Jornal Espaço Mulher


Edição nº 50 - de 15 de Março de 2006 a 14 de Abril de 2006

Olá Leitores!

ESPAÇO PARA A MULHER

A primeira e a segunda edição do livro ESPAÇO PARA A MULHER... "0"?..., de minha autoria, editado em 1991 e em 1997, respectivamente, na 1ª capa possuem um desenho que destaca uma cabeça de mulher, cujo rosto é um grande ponto de interrogação. Depois, há explicações sobre o simbolismo deste desenho estilizado, precedido do seguinte texto:

"No desenho da capa apresento uma Mulher em que parte de sua cabeça é um ponto de interrogação. Procuro simbolizar o que é o ESPAÇO PARA A MULHER, para ela mesma, para o Homem e para a Sociedade.

Em primeiro lugar, é na própria mente feminina, que deverá haver um ESPAÇO PARA A MULHER, do que ela é, e o que pretende ser. A descoberta de si, dos seus valores, das suas conquistas, dos seus desafios. Da sua interação com as demais. Daí o ESPAÇO PARA A MULHER de sua amiga, colega, mestra, chefe, líder, empregada e de companheiras das aflições do cotidiano e das responsabilidades de ser Mulher no mundo atual, onde tanto se exige e pouco se oferece em troca.

ESPAÇO PARA A MULHER, na mente dos Homens, que deverão entender e aceitar que a Mulher não está lhes tomando o lugar, mas, sim ocupando o que lhe pertence como ser pleno, capaz de produzir e participar, aliviando-o, libertando-o de inúmeros encargos e cobranças.

ESPAÇO PARA A MULHER, que para ser sua companheira compreensiva e mãe atualizada, para educar os filhos junto com ele,  precisará ter uma atuação fora de quatro paredes, de um tanque e fogão, quer seja participando de estudos, na área de voluntariado ou de carreira profissional.

ESPAÇO PARA A MULHER na Sociedade podendo exercer seu potencial, as suas capacidades, encontrando apoio para as suas diferentes fases da vida.

ESPAÇO PARA A MULHER para que ela se comunique, intercambie informações, atualize-se profissionalmente e se sinta motivada e capaz de desafiar a si própria e buscar novos ESPAÇO PARA A MULHER". (p. 6, 1ª ed., 1991, São Paulo)

Esta mensagem escrita em 1991, precedendo inúmeros outros capítulos desse livro, foi um alicerce para que nestes 19 anos da Fundação do Projeto ESPAÇO MULHER (e das marcas, jornais, portal, eventos etc.) e que, hoje, nos levam a saudar a todos os grupos femininos organizados, quer sejam como ONG's, OSCIP's, sindicatos e outros tipos de entidades e agremiações e de estudos, que têm como foco o desenvolvimento do papel da Mulher na Sociedade, independente das opções de cunho religioso, partidário ou da situação econômica, racial e étnica, ou de procedência nacional, em respeito às garantias fundamentais determinadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos..

O ESPAÇO MULHER / ESPAÇO PARA A MULHER traz para todas as participantes dos movimentos coletivos um grande abraço, extensivo a todas nós Mulheres Brasileiras.

Assim oferecemos esta edição festiva nº 50, Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Seminário Nacional de Controle Social nas Políticas de Saúde para as Mulheres

Secretaria Especial de Políticas para as MulheresMinistério da Saúde, com o apoio do SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas e de Promoção da Igualdade Racial) promovem o Seminário Nacional de Controle Social nas Políticas de Saúde para as Mulheres. O evento ocorre entre os dias 14 a 16 de março, no Hotel Nacional, em Brasília.

(Fonte: De Olho em Brasília, nº 247)

Senado lança campanha "Com as Nossas Diferenças Somos Todos Iguais"

O Senado Federal lançou no dia 14 de março o "Programa de Valorização da Pessoa com Deficiência" e a Campanha "Com as Nossas Diferenças Somos Todos Iguais". O objetivo é a "promoção da acessibilidade e da inclusão de pessoas portadoras de deficiência".

O programa "é um desdobramento do trabalho da Comissão de Valorização da Pessoa com Deficiência do Senado".

O evento contou com a presença do Presidente do Senado, sen. Renan Calheiros (PMDB-AL), e ocorreu no Salão Nobre do Senado.

(Fonte: De Olho em Brasília, nº 247)

Drª. Michelle Bachelet assume a presidência do Chile

A médica Michelle Bachelet, com 54 anos de idade, é a primeira mulher a assumir a Presidência do Chile. A cerimônia de posse ocorreu em 11 de março, na sede do Congresso, que contou com a presença de delegações de 120 países e 30 chefes de Estado; O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, também compareceu.

A grande novidade é que a Drª. Michelle Bachelet nomeou para o seu gabinete ministerial dez homens e dez mulheres, cumprindo a sua promessa de lutar pela igualdade. Ela também prometeu, em seu governo, promover "a igualdade social, a política de reforma e o combate ao desemprego".

(Fonte: Portal Terra, acesso em 11/03/2006)

Mulheres na Política / UNIFEM / 2006

Durante o mês de março ocorreu várias celebrações em alusão ao dia 8 de março - Dia Internacional da Mulher. São atividades que têm como objetivo "comemorar as conquistas e denunciar o que ainda falta para que se alcance a plena igualdade entre mulheres e homens".

No ano de 2006, a UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) enfoca o tema "Mulheres na tomada de decisões: enfrentando desafios, gerando mudanças".

Segundo o Secretário-Geral das Nações Unidas - Kofi Anan, "ao aumentar de maneira efetiva a influência da mulher em todos os níveis da vida pública, aumentam as possibilidades de mudança em direção à igualdade entre os gêneros e ao empoderamento da mulher, bem como para uma sociedade mais justa e democrática (texto publicado no "Relatório sobre a Partiicipação Igualitária de Mulheres e de Homens nos Processos de Tomada de Decisões em Todos os Níveis", lançado em Dezembro de 2005)."

Também, na matéria "Mulheres na Política" (Adital - América Latina 08/03/2006), cita-se que "em 1995, a Plataforma de Ação de Pequim definiu como uma de suas prioridades, a questão da mulher no exercício do poder e na tomada de decisões e apontou medidas concretas que deveriam ser adotadas por governos, setor privado, instituições acadêmicas e organizações não-governamentais para que as mulheres tenham maior acesso e uma participação efetiva nas estruturas do poder e na tomada de decisões".

Na mesma reportagem Mulehres na Política(*) em "Ranking" pode-se observar como está o crescimento participativo das mulheres nas carreiras legislativas em diversas partes do mundo, que transcrevems a seguir:

"A Argentina ficou entre os 10 países com maior participação de mulheres no Legislativo em ranking divulgado pela União Interparlamentar (IPU, da silga em inglês), que analisou 187 países e apontou uma tendência de crescimento na presença de mulheres nas Casas Legislativas de diversos partes do mundo.

Ruanda aparece em 1º lugar com 48,8% de participação feminina na Câmara dos Deputados. Em seguida vêm os países nórdicos: Suécia (45,3%), Noruega (37,9%) Finlândia (37,5%) e Dinamarca (36,9%). Depois estão Holanda (36,7%), Cuba (36%), Espanha (36%), Costa Rica (35,1%), Argentina (35%) e Moçambique (34,8%), que completam a lista dos 10 países com maior número de legisladoras.

Na América do Sul, o Brasil é o pior colocado na lista, em 107º lugar, bem atrás da Argentina (9º), Guiana (17º), Suriname (26º), Peru (55º), Venezuela (59º), Bolívia (63º), Equador (66º), Chile (70º), Colômbia (86º), Uruguai (92º) e Paraguai (99º). A IPU explica que a melhora no desempenho de alguns países sul-americano deve ser atribuída à introdução de políticas de cotas mínimas para candidatas, a exemplo do que ocorreu na Argentina, na Bolívia e na Venezuela.

O Brasil e outros países do Cone Sul, excluindo-se a Argentina, apresentaram índices menores do que a média mundial, que é de 16,6% de mulheres legisladoras. No Chile esse índice é de 15%, no Uruguai é de 11,1%, no Paraguai de 10% e no Brasil 8,6%. O índice brasileiro é pouco maior que o dos países árabes, que têm uma média de 6,8% de mulheres em seus parlamentos. A Arábia Saudita apresenta índice de 0%. Ficaram tmbém abaixo da média mundial: EUA (15,2%), França (12,2%), Itália (11,5%) e Japão (9%).

A União Interparlamentar aponta uma tendência no crescimento da participação feminina no Legislativo. Em 2005, a cada cinco parlamentares eleitos, um era mulher. Embora destaque que as mulheres já ocupam mais de 30% das cadeiras em 20 Câmaras de Deputados no mundo, o relatório da IPU reconhece que ainda falta muito para se atingir um mínimo de 30% de legisladoras em todos os Parlamentos, meta defininda na Conferência Mundial sobre a Mulher, promovida pelas Nações Unidas em 1995."

(Fonte: Adital, acesso em 08/03/2006)