Se conciliar responsabilidades familiares, e profissionais são tarefas muito árduas para qualquer mulher, optar para cuidar e se manter em um pequeno negócio, a fim de “facilitar” o trabalho e as atividades domésticas, são mais complicadas ainda.
Além de precisar arcar com os custos do empreendimento (locação de área, equipamentos, maquinas, manutenção, funcionários, fornecedores e terceirizados, impostos desproporcionais, e falta de segurança pública) que é uma grande sobrecarga material, há a concorrência, que nem sempre compete de modo leal, ético e legal.
Muitas vezes também se depara com alguns prestadores de serviços que ensinam técnicas (contábeis, tributarias, jurídicas etc.) mirabolantes de “engana fisco”, e de como usar “tal esquema etc.” enfim, na hora que ocorre uma investigação etc. não são esses/as especialistas que param na cadeia ou com condenações, etc. ou que tem que pagar as multas vultuosas, mas sim a empresária, que acabará se responsabilizando por tudo. Muitas vezes, até mesmo acaba a mulher se responsabilizando solidariamente por problemas provocados pelo parente, ou marido sócio, que tomou iniciativas fraudulentas sem ela saber (ou conhecer como era).
Algumas áreas de prestação de serviços, as ditas e costumeiras, educativas, lazer, cultura e que sirvam para complementação de atividades domesticas (congelados, costura e bordados, limpeza, lavanderias etc.), ou de industrialização de pequenos objetos de decorativos, culinários, etc. conseguem até fluir bem e encontrar consultorias gratuitas em alguns órgãos institucionais. Todavia, noutros segmentos empresariais é comum a dificuldade material aumentar pela falta de apoio e incentivo, mesmo que busque algumas consultorias gratuitas que são oferecidas no mercado,pois estas não possuem especialistas em áreas muito diferentes.
A exemplo disto, estão as áreas de comunicação, onde se encontram mais assessorias de imprensa com a atuação de mulheres, mas frente a manter um produto jornalístico mesmo que segmentado, passa a micro- empresaria sofrer vários percalços insolúveis, conforme muitos dados e provas que mantemos pesquisados, e alguns trabalhos acadêmicos que demonstram os procedimentos de mercado, a falta de incentivo e apoio, diante de violações e abusos.
A sobrecarga emocional para uma micro empresária é muito grande porque acaba sendo mais cobrada como se a atenção dispensada ao negócio, e o compromisso com o custeio deste, fosse como algo “retirado da família”, desde a atenção que precisa dedicar mais aos funcionários etc. Se ela começar a fazer sucesso no seu empreendimento já chegam as reclamações e a “frase feita de preconceituosos de plantão” em que ela é citada como alguém que descuidou da casa, de ser uma boa companheira ou boa mãe.
Se não houver um bom resultado em seu negócio, então torna-se pior ainda, pois além de ser rotulada com todos os atributos acima, ainda passa a ser considerada alguém que põe em risco o “patrimônio material da família” etc. e, o clássico chavão impera ”quem não tem competência que não se estabeleça”... Muitas vezes provocando a instabilidade conjugal, porque a violência doméstica também existe para estas mulheres, elas não estão imunes a isto, e até mesmo muitas vezes mais expostas, por sofrerem violências de sócios, de profissionais liberais (contador, advogados/as, fiscais, funcionários etc.) e até mesmo de clientes.
O preconceito e a discriminação muitas vezes parte das outras mulheres também, que reclama se há normas de trabalho, regras administrativas a fim de facilitar o fluxo organizacional da empresa, pois não aceita que uma mulher de uma “caricatura de empresa possa dar-lhe ordens”, além das outras maledicências sociais.
Quando se escutam algumas palestras sobre a liberação profissional das mulheres, suas carreiras, e sucesso etc. não se incluem as micro negociantes ou empresárias nas exemplificações, há um absoluto silencio omissivo sobre isto. E, até algumas pessoas (homens e mulheres) partem do princípio que separar os temas em gêneros é que é discriminatório, sem se darem conta que há a discriminação afirmativa (talvez não tenham cultura suficiente para saber o que é isto).
Obviamente que as diferenças de gênero persistem em qualquer forma de trabalho feminino, a diferença muitas vezes, poderá ser que alguma tenha mais pessoas amigas e familiares para apoiá-la, incentivá-la, treiná-la e assisti-la inclusive. Outras não.
Mesmo assim, a experiência feminina estará sempre há quase “mil anos atrás”, basta verificar-se os avanços que s sucedem após o ano de 1960 apenas, por aí. Usar isto como desculpa que as mulheres já avançaram muito, e que se comparem com suas avós e bisavós, chega a soar como algo muito bizarro.
Nesta edição nº 87 queremos destacar as mulheres corajosas deste Brasil, que de formas simples, mas audazes, acertando e errando, conseguem se tornar empreendedoras de seus micro-negócios, ou com suas micro-empresas, sem terem o apoio necessário e muitas vezes, sofrendo uma sobrecarga material e emocional, constroem este Brasil de ponta a ponta, proporcionando benesses a outras mulheres que encontram nestes recintos uma oportunidade de primeiro emprego, ou de se tornar uma cliente que tem o seu primeiro crédito para um consumo desejado e necessário.
Fraternal abraço de Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER...
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
Documentos para subsidiar a realização das conferências municipais e estaduais:
Tema, objetivo e eixos orientadores.
Tema: “Construindo Diretrizes da Política Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescentes e do Plano Decenal”.
Objetivo: Analisar, definir e deliberar as diretrizes da Política Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescentes, com vista à elaboração do Plano Decenal da Política dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Documentos para a 8ª Conferencia Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente estão disponíveis na internet
"Com programação intensa, distribuída em cinco dias de atividades, evento ocorrerá na região amazônica em Belém, PA, até o dia 21 de abril.
Com o objetivo de definir suas políticas e ações para os próximos anos, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais realiza de 17 a 21 de abril, em Belém (PA), seu terceiro congresso. Nesse sentido, o lema do congresso, Políticas Públicas e Estado Laico, destaca os dois principais focos de atenção do movimento: a garantia de direitos via políticas públicas e o combate ao conservadorismo, sobretudo nas três esferas do poder público.
“Estamos em um momento ímpar da história LGBT no Brasil, celebrando conquistas a cada dia”, afirma o presidente da ABGLT, Toni Reis. “Desde a I Conferência Nacional LGBT, convocada pelo presidente Luis Ignácio Lula da Silva e realizada em junho de 2008, muitos avanços já foram observados. No entanto, ainda resta muito trabalho a ser feito e, nesse sentindo, a organização é a melhor arma da militância para lutar contra o preconceito e a discriminação e fazer frente aos setores mais conservadores da sociedade”.
A programação do congresso é vasta e inclui balanços da conjuntura nacional e internacional LGBT, além de tópicos específicos como a violência, eleições, saúde, controle social e estudos de gênero, entre outros. Pré-congressos temáticos irão discutir aspectos específicos de idosos, afro-descendentes, jovens, indígenas, pessoas portadores de HIV/Aids e indígenas. Também estão previstos encontros sobre cultura, educação, pesquisas, saúde e planos de enfrentamento à Aids.
Durante o evento, será entregue o Prêmio Direitos Humanos da ABGLT. Os(as) premiados(as) são:
§ Senadora Fátima Cleide, pelos esforços de articulação e defesa do Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006.
§ Sandra Batista, pelo trabalho em prol da comunidade LGBT em Belém do Pará, bem como apresentação de projetos de lei de promoção dos direitos humanos da população LGBT.
§ A Advocacia-Geral da União, pelos esforços em prol da promoção da cidadania da população LGBT.
§ O Conselho Federal de Psicologia, pela Resolução nº 001/99, pelo posicionamento sobre a adoção por homossexuais e pela moção contra o uso de exame psicológico para determinar se candidatos a padres são gays.
§ O Governo Brasileiro, pelos esforços de promoção da cidadania da população LGBT, em especial através do Programa Brasil Sem Homofobia e da realização da 1ª Conferência Nacional LGBT.
Luiz Mott decano do Movimento LGBT.
A programação completa e outras informações podem ser obtidas no site da ABGLT: http://www.abglt.org.br."
"Com o sucesso da feira Hair Brasil, evento dedicado a área da beleza, que terminou na última semana em São Paulo, o Grupo Couromoda consolidou sua liderança em três importantes setores da economia nacional: moda, saúde e beleza.
Maior feira setorial do Brasil e da América Latina, a Hair Brasil – Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética reuniu 67 mil profissionais e 600 grandes marcas no novo complexo de exposições do Expo Center Norte e fez de São Paulo a grande capital da beleza durante os quatro dias do evento.
Desta forma, o Grupo Couromoda reafirma sua presença nos campos da moda, com a Couromoda, na saúde com a feira Hospitalar e na beleza com a Hair Brasil.
Estes três eventos estão entre os maiores do mundo nas suas especialidades e são muito representativos na economia brasileira. Juntas, as três feiras reúnem cerca de 3 mil empresas expositoras e recebem mais de 210.000 visitas de profissionais/ano que vão conferir as novidades em produtos, serviços e tecnologias.
O Grupo Couromoda também realiza 150 eventos simultâneos às feiras e no exterior. São congressos, seminários, workshops, desfiles, shows de tendências e palestras que levam informação das três áreas de atuação do Grupo para milhares de empresários e profissionais do Brasil e outros 70 países.
Segundo Francisco Santos, presidente do Grupo Couromoda, a meta é continuar crescendo na temporada 2009/2010 e servir mais de cem mil profissionais de todo o Brasil e de mais de 70 países. “Estes três setores são responsáveis por 8 milhões de empregos diretos e indiretos em toda a cadeia produtiva, comércio e serviços. Moda, beleza e saúde correspondem a 10% do PIB brasileiro”, diz Santos.
O presidente ressalta ainda que com um sistema único, onde cada feira tem um Fórum do seu setor, o Grupo Couromoda vive intensamente o dia a dia dos expositores e empresários das áreas em que atua. “Estamos 365 dias trabalhando e vivenciando estes mercados, levando informações sobre os principais acontecimentos destes setores através dos nossos três portais (http://www.couromoda.com/, http://www.hospitalar.com/, http://www.hairbrasil.com), além de uma série de ações que realizamos durante todo o ano no Brasil e no exterior, que fazem do Grupo uma liderança em promoção comercial na América Latina”, finaliza Francisco Santos."
"De autoria de Adriana Tanese Nogueira o E-Book – "Deusas para a Humanização. Psicologia Arquetípica da Gravidez, Parto e Pós-Parto." O livro propõe uma inusitada abordagem às questões femininas emergentes no ciclo gravídico-puerperal. Sua novidade consiste no uso da psicologia arquetípica para tratar desse assunto e, também, na forma como esta perspectiva psicológica é utilizada."
Contato: ONG Amigas do Parto - listmaster@amigasdoparto.org.br.
"Por maioria, a 8ª Câmara Cível do TJRS reconheceu a união estável para homem e mulher que têm, cada um, quase 80 anos de idade. O pedido judicial foi realizado pela mulher, negado em primeiro grau, mas reformado pelo colegiado, por maioria de votos. O homem atualmente é considerado incapaz para os atos da vida civil e é representado na ação por uma vizinha advogada (Edelgard Toledo Luersen).
O caso é oriundo da comarca de Lajeado (RS). A sentença de primeiro grau - que concluiu pela improcedência do pedido - é do juiz André Luis de Moraes Pinto.
O voto vencedor, do desembargador Rui Portanova, considerou que o caso apresentou algumas peculiaridades que o levaram a convencer-se de que houve a união estável, “mesmo que alguns requisitos para a declaração não sejam satisfeitos”.
Tanto o homem como a mulher nasceram em 1929, estando com “quase 80 anos de idade”. Portanova considerou que “não podemos trabalhar com os mesmos requisitos que buscamos na configuração de uma união estável de pessoas com 30 ou 40 anos”.
Para o desembargador, "na fase da vida em que as partes se encontram, as necessidades que possuem são outras, bem como são outros os fundamentos caracterizadores de uma união estável”.
O voto refere que “pelo que se depreende dos depoimentos, as partes, efetivamente, residem no mesmo local desde o início da década de 1990”. Elas moravam no mesmo terreno, com um pátio comum, e passavam o tempo ora sob o ´teto´ de um, ora sob o ´teto´ de outro. O julgado esclarece que "não eram sempre e continuamente sob o ´mesmo teto´, mas com certeza no mesmo local, juntos, como se família fossem nas lides diárias”.
Testemunhas afirmaram que ambos utilizavam a mesma cozinha e faziam as refeições juntos. A desembargadora Walda Maria Melo Pierrô acompanhou o voto do revisor.
O desembargador-relator, Claudir Fidélis Faccenda, entendeu que não é possível a declaração de união estável, no caso. "A situação revela uma dramaticidade da vida humana, em que duas pessoas idosas, doentes, em situação financeira precária, passaram a conviver na condição de vizinhos, amigos, ajudando-se mutuamente, estabelecendo um relacionamento muito mais voltado ao companheirismo do que uma convivência centrada nos princípios da união estável".
O magistrado manteve integralmente a sentença de primeiro grau. É possível haver recurso de embargos infringentes, a ser julgado pelo 4º Grupo Cível. (Proc. nº 70027012988 - com informações do TJRS e da redação do Espaço Vital)."
"Oscar Wilde dizia que "uma pessoa deve estar sempre apaixonada". E que "esta é a razão para nunca casar". Pesquisadores da Associação Americana de Psicologia demonstraram que ele pode ter errado. Um estudo publicado este mês de março pela revista da entidade respondeu cientificamente à pergunta: Um relacionamento de longo tempo (como o casamento até o fim da vida) faz o amor romântico esfriar? A resposta dos pesquisadores Bianca P. Acevedo e Arthur Aron foi negativa e esperançosa. A posição da tradição cristã de apoio à instituição do casamento "para sempre" sai fortalecida.
O artigo examina justamente a possibilidade de que o amor romântico ("com intensidade, engajamento e interesse sexual") possa permanecer em relacionamentos longos. Uma análise das teorias e dados sugere que sim: "sem o componente da obsessão, típico do primeiro estágio do amor, o amor romântico pode durar em casamentos de longos períodos, e está associado com satisfação conjugal, bem-estar, e elevada auto-estima".
Enquanto isso, a cultura ocidental contemporânea vincula o casamento com o amor romântico. Se este acabar, acaba a união. E afirma que o tempo esfria o amor e o transforma numa espécie de amor de amigos, de companheiros. "Será isso inevitável?", perguntam os pesquisadores, que argumentam contrariamente também aos que chegam a afirmar que amor romântico em relacionamentos de longo termo pode atrapalhar a vida de obrigações familiares, profissionais e sociais. O debate toca também na análise de relatórios da mídia, que também influenciam posições negativas quanto ao casamento, com descrições de altas taxas de divórcio, infidelidade, violência doméstica etc.
A conclusão dos pesquisadores é que, "ao contrário do que é largamente aceito", o amor romântico pode durar uma vida e esta durabilidade está relacionada com o aumento da qualidade de vida das pessoas, satisfação marital, saúde mental, e, acima de tudo, sensação de bem-estar. Eles sugerem uma dramática revisão de algumas teorias e atenção especial com a diferença entre amor romântico duradouro e obsessão.
Uma das implicações da possibilidade do amor romântico de longo termo é a mudança do paradigma e das expectativas daquilo que casais e terapeutas devem buscar. Tal perspectiva, segundo os autores do estudo, pode dar aos casais a inspiração otimista de que necessitam, desafiando-os a fazer "mudanças que aumentarão a qualidade de seu relacionamento" e bem-estar pessoal. "Será que Oscar Wilde estava errado?", perguntam conclusivamente os pesquisadores.
A revista de Psicologia Geral da Associação, que publicou o estudo, procura divulgar teorias inovadoras e artigos metodológicos e conceituais que atravessam e incluem as tradicionais subdisciplinas da Psicologia."
No link abaixo você pode ler em inglês a íntegra do artigo "Does a Long-Term Relationship Kill Romantic Love?" publicado pela revista "Review of General Psychology"."