Nesta edição queremos levar nossa solidariedade as Mulheres Vítimas de todas as violações físicas, morais etc. que sofrem, recordando as campanhas: http://www.onumulheres.org.br/16dias/ e RECORDAR A TODAS AS PESSOAS QUE todos os dias 25 de cada mês, há debates e conscientização contra a violência em Mulheres.
Dia Laranja – Todo mês tem #DiaLaranja – o dia 25 de cada mês é proclamado pela ONU como “Dia Laranja”. É um momento de aumentar a conscientização e ações para o fim da violência contra as mulheres e meninas. A cor laranja, vibrante e otimista, representa um futuro livre de violência. No Dia Laranja, todo dia 25, governos, ativistas, sociedade, mídia e demais parcerias das Nações Unidas em todo o mundo são chamadas e chamados a mobilizar pessoas e agir pela prevenção da violência contra mulheres e meninas.
Nosso fraternal abraço a todas as pessoas que nos leem nesta edição e principalmente as que muito colaboraram para esta realidade. Elisabeth Mariano e equipe JMB
Leia as chamadas de títulos abaixo, e os links de leitura, e pense!
As mulheres são as que mais sofrem com distúrbios alimentares severos, como bulimia, anorexia e vigorexia. São as mulheres sofrem com esse distúrbio de imagem que faz o paciente se sentir acima do peso mesmo quando está magérrimo... Sofrem e até morrem por consequência da osteoporose e consequências destas... Mulheres são mais vulneráveis ao contágio pelo vírus HIV... estão sendo contaminadas, porque muitos homens não aceitam usar a proteção. Maridos traem as esposas desde locais inimagináveis até com as que fazem prostituição nas ruas... não usam proteção adequadas... se contaminam e repassam. Mulheres que são estupradas ou até mesmo são obrigadas a fazer sexo sem proteção de camisinha.... sofrem gravidez indesejada por violências...
Mulheres são mais vulneráveis a doenças de trabalho... a acidentes no trabalho (muitas vezes maioria em serviços domésticos).
Mulheres são mais vulneráveis aos impactos das mudanças...... sofrem mais INFARTO... sofrem mais CÂNCER... estão muito sujeitas a doenças mentais, tais como ansiedade, depressão, bulimia, etc. sofrem mais infecção urinária e consequências.... tem mais transtornos hormonais... sofrem Transtornos afetivos...
Da Redação | 04/09/2018, 19h57 - ATUALIZADO EM 04/09/2018, 21h13
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi a relatora da matéria e se manifestou por sua aprovação
Waldemir Barreto/Agência Senado
Mulheres vítimas de violência doméstica deverão ter prioridade na realização do exame de corpo de delito. É o que determina o PLC 35/2014, aprovado nesta terça-feria (4) pelo Senado. O projeto também prevê prioridade para crianças, adolescentes, idosos ou pessoas com deficiência vítimas de violência. O texto segue para a sanção presidencial.
— Tenho certeza de que ao proporcionar a essas vítimas de violência o atendimento com prioridade estamos agilizando a apuração desses crimes, mas também elevando a dignidade e a esperança das vítimas de que a justiça pode ser feita o mais rapidamente possível — disse o presidente do Senado, Eunício Oliveira, ao elogiar a aprovação.
O projeto altera o Código de Processo Penal (CPC). A intenção inicial do autor, deputado Sandes Júnior (PP-GO), era reforçar o combate à violência doméstica e familiar contra mulher já previsto pela Lei Maria da Penha. Na Câmara, o projeto foi modificado para incluir outros grupos vulneráveis.
Para a relatora, senadora Simone Tebet (MDB-MS), o exame de corpo de delito é o meio de reunir provas materiais ou vestígios indicativos da prática de um crime. Nesta perspectiva, explicou a autora, é conveniente priorizar essa avaliação nesses grupos mais vulneráveis para facilitar a elucidação do crime.
— É um projeto que parece singelo e simples, mas tem uma repercussão de ordem prática na vida de mulheres vítimas de violência não só sexual, mas violência física e psicológica, e que também vai ter relevância na vida de outras pessoas mais vulneráveis — disse a relatora.
As senadoras Rose de Freitas (Pode-ES) e Marta Suplicy (MDB-SP) também comemoraram a aprovação. Para elas, o projeto não significa privilégio, mas sim uma mudança que pode proteger quem mais precisa.
— Aparentemente você ter prioridade num caso de violência pode não parecer justificável porque a pessoa que sofreu tem todo direito de querer ser atendida, mas nós temos que pensar sempre nos que são mais vulneráveis — lembrou Marta.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
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Sonia Avallone - Mestre em Comunicação, especialista em Marketing, jornalista e radialista. Roteirista premiada pela APCA na categoria inovação pelo rádio (2000). Dá aula há mais de 30 anos tanto para graduação como pós-graduação e já passou por instituições de destaque como Unip e Senac.
Em 2010, foi convidada pela Associação Verakis (França) para atuar como jornalista mediadora no Brasil do Projeto de Popularização Científica. Atuou como roteirista da animação: ” Mestre em Comunicação, especialista em Marketing, jornalista e radialista. Roteirista premiada pela APCA na categoria inovação pelo rádio (2000). Dá aula há mais de 30 anos tanto para graduação como pós-graduação e já passou por instituições de destaque como Unip e Senac.
Em 2010, foi convidada pela Associação Verakis (França) para atuar como jornalista mediadora no Brasil do Projeto de Popularização Científica. Atuou como roteirista da animação:” Brincadeirantes”, que teve o primeiro episódio finalizado em dezembro de 2014.
É fundadora e presidente da Galática Educação e Cultura.
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Naia Veneranda é jornalista, com especializações nas áreas de Letras e Comunicação Digital. Atualmente, cursa Mestrado em Estudos da Tradução na Universidade de São Paulo (USP). É palestrante, tradutora literária e professora. Tem mais de dez anos de experiência como docente, já trabalhou em redações e com comunicação corporativa. É coidealizadora do Programa de Olho na Rede, voltado à aulas e consultoria em Marketing Digital e também divide com Sonia Avallone a idealização e organização das Oficinas de Literatura e Escrita, do Papo de Boteco, Mapa Mundi Literário e demais projetos literários da Galática Educação & Cultura.
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Endometriose
“É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso, para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, no final do ciclo ele descama e é expelido na menstruação. Uma das teorias para explicar o aparecimento de endometriose é que um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã sofrem com a doença.
É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente tem em torno dos 30 anos.
A doença afeta hoje cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e há 30% de chance de que fiquem estéreis.”
“Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade, e 20% apenas infertilidade.
Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto. Entre os sintomas mais comuns estão:
A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.”
O diagnóstico em casos de suspeita da endometriose é feito por meio de exame físico, ultrassom (ultrassonografia) endovaginal especializado, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames de laboratório.
Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no diagnóstico da endometriose profunda. Em alguns casos, o médico ginecologista solicitará uma ressonância nuclear magnética e a ecocoloposcpia.
Fonte: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
A endometriose ainda é uma doença difícil de diagnosticar por meio do exame físico, ou seja, realizado durante a consulta ginecológica de rotina. Dessa forma, os exames de imagem são mais adequados para indicar a possível existência do problema, que será confirmado posteriormente por meio de exames laboratoriais específicos.
Entre os exames de imagem que podem sinalizar a endometriose, destacam-se:
Ultrassonografia transvaginal – Procedimento de menor custo, que permite a identificação de endometriomas, aderências pélvicas e endometriose profunda.
Ressonância magnética – Exame mais caro, a ressonância magnética apresenta melhores taxas de sensibilidade e especificidade na avaliação de pacientes com endometrioma e endometriose profunda.
Para identificar a existência da endometriose, outros exames complementares ainda podem ser solicitados pelo médico, como a ultrassonografia transretal, a ecoendoscopia retal e a tomografia computadorizada. Após a identificação de alguma alteração, o médico poderá optar por realizar uma biópsia da lesão encontrada, de modo a confirmar o diagnóstico. Essa avaliação será realizada por meio de exames chamados laparoscopia e laparopotomia.
Laparoscopia – Permite tanto o diagnóstico como o tratamento da paciente. O procedimento é realizado através de pequenas incisões na barriga, e a introdução de instrumentos telescópicos para a visualização, e se for o caso, para a retirada das lesões. A laparoscopia também permite a coleta de material para avaliação histológica e o tratamento cirúrgico das lesões. O ideal é que seja realizado após o término da fase de avaliação por meio dos métodos de imagem, permitindo que o diagnóstico e o tratamento possam ser feitos de maneira integrada – e evitando, assim, múltiplos procedimentos. A Laparoscopia é mais vantajosa que a Laparotomia, porque envolve um menor tempo de hospitalização, anestesia e recuperação, além de permitir uma melhor visualização dos focos da doença.
Laparotomia – É o procedimento tradicional e considerado mais invasivo em comparação à Laparoscopia. Envolve uma incisão abdominal maior para acessar os órgãos internos, e pode ser indicada pelo médico dependendo das necessidades da paciente.
Hoje em dia, no entanto, existem diversos tipos de tratamentos não invasivos, que podem reduzir o número total de procedimentos a que a paciente é submetida. Vale ressaltar que a endometriose é uma doença crônica, e por isso o acompanhamento médico contínuo é fundamental.
O “dia 25 de cada mês é proclamado pela ONU como “Dia Laranja”. É um momento de aumentar a conscientização e ações para o fim da violência contra as mulheres e meninas. A cor laranja, vibrante e otimista, representa um futuro livre de violência. No Dia Laranja, todo dia 25, governos, ativistas, sociedade, mídia e demais parcerias das Nações Unidas em todo o mundo são chamadas e chamados a mobilizar pessoas e agir pela prevenção da violência contra mulheres e meninas.”
31.10.2019
Apesar de redução recente, a diferença entre a taxa de participação de homens e mulheres no mercado de trabalho latino-americano era de 25,9 pontos percentuais em 2018
CEPAL e OIT lançaram 21ª edição da publicação Conjuntura Laboral na América Latina e no Caribe (outubro de 2019).
“O acesso das mulheres a atividades remuneradas e a redução das lacunas de gênero no mercado de trabalho são cruciais para o crescimento, a igualdade e a diminuição da pobreza na América Latina e no Caribe, destacou estudo de Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado na segunda-feira, dia 28 de outubro de 2019.
Segundo a publicação Conjuntura Laboral na América Latina e no Caribe, entre as tendências mais importantes que o mercado de trabalho enfrenta na América Latina está o grande aumento da participação das mulheres em atividades remuneradas.
Nos últimos 30 anos, a taxa média de participação de mulheres com 15 anos ou mais no mercado de trabalho latino-americano aumentou 11 pontos percentuais, um ritmo superior ao de outras regiões do mundo. No entanto, ainda existem grandes diferenças entre os países, tanto na taxa de crescimento quanto nos níveis alcançados de participação do trabalho feminino, e um atraso significativo em comparação aos países desenvolvidos.
Apesar de redução recente, a diferença entre a taxa de participação de homens e mulheres no mercado de trabalho latino-americano era de 25,9 pontos percentuais em 2018, indicou a publicação.
O estudo acrescentou que, para entender a evolução da taxa de participação do trabalho feminino na América Latina e analisar as perspectivas para o futuro, é crucial entender que a decisão de participar de atividades remuneradas é influenciada por diversas circunstâncias e, por sua vez, tem um impacto em outras decisões, principalmente no investimento em educação e nas relacionadas à família.
“A região avançou em muitos dos fatores que impactam positivamente a decisão de participar do mercado de trabalho, como igualdade de acesso à educação, queda na taxa de fertilidade, maiores níveis de renda média e acesso a tecnologias que reduzem a quantidade de tempo necessária para realizar tarefas domésticas e melhorar os serviços de saúde reprodutiva. Também foram alcançados progressos em termos de direitos políticos e normas sociais”, escreveram Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL, e Juan Felipe Hunt, diretor regional a.i. para a América Latina e o Caribe da OIT, no prólogo do documento.
“No entanto, ainda existem atrasos em algumas áreas que podem limitar o crescimento da participação do trabalho; isso inclui lacunas de gênero em termos de retorno esperado aos aspectos educacionais e culturais que favorecem o papel reprodutivo e do trabalho de cuidado das mulheres.”
Por outro lado, o relatório indicou que a incorporação de novas tecnologias poderia gerar um aumento na participação das mulheres em atividades remuneradas. No entanto, alertou que uma maior participação não implica necessariamente uma maior qualidade de emprego ou de qualidade de vida, enfatizando ser necessário incorporar algumas políticas para evitar maior insegurança e sobrecarga de trabalho.
Nesta edição da Conjuntura Laboral na América Latina e no Caribe, CEPAL e OIT também examinam o desempenho do mercado de trabalho durante o primeiro semestre de 2019. Segundo as duas instituições, a taxa de desemprego urbano regional manteve-se estável em relação ao mesmo período de 2018, atingindo 10,1% em média nos 15 países latino-americanos analisados.
As organizações acrescentaram que o baixo crescimento econômico registrado no primeiro semestre do ano afetou a criação de empregos e as condições de trabalho nos países da região. Por um lado, o autoemprego (que geralmente é de qualidade inferior) continuou crescendo mais do que os empregos assalariados durante esse período. Ao mesmo tempo, a concentração de empregos nos setores de serviços manteve-se firme, enquanto o crescimento do emprego industrial observado desde 2017 vem diminuindo e desacelerando.
Em resumo, as organizações das Nações Unidas afirmaram que, em 2019, os setores e categorias que tendem a criar empregos de melhor qualidade estão perdendo terreno para setores nos quais prevalece a criação de empregos com condições de trabalho mais informais. Além disso, o salário real médio do emprego registrado e o salário mínimo real estão crescendo a uma taxa mais baixa do que nos anos anteriores.
Por fim, dadas as expectativas moderadas de crescimento econômico global e regional para 2019, CEPAL e OIT disseram esperar que o ano termine com um ligeiro aumento nas taxas regionais de desemprego, que seria de cerca de 9,4% para as áreas urbanas (comparado a 9,3% registrados em 2018).”
Clique aqui para acessar o relatório completo (em espanhol).
01/11/2019
É notável que o debate sobre a nutrição das populações está cada vez mais presente nas discussões globais sobre a fome. E entre as questões mais discutidas está a importância da nutrição adequada nos primeiros mil dias de vida das crianças – fase em que o acesso a micronutrientes é crucial para o desenvolvimento físico e cognitivo do indivíduo.
A falta desses nutrientes é responsável por problemas que, muitas vezes, a pessoa carregará para o resto da vida, como sistema imunológico deficiente, baixo desempenho escolar, desnutrição, predisposição ao desenvolvimento de doenças não-comunicadas (que não são transmissíveis diretamente de uma pessoa a outra), entre outros.
Diante desse cenário, e com o objetivo de debater alternativas para solucionar ou minimizar o problema da deficiência de micronutrientes associada à má nutrição, a DSM e o Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA) promovem o seminário “Micronutrientes: contribuindo para a infância no Brasil”.
O evento aconteceu em 7 de novembro, no Mercure Brasília Líder Hotel.
Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz mostra também que um terço dos jovens do país consome bebidas alcoólicas antes dos 18 anos
11/08/2019 | 8:34 // Por R7
Um estudo feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) revela que aproximadamente 7 milhões de brasileiros menores de 18 anos (34,3%) relatavam ter consumido bebida alcoólica na vida. Um milhão deles haviam feito uso em binge, que são cinco ou mais doses para homens e quatro ou mais para mulheres em uma única ocasião, nos 30 dias anteriores à pesquisa.
Os dados fazem parte do 3º Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, que alerta ainda para a dependência de álcool entre adolescentes. Segundo os pesquisadores, 119 mil jovens entre 12 e 17 anos têm algum tipo de vício em álcool.
Mais de 100 milhões de brasileiros consumiram álcool uma vez na vida, sendo que a idade média do início do consumo foi de 15,7 anos entre os homens e 17,1 anos entre as mulheres.
Sheila Niskier, médica do adolescente da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explica que nessa faixa etária os indivíduos não têm completamente desenvolvidas áreas do cérebro responsáveis pela tomada de decisões, planejamento etc. Até próximo aos 23 anos, essa área, chamada de córtex pré-frontal, ainda está em formação.
"O adolescente é só emoção. Ele não mede as consequências. Em muitos casos, especialmente dos meninos, o álcool é muito usado em festas para perder a inibição e poder se aproximar de uma menina que esteja interessado, por exemplo".
Ela acrescenta que o uso exagerado da tecnologia gera insegurança nos adolescentes quando eles precisam ter interações sociais às quais não estejam habituados. O álcool surge como um aliado perigoso nessas horas.
"Quanto mais cedo iniciar qualquer vício, pior. Tudo vai ser muito mais exacerbado", afirma. Estar alcoolizado também expõe os jovens a riscos que não estão diretamente ligados à bebida, como acidentes e violência.
O uso de cigarro pelos adolescentes também é abordado no estudo. Segundo a Fiocruz, 1,2 milhão fumou cigarro industrializado pelo menos uma vez na vida, sendo que 477 mil afirmavam ter consumido nos 30 dias anteriores à pesquisa. O primeiro contato com o cigarro se deu na faixa dos 15 anos, em média, tanto para homens quanto para mulheres.
A parcela dos menores de idade que relatam já ter consumido alguma droga ilícita na vida (maconha, cocaína, crack, ecstasy, LSD, crack, entre outras) representa 4% da população entre 12 e 17 anos, ainda assim chega a 814 mil adolescentes. Nos 30 dias anteriores à pesquisa, foram 268 mil jovens.
Em 2015, o Estatuto da Criança e do Adolescente foi alterado e passou a punir com prisão de dois a quatro anos quem "vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica".
Como identificar possíveis sinais de abuso sexual em crianças?
Fonte: BBC
“Segundo dados do Disque 100 (Disque Direitos Humanos) e do Sistema Único de Saúde, mais de 120 mil casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes foram registrados no país entre 2012 e 2015 - o equivalente a pelo menos três ataques por hora.
Mas como identificar abuso sofrido por uma criança próxima? O caso do uruguaio Felipe Romero, que, segundo uma autópsia preliminar, teria sido vítima de violência sexual, chamou a atenção dos leitores da BBC Brasil, que pediram esclarecimentos sobre quais são, afinal, esses sinais.
Com base em informações de sites especializados e entrevistas com profissionais da área, a BBC Brasil elaborou o guia abaixo.
"Geralmente, nao é um sinal só, mas um conjunto de indicadores. É importante ressaltar que a criança deve ser levada para avaliação de especialista caso apresente alguns desses sinais", diz Heloísa Ribeiro, diretora executiva da ONG Childhood Brasil, de defesa dos direitos das crianças e adolescentes.
1) Mudança de comportamento
O primeiro sinal a ser observado é uma possível mudança no padrão de comportamento das crianças. Segundo Ribeiro, esse é um fator facilmente perceptível, pois costuma ocorrer de maneira repentina e brusca.
"Por exemplo, se a criança nunca agiu de determinada forma e, de repente, passa a agir. Se começa a apresentar medos que não tinha antes - do escuro, de ficar sozinha ou perto de determinadas pessoas. Ou então mudanças extremas no humor: a criança era superextrovertida e passa a ser muito introvertida. Era supercalma e passa a ser agressiva", afirmou.
A mudança de comportamento também pode se apresentar com relação a uma pessoa específica, o possível abusador.
"Como a maioria dos abusos acontece com pessoas da família, às vezes a criança apresenta rejeição a essa pessoa, fica em pânico quando está perto dela. E a família estranha: 'Por que você não vai cumprimentar fulano? Vá lá!'. São formas que as crianças encontram para pedir socorro, e a família tem que tentar identificar isso", afirma a educadora sexual Maria Helena Vilela, do Instituto Kaplan.
Em outros casos, a rejeição não se dá em relação a uma pessoa específica, mas a uma atividade. A criança não quer ir a uma atividade extracurricular, visitar um parente ou vizinho ou mesmo voltar para casa depois da escola.
2) Proximidade excessiva
Apesar de, em muitos casos, a criança demonstrar rejeição em relação ao abusador, é preciso usar o bom senso para identificar quando uma proximidade excessiva também pode ser um sinal.
Teria sido o caso, por exemplo, do técnico de futebol Fernando Sierra, que tinha uma relação quase paternal com o garoto Felipe Romero. O treinador buscou o menino na escola, desapareceu e ambos foram encontrados mortos dois dias depois.
A hipótese principal é que o treinador tenha atirado no menino e, em seguida, cometido suicídio por não aceitar um pedido da mãe para que se afastasse da criança. Laudo preliminar da autópsia indicou que o garoto vinha sendo vítima de abusos sexuais.
Importante notar, no entanto, que o papel do desconhecido como estuprador aumenta conforme a idade da vítima - ou seja, no abuso de menores de idade, a violência costuma ser praticada por pessoas da família na maioria dos casos.
Se, ao chegar à casa de tios, por exemplo, a criança desaparece por horas brincando com um primo mais velho ou se é alvo de um interesse incomum de membros mais velhos da família em situações em que ficam sozinhos sem supervisão, é preciso estar atento ao que possa estar ocorrendo nessa relação.
Segundo o NHS, o SUS britânico, 40% dos abusos no Reino Unido são cometidos por outros menores de idade, muitas vezes da mesma família. Também segundo os dados britânicos, 90% dos abusadores fazem parte da família da vítima.
No Brasil, 95% dos casos desse tipo de violência contra menores são praticados por pessoas conhecidas das crianças, e em 65% deles há participação de pessoas do próprio grupo familiar.
Nessas relações, muitas vezes, o abusador manipula emocionalmente a vítima que nem sequer percebe estar sendo vítima naquela etapa da vida, o que pode levar ao silêncio por sensação de culpa. Essa culpa pode se manifestar em comportamentos graves no futuro como a autoflagelação e até tentativas de suicídio.
"As pessoas acham que o abusador será um desconhecido, que não faz parte dessa vida da criança. Mas é justamente o contrário, na grande maioria dos casos são pessoas próximas, por quem a criança tem um afeto. O abusador vai envolvendo a criança pra ganhar confiança e fazer com que ela nao conte", afirmou Ribeiro, da ONG Childhood Brasil.
"A violência sexual é muito frequente dentro de casa, ambiente em que a criança deveria se sentir protegida. É um espaço privado, de segredo familiar e é muito comum que aconteça e seja mantido em segredo."
3) Regressão
Outro indicativo apontado pelas especialistas é o de recorrer a comportamentos infantis, que a criança já tinha abandonado, mas volta a apresentar de repente. Coisas simples, como fazer xixi na cama ou voltar a chupar o dedo. Ou ainda começar a chorar sem motivo aparente.
"É possível observar também as características de relacionamento social dessa criança. Se, de repente, ela passa a apresentar esses comportamentos infantis. Ou se ela passa a querer ficar isolada, não ficar perto dos amigos, não confiar em ninguém. Ou se fugir de qualquer contato físico. A criança e o adolescente sempre avisam, mas na maioria das vezes não de maneira verbal", considera Ribeiro.
A diretora da ONG Childhood Brasil alerta, porém, que é importante procurar avaliação especializada que possa indicar se eventuais mudanças de comportamento são apenas parte do desenvolvimento da criança ou indicativos de vulnerabilidade.
"É importante lembrar que o ser humano é complexo, então esses comportamentos podem aparecer sem estarem ligados a abuso."
4) Segredos
Para manter o silêncio da vítima, o abusador pode fazer ameaças de violência física e promover chantagens para não expor fotos ou segredos compartilhados pela vítima.
É comum também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de benefício material para construir a relação com a vítima. É preciso também explicar para a criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com adultos de confiança, como a mãe ou o pai.
5) Hábito
Uma criança vítima de abuso também apresenta alterações de hábito repentinas. Pode ser desde uma mudança na escola, como falta de concentração ou uma recusa a participar de atividades, até mudanças na alimentação e no modo de se vestir.
"Às vezes de repente a criança começa a ter uma aparência mais descuidada, não quer trocar de roupa. Outras passam a não comer direito. Ou passam a comer demais", pontuou Ribeiro.
A mudança na aparência pode ser também uma forma de proteção encontrada pela criança. Em entrevista à BBC Brasil no ano passado, a nadadora Joanna Maranhão, que foi vítima de abuso sexual por seu técnico quando tinha nove anos, revelou que se vestia como um menino na adolescência para fugir de possíveis violências.
Ribeiro cita também mudanças no padrão de sono da criança como indicativo de que algo não anda bem. "Se ela começa a sofrer com pesadelos frequentes, ou se tem medo de dormir ou medo de ficar sozinha."
6) Questões de sexualidade
Um desenho, uma "brincadeira" ou um comportamento mais envergonhado podem ser sinais de que uma criança esteja passando por uma situação de abuso. "Quando uma criança que, por exemplo, nunca falou de sexualidade começa a fazer desenhos em que aparecem genitais, isso pode ser um indicador", apontou Maria Helena Vilela.
"Pode vir em forma de brincadeira também. Ela chama os amiguinhos para brincadeiras que têm algum cunho sexual ou algo do tipo", observou Henrique Costa Brojato, psicólogo e especialista psicossocial da Rede Marista de Solidariedade. Podem, inclusive, reproduzir o comportamento do abusador em outras crianças.
Para Heloísa Ribeiro, o alerta deve ser dado especialmente para crianças que, ainda novas, passam a apresentar um "interesse público" por questões sexuais. "Quando ela, em vez de abraçar um familiar, dá beijo, acaricia onde não deveria, ou quando faz uma brincadeira muito para esse lado da sexualidade."
O uso de palavras diferentes das aprendidas em casa para se referir às partes íntimas também é motivo para se perguntar à criança onde ela aprendeu tal expressão.
7) Questões físicas
Há também os sinais mais óbvios de violência sexual em menores - casos que deixam marcas físicas que, inclusive, podem ser usadas como provas à Justiça. Existem situações em que a criança acaba até mesmo contraindo doença sexualmente transmissível.
"Há casos de gravidez na adolescência, por exemplo, que é causada por abuso. É interessante ficar atento também a possíveis traumatismos físicos, lesões que possam aparecer, roxos ou dores e inchaços nas regiões genitais", observou a diretora da Childhood.
8) Negligência
Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência.
Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família, com o diálogo aberto com os pais, estará em situação de maior vulnerabilidade.
Caso identifique um ou mais dos indicadores listados acima, o melhor a se fazer é, antes mesmo de conversar com a criança, procurar ajuda de um especialista que possa trazer a orientação correta para cada caso.
"Há muitas dessas características que são semelhantes às de um adolescente em desenvolvimento. Por isso que é importante ter avaliação de alguém que é especialista nisso. Um psicólogo, por exemplo. Se tiver dúvidas, a pessoa pode perguntar na escola, que costuma ter profissionais treinados pra identificar esses casos", disse Ribeiro.
"É sempre aconselhável também acionar o Sistema de Garantia de Direitos, por meio do Conselho Tutelar, Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) ou Vara da Infância e da Juventude para encontrar caminhos para uma resposta mais adequada", afirmou Henrique Costa Brojato.
Muitas vezes por se sentir culpada, envergonhada ou acuada, a criança acaba não revelando verbalmente que está ou que viveu uma situação de abuso. Mas há situações também em que ela tenta contar para alguém e acaba não sendo ouvida. Por isso, o principal conselho dos especialistas é sempre confiar na palavra dela.
"Em primeiro lugar, é importante que quando a criança tentar falar alguma coisa, que ela se sinta ouvida e acolhida. Que nunca o adulto questione aquilo que ela está contando. Ou que tente responsabilizá-la pelo ocorrido", diz Ribeiro.”