Parece uma poesia ler a reportagem a seguir em que demonstra a singeleza feminina, com as suas conquistas e competências, junto aos campeões masculinos, elas ainda além de ganhar os campeonatos, estão promovendo as possiblidades de que crianças aprendam e convivam com a realidade dos jogos competitivos e das jogadoras, que na soma de suas belezas, técnicas e competitividade, ainda colaboram com causas sociais e educacionais.
Faltam patrocínios, doações, notícias que as valorizem em todas as áreas desportivas em que estas mulheres já se destacam, e são campeãs, levando um bom nome do Brasil pelo mundo afora, com uma excelente imagem política, social e desportiva.
Diante dos grandes patrocínios e outras captações financeiras do futebol masculino, na Copa FIFA 2014, em que o nosso país esteve com responsabilidades assumidas também, acreditamos que está na hora do governo brasileiro partir para o incentivo financeiro e publicitário das mulheres desportistas e campeãs, reconhecendo-lhes os méritos nas diversas modalidades em que atuam e se destacam.
Nossos parabéns as campeãs brasileiras em todas as áreas em que se destacam.
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A seleção brasileira feminina de handebol, campeã do mundo no final do ano passado, na Sérvia, enfrentou a seleção da Tunísia do dia 10 às 21 horas, no ginásio da Univille. O amistoso fez parte da programação de treinamentos que a seleção brasileira realizou em Joinville e terá transmissão pelo SporTV.
O técnico da seleção brasileira, o dinamarquês Morten Soubak, confirmou o Brasil com as jogadoras que conquistaram o inédito campeonato mundial. A torcida poderá ver em quadra Babi, Mayssa, Fabiana, Alexandra Nascimento, Samira, Dani Piedade, Amanda, Ana Paula, Elaine Gomes, Karol, Duda Amorim, Mayara e Deonise Cavaleiro.
Na primeira fase de treinos, somente com as atletas que atuam no Brasil, a seleção venceu os dois jogos amistosos diante dos Estados Unidos – 25 a 11, na sexta-feira, e 31 a 11, no sábado.
Os principais destaques do Brasil são a ponteira Alexandra Nascimento, melhor do mundo em 2012, e a armadora Duda Amorim, catarinense de Blumenau e considerada a melhor jogadora do Mundial 2013, na Sérvia.
Na partida preliminar, a partir das 19 horas, outra atração para o público é a seleção masculina. A equipe, que também treina em Joinville, enfrentará o Uruguai. Os ingressos para a rodada dupla fioram trocados por um quilo de alimento na sede da Felej, junto à Arena Joinville, e na Loja Apolo Sport (Rua 9 de Março, 664).
Nas arquibancadas do ginásio da Univille, o Brasil teve a torcida das crianças que praticam handebol no Programa de Iniciação Desportiva (PID) da Felej. Mais de 200 alunos foram convidados para prestigiar o amistoso internacional e acompanhar em quadra o desempenho das campeãs do mundo.
Foi aprovado, no último dia 3, na Assembleia Legislativa de São Paulo, o Projeto de Lei 7/09, de autoria do professor e deputado estadual Carlos Giannazi que limita o número de alunos por sala de aula que tenha aluno com necessidade especial de aprendizagem. Pela proposta, fica limitada ao número de 20 alunos a sala que tenha aluno especial, e a 15, a sala que tenha dois ou três alunos nessa condição de aprendizagem, nos ensinos fundamental e médio da rede estadual de ensino. O projeto ainda garante, dependendo do grau de dependência dos alunos especiais, a contratação de um professor auxiliar para ajudar o professor regente. O governador tem 15 dias úteis, a partir do recebimento do projeto de lei aprovado, para sancioná-lo ou vetá-lo.
Para Giannazi, que é professor e diretor de escola pública, a redução de alunos por sala é uma antiga luta do magistério em defesa da qualidade de ensino e da inclusão feita em condições adequadas.
Giannazi também é autor do projeto de lei 517/07, que acaba com a superlotação de salas, limitando em 25 o número de alunos no ensino fundamental e 35 no ensino médio. O projeto já foi aprovado em todas as comissões permanentes da Assembleia Legislativa e está pronto para ser votado no plenário.
Em agosto, o Sindicato oferece sete novos cursos, de diferentes áreas, todos abertos aos professores e demais interessados. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas.
Entre os temas que serão tratados: alfabetização, memória e aprendizagem, os gêneros do discurso como instrumento de ensino, Matemática, Ciências e a relação professor-aluno.
Confira aqui http://www.sinprosp.org.br/escola.asp?mn=2 a programação completa.
Publicado por Olinda Caetano Advogados
O setor imobiliário em expansão tem trazido grandes contribuições para a sociedade, cumprindo com o direito de moradia previsto na Constituição Federal de 1988.
No entanto, os prazos para entrega desses imóveis e a possibilidade de possível atraso tem sido a grande causa para a contratação de mais trabalhadores, o que muitas vezes ocasiona a entrega do imóvel com defeitos ou vícios nem sempre aparentes na vistoria.
As construtoras ou incorporadoras aceleram a construção o que não raras vezes culminam com a entrega do imóvel diferente das especificações contratadas no memorial descritivo, além do prazo, existem também as questões de ordem financeira como fator preponderante a determinar a contratação de empresas, para determinados trabalhos, que acabam por contratar outros profissionais e assim se desenvolve uma cadeia de contratações de difícil controle, tudo visando o menor custo e o prazo de entrega.
Na fase final da construção são convocados os compradores para a vistoria do imóvel, e é nesse momento que o comprador deverá tomar os cuidados necessários para evitar futuras complicações.
O memorial descritivo é um documento elaborado antes do lançamento do empreendimento e que deve estar registrado no cartório de imóveis, sendo um documento público e obrigatório por lei (Lei 4.591/64), podendo ser consultado por qualquer interessado, bastando para tal solicitar ao cartório oferecendo o número da matrícula do imóvel.
O memorial descritivo é peça fundamental para avaliar a entrega do imóvel, que deverá ser dentro dos padrões de normas técnicas e de qualidade.
No momento da vistoria do imóvel é importante a verificação dos itens descritos no memorial descritivo, e caso seja possível ao comprador deverá ser acompanhado de um empreiteiro ou engenheiro de sua confiança e deverá testar o sistema hidráulico, elétrico, verificar as janelas, portas, alinhamento de paredes, pisos, entre outros itens. Caso encontre alguma divergência deverá solicitar a anotação no laudo de vistoria que será assinado por ambos e ficará uma via com o comprador e outra com a incorporadora, ainda poderá ser recusada a entrega do imóvel dependendo da gravidade da divergência com o memorial.
Existem outros cuidados a serem observados na compra de um imóvel que poderão facilitar a vistoria, como fotografar o imóvel decorado, o stand de venda, o material publicitário, guardar os folhetos, as ofertas, e-mails e toda comunicação escrita, tudo o que possa garantir que o imóvel será entregue como foi apresentado, lembrando que o memorial descritivo deve acompanhar o contrato.
Importante que o imóvel esteja dentro das normas técnicas e de qualidade e qualquer alegação relacionada a diferenciação entre imóvel alto padrão e imóvel popular deve ser afastada no sentido de que o preço determina a qualidade e as normas técnicas. Tais desculpas não são válidas, para pisos tortos, problemas elétricos, infiltrações, entre outros problemas de ordem técnica e de qualidade. O que difere nesses imóveis é apenas a qualidade do material utilizado no acabamento.
Nunca o comprador deve aceitar respostas verbais sobre o conserto solicitado, tudo deve ser documentado, o comprador não deve aceitar nenhuma desculpa que afaste a documentação dos fatos. Mesmo no caso das ligações telefônicas será preciso anotar o nome de quem atendeu e número de protocolo.
Existem vícios ou defeitos que somente poderão ser constatados com o uso do imóvel, como pequenos vazamentos, rachaduras, infiltrações, entre outros. Mesmo esses problemas surgidos após a entrega do imóvel são de responsabilidade da empresa e os reparos deverão ser realizados quando não ressarcidos pela empresa.
Em último caso deve o comprador socorrer-se de uma ação judicial, para o caso de não realização da solicitação de reparo, ressarcimento, ou realização parcial do reparo, lembrando que a solução dessas questões sempre será pautada na perícia técnica cuja avaliação determinará os prejuízos existentes, o que servirá para nortear o pedido de reparação de danos decorrentes do cumprimento do contrato.
Constituição Federal de 1988.
Lei 4.591/64.
Zelar pelos princípios, nossa missão.
Advogada, Pós graduada em Direito Imobiliário, cursos extensivo de qualificação para o Tribunal do Jurí pela Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil. Atua como Consultora Imobiliária e no Direito Civil, Direito do Consumidor, e Direito Penal (atuante no Tribunal do Júri). Atu...
Por: Marcos Rogério Sampaio
Diretor da Gianmarcos
Os primeiros dados do Censo divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de domicílios vagos no país é maior que o déficit habitacional brasileiro.
Existem hoje no Brasil, segundo o censo, pouco mais de 6,07 milhões de domicílios vagos, incluindo os que estão em construção. O número não leva em conta as moradias de ocupação ocasional (de veraneio, por exemplo) nem casas cujos moradores estavam temporariamente ausentes durante a pesquisa. Mesmo assim, essa quantidade supera em cerca de 200 mil o número de habitações que precisariam ser construídas para que todas as famílias brasileiras vivessem em locais considerados adequados: 5,8 milhões.
O Brasil possui cerca de 33 milhões de pessoas sem moradia, segundo o relatório lançado pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos. Desse número, cerca de 24 milhões que não possuem habitação adequada ou não têm onde morar, vivam nos grandes centros urbanos.
O déficit de moradia no país chega hoje a 7,7 milhões, das quais 5,5 milhões estão em centros urbanos. Se o cálculo incluir moradias inadequadas (sem infra-estrutura básica), o número chega a uma faixa de 12,7 a 13 milhões de habitações, com 92% do déficit concentrado nas populações mais pobres.
A população favelada no Brasil aumentou 42% nos últimos 15 anos e alcança quase 11 milhões de pessoas, segundo análise do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE.
Um total de 11.425.644 de pessoas --o equivalente a 6% da população do país, ou pouco mais de uma população inteira de Portugal ou mais de três vezes a do Uruguai. Esse é o total de quem vive, atualmente, no Brasil em aglomerados subnormais, nome técnico dado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com base nos vários itens de monitoramento das condições de moradia, que levam em conta, por exemplo, o acesso a serviços de saneamento, o material de construção usado e até o número de pessoas que dormem por cômodo, o Ipea concluiu que 54,6 milhões pessoas nas cidades vivem em situação inadequada. Isso equivale a 34,5% da população urbana.
E um estudo do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, em 2000, mostrava, na América Latina, déficit de 51 milhões de moradias.
Marcos Rogério Sampaio
Diretor da Granmarcos / Colaborador do Portal Planeta Voluntários
Há menos de uma semana depois de terem sido nomeadas Campeãs da Copa do Mundo de 2014 de Criança de Rua no Rio de Janeiro, a equipe de meninas do Brasil voltaram a praticar. As meninas têm entre 12 e 18 anos e vêm do Complexo da Penha e Vila Cruzeiro na Zona Norte do Rio de Janeiro. Elas todas fazem parte da organização Favela Street que, através do futebol, motiva e incentiva meninas que precisam de estrutura, um ambiente seguro, e apreciação, para terem e alcançarem seus objetivos de vida. Depois de participarem da Copa da Rua durante 10 dias, as meninas voltaram com energia, novas amizades do mundo inteiro, e confiança para dizer com orgulho: “Eu sou alguém”.
A Copa do Mundo de Criança de Rua aconteceu no Rio de Janeiro entre 28 março e 7 abril e reuniu mais de 230 meninos e meninas de 19 países diferentes em um torneio de futebol, festival de artes e conferência participativa sobre os direitos das crianças. O evento trouxe atenção internacional para a questão global da falta de moradia na juventude e da pobreza. A equipe de cada um dos países não foi selecionada exclusivamente pela habilidade no campo, mas os jogadores ou “Campeões das Ruas” foram selecionados porque são exemplos inspiradores de transformação dentro das organizações locais de cada país representadas, que trabalham para combater a falta de moradia e o trabalho infantil nas ruas. O termo “criança de rua” em uma definição mais ampla refere-se a crianças que estão conectadas às ruas, seja por que vivem ou trabalham nas ruas, em seus respectivos países. Equipes de meninas e meninos representaram o Brasil no torneio: o time de meninas da Favela Street da Penha do Rio de Janeiro, e o time de meninos da ONG Pequeno Nazareno de Fortaleza.
Embora os jogadores chegaram ao Rio prontos para competir para se tornarem os Campeões da Copa de 2014, o torneio serviu para aumentar ainda mais a esperança e coragem que o futebol fornece para esses “Campeões das Ruas”. Para ganhar reconhecimento internacional para a promoção dos direitos das crianças o torneio focou na plataforma de que “nenhuma criança deveria ter que viver na rua”. Um grande número de crianças envolvidas no torneio têm histórias traumáticas de violência e abuso relacionados ao trafico de drogas e violência policial. O torneio incentivou cada um dos jogadores a perceber que eles são valorizados, que eles têm um futuro, e que eles são alguém. O site da Copa da Rua afirma que “estes grupos de jovens são exemplos inspiradores, pois cada criança ligada à rua terá um futuro longe das ruas na medida em que recebe proteção adequada, reabilitação, e oportunidades”.
Para as equipes brasileiras, a campanha para promover os direitos das crianças de rua e para protegê-las da violência de rua assumiu um significado ainda maior após a trágica morte do capitão da equipe dos meninos brasileiros, Rodrigo Kelton, em fevereiro. Rodrigo foi baleado e morto no dia do seu aniversário de 14 anos por traficantes de drogas, por vingança, em um suposto roubo na favela onde sua família vive em Fortaleza. Ambas as equipes de meninas e meninos brasileiros lembraram Rodrigo durante toda a semana vestindo braçadeiras pretas durante as partidas. A equipe dos meninos carregou uma pintura de seu companheiro de equipe. Várias outras equipes de outros países também jogaram para honrar Rodrigo e todas as crianças de rua vítimas de violência.
Para se preparar para a Copa do Mundo de Criança de Rua, a equipe das meninas brasileiras, da Penha, treinava quatro vezes por semana. Jéssica, uma treinadora da Favela Street que cresceu na Penha disse: “O Futebol faz uma diferença nas nossas vidas. Distrai-nos e ajuda muito na nossa saúde. Na verdade, antes não tinha um evento assim para as meninas”. Embora o Brasil seja conhecido por sua paixão pelo futebol, as mulheres tradicionalmente não podiam participar. Antes e durante a ditadura militar, de 1941-1979, uma lei foi imposta proibindo meninas e mulheres de jogar futebol porque o esporte era considerado “incompatível com a forma feminina”. Mesmo depois da quarta formação de uma liga de mulheres, em setembro passado, não houve apoio para as equipes femininas. O Favela Street ajudou a trazer o futebol feminino para o centro do palco.
Foi difícil a comunicação no torneio entre os jogadores, pois a maioria só falava sua língua nativa. As meninas brasileiras disseram que o português lhes permitiu falar com algumas outras equipes, incluindo a equipe de Moçambique, e que o Português é semelhante o suficiente com o espanhol para se comunicarem com outras equipes latino-americanas, que participaram como as de El Salvador, Nicarágua e Argentina. Independente da barreira da língua, os jogadores fizeram uma forte amizade. A capitã da equipa das meninas brasileiras, Claudiane, 18, disse: “Foi difícil se comunicar com todos os times, mas ainda todos têm uma grande amizade. Todos se conectaram pelo Face e se falaram todos os dias”. Para as meninas brasileiras um dos laços mais fortes foi com a equipe das meninas das Filipinas que jogaram contra no jogo final. A treinadora Jéssica explicou: “A mais difícil parte da semana foi o jogo entre o Brasil e Filipinas na final. Não por causa do jogo, mas por causa da amizade que temos com elas. Elas eram as melhores amigas; era difícil jogar contra elas. Foi um bom jogo, ainda assim, os dois lados jogaram muito bem. Essa amizade mostrou o significado do evento”.
Depois de uma experiência tão emocionante, foi difícil para as meninas retornarem à sua vida cotidiana. Claudiane disse: “[A próxima] semana foi bem chata. Preciso estudar e trabalhar de novo. Só quero voltar. Adorei a Copa da Rua e já tenho saudades disso e dos meus amigos”. Para Claudiane, “A parte mais difícil foi o dia ir embora. Foi bem emocional. A gente cantou a música do Zimbabwe e África do Sul ‘Shosholoza’ de novo. No ultimo dia, a gente aprendeu a tradução que significava: você está indo embora, através destas montanhas, trem da África do Sul. Era uma música de apoio e encorajamento em tempos difíceis. Foi tão relevante e triste quando a gente sabia o significado e era a hora de ir embora”. Uma mensagem significativa para todas as equipes enquanto se dirigiam para casa era seguir em frente, para lembrar que eles têm apoio em tempos difíceis, e lembrar que eles são alguém.
Este artigo foi escrito por Rachael Hilderbrand, e publicado em 03/05/2014.
10/07/2014 - 14:30
A segunda Copa do Mundo organizada pelo Brasil está chegando ao fim e o próximo torneio com essa dimensão a ser promovido pela FIFA será a competição feminina de 2015. A apresentação do cartaz oficial do torneio que será sediado pelo Canadá foi feita nesta quinta-feira (10.07), durante a coletiva diária de imprensa organizada pela entidade máxima do futebol no Rio de Janeiro.
Na ocasião, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ressaltou a importância da infraestrutura deixada pelo Mundial de 2014 para o desenvolvimento do futebol feminino no país, como o Centro de Treinamento em São José dos Campos (SP), utilizado pelo atual campeão nacional.
“Eu tenho uma visão otimista da perspectiva do futebol feminino no Brasil. Contamos com ações importantes para isso. Gostaria que um dos legados da Copa fosse para o futebol feminino. Criamos uma diretoria da modalidade, convidamos uma atleta com trajetória vitoriosa, que é a Michael Jackson, criamos um grupo de trabalho na Secretaria de Futebol e temos contribuições importantes. Estamos construindo um Centro de Treinamento em Foz do Iguaçu, com R$ 17 milhões captados pela Lei de incentivo ao esporte, e temos outro que foi reformado para ser opção de base de alguma equipe no Mundial de 2014, em São José dos Campos”, pontuou.
O incentivo aos campeonatos nacionais de base também foi lembrado por Aldo Rebelo como uma maneira de fortalecer o futebol feminino. “Promovemos os campeonatos escolar e universitário de futebol feminino como uma forma de incentivar a base da modalidade. Além disso, a Caixa Econômica Federal vai continuar apoiando o campeonato brasileiro e esperamos que os clubes assumam suas parcelas de responsabilidades”.
Membro do Comitê Executivo e da Comissão de Futebol Feminino da FIFA, Lydia Nsekera acredita que o Brasil é o país que pode promover ainda mais o futebol feminino pelo mundo. “Temos uma força tarefa para o futebol feminino, para que as 209 confederações filiadas à FIFA desenvolvam o esporte, também como uma importante ferramenta para a educação, desde a base. E o Brasil é o país que pode promover o futebol feminino. Em alguns dias teremos a final da Copa e um legado importante é que usaremos recursos gerados pelo torneio para o desenvolvimento do futebol feminino, com o fortalecimento da liga brasileira”, afirmou.
Eleita cinco vezes a melhor jogadora do planeta, Marta, que também é embaixadora da Copa do Mundo de 2014, disse que ainda falta uma mudança na cultura do brasileiro em relação ao futebol feminino. “São dois anos consecutivos de campeonato brasileiro e a divulgação ainda é pequena, mas temos que dar continuidade ao trabalho que está sendo desenvolvido para avançarmos. Acredito que uma das dificuldades ainda é a cultura do povo voltada apenas para o futebol masculino, mas trabalhamos para aumentar o interesse e que, ao invés de exportarmos jogadoras, importemos as estrangeiras. Essa é a nossa esperança para o futuro”, comentou a camisa 10, que espera conquistar o título mundial no próximo ano e realizar uma boa preparação para as Olimpíadas de 2016 no Brasil.
A Copa do Mundo de futebol feminino de 2015 também será uma plataforma para o Canadá lançar a candidatura como sede do Mundial masculino de 2026, segundo Victor Montagliani, presidente do Comitê Organizador do país. “Quando você sedia uma Copa sabe que esta será uma experiência única. O Canadá é uma nação emergente no futebol, temos 800 mil jogadores registrados, sendo 350 mil mulheres. Então, o torneio feminino será uma grande oportunidade para celebrarmos o futebol no país e termos uma plataforma de lançamento para nos candidatarmos a sede da Copa do Mundo masculina em 2026”, projetou.
O torneio no próximo ano terá seis cidades-sede (Edmonton, Moncton, Montreal, Ottawa, Vancouver e Winnipeg) que vão da costa do Atlântico a do Pacífico, passando por cinco fusos. Pela primeira vez, 24 equipes participarão da disputa.
Gabriel Fialho, do Portal da Copa