Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 100 - de 15 de Maio de 2010 a 14 de Junho de 2010

Olá Leitores!

Mercado de trabalho para idosos, e para cuidar de idosos

“As pessoas idosas são aquelas com mais de 65 anos, condição esta determinada pela Organização Mundial de Saúde, que os caracteriza como grupo da terceira idade.

Segundo pesquisas a manutenção de uma boa qualidade de vida na fase adulta, com prática de esportes, alimentação saudável, acesso ao trabalho e com bom relacionamento social são alguns dos requisitos par um envelhecimento saudável e produtivo.

Porém muitas ao as doenças que acometem as pessoas nesta fase de idade, além das físicas, as mentas e emocionais (depressão, tristeza por perder entes queridos, desânimo porque sente que já não é mais útil para o trabalho, e que causa preocupações para os familiares). Por falta de tempo muitos colocam seus idosos em abrigos, ou casas de repousos, e, principalmente quando em caso de doenças.

Em contrapartida considera-se que em torno de 5 milhões de pessoas idosas estão atuantes, na maioria homens, representando em torno de 8% de ocupados, embora a prevalência ainda recaia sobre o setor agrícola.

Porém, a maioria (quase 50%) de pessoas idosas trabalham por conta própria, sendo que os homens se dividem entre os empregados e empreendedores, mas as mulheres produzem ainda em grande parte para o próprio consumo e se estabelecem em menor percentagem por conta própria. Elas surpreendem pelo alto índice de trabalhos sem remuneração ou trabalhadoras domésticas, embora o aumento da idade.

Contudo, ainda faltam treinamentos para idosos para a reinserção deles no mercado.

Para aqueles que não conseguem se manter produtivos ou em idade muito avançada

torna-se necessária a contratação de cuidadores/cuidadoras.

O/a cuidador/a de idosos/as é uma nova profissão que surge, e que entrega a profissão quase sempre domiciliar (embora atue em casas de idosos), possui uma grande responsabilidade, cabe a ele garantir a saúde e bem estar das pessoas com idade avançada. Não é qualquer pessoa que pode assumir esse tipo de função, é preciso ter um preparo profissionalizante para conseguir desempenhar um bom trabalho. Os cursos possuem em média de carga horária em torno de 100 horas, e há muita disponibilidades de vagas de trabalho, faltando especialistas na área.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

A cesariana no Brasil

“O tema é controverso já em sua origem, pois alguns acreditam que o imperador romano Caio Júlio César tenha nascido por meio dela e que notabilizou sua designação: “cesariana”; outros defendem ter se originado pelo verbo "caedere", que significa cortar. Pode estar relacionada também à lei romana Lex Caesarea, que impedia que mulheres mortas fossem enterradas antes de se tentar salvar o feto, por intermédio de cirurgia.

Entretanto, em abstração à origem de sua terminologia nominativa, o fato é que se popularizou no Brasil de tal forma, que há de se questionar a real motivação de sua adoção primordial aos partos chamados naturais. Hoje os filhos têm dia e hora estabelecidas para chegar. Conforto de quem? Do paciente ou do médico?

O Brasil é campeão do mundo em partos cesarianos, sobretudo em serviços privados, pois tal estatística não se reproduz por igual nas camadas mais carentes – portanto é necessária reflexão sobre o tema, eis que as patologias obstétricas e complicações de gravidez geralmente não escolhem classe social.

Pela experiência de um neófito, pai de dois filhos, simplesmente percebi que os horários de parto em cesariana, ou acontecem pelo período pré-agendado do turno da manhã ou no período noturno, para não atrapalhar a rotina dos consultórios médicos no pico de seu horário comercial. Uma intervenção programada, que não tomará mais que uma hora de seu tempo, ao contrário do parto vaginal que pode ocorrer a qualquer hora do dia ou da noite, fins de semana ou feriados, e que ocupará um período maior e imprevisível do tempo médico e ocupação hospitalar.

Do mesmo modo, é de se questionar qual o procedimento que gera mais lucratividade a um hospital privado? Penso que capitalismo e medicina não combinam. A visão de lucro cega a humanidade, que deveria ser a visão primordial da medicina.

As razões por que as mulheres preferem a cesárea ao parto vaginal decorrem do medo da dor durante o trabalho de parto e o outro é o conceito de que a cesárea permite à mulher manter intactas a anatomia e fisiologia da vagina e do períneo. Mas o que induz tais conclusões é a vontade médica ou do paciente?

O hospital lucra com esta decisão e a família é poupada da tensão e da espera pelo resultado do parto, pois afinal nada mais normal num mundo capitalista sem escrúpulos, mesmo existindo possibilidade de risco de interromper prematuramente a gravidez por erro de cálculo da idade gestacional, especialmente no caso de cesáreas com data marcada.

No entanto, há outras conseqüências da cesárea que são menos evidentes, e afetam a saúde da mãe e do bebê. Uma cesariana implica uma recuperação mais difícil para a mãe, levando a um período maior de separação entre ela e o filho, uma demora no primeiro contato entre eles e no início da amamentação. Se acrescentarmos a isto um aumento no uso de analgésicos e o maior desconforto ao se lidar com o bebê, é fácil compreender porque a taxa e a duração da amamentação são afetadas pela cirurgia abdominal. Sabendo da importância do aleitamento materno para um país como o Brasil, este é um argumento forte contra a cesariana desnecessária.

O fato é que o tema deveria ser debatido amplamente e deveriam ser criados critérios técnicos específicos para adoção de tal procedimento cirúrgico e não banalizá-lo como se faz em nosso país, com atuações mais incisivas dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina a respeito do assunto, ainda mais em época de reforma de seu estatuto ético regulador.”

Por Luiz Mário Seganfreddo Padão, (11.05.10)

advogado (OAB/RS nº 33.602) padao@padao.com.br

(Fonte: http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=18537)

Artigos sobre partos humanizados

(Fonte: Boletim ano 6/n.15 de 11.05.10 - http://www.amigasdoparto.org.br)

8º Ponto de Encontro - Bah e Nancy

Tema: No Ritmo da Vida e Buscando a Felicidade

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe." (Oscar Wilde)

“A felicidade é consequencia da jornada de cada um. Essa jornada repleta de mudanças é a vida. O ritmo da nossa vida quem dá somos nós.

Ritmo é o movimento com sucessão regular de elementos fortes e elementos fracos.

Desse movimento regulado resulta a harmonia.

Como a vida é o tempo decorrido entre o nascimento e a morte, o nosso modo de viver, a animação, a vitalidade é que vão dar o ritmo dessa jornada.”

A ESCOLHA DO RITMO É NOSSA.

Local: Sitio Recanto dos Anjos Dia: 23 de maio - domingo- das 9hs as 17 hs

(Fonte: convite e divulgação recebida)

Mulheres - maioria no ensino superior à distância

“As mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho, inclusive em áreas antes dominadas pelo universo masculino, e grande parte dessa conquista é resultado da preparação pelos estudos. Segundo dados do IBGE (2006-2008), a maioria da população feminina estuda por onze anos ou mais e elas ainda se destacam, em relação aos homens, no grupo com mais anos de estudos. Nesse contexto, o ensino à distância (EAD) tem sido um grande aliado feminino: as mulheres são grande maioria no ensino à distância no Brasil. Elas representam de 70 a 80% do total de matriculados em graduações nessa modalidade de ensino, e tais dados se repetem também no Estado de São Paulo, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A proporção entre ingressantes e candidatos no ensino à distância é a mesma para homens e mulheres (em torno de 30% entre os anos de 2000 a 2007), o que significa que não existe diferença de desempenho entre os gêneros no processo seletivo, mas que o maior número de mulheres matriculadas reflete a maior procura das mesmas por cursos nessa modalidade de ensino. E a taxa de conclusão é compatível com a porcentagem de matrículas, ou seja, a maioria dos matriculados e concluintes dos cursos de graduação à distância são mulheres.

Inicialmente, todos os cursos de graduação EAD no Brasil eram na área de educação, na qual as mulheres se concentram até hoje. O mesmo perfil se repete na graduação presencial, onde as mulheres representam cerca de 70% dos estudantes da área. A partir de 2002, o leque de cursos à distância começou a se diversificar nas chamadas "grandes áreas". No entanto, a área de educação ainda representa a maioria de matriculados em cursos de graduação à distância, ficando em segundo lugar Ciências sociais, negócios e direito.

As áreas de Ciências, matemática e computação, Engenharia, produção e construção e Agricultura e veterinária, os homens predominam, com grande maioria dos matriculados. Já na área de Ciências sociais, negócios e direito, nas qual os homens predominavam até 2004, as porcentagens entre os sexos já se igualou (em torno de 50% para ambos). Na área de Ciências, matemática e computação, na qual predominavam as mulheres até 2003, houve uma inversão nas porcentagens, de forma que no ano de 2007 os homens já representavam cerca de 80% dos matriculados.

A partir de 2004, com a criação de cursos tecnológicos na modalidade à distância, esse tipo de curso passou a representar aproximadamente um quarto dos matriculados em EAD, proporção essa que se mantém ao longo dos anos, com predominância do sexo masculino. No entanto, a licenciatura plena ainda retém a maioria dos estudantes dessa modalidade de ensino, nas devidas proporções por gênero de matriculados em EAD.

TIC e gênero

De acordo com o Global Gender Gap Index 2008, um ranking da ONU que avalia a diferença entre homens e mulheres em 128 países, o Brasil aparece na primeira posição, juntamente com alguns outros países, no quesito 'acesso à educação'. De fato, as mulheres representam cerca de 55% dos matriculados nas graduações presenciais no Brasil e no Estado de São Paulo, refletindo a proporção entre os gêneros na população em idade universitária.

Quando o assunto é participação no mercado de trabalho, no entanto, e apesar de as mulheres terem alcançado grandes avançados nesse sentido nos últimos anos, o Brasil ainda fica na posição 72 do ranking mundial. No quesito igualdade de salário a situação piora (ficamos na posição 100).

A educação em sua forma digital pode ser uma bela oportunidade para suprir aspectos que facilitarão ainda mais o caminho para a redução da distância entre homens e mulheres no mercado de trabalho. E as mulheres já provaram que sabem a importância do uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) para isso. A maior prova é a maciça presença feminina no ensino à distância. Apesar de somente 41% das mulheres terem acesso à internet (pelo menos alguma vez na vida), 74% delas usam tal ferramenta para a educação (pesquisa TIC Domicílios, 2008).

Para Anita Gurumurthy, pesquisadora na área de gênero, desenvolvimento e TICs, e diretora executiva do IT for Change, ONG sediada em Bangalore (Índia), a sociedade da informação traz uma nova oportunidade para a justiça de gênero, que vai além da geração de empregos na economia da informação global. "As TICs podem ser vistas como arautos de novas liberdades para as mulheres. [...] A sociedade da informação rompe barreiras de aprendizagem e conhecimento impostas por sistemas baseados na palavra escrita e na tecnologia da impressão, afirmando construções alternativas de realidade para além dessa palavra escrita", afirma a pesquisadora em artigo apresentado na reunião do GAID (Aliança Global para TICs e Desenvolvimento) em Kuala Lumpur, maio de 2008.”

Por Ana Paula Morales 08/03/2010

(Fonte: http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/98/mulheres-sao-maioria-no-ensino-superior-a-distancia)

Mestrado a Distância em Educação 2010

“Mestrado a distância é uma opção de estudo para as pessoas que desejam se qualificar na área de atuação, elevando o nível de conhecimentos para ocupar cargos relevantes no mercado de trabalho. Na área de educação, os professores também contam com ótimas oportunidades para impulsionar a carreira.

O mestrado a distância já é uma realidade para muitas instituições de Ensino Superior, como o caso da PUC (Pontifícia Universidade Católica de Campinas) que disponibiliza no seu programa de estudos conceituados cursos de pós-graduação a distância. Todas as áreas estão representadas pela Educação EAD, inclusive Licenciatura.

Mestrado a Distância em Educação 2010: cursos EAD

Tornar-se um profissional na área de Educação requer preparo, os cargos pedagógicos exigem conhecimentos além do que os cursos convencionais de licenciatura são capazes de oferecer. Faça um mestrado através do sistema EAD em 2010, mas antes avalie se o curso é aprovado pelo MEC.”

(Fonte: http://www.mundodastribos.com/mestrado-a-distancia-em-educacao-2010.html)

6ª Assembleia da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação

A Discriminação na educação foi destaque em encontro internacional em São Paulo, na ocasião especialistas de 19 países se reúnem na 6ª Assembleia da Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação.

“Na América Latina e Caribe, apenas de 20% a 30% das crianças com deficiência frequentam a escola. Na Colômbia, de cada 100 jovens afrodescendentes que terminam o ensino médio, apenas dois têm acesso a estudos superiores. 21% das pessoas adultas indígenas são analfabetas no Peru, contra apenas 4% das pessoas que falam o espanhol como primeira língua. No Brasil, pesquisa mostrou que 99% da comunidade escolar admitem ter preconceito com algum grupo, como afrodescendentes, indígenas ou pessoas com deficiência (FIPE).

Estas múltiplas formas de discriminação, bem como outros obstáculos que configuram graves violações ao direito à educação, serão debatidas no encontro “La educación es un derecho: por la NO discriminación en América Latina y el Caribe”, realizado na próxima semana em São Paulo por ocasião da 6ª Assembleia da Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação (CLADE).

Participou da cerimônia de abertura, dia 3 de maio, no Memorial da América Latina, o relator especial das Nações Unidas sobre o direito à educação – Vernor Muñoz; e Eugênia Fávero, Procuradora Geral da República em São Paulo, que falou sobre educação inclusiva e acesso à justiça.

Estavam presentes especialistas e coordenadores de organizações e campanhas de promoção do direito à educação de 19 países da América Latina e Caribe, que discutiram ainda temas como o financiamento dos sistemas educativos, a educação de pessoas jovens e adultas e a participação da sociedade civil em políticas educativas.

Também no dia 3 de maio ocorreu a abertura da exposição fotográfica “La educación es un derecho: por la NO discriminación en América Latina y el Caribe”, mostra itinerante realizada pela CLADE, que exibirá cerca de 40 imagens da educação na América Latina e no Caribe.”

(Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/Comunicacao.aspx?action=5&mID=7397)

Cobertura sobre bullying é superficial

“Ao divulgar pesquisa sobre o tema, jornais não levam em conta relação entre o novo termo, violência escolar e discriminação.

Pesquisa da ONG Plan sobre bulllying na escola, divulgada no dia 14 de abril, foi destaque na cobertura da segunda quinzena do mês, sendo tema de reportagens em O Estado de S. Paulo, Tribuna do Brasil (DF) e Folha de S. Paulo, além de editoriais, como na Gazeta (MT), Diário Catarinense e no Correio Braziliense.

Os jornais acertaram ao salientar que se trata de um novo termo para um velho problema, mas não trouxeram informações que permitissem compreender os dados da pesquisa. Folha e Estado ouviram especialistas, mas as reflexões foram superficiais e não estabeleceram relações entre bullying, violência escolar e discriminações a grupos específicos.

(Leia aqui um estudo sobre preconceito e discriminação no ambiente escolar da Fipe, em parceria com o Inep, publicada no ano passado. A pesquisa mostra, por exemplo, que as crianças negras estão entre as principais vítimas).”

(Fonte: Observatório da Educação - 29/04/2010 - http://www.todospelaeducacao.org.br/Comunicacao.aspx?action=5&mID=7387)

17ª EDUCAR Feira Internacional de Educação

17º EDUCADOR Congresso Internacional de Educação

6º EDUCADOR MANAGEMENT Seminário de Gestão em Educação

Entre os dias 12 e 15 de maio, em São Paulo

No Dia Mundial da Educação, em 28 de abril, o pedagogo defendeu criação de PROCON específico especialistas que pertenciam aos quadros dos conferencistas dos eventos que ocorreram entre 12 e 15 de maio comentaram a respeito da significância desta data.

Na ocasião, Júlio Cezar Furtado, pedagogo, doutor em ciências da educação pela Universidade de Havana (Cuba) e mestre em educação pela UFRJ, referiu que a data deveria servir como motivo de mobilização e reflexão. "É um dia em que se tenta sensibilizar a sociedade para a questão da educação e deveria ser assumido pelos educadores. É um dia, teoricamente, dedicado à reflexão dos educadores e das famílias, para conscientizar sobre a necessidade de se ter uma educação de qualidade e, sobretudo, deixar claro o que é uma educação de qualidade. No Dia Nacional da Educação deveríamos clamar por um 'PROCON' [órgão de defesa do consumidor] específico do setor".

Nilbo Nogueira, doutor em educação pela PUC-SP e mestre em educação pela USP, ponderou sobre a questão da aprendizagem e a tecnologia. "Se a metodologia não for alterada, não há milagre tecnológico que possa dar conta de todos os problemas educacionais."

Mário Sérgio Cortella, doutor em educação pela PUC-SP, lembrou o legado deixado pelo educador Paulo Freire, cujas ideias são consideradas importantes até hoje. "Paulo Freire, falecido em 2 de maio de 1997, menos de uma semana depois do Dia Nacional da Educação, nos deixou inúmeras obras fundamentais, sendo que uma delas foi a 'Pedagogia da Esperança'; por outro lado, pouco tempo antes de nos deixar, houvera registrado algumas contundentes reflexões que foram publicadas postumamente sob o título 'Pedagogia da Indignação'. Ambas as palavras, esperança e indignação, cabem bem dentro do conceito de educação e, mais ainda, da educação escolar. Esperança ativa na construção da dignidade coletiva e indignação impaciente com qualquer ameaça à fraternidade decente."

29/04/2010 - Folha Online

(Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/Comunicacao.aspx?action=5&mID=7396)

Pesquisa:

Breve Histórico sobre a Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no Brasil

A Lei Federal 11.340, de 7 de agosto de 2006, que recebeu o nome de Lei Maria da Penha, foi Sancionada pela Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e entrou em vigor em 22 de setembro do mesmo ano.

Essa Lei cria mecanismo para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do Parágrafo 8 do Artigo 226 da Constituição Federal de 1988, da Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres (1981) e da Convenção Interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher ("Convenção de Belém do Pará", de 1994).

(...)

A violência contra a mulher é um fenômeno global que gera consequências gravíssimas para a vítima, para a família e para a sociedade. Por isso, que no Brasil fez-se necessária a criação da Lei Maria da Penha, que articula diferentes áreas profissionais e institucionais com a intenção de compor uma rede eficaz de amparo. Mas, para que se tenha sua efetivação, deve-se assegurar e implementar as inovações trazidas com esta Lei, visando a mudança dos padrões culturais e a criação de Políticas Públicas eficientes para o combate à violência contra a mulher. Portanto, agora, a mulher vítima de quaisquer formas de violência doméstica e familiar previstas na Lei pode romper com o medo e a vergonha, uma vez que já existe uma ferramenta que a protege.

(...)

Onde buscar ajuda?

  1. Existe a Central de Atendimento à Mulher, por meio do Disque-Denúncia. Telefone: 180 (ligação gratuita).
  2. Nas Delegacias de Defesa da Mulher, que fazem os Boletins de Ocorrência, investigam e encaminham o inquérito policial para o Ministério Público denunciar ao juiz. Existem nove delegacias especializadas em São Paulo para atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar.

Como funciona a denúncia?

A mulher tem que fazer o registro da ocorrência (B.O.) na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) ou no Distrito Policial (DP), na região onde ocorreram os fatos. Em seguida a mulher ofendida é ouvida, sendo necessária sua representação (pedido) para regular o andamento da investigação, dentro do prazo estabelecido em lei, qual seja, seis meses.

Na sequência, vai ser colhido o depoimento do(a) agressor(a) que, pode ser homem ou mulher, e das testemunhas. Isto feito, então, o inquérito policial pode ser encaminhado à Justiça. Quando houver necessidade da concessão de medidas protetivas de urgência, este expediente deve ser requerido ao Judiciário no prazo de 48 horas.

(Fonte: Cartilha Violência contra a Mulher, Saiba como usar a Lei 'Maria da Penha' para se proteger, Sindicato dos Comerciários - UGT - http://www.comerciarios.org.br)