Jornal Espaço Mulher


Edição nº 60 - de 15 de Janeiro de 2007 a 14 de Fevereiro de 2007

Olá Leitores!

Área de eventos - mercado profissional feminino

Uma das áreas mais promissoras em nosso país é o mercado de eventos, que podem ser empresariais, profissionais, religiosos, turísticos, familiares etc.

No âmbito da organização, administração, receptivo e de suprimentos alimentícios, decorativos etc., a área de eventos conta, privilegiadamente, com a mão-de-obra feminina, como micro-empresárias ou autônomas.

As mulheres, em sua maioria, principalmente, nos pequenos eventos são as fornecedoras dos doces, salgados, bolos, refeições em geral; até o confeccionar, servir e higienizar um ambiente festivo. Isto também se estende a todas as fases da criatividade usada na decoração do ambiente. Na confecção dos uniformes, nos treinamentos das elegantes e atenciosas recepcionistas e, atualmente, as mulheres já se destacam, inclusive, como fotógrafas e produtoras de audiovisuais das cerimônias festivas, principalmente, no segmento do "scrapbook".

Quando a festa é infantil, surgem as animadoras, isto sem citar a demanda que absorve apresentações teatrais, artísticas e musicais, quando da apresentação dos momentos culturais.

Nossa homenagem a todas as mulheres que, no âmbito do seu lar, zelando por seus filhos e filhas, ensinam-nos a fazerem doces e salgadinhos, pães, bolos, decorações que serão consumidos no contexto geral de um pequeno a um mega evento, e, também, para aquelas "mini-micro-empreendedoras" desse segmento de prestação de serviços e negócios, que movimentam o PIB do país e agitam os sonhos festivos do povo brasileiro.

Com esta valorização profissional, receba a edição nº 60 e votos de muito sucesso com abraço da equipe ESPAÇO MULHER.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

CNI promove a internacionalização das micro e pequenas empresas por intermédio das CINs

A "Confederação Nacional da Indústria (CNI) está investindo nos serviços de seus Centros Internacionais de Negócios (CINs), instalados junto às federações estaduais da indústria, para promover a internacionalização de pequenas empresas. A rede formada pelos centros, cobre 25 dos 26 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, o único Estado que ainda não têm uma unidade é Tocantins." (...)

O gerente executivo da unidade de Comércio exterior da CNI, José Frederico Álvares destacou "que o objetivo da participação nos eventos não é vender os produtos, mas colocar as empresas em contato com os mercados estrangeiros".

"Nós usamos os eventos para fazer missões prospectivas", disse. "Nós selecionamos as empresas e levamos para eventos de determinado setor para que elas possam se expor internacionalmente, fazer contatos, conhecer seus concorrentes, novas tecnologias e processos de produção. São missões educativas", acrescentou. Além da "promoção comercial, os CINs oferecem serviços de assessoria e capacitação para empresas interessadas em fazer negócios lá fora, que incluem inteligência comercial e apoio às vendas".(...)

(...)"Embora os CINs não imponham restrições as micro e pequenas empresas que buscam os serviços. 'Trata-se de um processo de seleção natural. Médias e grandes empresas, dificilmente, procuram estes seerviços', afirmou Álvares. Companhias de maior porte geralmente buscam o mercado externo por conta própria."(...)

(Fonte: Export News, in Guia de Feiras do Brasil / Informativo)

Associações e as mudanças determinadas pelo Novo Código Civil

O novo "Código Civil Brasileiro fixou que as associações, sociedades e fundações, constituídas na forma de leis anteiores, bem como os empresários, deverão se adaptar às suas disposições até 11 de Janeiro de 2007. Cumpre a cada associação examinar o conteúdo de seu Estatuto Social e acrescentar as regras previstas no Código. Deve-se convocar uma assembléia geral para aprovar tais mudanças, as quais devem ser mencionadas em ata, assinada por todos os associados presentes.

Em seguida, realizar o registro no cartório (o mesmo em que se formalizou a constituição da entidade). A partir daí o novo Estatuto passa a valer".

Obs.: Quem não concluiu a tempo as alterações deve procurar seu(sua) contador(a) ou advogado(a) para maiores instruções de procedimentos.

(Fonte: Dr. Marcelo Mauad - Advogado Unisol Brasil, in Boletim FBES, nº 30)

Vagão exclusivo para mulheres, lei é aprovada em São Paulo

Foi "aprovada, em 21 de Dezembro de 2006, pela Assembléia Legislativa de São Paulo, o Projeto de Lei apresentado pelo deputado estadual e médico José Dilson, que trata da colocação de vagões, de trem e de metrô, exclusivos para mulheres, nos horários de "rush".

A iniciativa do parlamentar, ao apresentar um projeto de lei nesse sentido, aconteceu após observar o quanto é grande a possibilidade de violências contra as mulheres durante os deslocamentos feitos em metrô e trens".(...)

Justificou o deputado José Dilson, "em trens e metrô muitas mulheres trabalhadoras não são tratadas com o respeito que merecem, e tornam-se vítimas de alguns homens mal-intencionados e que pretendem abusar delas, pois as mesmas ficam sem poder fugir dos assédios dos mesmos dentro das conduções. Com a minha proposta dos vagões exclusivos, as mulheres poderão viajar de forma mais confortável e menos preocupadas com o assédio, no horário de 'rush', ou seja, nos períodos das 6h até as 9h, e das 17h até as 21h". O deputado José Dilson, também é o consultor médico do "Programa do Ratinho", no SBT.

Agora o projeto será encaminhado ao Governador para que o mesmo sancione ou vete a proposta que foi aprovada pelos deputados estaduais".

(Fonte: Maurício Vicentim - assessor de impresa deputado José Dilson, in Comunique-se, de 21/12/2006)

Couromoda, em São Paulo, de 15 a 18 de Janeiro

A "34ª Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro (Couromoda) reune mais de mil empresas produtoras do setor coureiro-calçadista, no Parque do Anhembi, em São Paulo, entre os dias 15 e 18 de Janeiro.

A mostra recebe lojistas e distribuidores brasileiros, além de importadores de mais de 60 países".

(Fonte: Couromoda, in ANBA, in Guia de Feiras do Brasil, Informativo)

Fórum Social Mundial

Em Nairóbi / Quênia, ocorrerá, entre os dias 20 e 25 de Janeiro, o Fórum Social Mundial.

Mais informações: www.forumsocialmundial.org.br.

Rio de Janeiro é o campeão de inscrições no Prêmio Mulher Empreendedora

Ao todo, "424 relatos de empreendedoras cariocas disputam com mulheres de todo o país a premiação. No ranking nacional, o Estado ficou em 1º lugar, seguido por São Paulo, Rio Grande do Sul e Amapá. Foram mais de 1.700 inscrições de todo o país. Os nomes das finalistas serão divulgados em 19 de Março".

(Fonte: Rosayne Macedo, Assessora de Comunicação SEBRAE/RJ)

Alice Ferreira - a mulher mais influente do Brasil

Uma premiação instituída pela Revista Frobes revelou que, em 2006, a mulher mais influente do Brasil, por votação, venceu em primeiro lugar a paulista Alice Ferreira. Ela representa a mulher brasileira no mundo do agro-negócio, considerado ainda "universo masculino". Também é a atual presidenta da ACNB (Associação de Criadores de Gado Nelore no Brasil), onde ela se destaca pelo seu trabalho de desenvolvimento genético da raça Nelore.

Mais informações: www.forbesbrasil.com.br.

(Fontes: ACBN, Forbes e Comunique-se)

A situação de risco dos doentes mentais no Brasil e a Reforma Psiquiátrica

Há menos de um mês a agência de notícias ADITAL apresentou uma reportagem sobre a situação dos portadores de doenças mentais no Brasil, que, segundo a redação, "dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 30% da população (independente da classe social, credo ou cor), necessitam de algum tipo de atendimento psiquiátrico. O Ministério da Saúde no Brasil, sem uma política adequada para o atendimento ao doente mental, vem praticando uma reforma psiquiátrica, editando portarias, sem levar em conta as reais necessidades da população."(...)

Segundo a redação do ADITAL, ao entrevistar Lídia Nogueira, membro o Movimento Grupos Representativos de Doentes Mentais do Rio de Janeiro, - "a única preocupação é fechar hospitais e reduzir leitos, como se a doença não existisse mais ou a população parasse de crescer. Faltam medicamentos, ambulatórios, tudo. O governo teria que se preocupar com os três níveis de atendimento que o doente mental precisa: um trabalho preventivo com boas campanhas esclarecedoras para doentes e familiares; garantir o atendimento em ambulatórios, a distribuição de remédio, e a manutenção da dosagem correta para cada caso, e em último caso, a internação nos momentos de crise aguda ou dos casos crônicos em crise - afirmou Lídia Nogueira".(...)

(...)A reportagem ainda citou que o Programa Saúde da Família sem Domicílio, da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, mostra que 30% dos 2 mil sem teto, naquela cidade, "apresentam sintomas de esquizofrenia, alucinações visuais e auditivas, retardo mental e comportamento agressivo".

ADITAL, também apontou que, "segundo dados apresentados no XXIV Congresso Brasileiro de Psiquiatria, 500 mil pessoas vivem nas ruas do país, 30% dos quais são doentes mentais e 50% deles são dependentes de álcool ou drogas, chamados de dependentes químicos".

A matéria destacou a necessidade de uma rediscussão do tratamento e assistência à pessoa portadora de transtornos mentais, apresentada por Lídia Nogueira (que é familiar de doente mental e professora) e "há dez anos se dedica a atender e encaminhar para tratamento pessoas com problemas mentais, desde dependência química até casos de crises graves"(...)

Segundo a professora Lígia, "a principal discussão é o atendimento nos ambulatórios. Os pacientes levam até três meses para conseguir uma consulta e quando consegue ser atendido corre o risco do lugar não ter receituário para medicamento controlado, nem o medicamento. Os responsáveis por essa situação são os três poderes do governo: secretarias de saúde municipais, estaduais e Ministério da Saúde.

- "Noventa por cento dos doentes dependem de medicamento, que é o oxigênio da psiquiatria. Sem esse primeiro atendimento, sem a medicação adequada, o doente mental pode entrar em crise em casa, na rua, no hospital e nas prisões", disse Lígia."

"A reforma psiquiátrica, ajudou a melhorar as condições de atendimento no hospitais, onde os doentes viviam em condições sub-humanas. Mas, as soluções propostas não resolvem os problemas dos doentes e dos familiares. Por lei, cada Estado e Município têm que ter uma estrutura de assistência em ambulatórios, Centros de Atenção Psico-Social (CAPS), hospital-dia, hospital-noite, Núcleo de Atenção Psico-Social (NAPS), residência terapêutica, todos com equipes multidisciplinares, e medicação variada", segundo a Prof. Lígia.(...)

Ainda no ADITAL, Lígia revelou que "o Ministério da Saúde não se preocupa com o atendimento em ambulatório. Muitas vezes, o paciente consegue uma consulta, recebe a prescrição e a dose específica para a crise. Como só vai conseguir ser atendido, novamente, em, no mínimo, 90 dias, ficatomando remédio em dosagem superior a que realmente precisaria. Na próxima consulta, é atendido pelo médico de plantão, que nem sempre é o mesmo. Este novo médico, não conhecendo o paciente, com base nas informações do prontuário, acaba mantendo a medicação. Uma verdadeira bola de neve. Quando em crise, tem dificuldade para ser atendido. Atendido, acaba medicado inadequadamente".

(Fonte: ADITAL, em 14/12/2006 - título: Doença Mental é caso de justiça no Brasil)