meena Menon, da Focus on the Global South, e Njoki Njoroge Njehu da 50 Years Is Enough Network.
A Marcha Mundial das Mulheres - movimento de coalizão formado por cerca de seis mil organizações de mais de 160 países - realizou sua assembléia no dia 27 de janeiro, durante o Fórum Social Mundial / 2005, e referendou o documento intitulado: Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade, o qual irá iniciar em 8 de março, em São Paulo, uma longa viagem, pelos cinco continentes, e que só terminará em 17 de outubro, em Uagadugu, capital de Burkina Faso, na África. Este documento contém 31 afirmações que descrevem os princípios básicos e essenciais da proposta de um mundo sem exploração, opressão, intolerância e exclusão. A escolha do país Burkina Faso como um ponto de chegada deste documento não foi por acaso. Pois, trata-se de um dos mais pobres no planeta, por apresentar o terceiro mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), cujas mulheres são submetidas à violências domésticas, matrimônios forçados e à mutilações sexuais.
No dia 17 de outubro, ao final da viagem deste documento, será promovido o Dia da Ação Global, com atividades sociais que manterão uma corrente de 24 horas de solidariedade feminista em torno do planeta.
Reuniram-se nos dia 24 e 25 de Janeiro, no V Fórum Social Mundial, com objetivos de avaliar o trabalho realizado e planejar novas estratégias. No levantamento das atividades observou-se a relevante importância do movimento quanto à inclusão sócio-cultural das mulheres. Destacou-se também, que o "Concurso Empreendimentos Econômicos Liderados por Mulheres", de iniciativa REPEM, é um instrumento valiosos porque dá visibilidade ao trabalho que as mulheres realizam no mundo da economia, e permite construir alianças estratégicas para uma melhor incorporação ao mercado e contar com a informação destas experiências para se construírem propostas de políticas públicas.
Ocorreu em no dia 27 de Janeiro a reunião que tratou dos principais aspectos organizacionais (pauta, conteúdo, formato, metodologia, etc) do l0º Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe, que ocorrerá no mês de Setembro de 2005, em São Paulo, e terá como eixo central "Feminismo e Democracia na América Latina e Caribe".
As feministas Heleieth Saffioti (socióloga e advogada), Maria Betânia Ávila (coordenadora geral do SOS Corpo), Celi Pinto (historiadora e cientista política) e Vera Soares (UNIFEM) analisaram a questão da mulher brasileiras a partir do conceito de patriarcado como elemento central no seminário: A mulher brasileira nos espaços público e privado - Gênero, patriarcado e violência. O evento ocorreu em 29 de Janeiro, durante as atividades do V FSM, em Porto Alegre.
O envolvimento dos homens no contexto da saúde reprodutiva/saúde integral pode contribuir para melhorar os resultados de programas voltados à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, ao controle da violência de gênero e ao planejamento familiar, minimizando o sofrimento das mulheres e dos próprios homens, e garantindo o exercício pleno da cidadania, com justiça social.
Sob este objetivo, no dia 28 de Janeiro, ocorreu o seminário "O lugar dos homens nas políticas públicas de gênero", em que reuniu profissionais que atuam com homens em diferentes campos de atividades e apresentarão reflexões e experiências que expressam a importância do envolvimento dos homens nas questões relativas ao gênero, saúde, sexualidade e reprodução, tendo por base as recomendações da IV Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo, 1994) e a IV Conferência Mundial sobre a Mulher (Beijing, 1995).