Recordo-me do primeiro seminário de Direitos Humanos promovido na Assembléia Legislativa de São Paulo, em 1997, no qual fui uma das participantes, e o número ínfimo de quorum de interessados no tema Direitos Humanos e a Comunicação, que para mim acabou sendo um estudo da dissertação de mestrado em Liderança, o qual que concluí em 2004.
Em breve, ocorrerá em Curitiba (30/7 a 2/08) o “Encontro Brasileiro de Direitos Humanos - uma pós-graduação em realidade” com exposição de mais 80 temas e com conferencistas escolhidos pela Associação Brasileira dos Magistrados, do Conselho Federal da OAB, da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, da Associação Paranaense do Ministério Público e da OAB de Curitiba, além de reunirem-se lideranças de várias religiões, e importantes representantes do mundo acadêmico, e de ONGs.
Após as conferências, como resultado dos trabalhos, será editada a “Carta Brasil de 2006 de Direitos Humanos” (Adital 13.07.06)
A expectativa que temos como militante é que também estejam inclusos nos temas as questões de Gênero, e também da Comunicação Social frente aos Direitos Humanos, posto que ainda não tivemos acesso as informações do programa das palestra.
“Porém, com certeza, se torna importante que caia o “mito” de que Direitos Humanos só serve para defender bandidos” como apregoam algumas pessoas desinformadas, ou mal intencionadas. Pois na verdade, todo o ser humano habitante deste planeta, independente de qualquer diferença é alguém que está incluído, de um modo ou de outro, dentro dos Fundamentos Universais, o que pode diferenciar é que algumas pessoas são violadoras e outras vítimas, mas, sempre universalmente, todas contarão com a dignidade de sua defesa e proteção, nos Direitos Humanos.
Vale refletir e esperar que “Carta Brasil 2006 de Direitos Humanos” possa ajudar a implementar as políticas públicas mais humanas nos governos, nas instituições, nas escolas, nas igrejas, na comunicação etc.
Esta edição nº 54 chega com muitas novidades, com abraço de Elisabeth Mariano e da equipe ESPAÇO MULHER.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
O sociólogo e professor de Sociologia e Ciência Política, da UNIMEP, Leujene Mato Grosso Xavier de Carvalho informa que "após uma luta nacional de dez anos, liderada pelo Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, e Conselho Nacional de Educação (CNE) e através de sua Câmara de Ensino Básico (CEB-CNE), aprovou, por unanimidade de seus 12 conselheiros, uma resolução que modifica a nº 3/98, que obriga o ensino das disciplinas de Sociologia e Filosofia em todas as 23 mil escolas de ensino médio no nosso país". E, afirmou, "os Estados terão um ano para se adaptarem e aplicarem a resolução, que agora vale para todos, não é mais optativo, é para valer e tem que ser cumprida".
Reportando-se sobre o tema: "Feminização da AIDS" (OGL-15) - no artigo da ministra da Secretaria especial de Políticas para as Mulheres, Dra. Nilcéa Freire, ressaltou que:
(...)"É importante fazer uma ressalva com relação ao grupo de mulheres casadas, no qual há grande dificuldade no controle da transmissão. A maioria não acredita na contaminação por se relacionar somente com um único parceiro, portanto, é justamente neste segmento que a transmissão não se estabiliza e, quando detectada, a doença já se encontra avançada.
O grande desafio é concientizar as mulheres casadas e monogâmicas da prevenção, e, ao mesmo tempo, alertar a classe médica e a população. Por tudo isso, é necessário ouvir as mulheres e garantir-lhes poder. Elas não podem mais ser as grandes ausentes na formulação das políticas públicas de combate à pandemia, pelo contrário, a feminização da AIDS e sua correlação com a violência baseada em gênero é uma realidade inaceitável".
No Boletim Eletrônico Saúde Reprodutiva na Imprensa (edição de 16 à 31 de Maio) apresentou a notícia veiculada nos jornais "O Estado de São Paulo" e em "O Correio", do dia 31 de Maio, em que destacaram o estudo realizado pela USP nas capitais brasileiras e no Distrito Federal sobre mortalidade feminina, entre 10 a 49 anos de idade, com ênfase na morte materna.
O trabalho foi conduzido pelo Prof. Rui Laurenti, da Faculdade de Saúde Pública, que foi feito por solicitação da Área Técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
Segundo Laurenti, os "abortos respondem por 11,4% das mortes relacionados à gestação e ao parto"(...).
(...)"As doenças que mais matam mulheres entre 10 e 49 anos, em ordem de importância são: Acidente Vascular Cerebral (AVC); AIDS; Homicídios; Câncer de Mama; Acidentes de Carro; Doenças Hipertensivas; Câncer dos Órgãos Digestivos; Ataque Cardíaco; Diabetes; Câncer do Colo do Útero."
Os "Ministérios do Trabalho e Emprego e do Desenvolvimento Social, as Secretarias Especias de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (SEPIR) e de Políticas para as Mulheres (SPM) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) realizarão o Seminário Internacional Gênero, Raça, Pobreza e Emprego: experiências e desafios, entre os dias 26 a 28 de Julho, em Brasília."
Sob o tema "Transtornos Afetivos - Depressão e Transtorno Bipolar: Diagnóstico e Tratamento", a ABRATA - Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos, promoveu o 54º Encontro Psicoeducacional. Foram palestrantes a psiquiatra Dra. Márcia Brito e a psicóloga Dra. Cláudia Drucker, no dia 15 de Julho, no Hotel Sol Meliá, em São Paulo.
O seminário sobre "Direitos Humanos e Prevenção de Despejos Forçados no Brasil" reune, em Recife, mais de 150 representantes de entidades da Sociedade Civil, órgãos governamentais e Poder Judiciário, na busca por soluções para evitar este tipo de violação de direito que atinge milhares de brasileiros.
O objetivo do seminário é proporcionar a discussão sobre as causas e conseqüências dos despejos forçados no Brasil, para propor linhas de ação, atividades, e medidas concretas a serem adotadas, visando a prevenção dessa prática em suas variantes urbana, rural e contra comunidades tradicionais.
Tem por base, para tanto, a Legislação Internacional de Direitos Humanos e a proteção, defesa e cumprimento dos direitos econômicos, sociais e culturais.
(...)O evento ocorreu entre 12 a 14 de Julho, em Recife / PE.
"Ocorrerá, em Lima, Peru, entre 2 a 9 de julho, o VI Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, cujo lema é: "Mudemos a vida das mulheres - mudemos o mundo". Este VI Encontro irá avaliar as ações mundiais de 2005 e planejar novas ações para o período 2006/2010".
""Brincar para todos" incentiva o desenvolvimento integral da criança, independente de sua condição físia, intelectual ou social, inserida em 23/06/2006.
A Laramara, maior associação de assistência aos deficientes visuais do Brasil, lançou um livro com 109 brinquedos que estimulam e auxiliam as crianças com deficiência visual. O livro foi desenvolvido pela professora e presidente da Associação, Mara Siaulys, que nunca havia trabalhado com deficientes visuais até o nascimento da prematura da filha Lara, que teve descolamento da retina e ficou cega.
Mara abandonou a profissão para se dedicar à educação da filha, hoje com 27 anos, e desenvolveu brinquedos com objetos simples como latas, guizos, massinhas de modelar e tampinhas para estimular o desenvolvimento de Lara. Anos mais tarde, fez Pedagogia com especialização no ensino de crianças cegas na USP e, aliando suas experiências pessoais aos conhecimentos adquiridos, Mara fundou, em 1991, ao lado do marido, Victor Siaulys, a Laramara, Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, com objetivo de auxiliar crianças com deficiência visual e suas famílias na busca por uma qualidade de vida melhor e inclusão social.
Após escrever algumas obras de apoio aos pais de crianças com deficiência visual, a presidente da Associação criou o livro "Brincar pata todos". Direcionado a pais e educadores, a obra ensina a confeccionar 109 brinquedos, traz informações sobre a forma de utilização e a descrição das competências que cada brincadeira desenvolve nas crianças.
"É fundamental a interação e participação da criança com deficiência visual na vida familiar, na escola e na comunidade. As brincadeiras propostas no livro estimulam os sentidos do tato, audição, olfato e paladar e o desenvolvimento integral das crianças. Ao serem estimuladas, elas tomam conhecimento do próprio corpo e podem explorar diversas formas, grandezas e texturas dos objetos", afirma a autora. Além de incentivar a integração das crianças. Mara mostra, na prática que é possível diminuir os custos dos brinquedos utilizando objetos que as pessoas têm em casa como meias, lã, potes de plástico, gelatino, biscoito recheado e balas.
A instituição acaba de fechar um acordo com o MEC (Ministério da Educação) para distribuir, gratuitame nte, 15 mil livros para escolas e creches e está buscando parcerias com a iniciativa privada para baratear o custo de produção gráfica e aumentar a distribuição em nível nacional. A obra tem 156 páginas, custa R$ 40,00 e também pode ser adquirida na sede da Laramara.
Os interessados podem entrar em contato pelo telefone: (11) 3660-6400.