Estar à frente da Associação de Apoio aos Pacientes de Anomalias Renais e Transplantados do Estado de São Paulo, Membro do Gedr – Brasil, Titular da Supervisão Técnica de Saúde Sudeste, durante tantos anos, e saber dividir-se em atenção entre pacientes, profissionais de saúde, atendentes hospitalares, patrocinadores e palestrantes de eventos, é uma super tarefa para alguém que precisa ser, antes de tudo, uma superprofissional com conhecimento e competência da área, e ao mesmo tempo que sabe compreender as urgências de politicas públicas que venham a ser necessárias para cada área, pois inúmeras as doenças raras e cada uma precisa ter uma visão e atenção diferenciada.
Nosso destaque e parabéns a Dr.ª Cássia Barbosa, que representa as voluntárias do país, as que se doam as causas humanistas de forma apaixonada e responsável, sem exibicionismos e desvios dos objetivos sociais a que se comprometeram. Por meio dela homenageamos a todas as outras voluntarias e de centenas de entidades que amenizam a dor de pessoas em auge de sofrimentos, e muitas vezes, em desamparo.
Trazemos esta edição com o nosso fraternal abraço, Elisabeth Mariano e equipe Jornal da Mulher Brasileira.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
Entre os dias 16 e 18 de fevereiro de 2016, o Alta Complexidade Política & Saúde e o Observatório de Doenças Raras da Universidade de Brasília promoveu a I Jornada das Doenças Raras, onde foram abordados assuntos da alta complexidade em saúde direcionado às pessoas com doenças raras, do diagnóstico ao tratamento multiprofissional. O Evento é gratuito e integra o calendário de iniciativas alusivas ao Dia Mundial das Doenças Raras. É direcionado para pacientes, familiares, profissionais de saúde e a comunidade em geral.
O Rare Disease Day, foi criado em 2008, pela Eurordis (Organização Europeia para Doenças Raras), é marcado por uma série de atividades realizadas por associações de pacientes, em mais de 70 países. Todas as atividades têm como objetivo sensibilizar a sociedade, o governo, educadores, profissionais da área da saúde, pesquisadores e indústrias para os desafios que os pacientes com doenças raras enfrentam.
Pedido de divulgação:
De 28 de junho a 1º de julho irá acontecer no Rio de Janeiro o - Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas.
Lá estarei realizando a palestra de abertura com o título "Porque toda família merece proteção".
As inscrições estão com desconto até 15 de maio
Para maiores informações e programação acesse o site http://www.abrafhcongresso.com.br
Dados são do Cremesp, que também vê muitas queixas de promessas não cumpridas pelo médico
r7.com 06 Dezembro de 2015 - 13:30
Objetos ainda são esquecidos em pacientes durante cirurgias Reprodução/Facebook
Nos últimos três anos, 418 médicos foram julgados culpados pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), por negligência, imperícia ou imprudência, em denúncias relativas a erros médicos no Estado de São Paulo.
De acordo com o Cremesp, as especialidades que mais geraram processos no período de 2012 a 2015 são ginecologia e obstetrícia (1ª), cirurgia plástica (2ª) e clínica médica (3ª). O Cremesp ressalta, porém, que nem todo médico julgado é especialista nessas áreas. O levantamento, por exemplo, considera erro em Pediatria quando um clínico geral atende uma criança no pronto-socorro e há alguma intercorrência.
Esse número de 418, relativo a março último, se mantém estável nos últimos anos mas, segundo oR7 apurou entre especialistas, é considerado alto e reflete uma quantidade grande de profissionais que contrariaram o Código de Ética Médica, legislação que estabelece regras de conduta e diretrizes em relação às infrações cometidas pelos médicos.
Fonte dentro do Cremesp, que pediu para não ter o nome revelado, conta que a maior parte das reclamações julgadas pelo órgão se refere ao tipo de incisão no parto. Há também casos em que há a insistência pelo parto natural ou vice-versa. Em cirurgia plástica, há um número significativo de erros decorrentes do comprometimento do médico com o resultado, algo que fere a ética e pode gerar uma falsa expectativa no paciente.
Em estudo realizado em 2011 pelo escritório catarinense Lopes Teixeira Advogados, especializado, entre outros assuntos, em casos de erro médico, esse tipo de situação ficou evidente em alguns casos bizarros e recorrentes pelo País. Os exemplos selecionados pelo escritório são muitos: paciente encaminhado para cirurgia no lugar de outro; esquecimento de objetos dentro do paciente, tais como gaze, pinça, tesoura, bisturi, luva, máscara e agulhas; bebês que nascem com paralisia cerebral pela demora no atendimento das gestantes e até amputação de membros errados, entre outros.
A cassação é a pena máxima dos conselhos. Antes, dependendo do nível do erro, há advertência confidencial; censura confidencial; censura pública em publicação oficial e suspensão do exercício profissional, até 30 dias. Entre várias causas levantadas, o escritório Lopes Teixeira citou ainda a influência de laboratórios, que, segundo o documento, pressionam médicos a utilizarem determinados medicamentos e muitas vezes pode haver precipitação.
— Indústria dos remédios custeia viagens, prêmios e benefícios aos médicos e farmácias pelo número de prescrições e comercialização de seus produtos criando um ciclo vicioso. O meio médico se transformou num grande negócio e (médicos) passaram a adotar inúmeras estratégias das corporações internacionais. Muitos fornecedores de assistência médica são corporações internacionais impulsionadas e famintas pelo lucro nos países pobres e em desenvolvimento. Contatada pelo R7, a Interfarma (Associação de Indústria Farmacêutica de Pesquisa), não respondeu às afirmações do escritório.
Do número total de casos, apenas uma parte chega para julgamento do CFM (Conselho Federal de Medicina), já que se trata de um órgão de recurso. Para o corregedor do conselho federal, José Fernando Maia Vinagre, que mantém contato com os conselhos regionais, os números já são altos e a tendência é de um crescimento ainda maior da quantidade de erros médicos, em função da crise da Saúde no Brasil.
— A abertura de inúmeras faculdades por conveniência política, para satisfazer deputado, prefeito é uma das causas. Não há preocupação com a qualidade do ensino de Medicina a ser oferecido.
Ele afirma que no CFM são julgados cerca de 50 processos mensais e que os números devem ficar cada vez mais altos.
— O ensino básico de Medicina no Brasil não está dando preparo para o médico sair da faculdade e enfrentar as situações que a profissão coloca à sua frente, como cirurgias e atendimentos de urgência.
AFP 13 de maio de 2016
A pessoa mais longeva do mundo, Susannah Mushatt Jones, morreu na noite de quinta-feira em Nova York aos 116 anos, segundo o Grupo de Pesquisa em Gerontologia dos Estados Unidos.
Mushatt Jones nasceu em 6 de julho de 1899 no estado do Alabama. Era a última americana viva do século XIX, informou à AFP Robert Young, diretor do centro de pesquisa que faz o censo dos supercentenários (pessoas que chegam a idade de 110 anos ou mais) no mundo inteiro.
A americana morreu em uma residência de idosos no Brooklyn, precisou.
Mushatt Jones cresceu em uma família pobre de 10 filhos, no condado de Lowndes, no Alabama. Seu padre era coletor de algodão. Em 1922, ela foi para Nova York, onde trabalhou como babá. Na década de 1940, foi para a Califórnia, antes de voltar para o Alabama e regressar, finalmente, a Nova York, afirmou o pesquisador.
"Gostava de ovos e toucinho, gostava muito de dormir, não fumava, não bebia, foi casada por alguns anos, mas nunca teve filhos", respondeu Young ao ser perguntado sobe os motivos da longevidade de Mushatt Jones, que em 2015 foi considerada pela publicação de recordes Guinness a pessoa mais longeva do mundo viva.
A pessoa registrada como a que viveu mais tempo em qualquer época continua sendo a francesa Jeanne Calment, que morreu aos 122 anos e 164 dias na comuna de Arles, em 1997.
Com a morte de Mushatt Jones, o título de pessoa mais longeva da humanidade passou para Emma Morano-Martinuzzi, uma italiana da comuna de Verbania (norte) nascida em 29 de novembro de 1899, segundo Young.
Postado por: Equipe Terceira Idade | Em: Empregos para 3a idade
A aposentadoria pode gerar prejuízos para a saúde física e mental, revelou uma nova pesquisa.
O estudo, publicado pelo centro de estudos Institute of Economics Affairs (IEA) com sede em Londres, descobriu que a aposentadoria leva a um “drástico declínio da saúde” no médio e longo prazos. Segundo a IEA, a pesquisa sugere que as pessoas devem trabalhar por mais tempo por razões de saúde e também financeiras.
O estudo, realizado em parceria com a entidade beneficente Age Endeavour Fellowship, comparou aposentados com pessoas que continuaram a trabalhar mesmo após terem alcançado a idade mínima para a aposentadoria e também levou em conta possíveis fatores Philip Booth, diretor da IEA, disse que os governos deveriam desregular os mercados e permitir que as pessoas trabalhassem por mais tempo. “Trabalhar mais não será apenas uma necessidade econômica, mas também ajudará as pessoas a viverem vidas mais saudáveis”, disse ele. Edward Datnow, president da Age Endeavour Fellowship, acrescentou: “Não deveria haver uma idade ‘normal’ para a aposentadoria no futuro”.
Na Grã-Bretanha, o governo já planeja elevar a idade mínima para a aposentadoria. “Mais empresários precisam pensar sobre como podem capitalizar em cima da população mais velha e aqueles que querem se aposentador devem refletir duas vezes sobre essa questão”. O estudo, focado na relação entre atividade econômica, saúde e política pública de saúde na Grã-Bretanha, sugere que há uma pequena melhora na saúde imediatamente depois da aposentadoria, mas constata um declínio significativo no organismo desses indivíduos no longo prazo.
Segundo a pesquisa, a aposentadoria pode elevar em 40% as chances de desenvolver depressão, enquanto aumenta em 60% a possibilidade do aparecimento de um problema físico. O efeito é o mesmo em homens e mulheres. Já as chances de ficar doente parecem aumentar com a duração da aposentadoria.
Fonte: BBC Brasil / G1
O excesso de peso traz várias consequências para a saúde, mas tal não implica uma morte precoce, diz estudo.
Lifestyle Saúde - Por Notícias ao Minuto
As pessoas excesso de peso são as que mais facilmente sofrem doenças relacionadas com o estilo de vida, como a diabetes e a hipertensão. Contudo, isso não implica que vivam menos do que as pessoas com um peso considerado saudável.
Esta é a conclusão de um estudo da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que indica que as pessoas com um índice de massa corporal (IMC) de 27 correm um menor risco de morte precoce por qualquer causa.
Para o estudo, os investigadores dinamarqueses analisaram o IMC e os dados de mortalidade de 120 mil pessoas entre três períodos diferentes: 1976-1978, 1991-1994 e 2003-2013, segundo informações do jornal americano The New York Times.
No primeiro grupo analisado (1976-1978), a mortalidade mais baixa estava associada a um IMC de 23,7. No segundo grupo (1991-1994), o IMC era de 24,6, enquanto no último período era de 27 (considerado como excesso de peso segundo os padrões atuais).
Publicado na revista JAMA, o estudo revela que o excesso de peso deve ser sempre evitado pelas consequências que vão desde problemas de saúde já citados, complicações mentais, emocionais e sociais, mas que não é causa direta para uma morte precoce.
Yahoo Vida e Estilo International
2 de maio de 2016
Um novo estudo revela a base científica que explica porque as mulheres vivem mais do que os homens e a causa disso está diretamente relacionada com a reprodução. Os resultados, relatados na revista Scientific Journal, mostram uma correlação entre uma taxa de nascimento menor e uma expectativa de vida mais longa e examinam as implicações de como isso mudou ao longo do curso da história.
O estudo utilizou a base de dados da população de Utah, EUA, para analisar os indivíduos nascidos entre 1820 e 1919, usando esse intervalo de datas específico, já que as taxas de fertilidade diminuíram drasticamente entre 1870 e 1880 e continuaram diminuindo posteriormente. Nos primeiros anos do século XIX, os homens viviam (em média) dois anos mais do que as mulheres. No entanto, os resultados indicaram que, como o número de crianças nascidas foi diminuindo durante esse período de tempo (o número de filhos nascidos por mulher baixou de 8,5 para 4,2), a expectativa de vida das mulheres aumentou em 12%. Os homens analisados pelo estudo tiveram um aumento de apenas 2% em sua expectativa de vida, e resultados marginais apoiam a noção de que a gravidez realmente afeta a saúde geral das mulheres. De modo que o “custo” reduzido da reprodução — sobre a saúde — ao longo do tempo mudou e isso fez com que a expectativa de vida se tornasse maior para as mulheres do que para os homens.
Embora seja comum supor que as mulheres vivam mais que os homens, esse novo estudo continua a lançar luz sobre quais são as variáveis específicas que contribuem para essa conclusão.
The Zoe Report
A equipe internacional de cientistas examinou as três bilhões de letras que compõem o código genético em 560 casos de câncer de mama
Lifestyle Estudo - Por Notícias ao Minuto
O estudo, muito bem recebido pela comunidade científica no Reino Unido, por se tratar do mais exaustivo até à data, foi liderado por Michael Stratton, diretor do Instituto Sanger, em Cambridge (sudeste da Inglaterra).
Em declarações à cadeia pública britânica BBC, Stratton disse que a descoberta "é um marco significativo para a investigação do câncer".
"No fim do século passado, fomos capazes de identificar os primeiros genes individuais mutantes. Agora, com a nossa capacidade de sequenciar todo o genoma de um grande número de cânceres, estamos no caminho para criar uma lista completa destes genes mutantes do câncer", explicou.
A equipe internacional de cientistas examinou as três bilhões de letras que compõem o código genético em 560 casos de câncer de mama (556 mulheres e quatro homens).
Encontrando um total de 93 conjuntos de genes que, se mutarem, podem causar tumores.
Os autores identificaram um número de "assinaturas de mutações" (marcas deixadas pela mutação) nos genomas de pacientes com câncer, que estavam associadas a reparações imperfeitas do DNA e à função dos genes supressores dos tumores BRCA1 ou BRCA2.
No geral, os cientistas identificaram 12 tipos de "danos" que podem causar mutações no seio.
"No futuro, gostaríamos de traçar o perfil individual dos genomas do câncer, a fim de identificar o tratamento mais benéfico para uma mulher ou um homem diagnosticado com câncer de mama", afirmou Serena Nik-Zainal, uma das investigadoras.
27.07.2015 - DÉCADA AFRO - Vídeo expõe situação de afrodescendentes no Brasil
Por meio da resolução 68/237, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o período de 2015 a 2024 como a Década Internacional de Afrodescendentes com o objetivo principal de promover o respeito, a proteção e a realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais dos povos afrodescendentes, como reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Década é também uma oportunidade para reconhecer a contribuição significativa dos povos afrodescendentes às nossas sociedades, bem como propor medidas concretas para promover sua inclusão total e combater todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e qualquer tipo de intolerância relacionada.
Saiba mais: http://www.decada-afro-onu.org
EFECidade do Vaticano3 Mai 2016
O papa Francisco pediu hoje que "as mulheres sejam honradas e respeitadas" ao nível internacional e que "a sua imprescindível contribuição social" seja reconhecida, em mensagem em vídeo divulgada na internet.
"É inegável a contribuição da mulher em todas as áreas dos afazeres humanos, começando pela família. Mas só reconhecer é suficiente?", perguntou o papa em espanhol, em mensagem divulgada todos os meses por causa do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.
Na gravação, o pontífice reconhece que "muito pouco foi feito pelas mulheres que se encontram em situações difíceis, desprezadas, marginalizadas, e inclusive rendidas à escravidão".
"Temos que condenar a violência sexual sofrida pelas mulheres e eliminar os obstáculos que impedem a sua plena inserção na vida social, política e económica. Se você pensa que isto é justo, manifeste este pedido comigo para que em todos os países do mundo as mulheres sejam honradas e respeitadas, e que seja valorizada a sua imprescindível contribuição social", acrescentou.
Por causa do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o papa Francisco publica a cada mês um vídeo no qual explica em espanhol a intenção que deve guiar a oração dos católicos em relação aos principais desafios da humanidade.
Homenagem Leonardo Boff *
A mãe é mais que uma figura física com a qual estamos ligados afetivamente por toda a vida. É a primeira palavra que pronunciamos quando despertamos para este mundo e para muitos é a última palavra que lhes vem aos lábios quando se despedem, especialmente num contexto de grande risco.
Grandes nomes da tradição psicanalítica como C.G. Jung, seu discípulo preferido E. Neumann aprofundaram a irradiação do arquétipo mãe. Mas cabe referir também as contribuições inestimáveis de Jean Piaget com sua psicologia e pedagogia evolutiva e principalmente as de Donald W. Winnicot com sua pediatria combinada com psicanálise infantil. Eles nos detalharam os complexos percursos da psiqué infantil nesses momentos iniciais e seminais da vida que nos conferem o sentimento de sermos amados, protegidos e sempre acolhidos.
No dia das mães vale recordar estas contribuições que nos secundam o sentimento profundo que nutrimos por nossas mães. Mais que reflexões valoramos hoje o afeto, cujas raízes fundadas no cérebro límbico, surgiu há mais de duzentos milhões de anos, quando irromperam no processo da evolução os mamíferos dos quais nós descendemos. Com esta espécie nos veio a amor, o afeto e o cuidado, guardados como informações até os dias atuais pelo nosso inconsciente coletivo. Entreguemo-nos brevemente à terna força deste afeto.
Há muitos textos comovedores que exaltam a figura da mãe como o belíssimo do bispo chileno Ramon Jara. Mas há um outro de grande beleza e verdade que nos vem da Africa, de uma nobre abissínia, recolhido como prefácio ao livro Introdução à essência da mitologia (1941), escrito por dois grandes mestres na área, Charles Kerény e C. G. Jung. Assim fala uma mulher em nome de todas as mulheres e mães e que aqui reproduzimos. Voltamos a observar que aqui fala mais alto o afeto que a reflexão, pois nesse dia das mães, ele ativa mais que em outras ocasiões o arquétipo materno.
“Como pode saber um homem o que é uma mulher? A vida da mulher é inteiramente diferente daquela do homem. Deus a fez assim. O homem fica o mesmo, do tempo de sua circuncisão até o seu declínio. Ele é o mesmo antes e depois de ter encontrado, pela primeira vez, uma mulher. O dia, porém, em que a mulher conheceu seu primeiro amor, sua vida se divide em duas partes. Neste dia ela se torna outra. Antes do primeiro amor, o homem é igual ao que era antes. A mulher, a partir do dia de seu primeiro amor, é outra. E assim permanecerá a vida toda”.
“O homem passa uma noite com uma mulher e depois vai embora. Sua vida e seu corpo são sempre os mesmos. A mulher, porém, concebe. Como mãe, ela é diferente da mulher que não é mãe. Pois, ela carrega em seu corpo, por nove meses, as consequências de uma noite. Algo cresce em sua vida e de sua vida jamais desaparecerá. Pois ela é mãe. E permanecerá mãe, mesmo quando a criança ou todas as crianças tiverem morrido. Pois ela carregou a criança em seu coração. Mesmo depois que ela nasceu, continua a carregá-la em seu coração. E de seu coração jamais sairá. Mesmo depois que a criança tenha morrido”.
“Tudo isso o homem não conhece. Ele não sabe nada disso. Ele não conhece a diferença entre o “antes do amor” e o “depois do amor”, entre antes da maternidade e depois da maternidade. Ele não pode conhecer. Só uma mulher pode saber e falar sobre isso. É por isso que nós, mães, nunca devemos permitir que nossos maridos obscureçam esse nosso sentimento profundo. A mulher pode somente uma coisa. Ela pode cuidar dela mesma. Ela pode se conservar decentemente. Ela deve ser o que a sua natureza é. Ela deve ser sempre menina e mãe. Antes de cada amor é menina. Depois de cada amor é mãe. Nisso poderás saber se ela é uma boa mulher ou não”.
Sem dúvida, trata-se se uma visão idealizada da mulher e da mãe. Nelas há também sombras. Mas no dia de hoje, esquecemos as sombras para apenas focalizar o momento arquetípico de luz que toda mãe representa. Por isso tantos viajam nesta data: deslocam-se até para longe para ver sua “mãezinha querida” para dar-lhe um abraço filial e cobri-la de beijos.
E elas merecem. Pois não estaríamos aqui se elas não tivessem tido o infinito cuidado de nos acolher na vida e de nos encaminhar pelos misteriosos labirintos da existência. A elas o nosso afeto, o nosso carinho e o nosso amor: às vivas e aquelas que estão para além da vida.
* Leonardo Boff é autor do livro em parceria com Rose-Marie Muraro que só na lembrança e no afeto está entre nós Feminino e Masculino. Uma nova consciência pra o encontro das diferenças (Sextante) 2002.