Em meio a tanta divulgação política eleitoral de candidatos ao próximo sufrágio eleitoral em nosso país, nesta edição queremos destacar a participação política das mulheres no Brasil, e, além disso, apresentar duas pesquisas relevantes na área social e política: é a questão da inclusão de PPDs nas empresas e, os dados numéricos alarmantes sobre a epidemia da AIDS. Consideramos que estas são questões importantes, também, para os novos candidatos, homens e mulheres.
E a Turma do Socialismo, na UNICAMP, concedeu-nos o direito da publicação da poesia política intitulada: Questão de Classe, Gênero e Racial.
Para você parabenizar suas pessoas amigas, listamos aqui algumas datas comemorativas.
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"Na participação política entre os sexos, o Brasil ocupa o 79º (septuagésimo nono) lugar em indicadores de desigualdade, conforme o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 1999.
A Lei 8.213 de 1991, regulamentada pelo Decreto 3.298/99, obriga as empresas com mais de 100 funcionários a terem em seus quadros de 1% de PPDs (Pessoas Portadoras de Deficiência).
Para receberem os portadores de necessidades especiais, como determina a lei, as empresas precisam fazer reformas para adaptar a inclusão de PPDs em seus quadros e, além destas alterações, as empresas precisam preparar psicologicamente os funcionários para receberem os PPDs sem preconceito, tratando-os com naturalidade, e permitindo a capacitação deles, nos seus valores positivos não obstante as limitações. Assim, além de adaptar o espaço geográfico (banheiros especiais, acessos, rampas, placas, sinais sonoros e visuais), também é necessário adaptar os PPDs ao convívio do ambiente empresarial, treiná-los adequadamente, valorizando-lhes em suas capacidades, oferecer-lhes oportunidades de carreira, tal qual com os outros funcionários, que obviamente também serão preparados para aceitarem e facilitarem o convívio profissional, integrando-se de modo humano, nesta nova oportunidade, de serem parceiros na inclusão dos PPDs na empresa.
"Pessoas Portadoras de Deficiência são aquelas que apresentam algum tipo ou mais de limitações funcionais, caracterizadas como: permanentes, temporárias, totais, parciais, congênitas ou adquiridas, por diversas causas, encontrando-se assim subdivididas: Auditiva: comprometimento da audição, o que pode levar à incapacidade de falar; Física: disfunção nos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos;
Mental: diferentes níveis de deficiência no desenvolvimento intelectual (não devendo ser confundido com doente mental);
Visual: com perda total da visão e/ou visão subnormal;
Múltipla: portador de mais de uma das deficiências acima citadas."
Conforme estudos em alguns países em desenvolvimento, 25% das pessoas entrevistadas crêem que AIDS não seja tão fatal, sendo que 1/3 das mulheres desconhecem os meios para se protegerem da contaminação. Este estudo foi feito pela ONU em 39 países da África, Ásia, América Latina e Caribe.
Segundo informações, na América Latina e Caribe, há cerca de 2 milhões de pessoas contaminadas pelo vírus HIV, sendo que 200 mil sofreram contágio em 2001, e o número de falecimentos chegou a 100 mil, acarretando um aumento de órfãos, calcula-se que há 330 mil na América Latina, sendo que 130 mil órfãos no Brasil.
A UNAIDS é o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), que se dedica à luta contra a doença. A informação que se tem é que, em 20 anos, a AIDS já matou mais de 20 milhões de pessoas no mundo inteiro e, segundo Peter Piot (diretor executivo da ONU, em Paris), a AIDS poderá provocar a morte precoce de mais de 68 milhões de pessoas até o ano 2020.
Mais de 60 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV desde a descoberta oficial da doença há 20 anos. A maioria delas - 40 milhões - sobreviveram graças ao tratamento anti-retroviral (ARV ou coquetel), segundo a UNAIDS.
Quantas pessoas vivem com o HIV / AIDS?
No mundo: 40 milhões, dos quais 3 milhões de crianças com menos de 15 anos e 37,1 milhões de adultos de 15 a 49 anos (destes 18,5 milhões de mulheres).
Novas infecções de HIV em 2001: Total no mundo: 5 milhões, dos quais 800 mil crianças com menos de 15 anos e 4,2 milhões de adultos (destes 2 milhões são mulheres).
Mortes por AIDS em 2001:
No mundo: 3 milhões dos quais 580 mil crianças com menos de 15 anos e 2 milhões e 400 mil de adultos (destes 1 milhão e 100 mil são mulheres).
O Brasil é pioneiro na industrialização de remédios anti-retrovirais genéricos para AIDS, isto faz com que haja reconhecimento mundial na aplicação destes genéricos em tratamentos bem sucedidos.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 100 mil brasileiros pobres têm acesso gratuito a estes medicamentos anti-retrovirais.