Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 156 - de 15 de Janeiro de 2015 a 14 de Fevereiro de 2015

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Mulheres se unem para combater a violência contra as mulheres nos meios virtuais

Em uma atitude inédita e pioneira um grupo de mulheres internautas, unidas passaram a defender outra mulher blogueira, que está sendo vitima de maus tratamentos e violências, nos meios e vias de acesso virtual na Internet, atitude esta que poderá servir de exemplo e incentivo a outras mulheres,

Trazemos também outras pesquisas interessantes, principalmente, a que revela ter havido menor índice de violência e morte de mulheres no ano 2014. Esperamos que aprecie as informações pesquisadas sobre este tema.

Leia mais notícias e outras informações nesta edição.

Receba os nossos votos de paz e muito alegrias neste novo ano. Fraternal abraço, Elisabeth Mariano.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Ação na internet denuncia ameaças contra blogueira

(Agência Brasil - 09/01/2015) Data: 09/01/2015

“Mulher, professora, feminista. Há sete anos, Lola Aronovich começou a escrever em um blog opiniões sobre arte, política e, sobretudo, feminismo. Os textos ganharam repercussão por meio do Twitter, mas não geraram apenas debates.

Desde 2011, a blogueira tem sido vítima de seguidas ameaças de estupro, tortura e até mesmo morte. As tentativas de intimidação se intensificaram nos últimos meses, levando-a a procurar a polícia pela segunda vez para registrar um boletim de ocorrência.

No dia 9, internautas usaram a rede social para manifestar apoio à Lola e às mulheres vítimas de opressão também no ambiente virtual. Utilizando a frase “Porque não me calo”, elas promoveram um tuitaço para repudiar as ações dos que Lola aponta serem masculinistas - que defendem os direitos dos homens, muitas vezes contra as mulheres - e afirmar que não aceitaram ser coagidas.

“Porque o machismo mata todos os dias #PorqueNãoMeCalo”, “Basta de violência online contra as mulheres” e “porque quase semanalmente mulheres são expostas em vídeos e fotos íntimas por parceiros e são humilhadas e xingadas” foram algumas das frases usadas na rede, quando a campanha se tornou um dos assuntos mais comentados do dia.

As publicações dos masculinistas variam de fotos editadas, muitas vezes humilhantes, coação contra comentaristas, e até defesa do estupro “corretivo” ou de assassinato de mulheres, mas também de negros e homossexuais. No caso de Lola, junto às ameaças eles costumam publicar informações pessoais, como endereço residencial, foto da casa, CPF, placa do carro, entre outras.

“No começo, eram os trolls [pessoas que interferem em publicações de forma deliberada] normais, que sempre incomodam e são chatos, mas você descarta e não leva muito a sério, tanto que nos primeiros quatro anos do meu blog eu não tinha moderação de comentários. Mas chegou a um nível insustentável”, diz a professora, e acrescenta que “não se deixa abater, porque eu sei que é o modus operandi deles. É o que eles fazem. Não só aqui no Brasil”.

Em 2012, quando pela primeira vez procurou a polícia, ela denunciou dois homens que acabaram sendo processados e presos. Apesar das ameaças, ela não pretende parar de escrever. “Não é uma opção, porque se não seria dizer que eles ganharam”, afirma Lola, reiterando a reivindicação que circulou hoje no Twitter: “não nos assediem”.

Na avaliação dela, o anonimato acaba facilitando a ação dessas pessoas. “É muito fácil você intimidar e perseguir essas pessoas usando o anonimato”, avalia, e acrescenta que faltam mecanismos de combate, investigação e resposta rápida em relação às ameaças sofridas no ambiente virtual.

Hoje, quem se sentir ameaçado pode procurar a polícia ou registrar a queixa pelo telefone para o Disque 100, enviar carta para a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos ou usar a própria rede, acessando a SaferNet Brasil. Apenas em 2013, a SaferNet registrou 8.328 denúncias de crimes de ódio praticados na Internet.

O crescimento desse tipo de situação levou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República a criar grupo de trabalho com o objetivo de mapear crimes de ódio na Internet, em novembro do ano passado.

Procurada pela Agência Brasil para saber se o grupo acompanha o caso de Lola, a assessoria da SDH explicou que “não pode divulgar os casos analisados de forma específica, uma vez que aqueles identificados como de fato envolvendo violações à Legislação são encaminhados às autoridades competentes para investigação”. O órgão informou, contudo, que o grupo deve ser reunir ainda este mês para debater as ações em curso, que serão fortalecidas neste ano.”

Helena Martins

(Fonte Ação na Internet denuncia ameaças contra blogueira (Agência Brasil - 09/01/2015) - Fonte: http://www.compromissoeatitude.org.br/acao-na-internet-denuncia-ameacas-contra-blogueira-agencia-brasil-09012015/, data de acesso 10/10/2015)

Número de assassinato de mulheres diminui em 2014, mas índice ainda é alto (CETV - 09/01/2015)

“Apesar de número de assassinatos de mulheres ter caído, o estado é o 3º no nordeste e o 8º no Brasil com maior número de feminicídios. Além de crimes relacionados a violência doméstica, os casos de mortes de mulheres envolvidas em crimes também aumentou.”

Assista aqui ao vídeo da matéria no site de origem: Número de assassinato de mulheres diminui em 2014, mas índice ainda é alto (CETV - 09/01/2015)

Relacionados:

(Fonte: http://www.compromissoeatitude.org.br/numero-de-assassinato-de-mulheres-diminui-em-2014-mas-indice-ainda-e-alto-cetv-09012015/, data de acesso 10/01/2015)

Mapa da violência 2013 aponta que mulheres jovens foram principais vítimas de homicídios

De 2001 a 2011, o índice de mulheres jovens assassinadas foi superior ao do restante da população feminina. Em 2011, a taxa de homicídios entre mulheres com idades entre 15 e 24 anos foi de 7,1 mortes para cada 100 mil, enquanto a média para as não jovens foi de 4,1.

“O Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (18/07), revela que mulheres com idade entre 15 e 24 anos foram as principais vítimas de homicídio na última década. O estudo, realizado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, com o apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (CEBELA), aponta que, de 2001 a 2011, o índice de homicídios de mulheres aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras nesse período. Só em 2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas no país. Desse total, a taxa de mortes entre as mulheres jovens foi de 7,1 por grupo de 100 mil, enquanto na população não jovem, com idades abaixo de 15 e acima dos 24 anos, o índice foi de 4,1.

Ao longo da década analisada, os homicídios das mulheres mais jovens foram mais frequentes do que no restante da população feminina, com taxas oscilando entre 5,9 e 7,4 mortes. Entre as não jovens, a variação foi entre 3,4 e 4,1. De 2003 a 2005, a taxa de assassinatos de mulheres jovens teve redução, passando de 7,1 para 5,9. Entretanto, desde 2007, o índice tem aumentado a cada ano, tendo seu pico em 2010, quando a taxa chegou a 7,4 mortes.

Em 2011, o Espírito Santo foi o Estado com o maior índice de homicídios femininos entre a população jovem, com taxa de 21,4 mortes para cada 100 mil mulheres, enquanto a média nacional por estado é de 7,1. Vitória lidera o ranking entre as capitais, com uma taxa de 40,9 assassinatos de jovens para cada 100 mil mulheres, quase o dobro da segunda colocada, Maceió, que teve uma média de 23,2 - também muito acima do índice nacional, que foi de 9,3.

Na análise regional, o Sudeste foi a única região que conseguiu diminuir sua taxa total de homicídios de mulheres jovens por 100 mil, passando de 8,9 em 2001 para 6 mortes em 2011. Contribuiu para isso o resultado apresentado por São Paulo, que passou de uma taxa de 10 para 3,6 assassinatos. O Rio de Janeiro também apresentou uma redução significativa, indo de 12,1 para sete homicídios.

O pior resultado regional foi apresentado pelo Nordeste, que passou de 4,3 assassinatos de mulheres jovens em 2001 para uma taxa de 8,2 em 2011. Com exceção do Piauí e Pernambuco, o índice dos Estados da região seguiu uma trajetória de crescimento ao longo da década. Destaque para Alagoas, com a média de 13,3, ocupando o segundo lugar no ranking nacional.

O Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil utilizou como fonte de dados o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde e, para os dados internacionais, o Sistema de Informações Estatísticas da Organização Mundial da Saúde (Whosis).

Cerca de 100 mil homicídios de mulheres em três décadas

O estudo também aponta que 96.612 mulheres foram assassinadas no Brasil de 1980 a 2011, quase a metade delas na última década. Embora represente 8% do total dos homicídios cometidos no país no período, a mortalidade feminina apresenta características diferenciadas. De acordo com o registro de atendimento por violências do Sistema Único de Saúde, em 2011 foram atendidas mais de 70 mil mulheres vítimas de violência física. Desse total, 71,8% das agressões foram cometidas em casa, e em 43,4% dos casos o agressor era o parceiro ou ex da vítima, número que chega a 70,6% quando observada apenas a faixa de 30 a 39 anos de idade.

O perfil doméstico dos crimes, com menor uso de armas de fogo, contribuiu para que a Campanha do Desarmamento, realizada em 2004 e 2005, tivesse baixo impacto sobre os índices de assassinatos de mulheres nesse período. A criação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340) em 2006 coincide com uma queda de 7,6% nas ocorrências de crimes contra as mulheres no ano seguinte. Porém, a partir de 2008, as taxas de homicídios femininos seguiram crescendo.

Ranking nacional

Apesar da ligeira queda no índice de homicídios de mulheres, o Espírito Santo continua a ser o Estado mais violento, com a maior taxa de mortes femininas (9,2 vítimas para cada 100 mil mulheres), seguido por Goiás e Alagoas, ambos com taxa de 8,5 assassinatos. O número é quatro vezes maior do que o do Piauí, Estado com índice de 2,6, o menor no país. No Mapa da Violência de 2012, o Estado já liderava o ranking nacional, com a taxa de 9,6 homicídios. Em 2009, esse mesmo índice chegou a 12,3.

A situação também é alarmante na Bahia e na Paraíba, onde o número de homicídios triplicou nas últimas décadas. Na Bahia, 116 mulheres foram assassinadas em 2001; em 2011, esse número chegou a 444. Já na Paraíba, o número de vítimas passou de 47 mulheres para 143 nesse mesmo período. Os índices também dobraram em Tocantins, Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Norte e Goiás.”

Clique aqui para acessar o Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil

Por Géssica Brandino

Portal Compromisso e Atitude

Relacionados:

Em tempo: não foram encontrados dados estatísticos e referenciais do ano 2104.

(Fonte: http://www.compromissoeatitude.org.br/mapa-da-violencia-2013-aponta-que-mulheres-jovens-foram-principais-vitimas-de-homicidios/, data de acesso 10/01/2015)

Em 31/01/15 - Atualização Profissional em Nutrição - São Paulo SP

São Paulo SP

31 de janeiro de 2015 (sábado) 8h30 às 17h30 - Nutrição Clínica - Como ser eficaz no tratamento da Obesidade x Dislipidemia x Diabetes x Hipertensão

Público alvo: Nutricionistas e graduandos de Nutrição

Objetivo: Atualização dos profissionais e estudantes, quanto os aspectos importantes das recomendações nutricionais na pratica clínica.

Programação:

Dra. Claudinéa S. Almeida - Mestranda em Ciências da Saúde - Unifesp

Especialista em Nutrição Materno Infantil – Unifesp, Nutricionista do Ambulatório Médico Especialidades – AME Hospital Santa Marcelina.

Agência Oficial de Turismo: Dream Tours Brazil – Tel 11 5543-1642 –

site http://www.dreamtours.com.br - email info@dreamtoursbrazil.com.br

Endereço: Edifício Work Center 5 - Mezanino - Av. Jandira, 295 - Moema - São Paulo SP.

Inscreva-se já! Vagas Limitadas!

(Fonte: http://nutricaoempauta.com.br/eventos/2014/estudos_avancados/index.php, data de acesso 09/01/2015)

O que é nutricionista funcional?

Por Ana Paula Gluck Karam

Muita gente me pergunta… qual a diferença de nutricionista “tradicional” e nutricionista “funcional”?

Bem... a nutricionista tradicional se baseia na contagem de calorias e na doença… por exemplo: é diabético? Dieta para diabetes... é hipertenso? Dieta para hipertenso… e assim vai...

O nutricionista funcional considera também a contagem calórica, mas se baseia principalmente no indivíduo e não na doença... ou seja… é diabético? Por quê? Por quê se tornou diabético, quais as causas? É obeso? Por quê?

Recebo vários pacientes com um único objetivo: perder peso, mas quando vou investigar descubro vários sintomas anteriores que devem ser tratados, ou seja, ansiedade, síndrome fúngica, alergia alimentar, disbiose, detox, desordens psicológicas, etc. Se esses sintomas não forem tratados dificilmente chegaremos a meta desejada.

Por isso que sou apaixonada pela nutrição funcional.

(Fonte: http://nutrianapaula.com.br/o-que-e-nutricionista-funcional/)

Pesquisa

Intolerância à lactose

O que é Intolerância à lactose?

Sinônimos: deficiência de lactase, alergia ao leite

A intolerância à lactose, também conhecida como deficiência de lactase, é a incapacidade que o corpo tem de digerir lactose - um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos.

Tipos

Existem três tipos de intolerância à lactose. Conheça:

Causas

A intolerância à lactose acontece como consequência de um outro problema: a deficiência de lactase. Ela ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade necessária de da enzima lactase, cuja função é quebrar as moléculas de lactose e convertê-las em glucose e galactose.

A presença de lactose no organismo se dá por meio da ingestão de leite e seus derivados.

As causas para a intolerância à lactose variam de acordo com o seu tipo:

Intolerância à lactose primária

Durante a infância, o corpo produz muita enzima lactase, pois o leite é a fonte primária de nutrição após o nascimento. Geralmente, o corpo diminui a quantidade de lactase produzida conforme a pessoa vai envelhecendo e sua dieta variando, com o acréscimo de novos tipos de alimentos. Com o tempo, esse declínio na produção de lactase pode levar a um quadro de intolerância à lactose.

Intolerância à lactose secundária

Este tipo de intolerância ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade normal de lactase por causa de alguma doença, cirurgia ou injúria. Algumas condições que podem levar a um quadro de intolerância à lactose secundária são a doença celíaca, gastroenterite e a doença de Crohn, por exemplo. O tratamento da condição intrínseca a esse tipo de intolerância pode resolver o problema.

Intolerância à lactose congênita

É possível, embora raro, que bebês nasçam com intolerância à lactose por causa da deficiência total de lactase no organismo. Essa é conhecida como herança autossômica recessiva e é passada de geração em geração. Isso significa que tanto o pai quanto a mãe precisam transmitir o gene da intolerância à lactose para o filho para que ele apresente o problema.

Fatores de risco

Alguns fatores são considerados de risco para a intolerância à lactose. Confira:

Sintomas de Intolerância à lactose

Os sintomas de intolerância à lactose geralmente começam de trinta minutos a duas horas depois de a pessoa ingerir alimentos ou bebidas que contenham lactose. Entre os sintomas estão:

A intensidade dos sintomas varia de acordo com a ocasião, mas eles costumam ser amenos.

Buscando ajuda médica

Caso perceba os sintomas acima e suspeitar que eles estejam ligados à ingestão de lactose, procure um médico e explique a situação.

A consulta costuma ser rápida, por isso é importante que você agilize e leve os seus sintomas anotados, para descrevê-los ao médico. Aproveite também para tirar todas as suas dúvidas.

O especialista também deverá lhe fazer algumas perguntas. Veja exemplos:

Diagnóstico de Intolerância à lactose

Para ter certeza de que é realmente a intolerância à lactose que está causando esses sintomas, o médico deverá solicitar alguns exames, como:

Tratamento de Intolerância à lactose

Não existem tratamentos para a intolerância à lactose. Mas você pode adicionar enzimas lactase ao leite normal ou tomá-las em forma de cápsulas e comprimidos mastigáveis.

Pessoas com esse problema geralmente evitam alimentar-se ou ingerir produtos que contenham lactose.

Convivendo/ Prognóstico

Geralmente, a diminuição ou a remoção de produtos lácteos da dieta melhora os sintomas da intolerância à lactose.

A maioria das pessoas com baixos níveis de lactase pode tolerar de 55 a 115 gramas de leite de uma só vez (até meia xícara) sem ter sintomas. Porções maiores (225 gramas) podem causar problemas para pessoas com deficiência de lactase.

Esses produtos lácteos podem ser mais fáceis de digerir:

Leia os rótulos dos alimentos. A lactose também é encontrada em alguns produtos não lácteos, inclusive em algumas cervejas.

Complicações possíveis

A ausência de leite na dieta pode levar à deficiência de cálcio, vitamina D, riboflavina e também de proteína. Talvez seja necessário encontrar novas maneiras de acrescentar cálcio à sua dieta (são necessários 1.200 a 1.500 mg de cálcio por dia):

Intolerância à lactose também pode acarretar um quadro de desnutrição e perda de peso.

Prevenção

Não há uma maneira conhecida de se prevenir a intolerância à lactose. Evitar ou restringir a quantidade de produtos lácteos em sua dieta pode reduzir ou prevenir os sintomas da intolerância à lactose.

Fontes e referências

(Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/intolerancia-a-lactose, data de acesso 09/01/2015)

Leites vegetais – alternativa saudável e saborosa

Por Nadia Cozzi em Saúde e Alimentação

Não sou muito entusiasta do leite de vaca, pertenço àquela corrente que acha que leite foi feito para bezerros e não para seres humanos. Mas, substituir o leite na alimentação é complicado, pois muitas receitas usam leite como ingrediente e como diz um amigo meu que tem intolerância à lactose, “Daqui a pouco eu vou viver de luz… Não posso comer nada!”

Cá entre nós deve ser complicado para os intolerantes à lactose encontrar alimentos compatíveis. Nada de manteiga, creme de leite, iogurte, queijos, leite condensado… Pesquisei então os leites vegetais, e descobri coisas interessantíssimas. Os industrializados além de lotados de aditivos químicos são caríssimos e fazer em casa, além de divertido (você já ordenhou grãos?) é muito mais econômico.

Vamos lá… Nada de preguiça ou comodismo, você pode ter um leite fresco, gostoso e nutritivo a partir de grãos com propriedades maravilhosas e que fazem muito bem à Saúde. Além disso, ao utilizar uma dessas opções em suas receitas habituais vai conseguir novos sabores.

Leite de Aveia:

O leite de aveia é muito fácil de preparar, só precisamos de uma peneira e um liquidificador e temos um leite bem gostoso e que não interfere no sabor dos alimentos.

Ingredientes:

Modo de preparar:

Deixe a aveia de molho na água por uns 10 minutos apenas para amolecer.Bata tudo no liquidificador. Coe e leve para a geladeira. Durabilidade 3 dias.

O leite de aveia é rico em fibras, isento de colesterol e lactose, contém vitamina E, ferro, entre outras vitaminas e minerais. Rico em fitoquímicos, produtos químicos das plantas que ajudam a lutar contra doenças como o cancro, doenças cardiovasculares.

Variações e Sugestões:

Abaunilhado: adicione no liquidificador uma colher de café de essência de baunilha e açúcar orgânico a gosto. Com granola fica muito bom. Com cacau ou na vitamina: adicione 1 colher de sobremesa de cacau em pó e açúcar orgânico a gosto. Se quiser uma vitamina bata com banana.

Receitas salgadas: com o cozimento o leite de aveia tem o mesmo efeito do amido de milho, engrossa.

Que tal um estrogonofe feito com ele? Purês, sopas cremosas, já pensaram que legal poder aumentar as opções de cardápio?Variações de textura: mais ou menos aveia resultará em leites mais ou menos grossos de acordo com o que você precisa para fazer os pratos mais cremosos.

Leite de Inhame:

Assim como o leite de aveia o de inhame é neutro, não interfere no sabor da receita.

Cozinhe um inhame orgânico com casca. Depois de cozido, descasque e bata com uma ou duas xícaras de água de acordo com a textura que preferir. Coe e coloque em uma jarra ou garrafa de vidro. Pode ser adoçado ou saborizado com canela, cacau ou uma fruta de sua preferência.

O inhame é depurativo, desintoxicante e fortalece o sistema imunológico. Rico em amido e fibras solúveis, ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue e as taxas de colesterol sangüíneo. Auxilia na digestão e na fermentação do bolo alimentar, portanto no funcionamento dos intestinos. Fonte de Betacaroteno, vitaminas C e do complexo B, cálcio, fósforo, potássio e ferro.

Os médicos orientais recomendam a ingestão de inhame para fortificar os gânglios linfáticos. Na Índia, o sistema médico ayurvédico indica para restaurar as defesas orgânicas, principalmente como recurso para combater infecções e tumores.

Leite de Arroz:

Ingredientes

Modo de preparar:

Leve tudo ao fogo por exatos 15 minutos, não mais que isso. Bata tudo no liquidificador ainda quente no modo pulsar, por 3 vezes rápidas para que não vire uma papa, queremos apenas quebrar os grãos. Se esperar esfriar ele absorve toda a água e teremos um leite muito grosso.

Peneire mexendo o arroz delicadamente apenas para sair o líquido, pronto é só levar à geladeira em um recipiente de vidro. Também neutro.

Leite de Coco

Delícia, de sabor suave pode ser bebido puro ou utilizado em receitas doces e salgadas. Livre de aditivos químicos presentes nos leites de coco industriais e ainda mantém todas as propriedades presentes na água, no fruto e na gordura.

Sua vantagem em relação aos outros leites vegetais é a presença do ácido láurico, existente no leite materno, ajudando a combater infecções e aumentando a imunidade do organismo. Contém calorias, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, sais minerais, vitamina A,B1,B2,B5,C, fósforo, cálcio, ferro, magnésio, enxofre, silício. Muito bom para adicionar aos outros leites vegetais para saborizar ou aumentar o rendimento.

Ingredientes:

Modo de preparar:

Fure o coco e retire a água. Reserve. Quebre o coco e leve ao forno para que a polpa desprenda com facilidade. Retire a polpa com uma faca. Bata por 3 minutos a polpa no liquidificador com a água do coco reservada e mais a água mineral morna. Coe em um pano de algodão e esprema para retirar todo o leite. Guarde a polpa do coco para utilizar em receitas.

Leite feito com frutas oleaginosas

Nozes, amêndoas, avelãs, castanhas do caju ou do Pará…

As frutas oleaginosas são excelentes para combater o envelhecimento celular, ajudam a diminuir o colesterol ruim e aumentar o colesterol bom, potentes antioxidantes, combatem os radicais livres, fontes de cálcio e magnésio.

Modo de preparar:

Deixe de molho durante 8 horas (de um dia para o outro), ½ xícara de chá das sementes de sua preferência com 2 xícaras de chá de água. Para quem prefere o leite mais doce deixe de molho junto 2 tâmaras sem caroço.

Na manhã seguinte coe em uma peneira as sementes e passe embaixo da água. Bata no liquidificador as sementes (com as tâmaras, se for o caso) com 1 litro de água. Coe a mistura em um pano de algodão e coloque numa jarra ou garrafa de vidro, dura 1 semana na geladeira. Este leite pode ser bebido ao natural ou em receitas que usam leite de vaca.

Algumas dicas importantes:

Os resíduos podem ser aproveitados para fazer sopas, mingaus, pães, bolos e tortas.

Utilize um saquinho e reserve apenas para coar o leite. Tem uma coisa meio lúdica aqui, você estará ordenhando os grãos, uma sensação especial garanto.

Os leites vegetais não podem ser fervidos que talham.

Creme de Confeiteiro:

Sabe aquele creminho que vem dentro de sonhos, carolinas ou nos pães doces. Pois é, ele normalmente é cheio de corantes para ficar com aquela corzinha amarela. Aqui temos um creme na versão sem glúten, corante ou leite. Bom também para rechear e cobrir bolos e tortas.

Ingredientes:

Modo de Preparar:

Misture as gemas com o açúcar em uma panela grande fora do fogo. Adicione a farinha de arroz, mexendo bem para agregar. Junte o leite vegetal e a baunilha. Mexa até formar uma mistura homogênea. Leve ao fogo baixo mexendo sempre até engrossar. Deixe esfriar e empregue. Pode misturar cacau em pó se desejar fazer de chocolate

Creme de Leite Vegetal

Sempre procurei uma receita de creme de leite caseiro, mas em todas encontrava a famigerada gordura vegetal hidrogenada. Descobri então que para fazer o creme de leite vegetal é só engrossar o leite vegetal de sua preferência, aumentando a quantidade de sólidos na receita (castanhas, amêndoas, aveia etc) e, se desejar que fique mais encorpado ainda, adicionando uma colherinha de agar-agar e outra de azeite de oliva. Bom não é?

Fontes pesquisadas:

Sobre o autor: Nadia Cozzi (@NADIACOZZI)

* Consultora de Alimentação Consciente e Desenvolvimento Pessoal. * Pesquisa desde 1994 a Agricultura livre de Agrotóxicos e o Ato de se alimentar e a Consciência de quanto ele interfere na Saúde Física, Emocional e Mental do Ser Humano e os efeitos da produção de alimentos para o Meio Ambiente. * Idealizadora do Instituto Pedro Cozzi - Espaço DAR VIDA – (http://institutopedrocozzi.blogspot.com.br) * Livros sobre uma nova consciência ecológica: (http://alimentopuro.synthasite.com/livros.php) * Blogs: Alimento Puro: http://alimentopuro.blogspot.com Bio Culinária: http://bioculinaria.blogspot.com

Site: http://alimentopuro.synthasite.com - Veja todos os artigos de Nadia Cozzi

(Fonte: http://www.coletivoverde.com.br/leites-vegetais/, data de acesso 09/01/2015)