Buscar informações na mídia e em artigos, que se refiram a adolescência e a juventude, com suas avalanches de informações, cujas chegam desde os bancos escolares pela mídia digital, até aos grupos com os quais eles convivem, tanto familiares, quanto de coleguinhas e de professores, nas academias etc. não é tarefa fácil!
Muito pouca divulgação de temas e artigos referentes, quase sem noticiários, não há entrevistas com experts em educação, vocação profissional, primeiro emprego, e, até mesmo sobre o lazer direcionado para cultura, e muito menos ainda dicas para as áreas de finanças etc.
Se sequer nestes pontos básicos, que até teriam patrocínios com certeza para tais enfoques, imagine-se o que se tem a ofertar na mídia televisiva... ou impressa!
Contudo ao nos aprofundarmos mais sobre o que se noticiam sobre as nossas crianças e adolescentes no Brasil: a realidade demonstrada pelos repórteres é um alerta a sociedade (pais, professores, religiosos, e políticos, escolas e empresas, autoridades e governantes etc.) O QUE CABE A CADA UM NO PAÍS, FAZER?
Em 2017, vamos ter referências na grande mídia jornalística que “ O Brasil possui 2.486.245 crianças e adolescentes de 4 e 17 anos fora da escola, segundo levantamento feito pelo Todos Pela Educação com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad”) na fonte de: https://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-possui-quase-25-milhoes-de-criancas-e-adolescentes-fora-da-escola-diz-estudo.ghtml. Em novembro de 2017, relatório da UNICEF declara que no mundo “A cada 7 minutos, uma criança ou um adolescente morre vítima da violência” na fonte de: https://www.unicef.org/brazil/pt/media_37371.html. Em 30/10/2017, temos mais uma chamada alarmante: Número de adolescentes apreendidos cresce seis vezes no Brasil em 12 anos... na fonte de https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/10/30/numero-de-adolescentes-apreendidos-cresce-seis-vezes-no-brasil-em-12-anos.htm em 29/11/2017, temos no “Estadão” o titulo: “Que um milhão e 800 mi crianças e adolescente entre 5 a 17 anos estão trabalhando... https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-1-8-milhao-de- criancas-e-adolescentes-entre-5-e-17-trabalhando,70002101217. Em 22 de maio de 2017: Com quatro casos de exploração sexual de crianças por hora, Brasil debate prevenção
Brasil somou pelo menos 175 mil casos de exploração sexual de crianças e adolescentes entre 2012 e 2016, de acordo com o balanço de denúncias recebidas pelo Disque 100- https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2017/05/com-quatro-casos-de-exploracao-sexual-de-criancas-por-hora-brasil-debate-prevencao. Em 21 de maio de 2018: Estável, suicídio entre jovens ainda é quarta causa de morte no Brasil “Após 15 anos de crescimento, número de suicídios no país estabilizou; índices em RR, PI e RS, no entanto, são maiores que a média nacional” SAÚDE Deborah Giannini e Gabriela Lisbôa, do R7 09/05/2018 - 10h10 (Atualizado em 21/05/2018 - 14h34) https://noticias.r7.com/saude/estavel-suicidio-entre-jovens-ainda-e-quarta-causa-de-morte-no-brasil-21052018
Vamos pensar e repensar o que queremos para nosso futuro no país, independente de raça e etnia, origem e procedência nacional, e credo, ou condição socio econômica estamos diante de uma calamidade pública e vergonhosa... disfarçar com outros motes publicitários a verdade que assola é tão crime quanto quem nada faz e ainda por cima abusa, se auto promove etc.
Cabe a mídia brasileira continuar a informar a verdade, e expor as situações de abandono político e de exclusão social, e de risco constante, que vivem tais crianças e adolescentes, e suas mães e avós, que muitas vezes, acabam sozinhas, por arcar com sub trabalho, a responsabilidade das crianças e adolescentes da família.
Omissão e publicidade encima da miséria alheia, que até a sociedade provoca, é um dos mais graves crimes sócio-políticos que se comete! Ainda mais com vulneráveis e indefesos!!! Repensar e agir preciso... e urgente...
Receba nossa pesquisa desta edição, nossa sugestão, estimamos que juntos possamos somar boas soluções ao aqui proposto. Feliz e prospero ano 2019.
Elisabeth Mariano e equipe Jornal da Mulher Brasileira / JMB.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
Aos 13 anos, Clara Godoy já faz parte de uma agência de modelos infanto-juvenis
Já faz algumas décadas que ser modelo é um sonho compartilhado por um grande número de adolescentes.
Ser reconhecido pela beleza, estampar capa de revista, circular com glamour entre os famosos: a vida idealizada de quem exerce essa carreira alimenta as fantasias de meninas e meninos.
Mas, antes entrar nesse mundo, o jovem precisa estar preparado para aceitar muito trabalho, suportar altas doses de ansiedade e ter uma boa autoestima....
Não existe idade para começar. Em agências de modelos infanto-juvenis, há trabalho até para bebês e muitos iniciam a carreira bem cedo. É na adolescência, no entanto, que a autoimagem pode ser mais abalada pela rotina da profissão, na qual é preciso passar por um grande número de testes para conseguir alguns trabalhos.
“Se é um adolescente com problema de autoestima, a probabilidade de ele não lidar bem com o ‘não’ de um teste é muito maior do que um adolescente que está mais bem resolvido com essas questões”, diz Mara Pusch, psicóloga do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
De acordo com Mara, quando o adolescente vai para um teste, existe um padrão esperado por quem escolhe quem fará o trabalho, como altura, tipo de cabelo. Ao ser rejeitado, o jovem não escuta que não preenche os requisitos e sim que não é bonito o suficiente, o que pode ser um baque para sua autoimagem.
O psicólogo Marco Antonio De Tommaso, que há mais de 15 anos desenvolve um trabalho de acompanhamento com as modelos de grandes agências de São Paulo, destaca que, durante os testes, o “não” nem sempre é dito educadamente e acaba tendo cara de rejeição.
“Tem o paredão: as modelos ficam todas contra uma parede e o cliente vai passando dizendo ‘você sim, você não’”, conta. “Ser avaliado todo dia e não servir acaba jogando por terra a autoestima.”
Segundo Mara Pusch, um jovem submetido a essa rotina sem o devido apoio pode formar uma imagem ruim que vai levar para a vida adulta.
“É uma fase em que a autoestima está sendo consolidada, então, quanto mais ‘não’ ele ouve, mais defeitos ele pode ver no seu corpo, e menos ele gosta de si mesmo”, diz a psicóloga. Isso pode levar a distúrbios alimentares ou a um desejo de se enquadrar nos padrões lançando mão de cirurgias plásticas antes dos 18 anos.
Por isso, se o filho quer ingressar nessa carreira ainda na adolescência, é importante que os pais reforcem em casa sua autoestima e o ajudem a superar as rejeições nos testes como fariam no caso de uma dispensa em uma entrevista de emprego. “Os pais não devem fazer pressão para que o adolescente passe nos testes e precisam fazê-lo entender que ouvir ‘não’ faz parte da vida”, declara Mara.
Padrão de beleza
Para os especialistas, a pressão é ainda maior com as adolescentes do sexo feminino por conta dos padrões rígidos da indústria da beleza. “Elas sofrem uma pressão terrível para emagrecer, é o verbo que elas mais escutam ao longo da carreira. O mundo da moda é irredutível nessa questão de peso e medidas”, diz Marco Antonio De Tommaso.
Clara Godoy, 13, começou a trabalhar como modelo no ano passado e, apesar de morar em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, tem sempre a companhia dos pais nos testes que realiza na capital paulista. Ela conta que se preocupa com sua aparência e cuida para estar sempre bonita.
“Sou bastante vaidosa. Em casa, a gente come muita coisa saudável, estou sempre fazendo exercício”, diz. Para a mãe, Ana Paula Inacio Godoy, o bem-estar da menina é o mais importante. “A gente pede para ela cuidar da saúde, independentemente do que for fazer.”
Para Ana Paula, é importante também conversar com a jovem sobre todos os assuntos e estar sempre ao seu lado. “Nossa preocupação é acompanhá-la até ela ter discernimento para fazer boas escolhas.” Sair de casa, só quando os pais acharem que ela está pronta.
Sob pressão
A ansiedade é outro fator que pode abalar o jovem adolescente nessa carreira, em especial aqueles que ingressam em um mercado mais profissional e competitivo. “O nível de estresse de uma adolescente modelo profissional é superior ao de uma vestibulanda da mesma idade”, diz Tommaso. “Tem a pressão dos testes, que são avaliações totalmente arbitrárias. Uma hora ela é alta demais, baixa demais, tem peito demais, peito de menos.”
Nesse universo, muitas meninas deixam a família e a cidade natal para trás e se mudam para São Paulo, morando em repúblicas de jovens modelos administradas pelas agências. Para o psicólogo, essa situação gera ainda mais estresse pela distância da família e pela pressão financeira que é colocada sobre ela. “Muitas são arrimo de família.”
No dia a dia, a distância entre o sonho e a realidade rende também angústias e tristezas. “É trabalho, é dureza. Às vezes, não tem dinheiro para a condução, então cria uma ansiedade muito grande. Não é uma regra geral, mas pode levar à depressão”, afirma o psicólogo.
Ganhos
Ao trabalhar como modelo, o adolescente começa, aos poucos, a ganhar seu próprio dinheiro e pode não ter a maturidade necessária para administrá-lo corretamente. Segundo Mara Pusch, os pais devem combinar com o filho como a família irá lidar com os ganhos da carreira desde o início.
Para a psicóloga, um bom combinado é deixar o jovem ter acesso à parte do dinheiro e manter os pais administrando o restante até ele ter mais maturidade.
Esse acordo funciona na casa de Clara. Apesar da pouca idade, a adolescente tem controle de seus ganhos e gastos, mas são os pais que administram a conta.
“A gente põe tudo em uma conta que é dela e vai administrando conforme ela vai precisando. Ela tem acesso, sabe tudo o que entra e sai”, diz a mãe Ana Paula.
Mas os lucros dessa profissão não são apenas financeiros. Para os jovens que avançam na carreira, existe a possibilidade de viagens e experiências enriquecedoras.
“Tem a possibilidade de adquirir uma cultura ampla, ter acesso a outros idiomas, e ele pode fazer contatos para a vida posterior, porque a carreira de modelo é curta, então tem de construir o futuro enquanto trabalha como modelo”, afirma o psicólogo Marco De Tommaso.
Muitos adolescentes que buscarem a profissão de modelo, no entanto, devem estar preparados para não chegar a esse ponto da carreira. “É uma peneira muito séria. Milhões querem ser modelos, milhares entram nas agências, centenas trabalham, unidades são top”, diz o psicólogo.
Segundo o especialista, sem o apoio adequado, o adolescente que não for bem sucedido pode levar uma frustração grande para a vida adulta.
16/07/2018 | 04h25 - Jornalismo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pesquisa realizada pela primeira vez pelo Sebrae aponta que 55% das pessoas que conseguiram seu primeiro emprego em 2017 no país foram contratadas por micro e pequenas empresas.
É o equivalente a 775 mil pessoas, de acordo com dados do ano passado do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), compilados pelo Ministério do Trabalho.
Comércio de roupas, sapatos e acessórios, de produtos farmacêuticos e de alimentos contrataram um terço desses trabalhadores.
Recrutar jovens é mais barato, mas exige, por outro lado, que o empreendedor dedique horas a mais para capacitar bem esse profissional.
"Como o pequeno empresário está muito mais envolvido com o dia a dia do negócio do que donos de grandes empresas, ele deve aproveitar essa chance de treinar a pessoa de perto, do seu jeito", afirma Paulo Fonseca, analista de gestão estratégica do Sebrae.
Fonseca recomenda que em um primeiro momento, o empreendedor se capacite com bons cursos de gestão de pessoas, disponíveis tanto em plataformas à distância quanto em escolas de negócios.
Vale também incentivar o profissional a experimentar cursos gratuitos nas áreas de finanças, marketing, planejamento, vendas e o que mais ajudá-lo no dia a dia.
Mais tarde, quando esse jovem conseguir assumir responsabilidades sem acompanhamento, aí vale gastar com treinamento fora da empresa.
Quem ainda não tem verba para contratar alguém em tempo integral pode testar funcionários intermitentes e criar uma relação de confiança com eles aos poucos, aponta Fonseca.
É útil pedir indicações a amigos e parentes, já que custa caro fazer um processo seletivo formal, comum nas grandes empresas.
Fonte: Folhapress
Há dez anos, porcentual era de 7,5%, segundo estudo da OCDE. Baixo reconhecimento social e salário motivam recusa
Especial
Isabela Palhares, O Estado de S.Paulo
24 Junho 2018 | 03h00
SÃO PAULO - Enquanto a maioria dos colegas de classe do ensino médio estudava para ser médico ou advogado, Henrique de Pinho José se imaginava dentro de uma sala de aula, ensinando Biologia. A vontade era tamanha que surpreendia os amigos e até mesmo os professores. José é uma exceção, já que no Brasil cada vez menos jovens querem seguir a carreira docente. Hoje, apenas 2,4% dos alunos de 15 anos têm interesse na profissão. Há dez anos, o porcentual era de 7,5%.
Os dados são do relatório Políticas Eficientes para Professores, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Na média, os países avaliados também tiveram queda na proporção de alunos de 15 anos interessados pela carreira. O porcentual passou de 6% dos adolescentes para 4,2%. Segundo o estudo, a baixa atratividade da carreira se deve ao pouco reconhecimento social e aos salários.
Filho de pais que não tiveram a oportunidade de fazer faculdade, José conseguiu uma bolsa em uma escola particular no ensino médio e depois cursou Biologia e licenciatura. “Para famílias menos favorecidas, ser professor não é uma péssima ideia. Mas, na escola privada, os alunos são incentivados a irem para carreiras mais prestigiadas”, diz. Hoje, aos 25 anos, ele dá aula para crianças de 6 e 7 anos em uma escola municipal de Praia Grande, no litoral paulista.
No Brasil, são alunos como José que querem ser professores. O relatório indica que quanto menor a escolaridade dos pais, maior é a proporção dos interessados na carreira. Os dados mostram que a profissão é a escolha de 3,4% dos jovens filhos de pais que só concluíram o ensino fundamental. Entre os filhos de pais que cursaram até o ensino superior, o porcentual cai para 1,8%.
Aluno do 3.º semestre de Letras do Instituto Singularidades, Maicon Ferreira, de 19 anos, lembra que foi desencorajado a seguir a carreira pelos professores da escola técnica onde fez o ensino médio integrado ao curso de Automação. "Muitos professores eram engenheiros e me aconselharam a escolher outra graduação. Eles diziam que quem dá aula ganha mal, é desvalorizado, passa por muito estresse. Mas eu sabia que era essa a carreira que queria seguir.”
De família de baixa renda, Ferreira conta que em casa sempre conviveu com problemas financeiros. Foi um projeto de Literatura, desenvolvido por um professor de Português, que o ajudou a seguir estimulado na escola. “Tive uma infância difícil, minha família sempre viveu com uma renda mensal per capita de no máximo R$ 300. Esse professor e o projeto fizeram com que eu me encontrasse, ganhasse autoestima. Quero ser esse professor para oferecer a outros alunos o mesmo que recebi.”
By Alex Therrien & Jane WakefieldBBC News Online
4 janeiro 2019
Especialistas dizem que não há evidências de que um grande tempo em frente às telas seja prejudicial; o que é prejudicial, de fato, é o uso de telas uma hora antes de dormir
Há poucas evidências de que o uso das telas de aparelhos eletrônicos por crianças seja ruim por si só, dizem pediatras britânicos.
Os pais, portanto, deveriam se preocupar menos com isso. Embora digam que não seja necessário estabelecer um limite ao uso de telas, os médicos orientam que elas não devem ser usadas uma hora antes de dormir - isso sim faz mal, dizem.
Especialistas dizem que é importante que o uso de aparelhos não subsitua o sono, exercícios físicos e tempo com a família.
As conclusões foram publicadas na revista médica BMJ Open.
Um outro estudo, por sua vez, mostrou que meninas têm duas vezes mais chance de mostrar sintomas de depressão ligados ao uso de redes sociais aos 14 anos em comparação com meninos.
O Royal College of Pediatrics and Child Health (RCPCH), órgão profissional para pediatras no Reino Unido, produziu um guia para os jovens com menos de 18 anos.
O guia diz que não há evidências de que o tempo em frente às telas seja "tóxico" para a saúde de crianças de quaisquer idades, como se diz muitas vezes.
A revisão de indícios encontrou associações entre o tempo elevado de uso de telas com obesidade e depressão. Mas a instituição analisou isso e disse que não está claro, pelas evidências, que o tempo elevado do uso de telas estivesse causando os problemas ou se as pessoas com esses problemas tinham mais probabilidade de passar muito tempo em frente às telas.
A revisão foi feita por especialistas da Universidade College London, incluindo o presidente do RCPCH, o professor Russel Viner.
Em vez de estabelecer um tempo de uso, então, os especialistas propuseram uma série de perguntas para ajudarem famílias a decidirem sobre o tempo de uso de tela:
Para o médico Max Davie, da RCPCH, telefones, computadores e tablets são uma "ótima maneira para explorar o mundo", mas pais com frequência sentiam que havia algo de ruim com as ferramentas, sem conseguir definir o que era exatamente.
"Queremos acabar com isso e dizer: 'Na verdade, se vocês sentem que está tudo OK e responderam a essas perguntas sobre vocês e sua família e estão satisfeitos, sigam com suas vidas e parem de se preocupar'."
"Mas se há problemas e vocês estão tendo dificuldades, o tempo diante das telas pode ser um dos fatores que contribuem para isso."
Viner, do RCPCH, diz que "telas são uma parte da vida moderna". "O gênio saiu da lâmpada. Não podemos colocá-lo de volta."
Precisamos orientar os pais que eles continuem fazendo o que fazem bem, que é balancear os riscos e os benefícios", afirma. "Pais precisam pensar sobre o que é útil e bom para seus filhos."
Além disso, pais devem considerar seu próprio uso de tela, se tempo de tela é controlado em sua família, e se o uso em excesso está afetando o desenvolvimento de seus filhos e de seu dia a dia.
A recomendação de que crianças não devem usar esses aparelhos uma hora antes de dormir vem porque há evidências de que eles perturbam o descanso.
Celulares, tablets e computadores estimulam o cérebro, e a luz azul produzida por eles podem interferir na secreção de melatonina, o hormônio do sono.
Embora haja modo noturno em muitos telefones, computadores e tablets, não há evidências de que são efetivos, segundo a instituição.
Em geral, o efeito que o uso de telas tem na saúde das crianças era pequeno em comparação com outros fatores, como sono, atividade física, alimentação, bullying e pobreza.
A orientação recomenda que famílias negociem uso de tela com seus filhos baseado em necessidades individuais e o quanto isso impacta no sono, assim como atividades físicas e sociais.
Para crianças, isso envolve os pais decidirem que conteúdo eles devem ver e durante quanto tempo.
Quando crescem, devem ter mais autonomia sobre o uso de telas, mas isso deve ser gradual e sob orientação de um adulto, segundo os especialistas.
"É importante encorajarmos que os pais façam o que acham melhor em relação ao tempo usando a tela. No entanto, sabemos que essa é uma área cinzenta e pais querem apoio, e é por isso que produzimos esse guia", diz o médico Davie.
"Sugerimos que restrições adequadas para a idade sejam estabelecidas, negociadas entre pais e filhos, e que todo mundo da família entenda e esteja de acordo."
- Refeições podem ser boas "zonas livres de telas". Se o uso de telas pelas crianças parecer fora de controle, pais devem considerar intervenções. Pais devem pensar sobre seu próprio tempo de tela, incluindo se usam seus aparelhos inconscientmente com frequência. Crianças mais novas precisam de interação social face a face e telas não substitutem isso.
Fonte: RCPCH
O estudo sobre o uso de redes sociais e pessoas jovens foi conduzido por especialistas da University College London e publicado no periódico EClinicalMedicine.
Envolveu cerca de 11 mil pessoas jovens respondendo a questionários sobre seu uso de redes sociais, bullying online, padrões de sono, autoestima e imagem do próprio corpo.
É um estudo separado da orientação do RCPCH sobre uso de tela, que não analisou o uso de redes sociais.
Especialistas que não se envolveram no estudo sobre redes sociais disseram que os resultados se somam a evidências que o uso pesado de redes sociais pode ser prejudicial para a saúde mental.
Mas eles disseram que mais investigações são necessárias para entender melhor se as redes sociais causam depressão ou se pessoas depressivas têm mais probabilidade de usar redes sociais em excesso.