Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 133 - de 15 de Fevereiro de 2013 a 14 de Março de 2013

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Dia Internacional da Mulher na Amazônia - “8 anos do martírio de Ir. Dorothy”

Quando assombrosamente nada se resolveu na vida de uma freira dedicada a justiça social e a disseminação da paz e dos direitos humanos, constata-se que há um fracasso do aparato da Justiça, para combater a impunidade, sem dúvida este é um caso vergonhoso do Brasil no cenário internacional.

O que comemorar? Cremos que a espiritualidade da Freira Dorothy Stang com seu sangue derramado, é o que todas nos mulheres devemos invocar para um mundo melhor, uma Amazônia com paz.

Nesta edição 133 entregamos-lhe nosso fraternal abraço, com nossas pesquisas e notícias, com homenagem póstuma, invocada no texto de autoria de “Geovane Saraiva” intitulado:

8 Anos do Martírio de Ir. Dorothy

“Já se passaram oito anos do assassinato da Irmã Dorothy Stang. Temos consciência de que o testemunho e a mística dessa fiel e corajosa discípula de Jesus de Nazaré, com seu sangue derramado na floresta amazônica, ainda irá produzir frutos, muitos frutos.

Irmã Dorothy afirmou, no momento em que foi imolada: "Eis a minha alma" e mostrou a Bíblia Sagrada. Leu ainda alguns trechos das Sagradas Escrituras para aquele que logo em seguida iria assassiná-la. Morta com sete tiros, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, no Estado do Pará, Brasil.

Diante do contexto da morte brutal da irmã Dorothy, fica a frase de Tertuliano, dita no século terceiro: "Sangue de mártires é sementes de cristãos". "Evangelizar constitui, com efeito, o destino e a vocação própria da Igreja, sua identidade mais profunda. Ela existe para Evangelizar" (Evangelli Nuntiandi, 14), não fugindo do martírio.

O modelo capitalista no Brasil, marcado pela desigualdade social e estrutural entrou com toda força também na Amazônia. Para a floresta amazônica, foi por opção de vida, a inesquecível Irmã Dorothy. Lá ela abraçou a proposta do Evangelho, vivido na simplicidade, mas com grande e profunda coerência. Uma mulher forte e determinada, no seu estilo de vida e com uma mística a causar medo e contrariar os que desejavam outro projeto para floresta, longe e distante do projeto de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso mesmo tramaram: Vamos matá-la.

Irmã Dorothy está viva e presente da vida do seu povo, com sua vida oferecida em sacrifício, num verdadeiro hino de louvor a Deus, com sua coragem profética, continua mais amada e admirada, tornando-se referência, símbolo e patrimônio do povo brasileiro, que sonha com uma nova realidade, aos olhos da fé. Compreendemos que, para o mundo de hoje é imprescindível recordá-la como uma referência, um modelo de religiosa e uma figura exemplar.”

AUTOR: * Geovane Saraiva é padre da arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE), da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza e vice-presidente da Previdência Sacerdotal. Pároco de Santo Afonso

06/02/2013 | Geovane Saraiva *

(Fonte: Geovane Saraiva / Revista Missões - http://www.revistamissoes.org.br/artigos/ler/id/2605)

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ENTREVISTA ELEONORA MENICUCCI- MINISTRA DA SECRETARIA DE POLÍTICA PARA AS MULHERES

É preciso denunciar e não ter medo, recomenda ministra sobre tráfico de pessoas

Para a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, as vítimas precisam perder o medo de denunciar

O governo do Brasil vai intensificar a campanha de combate ao tráfico de pessoas, ampliando o serviço de atendimento às denúncias sobre esse mercado. Para obter resultados, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, faz um apelo, em entrevista à Agência Brasil: “A primeira coisa a fazer é denunciar e não ter medo. Ser traficada, ser violentada, não é vergonha para ninguém. Podem ter certeza, o governo brasileiro está do lado das mulheres e vítimas. O governo não aceita mais conviver com o tráfico”.

A ministra lembrou que o tráfico envolve não só mulheres, mas crianças e homossexuais. “Denunciar vale para todos. A pessoa não pode ser discriminada nem excluída por causa de sua escolha sexual. Falo isso de alma e coração. O governo não aceita conviver com a homofobia nem com a lesbofobia. Somos todos brasileiros. É uma diretriz de governo, uma posição e uma convicção”, ressaltou. A seguir, os principais trechos da entrevista da ministra:

O aumento das discussões sobre o tráfico de mulheres é provocado pela elevação de casos nos últimos meses?

Eleonora Menicucci - Não. Isso não significa que aumentou, mas, sim, que o assunto saiu do esconderijo e só sai de baixo do tapete quando há um governo determinado a resolver a questão. A presidente Dilma Rousseff é obcecada pelo tema do enfrentamento à violência e ao tráfico de pessoas e por isso há uma política de governo neste sentido. No que se refere ao tráfico de pessoas, historicamente as crianças e as mulheres são as principais vítimas.

Há uma razão para que mulheres e crianças sejam as principais vítimas do tráfico de pessoas?

Menicucci - As crianças, porque indefesas, e as mulheres porque ainda predomina o sistema do patriarcado, no qual elas são traficadas para fins de negócios e de mercado. As mulheres são objeto de negócios, no caso, do [mercado de] sexo. O que não tem relação alguma com prostituição, é preciso fazer essa distinção.

Qual a diferença entre tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e prostituição?

Menicucci - A mulher quando é traficada, o objetivo é que outros ganhem dinheiro [às custas dela]. Isso é crime. A prostituição, a pessoa faz programas sexuais para viver - ou não, mas de alguma maneira é [uma iniciativa] espontânea.

Há mais de um ano participando da campanha de combate ao tráfico de pessoas, o que a senhora recomenda para as famílias das vítimas e até mesmo para quem foi aliciado?

Menicucci - Antes de tudo, a primeira coisa é denunciar e não ter medo. Ser traficada, ser violentada não é vergonha para ninguém. Podem ter certeza, o governo brasileiro está do lado das mulheres e vítimas. O governo não aceita mais conviver com o tráfico. Quem fazia isso [traficar pessoas] era a escravidão. Estamos empenhados em acabar com os resquícios da escravidão.

Homossexuais e transexuais também são vítimas das redes de tráfico de pessoas. O governo observa isso?

Menicucci - Denunciar vale para todos. A pessoa não pode ser discriminada nem excluída por causa de sua escolha sexual. Falo isso de alma e coração. O governo não aceita conviver com a homofobia nem com a lesbofobia. Somos todos brasileiros. É uma diretriz de governo, uma posição e uma convicção.

O governo concentrou-se no combate às redes de tráfico de pessoas em Portugal, na Espanha e na Itália. Há pretensões de ampliar a campanha para outros países?

Menicucci - Sim. Queremos ampliar ainda este ano. Vários acertos estão sendo feitos. Mas é um processo. Esses países [Portugal, Espanha e Itália] foram escolhidos devido à facilidade de tráfico existente nessas regiões. Além disso, a crise econômica [internacional] acabou aumentando a ação dos traficantes e o idioma [próximo ao português falado no Brasil] também ajuda. Mas há também casos [em investigação] em El Salvador, na França, em Luxemburgo e na Suíça.

Para a senhora, a atuação da CPI do Tráfico de Pessoas vai colaborar com a campanha nacional?

Menicucci - Acho extraordinário [o trabalho] da CPI. É uma proposta que vem somar ao enfrentamento ao tráfico de pessoas. Sem dúvida, agrega e sensibiliza a atuação do Congresso.

O tráfico existe de uma forma geral, então?

Menicucci - O tráfico existe dentro do próprio país. No Sul, no Sudeste, no Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte. Outro dia desbarataram uma casa em São Paulo e foram encontradas meninas de 12 anos.

O traficante tem um perfil?

Menicucci - Os envolvidos com o tráfico são pessoas do círculo de conhecimento da vítima, que vigiam a rotina dela. Em geral, os traficantes fiscalizam e acompanham a rotina da vítima, depois partem para o assédio. Em Salamanca [Espanha], por exemplo, eles observavam a rotina das mulheres na academia de ginástica. Mas também é bastante frequente fazer isso em bares.

A estratégia de assédio é, em geral, a mesma?

Menicucci - As mulheres são seduzidas com a promessa de uma vida melhor, de trabalho com carteira assinada e de forma mais digna. [Em geral], são mulheres pobres, mas há também casos de classe média. Todas têm sonhos de melhorar de vida. Não quer dizer que só as mulheres pobres são vulneráveis. São mulheres bonitas, jovens e promissoras.

Quando desembarcam no país prometido, a realidade é totalmente diferente da informada nos primeiros contatos...

Menicucci - As mulheres ganham as passagens e as promessas são as mais variadas. Quando chegam [ao país prometido], os documentos são retirados e são informadas que têm dívidas. Houve uma jovem que a dívida dela era de mais de 5 mil euros [mais de R$15 mil]. [Essas mulheres] são confinadas em condições desumanas e sem alimentação. As quadrilhas as mantêm em lugares do tipo boate e não saem para nada. [Também] são obrigadas a ter relação [sexual] o tempo todo.”

Leia mais em:

Decreto autoriza publicação do 2º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Projeto considera que estupro de menores de 14 anos independe de consentimento

Autoria: Agência Brasil - 12/02/2013 - 11h33

(Fonte: http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/noticias/60528/e+preciso+denunciar+e+nao+ter+medo+recomenda+ministra+sobre+trafico+de+pessoas.shtml, data de acesso 12/02/2013)

Ao atingir maioridade, jovem tem direito de aceitar ou negar adoção

“A 8ª Câmara Cível do TJRS desconstituiu sentença que julgou procedente o pedido de destituição do poder familiar cumulado com adoção de adolescente. Para os magistrados, o pedido está prejudicado já que o garoto atingiu a maioridade e, por outro lado, também não se pode cogitar a autorização da adoção, uma vez que o jovem manifestou a vontade de voltar a viver com a mãe biológica. Será realizada uma audiência onde serão ouvidos todos os envolvidos.

O caso aconteceu na comarca de Lajeado e foi julgado pelo juiz Luís Antonio de Abreu Johnson.

A mãe biológica interpôs recurso contra sentença que julgou procedente o pedido de um casal, para destituição do poder familiar cumulado com a adoção do filho dela. A mulher sustentou que nunca abandonou o menino, hoje um adolescente, e que este foi subtraído pela família do pai e que somente tomou conhecimento do seu paradeiro ao ser citada judicialmente.

A genitora ainda argumentou que "os dois merecem a oportunidade de se reaproximar" e que "nada impede que, após um período de convivência com ela, se persistir o desejo de ser adotado, isso venha a se concretizar".

Os candidatos a pais adotantes apresentaram contrarrazões, mas logo em seguida peticionaram informando que o jovem atingiu a maioridade e decidiu que gostaria de viver com a mãe biológica, manifestando seu desejo de não ser adotado por eles.

O relator, desembargador Luiz Felipe Brasil Santos, votou pelo provimento do recurso da mãe biológica. Julgou prejudicado o pedido de destituição do poder familiar e determinou a desconstituição da sentença, oportunizando a reabertura da instrução em relação ao pedido de adoção. Deverá haver designação de audiência para oitiva pessoal dos adotantes e do adotando, na qual deverá ser colhida manifestação de vontade de todos os envolvidos.” (21/12/2012)

(Proc. nº 70050774272 - com informações do TJRS e da redação do Espaço Vital).

(Fonte: http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=29011, data de acesso 12/02/2013)

FRANCAL Feiras participa da Biofach em Nuremberg

“A exemplo de anos anteriores, promotora participa de mais esta edição da BioFach, para divulgar a feira brasileira Bio Brazil Fair e estreitar relações comerciais com o mercado mundial de produtos orgânicos.

Entre os dias 13 e 16 de fevereiro, os produtos orgânicos ganham os holofotes do mundo todo com a realização da BioFach 2013, na Alemanha. A importância do evento está não só na sua grandiosidade - são mais de 86 mil m² -, mas principalmente no seu caráter global.

Na edição passada, foram 2.420 expositores, sendo 70% deles de fora da Alemanha. Dos mais de 40 mil visitantes, 41% eram estrangeiros. Esta diversidade ajuda a disseminar as técnicas e hábitos da cultura orgânica nos cinco continentes e favores a troca de ideias e experiências.

Em 2012, a Francal Feiras e a NürnbergMesse se uniram para promover a principal plataforma de negócios de orgânicos no Brasil, a Bio Brazil Fair/BioFach América Latina, marcada para os dias 27 a 30 de junho. A união das feiras brasileira e alemã já nasce como o mais importante evento de negócios do segmento na América Latina.

Segundo Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal, a presença na BioFach 2013 faz parte do processo de internacionalização da Bio Brazil Fair - que neste ano completa oito edições. “Este trabalho terá muito mais força agora que somos parceiros da NürnbergMesse”, garante.”

(Fonte: Assessoria de Imprensa - Sáb 09/02/2013 00:55 - http://www.feirasdobrasil.com.br/revista.asp?area=noticias&codigo=32003, data de acesso 12/02/2013)