Muito triste e preocupante saber que aumentou muito o índice de mulheres que viciam em bebidas alcoólicas. Os danos à suade das mulheres é grave!
Não se sabe ainda de políticas públicas ou segmentos especializados nesta situação (será que recente ou mais divulgada atualmente?)
Os custos de internação em clínicas especializadas estão onerosos. Precisa ter uma boa renda ou garantias para se internar...
Quais os motivos que levam as Mulheres ao alcoolismo? Há quem diga que é fruto de PROPAGANDA DIRIGIDA E OBEJTIVA PARA ELAS!
Há quem diga que é o estresse existencial... porque as responsabilidades da família e as domésticas ainda permanecem dela mesmo;
E, que, se em cargo na diretoria ou presidência e uma empresa (que aliás, costumes no local, sequer a favorece muito e além de tudo salários mais baixos).
Aqui trazemos algumas pesquisas, mas cremos que está na hora de haver mais clareza, debates, e, que as Mulheres sejam solidárias com as outras, ajudando-as a superar fases difíceis emocionais, familiares, e até nas profissionais de carreira etc. Lembre-se: “Ter saúde é acumular riqueza existencial! ”
Procure relaxar, inovar em suas áreas sociais e domésticas fora de horário de trabalho, o estresse sempre é o inimigo e mal conselheiro!
Aqui sugerimos a terapia de “CANTAR!!!” SÃO 23 DICAS PARA VOCE SAIR DO ESTRESSE (E, quiçá livrar-se da bebida!!!)
Felicidades e muito sucesso em 2020 são os nossos votos de Elisabeth Mariano e da equipe JMB.
Por que é mais difícil para as mulheres lutar contra alcoolismo e dependência às drogas
https://www.bbc.com/portuguese/geral-41436903
Mulheres em tratamento ambulatorial por abuso de álcool: características sociodemográficas e clínicas
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472013000200012
Consequências do uso de álcool em mulheres atendidas em um Centro de Atenção Psicossocial
https://www.fen.ufg.br/revista/v16/n2/pdf/v16n2a09.pdf
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
Cleonice Caetano Souza
Sexo: Feminino
Nacionalidade: Brasileira.
Natural de: Propriá, Estado do Sergipe, região nordeste do Brasil.
Profissão: Comerciária e Dirigente Sindical desde a década de 1980.
Graduação: Serviço Social
Pós-graduação em Educação Social e Cidadania cursando.
Iniciou as atividades laborais formalmente aos 14 anos, no ramo têxtil com a obtenção do seu primeiro registro na CTPS. Posteriormente, foi para o ramo industrial e desde 1977 está no comércio, com a devida sindicalização.
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo foi fundado e teve o seu reconhecimento sindical em 15 de maio de 1941.
Em 21 de agosto de 1981, ocorreu o 1o Congresso das Classes Trabalhadoras (CONCLAT), com a denominação de Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras, a qual foi uma aspiração legítima, uma vez que o governo à época, apenas permitia a realização de evento pelos empresários. As centrais sindicais que conhecemos estavam na fase embrionária, ocorrendo a criação da primeira central sindical em 1983.
Na década de 90, em pleno exercício das atividades no Sindicato dos Comerciários de São Paulo, à época filiada a Força Sindical, ingressou no movimento dos sindicalistas brasileiros que denunciaram as variadas práticas racialmente discriminatórias que violam os mais elementares direitos de cidadania de metade da população brasileira – negros e negras – empurrando este segmento para as piores condições de educação, de trabalho, de saúde, privação da terra, acesso à cultura, ao lazer, entre outras.
Com outros companheiros, cerrou fileiras com as entidades negras no sentido de pautar a questão racial na agenda do governo brasileiro e nos debates referentes à democratização e melhorias das condições de trabalho.
Teve participação ativa quando em 1992, fomos pioneiros na utilização eficaz de um tratado internacional – a Convenção 111 da OIT – e, por meio dela, obrigamos o governo brasileiro, pela primeira vez na história, a reconhecer, perante um organismo internacional, a existência do problema racial na sociedade brasileira.
Desde então, auxilia na educação política dos trabalhadores e das trabalhadoras, com a realização de várias denúncias públicas no plano interno e internacional, na preparação das assessorias jurídicas dos sindicatos para lidarem adequadamente com casos de discriminação racial, gênero, orientação sexual, a pessoas com deficiência e no incansável trabalho de inserção das cláusulas de promoção da igualdade nos acordos e convenções coletivas de trabalho.
Em 2003 o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, foi o primeiro na introdução de cláusulas de promoção racial nos acordos e nas convenções coletivas de trabalho, onde teve árdua participação e colaboração para esse feito, conforme demonstra a publicação da “A Voz Comerciária 2004”.
Outra luta é na questão de gênero, onde o Brasil também é signatário da Convenção 100 da OIT, a qual dispõe à igualdade de remuneração entre mão de obra masculina e feminina em trabalho de igual valor.
Igualmente à questão de raça formou grupo de sindicalistas mulheres para a defesa dos seus interesses sindicais e na proteção da mulher trabalhadora. E, como não poderia ser diferente, somou-se ao grupo liderado por grandes nomes do movimento sindical que até hoje estão em atividades.
Travou uma grande batalha interna, em um dos Congressos Sindicais, composto por 98% de homens, conseguiram inserir a participação de 30% de mulheres na diretoria das entidades sindicais.
Outra conquista de salutar importância foi implantação de sanitários exclusivamente femininos no ambiente de trabalho tanto na indústria quanto no comércio.
Destaca-se o programa de formação em gênero e raça no movimento sindical, com objetivo principal de sensibilizar as mulheres dirigentes sindicais, para fazer a transversalização de raça/cor no debate de gênero.
Ressalta-se também a direção do Júri Simulado sobre a Lei Maria da Penha, Violência Doméstica, Discriminação Racial para a Promoção de Equidade Racial com intersecção de Gênero, LGBTI+, Pessoa Com Deficiência e Geracional (jovens e idosos). O programa Vaga Social, iniciado em 2014, também é de sua autoria.
Por fim, sublinhe-se por oportuno a defesa incondicional à mulher negra para a conquista dos seus direitos, porque as desigualdades raciais ainda marcam fortemente a estrutura do mercado de trabalho, especialmente para as mulheres negras e as trabalhadoras domésticas.
Tel.: (11) 2121-5900
OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da TV JORNAL DA MULHER BRASILEIRA, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.Sandra Regina Schewinsky
E-mail: srschewinsky@hotmail.com
Facebook: Neuropsicologia Sandra Schewinsky
WhatsApp: (11) 99105-2310
O Primeiro Congresso Internacional de Neurociência e Reabilitação terminou. Sinto-me emocionada em testemunhar o poder de realização do meu amigo Hercílio da Silva Júnior. Ele provou que não é preciso esperar pelas instituições, pelo governo ou simpatizantes, Hercílio foi lá e fez.
E fez bonito! Conseguiu reunir o povo de todos os cantos do Brasil, trouxe nomes famosos Internacionais (Michael e Lynda Thompson, Andrew Bateman, Paola Marangola) além das maiores referências nacionais.
O evento transcorreu sem uma rusga, o capital intelectual arrecadado é impossível contabilizar.
Em todos os lugares só havia pessoas felizes, satisfeitas e criando novos laços.
Toda a organização, mídia e logos impecáveis e devemos também ao Bruno tanta eficiência.
Hercílio e Bruno mostraram que não temem nada, são jovens corajosos, destemidos e esbanjando saber.
Mostraram para todos nós que é possível buscar sempre a excelência, fazer sempre melhor e ser referência.
Que luz de vocês brilhe cada vez mais, para iluminar a vida de quem tanto precisa mitigar a escuridão.
Continuem lutando para que o
Brasil mostre seus NEURÔNIOS!
Muito obrigada mesmo!
O maior crescimento foi observado entre mulheres
Publicado em 25/07/2019 - 12:28
Por Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil Brasília
Em 13 anos, o uso abusivo de bebida alcoólica aumentou no país, chegando a atingir 17,9% da população adulta. De acordo com dados reunidos pelo Ministério da Saúde, no ano passado, o percentual era 14,7% maior do que o registrado em 2006 (15,6%). O dado consta da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada hoje (25).
No período, o maior crescimento se deu entre as mulheres. O percentual (11%), porém, continua sendo mais baixo do que o dos homens (26%). No início da análise, os percentuais eram de 7,7% e 24,8%, respectivamente.
Conforme destaca o ministério, entre mulheres, considera-se uso abusivo de álcool a ingestão de quatro ou mais doses em uma mesma ocasião, nos últimos 30 dias. Já no caso de homens, o comportamento se configura quando há ingestão de cinco ou mais doses.
O comportamento é visto com mais frequência entre grupos populacionais mais jovens e tende a diminuir à medida que a idade avança. Segundo a Vigitel, há preponderância entre homens de 25 a 34 anos (34,2%) e mulheres de 18 a 24 anos (18%). Já entre mulheres com mais de 65 anos, o percentual é de somente 2%, o que representa 5,2% a menos do que em homens da mesma idade (7,2%).
O uso abusivo de bebidas alcoólicas é um fator de risco que contribui para a ocorrência de acidentes de trânsito e para a suscetibilidade a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), que abrangem câncer, doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC). Na perspectiva da Organização Mundial da Saúde (OMS), não há volume de álcool que possa ser classificado como "seguro", uma vez que a substância é tóxica para o organismo humano.
O Ministério da Saúde calcula que 1,45% do total de óbitos registrados entre 2000 e 2017 pode ser "totalmente atribuído" à ingestão abusiva de bebidas, como doença hepática alcoólica. A estatística prova que a vulnerabilidade dos homens está diretamente relacionada à embriaguez. Eles morrem aproximadamente nove vezes mais do que as mulheres por causas ligadas exclusivamente ao álcool.
Em coletiva, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou que "a melhor estratégia" do poder público é orientar a população por meio de campanhas que evidenciem os malefícios das bebidas alcoólicas. Atualmente, o governo federal oferece, por meio da Política Nacional de Saúde Mental, atendimento a pessoas que sofrem de dependência do álcool (alcoolismo). O atendimento é disponibilizado gratuitamente, das unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Estudo realizado pela Fiocruz mostra que quase 120 mil adolescentes são dependentes do álcool. - Redação Folha Vitória
O alcoolismo é considerado uma doença pela Organização Mundial da Saúde, sendo um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Pesquisas atuais revelam que cerca de 15% da população consome álcool diariamente e o Brasil está entre os países que mais consomem bebidas alcoólicas na América Latina.
Os adolescentes são uma grande vítima desse problema. Os indicadores apontam que, com os passar dos anos, a idade de iniciação no consumo do álcool começa cada vez mais cedo e a quantidade e diversidade de bebidas, se torna cada vez maior.
Um estudo feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) revela que aproximadamente 7 milhões de brasileiros menores de 18 anos (34,3%) relatavam ter consumido bebida alcoólica na vida. Os dados fazem parte do Terceiro Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, que alerta ainda para a dependência de álcool entre adolescentes.
Segundo os pesquisadores, 119 mil jovens entre 12 e 17 anos têm algum tipo de vício em álcool.
Mais de 100 milhões de brasileiros consumiram álcool uma vez na vida, sendo que a idade média do início do consumo foi de 15,7 anos entre os homens e 17,1 anos entre as mulheres.
Em entrevista para o Portal R7, a médica do adolescente Sheila Niskier explica que nessa faixa etária os indivíduos não têm completamente desenvolvidas áreas do cérebro responsáveis pela tomada de decisões e planejamento. Até próximo aos 23 anos, essa área, chamada de córtex pré-frontal, ainda está em formação. "O adolescente é só emoção. Ele não mede as consequências. Em muitos casos, especialmente dos meninos, o álcool é muito usado em festas para perder a inibição e poder se aproximar de uma menina que esteja interessado, por exemplo".
Segundo a psicóloga Camila Almeida, é importante frisar que não existe consumo de álcool isento de riscos, sendo que o foco deve ser o diagnóstico precoce. "O etilista é considerado aquele em que se identifica prejuízo social e pessoal em consequência do abuso da bebida, além de sinais de abstinência e dependência. No entanto, é importante, também, tratar daqueles que possuem características de risco, ou seja, as pessoas que apresentam tendências a se tornarem dependentes", completa Camila.
DIREITO PENAL - Publicado por Leonardo Hubinger
De início, devemos destacar que o femicídio é o gênero de homicídios que tem como vítima mulher e o feminicídio é uma espécie de femicídio. Vejamos agora a diferença de forma específica entre esses dois institutos.
FEMICÍDIO
A definição de femicídio é bem simples e não tem nenhuma relevância para o nosso ordenamento jurídico. Então femicídio é o homicídio que tem como vítima a mulher, independentemente de qualquer circunstância, por exemplo: uma mulher é vítima de um homicídio depois de uma discussão com uma outra mulher na rua.
FEMINICÍDIO
Esse instituto já é um pouco mais sensível, com um pouco mais de detalhes, haja vista que ele sim tem relevância jurídica no Brasil, porém não é nenhum bicho de 7 cabeças, depois desse texto, tenho certeza que sairá sabendo diferenciar, claramente os dois institutos.
A lei 13.104/15, veio e introduziu o inciso VI e § 2º - A ao Código Penal Brasileiro, tais inovações trouxeram a qualificadora do feminicídio ao crime de homicídio, quando ele for praticado em 2 (duas) hipóteses:
1 – Violência doméstica e familiar: a definição de violência doméstica e familiar está no artigo 5º, inciso I da Lei Maria da Penha:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015)
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
2 – Menosprezo ou descriminação à condição de mulher: esse é o caso em que o autor do crime é motivado pelo preconceito, descriminação do gênero feminino, em grosseiras palavras, mata só porque a mulher é mulher.
Por todo o exposto, podemos concluir que somente ocorrerá o feminicídio quando o homicídio for praticado contra mulher em caso de violência doméstica e familiar ou menosprezo, descriminação à condição do sexo feminino.
QUEM PODE SER VÍTIMA DE FEMINICÍDIO?
Para alguns essa pergunta pode ser óbvia, porém, em tempos modernos existe muito a discussão sobre gêneros e para alguns pode surgir a dúvida sobre transexuais e o feminicídio.
Nesse caso, compartilho do entendimento do professor DELMANTO, que entende que para a caracterização do crime é necessário analisar o registro civil da vítima, se lá constar sexo feminino podemos falar sobre feminicídio, caso contrário NÃO.
Deixo claro que há entendimentos diversos do compartilhado aqui.
DIFERENÇA ENTRE FEMICÍDIO E FEMINICÍDIO
Depois de analisar cada um de forma isolada podemos apontar que as diferenças são: Femicídio é gênero feminicídio é espécie, o feminicídio é uma qualificadora do crime de homicídio e não um crime autônomo, femicídio é homicídio que tem vítima mulher o feminicídio é o homicídio contra mulher em razão do seu gênero feminino ou quando ocorrer violência doméstica ou familiar.
Vamos dar um exemplo de femicídio:
A está andando na rua e é ofendido por B (mulher), ambos nunca tiveram contato, A fica enfurecido e mata B. Esse é um caso de femicídio e não feminicídio, pois o crime não teve violência doméstica ou familiar e nem ocorreu por razão do gênero feminino.
Agora um exemplo de feminicídio:
A, pai de B (mulher), bate de forma corriqueira em B, pelo fato dela tirar notas baixas na escola, porém certo dia A extrapola e acaba matando B. Estamos diante de um feminicídio haja vista que está presente a violência doméstica e familiar.
PENA DO HOMICÍDO QUALIFICADO PELO FEMINICÍDIO
Reclusão de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
CONCLUSÃO
Podemos concluir então que há diferença entre femicídio e feminicídio e tal descompasso é relevante, desta forma podemos dizer que todo feminicídio é um femicídio, porém nem todo femícidio é um feminicídio.
Espero que tenham gostando, qualquer esclarecimento pode entrar em contato, todo feedback será bem-vindo.
E-mail: leohubinger@adv.oabsp.org.br
Instagram: @leonardohubinger
Facebook: Leonardo Hubinger
Leonardo Hubinger
Advogado atuante na área de concursos públicos e criminalista
Maria Tereza Vitangelo
Na semana em que se comemora o dia internacional das mulheres voltam a emergir as discussões acerca da violência e discriminação de gênero.
Quinta-feira, 8 de março de 2018
Em um cenário recorrente de aumento dos índices da violência doméstica, dos índices de feminicídio, do aumento das desigualdades e discriminação social, em que mais de um bilhão de mulheres não possuem proteção contra a violência dentro do seu próprio lar, em um cenário em que impera a desigualdade salarial em razão do gênero, ainda vemos crescer continuamente e de forma expressiva, a violência psicológica contra as mulheres, a forma mais subjetiva, sútil e cruel de violência que assola de forma silenciosa, milhares de mulheres em nosso país.
A Lei Maria da Penha em seu artigo 7º, Inciso II assim a descreve:
"II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;"
Como se depreende do exposto em lei, a violência psicológica se manifesta nos pequenos gestos, nas práticas reiteradas de ofensa à mulher, na crítica aos seus valores, a sua imagem e comportamento, na diminuição de sua autoestima, na manipulação emocional, dentre outras que lhe retiram a capacidade de expressar suas vontades e pensamentos, lhe retiram o poder de decisão e a tornam codependentes de relacionamentos nefastos.
São em situações como estas em que a mulher, muitas vezes afastada de seus familiares, do seu círculo de amigos, fragilizada pela falta de oportunidades de estudo, pela hipossuficiência financeira, padecem de violência psicológica e assistem aos poucos a morte de seus sonhos.
É comum o agressor através de palavras e atitudes, ofender e denegrir a imagem da vítima, menosprezar seus sentimentos, ferir sua autoestima, retirar-lhe o valor enquanto ser humano, não respeitar suas opiniões, valores e crenças para lhe impor poder, desrespeito e dominação.
Práticas como o ciúme, o controle, a agressividade nas palavras, os adjetivos pejorativos, a rejeição, o desrespeito, a humilhação, a intimidação, o domínio econômico, a ameaça de violência física e o isolamento relacional, são apenas alguns dos exemplos práticos desta triste realidade.
Infelizmente o ser humano tem se tornado cada vez mais egoísta e covarde. As pessoas invadem a intimidade uma das outras, sem qualquer respeito, responsabilidade e consideração, sem medir as consequências de suas atitudes, como se a vida alheia fosse uma praça pública em que se entra e faz o que quer.
Cada vez mais a sociedade vem sofrendo com os efeitos nefastos deste tipo de relacionamentos. Famílias são desfeitas, várias vítimas vão sendo deixadas para trás, sem que a sociedade perceba que está em total estado de anomia social e que a família, como base da sociedade, está em ruínas.
O mais triste é que a violência psicológica acontece dentro do próprio lar e o agressor geralmente é o cônjuge ou próprio companheiro da vítima. A expressão "Estar ao lado de quem não lhe ama é dormir com o inimigo" é a mais pura expressão da verdade! A facada vem de quem você mais confia.
Os efeitos deste tipo de violência são imensuráveis e podem ser irreversíveis para o resto da vida, podendo gerar indivíduos que sofrem de ansiedade, angústia, baixa autoestima, depressão, sentimento de incapacidade, sentimento de culpa, perda da memória, diagnóstico de pânico, diagnóstico de fobias, sensação de vazio, perda de sentido da vida, tentativa de suicídio, falta de esperança, dificuldade em confiar e criar laços relacionais saudáveis, dentre outros, que prejudicam inclusive à vida em sociedade.
Infelizmente trata-se de um problema cultural gravíssimo decorrente da cultura ainda totalmente arraigada do machismo, do sexismo e da discriminação contra a mulher presentes em nossa sociedade. E somente as transformações nas relações sociais, políticas, econômicas, de poder e principalmente culturais vão criar aos poucos mais e mais condições para a busca da igualdade de gêneros e para a diminuição dos índices de violência contra a mulher.
As mulheres precisam se fortalecer, aprender a falar com segurança, a se expressar, se impor e fazer valer as suas vontades e os seus direitos frente a tais situações.
E é nesse sentido que o empoderamento feminino surge, exatamente para colaborar com que as mulheres em situação de violência psicológica consigam se auto perceber nessa condição, ter consciência dos seus direitos e reunir forças para o seu enfrentamento.
Podemos definir o empoderamento feminino como o ato de conceder o poder de participação e autonomia social as mulheres para que estejam cientes da luta por seus direitos e tenham voz ativa na sociedade para buscar a igualdade de gêneros.
Empoderar as mulheres significa torná-las mais fortes, conceder condições para que se sintam autoconfiantes e assim cresçam pessoal e profissionalmente, em um cenário em que ainda são minorias. E essa luta deve ser de todos!
A mulher deve se sentir valorizada, protegida, respeitada e amada tal como qualquer ser humano. A sociedade deve ser um ambiente seguro e propício para que toda e qualquer mulher possa desenvolver suas habilidades.
O respeito à sua dignidade deve ser um dos valores base para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e harmoniosa.
Instituições tais como a ONU Mulheres, o Instituto Avon, o Instituto Maria da Penha, o próprio Ministério Público do Estado de São Paulo através de projetos tais como o Projeto Acolher, Projeto Instruir, através do GEVID – Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica e campanhas realizadas nas redes sociais tais como a “ElesporElas” promovida pela ONU, dentre outras, desempenham um importante papel para minimizar e diminuir os índices e os efeitos da violência contra as mulheres, criando condições para a sua proteção e empoderamento feminino.
A própria criação do dia internacional da mulher, celebrado no próximo dia 8 de março, foi um dos marcos históricos para o início do empoderamento feminino e deve ser comemorado como uma conquista pessoal de todos nós!
Está mais do que na hora de voltarmos a acreditar que é possível à mulher, ter uma vida de propósitos, repleta de oportunidades e pautada por suas escolhas livres e conscientes.
Que este dia 8 de março seja celebrado com alegria! Que as esperanças sejam renovadas no enfrentamento à violência! E que cada novo dia seja uma nova oportunidade de amar, respeitar e contribuir para a construção de um mundo melhor!
Seja firme em suas escolhas,
Renove os seus sonhos,
Não aceite pouco da vida,
Seja linda,
Seja verdadeira,
Seja forte,
Seja um mundo de oportunidades,
Seja mulher!
Feliz dia 8 de março de 2018!
*Maria Tereza Vitangelo é sócia do escritório Battaglia & Pedrosa Advogados, especialista e atuante na área do Direito de Família
Por Deise Aur - 10/8/18 - atualizado: 10/8/18
Cantar para muitos pode ser divertido, para outros um dom e há aqueles que consideram o soltar a voz uma verdadeira terapia. O fato é que quem gosta de cantar já sentiu os benefícios dessa prática. Até a própria ciência foi atrás de saber quais são estes benefícios. E um dos principais é que o ato de cantar melhora os estados psicológico e emocional de quem canta, que literalmente seus males espanta!
Desde a Antiguidade a música vem sendo utilizada como prática curativa. Povos antigos ritualizavam para os deuses e forças da Natureza utilizando os cantos e a música.
No mundo contemporâneo temos a terapia da música ou musicoterapia, que pode até ajudar na melhora da depressão, esquizofrenia e outros problemas mentais, emocionais e até físicos.
Existe também a neuromusicoterapia que é a aplicação da música em tratamentos neurológicos, como em casos de pacientes de Mal de Parkinson e Alzheimer.
Vários estudos científicos voltados às pessoas que se dedicam a cantar, sejam sozinhas ou em grupos, como os corais, constataram muitos benefícios conquistados por essa atividade musical.
Para saber mais como o cantar faz bem, conheçam os 23 benefícios dessa prática:
1. Libera os hormônios do bem-estar
Cantar contribui para a liberação de endorfina, o hormônio responsável pela sensação de euforia e prazer, e da oxitocina, conhecida como o hormônio do amor. Estas substâncias propiciam um estado de bem-estar em nós.
2. Beneficia a capacidade cognitiva
Cantar pode melhorar as sinapses e funções cognitivas do cérebro contribuindo para pensarmos com mais lucidez e clareza.
3. Melhora a saúde
Estudos feitos com pessoas pertencentes a corais musicais constatou que cantar ajuda a melhorar a saúde e a expectativa de vida.
4. Diminui a pressão arterial
O efeito calmante do cantar ajuda a reduzir a pressão sanguínea.
5. Fortalece os músculos do abdômen e da face
Cantar movimenta o diafragma ajudando a fortalecer o abdômen, os músculos das costas e da face ajudando a tonificá-los.
6. Desenvolve a empatia
A empatia pode ser aumentada com o ato de cantar. Cantando vários tipos de músicas e em várias ocasiões congregamos com outras culturas e pessoas.
7. Ajuda a sermos mais expressivos
O canto é um ato de expressividade, ao cantar expressamos sentimentos, emoções e ideias, com criatividade e o jeito de cantar de cada indivíduo.
8. Desenvolve nosso senso de comunidade
Cantar em coral ou com outras pessoas, além de ser divertido, nos ajuda a sociabilizar e confraternizar em comunidade através da música e do canto.
9. Melhora o estado dos pacientes com doença de Parkinson
Estudos médicos indicaram que o canto pode ajudar na melhora da saúde de pacientes com doença de Parkinson, beneficiando a fala, a deglutição, a coordenação e o equilíbrio.
10. Exercita a memória
Para cantar precisamos saber a letra da música e por isso cantar é uma boa maneira de treinar a memória e manter o cérebro ativo.
11. Beneficia o sistema imunológico
O canto diminui os níveis de cortisol e, por consequência, o estresse e a ansiedade, tendo um efeito positivo sobre o sistema imunológico.
12. É uma atividade terapêutica para idosos, deficientes e doentes
O canto pode ser utilizado como terapia complementar para ajudar na melhora do estado de saúde de idosos, deficientes e doentes em geral. Cantar estimula importantes áreas do corpo, como: pulmões, cérebro, garganta, músculos e mente.
13. Auxilia a previnir o ronco e a apneia do sono
Especialistas médicos acreditam que o canto pode fortalecer os músculos da garganta e do palato, o que ajuda tratar o ronco e a apneia do sono.
14. Ajuda a ter amigos
Podemos compartilhar momentos de cantoria com outras pessoas ampliando nosso circulo de amizade.
15. Melhora a comunicação. É educativa
Vários educadores, métodos pedagógicos e sistemas de educação se valem do canto e da música para ensinar várias disciplinas. A música, desde a infância, é tão importante quanto aprender a ler e escrever e contribui para o desenvolvimento da fala.
16. Alivia a ansiedade
Cantar nos ajuda a desligar das tensões do dia a dia e a sair do estado de alerta que produz adrenalina gerando estresse e ansiedade, por isso cantar ajuda a relaxar.
17. Libera as emoções presas
Ao cantar sentimos a canção e liberamos emoções contidas, dessa forma podemos reconhecer em nós emoções e lembranças guardadas em nossa memória.
18. Melhora a autoestima
Ao nos encorajarmos a cantar superamos complexos e medos de nos expôr e vencemos também a timidez e a vergonha dos outros.
19. Estimula a sensibilidade
Cantar ativa nossa sensibilidade ao sermos tocados pela melodias e letras que ouvimos. Quanto mais refinadas e de qualidade as músicas forem, melhor para nossa sensibilidade.
20. Exercita as cordas vocais e melhora a articulação da fala
Para vocalizar as palavras de uma forma melodiosa exercitamos nossas cordas vocais e articulamos nossa fala e sua sonoridade, enfim cantar é um bom exercício para verbalizamos melhor.
21. Ajuda a respirar melhor
Quando cantamos, precisamos respirar de forma mais profunda e regulada à cada pausa da música. Cantando massageamos o diafragma, que se contrai ao inspirar e se solta ao expirar, movimentado de forma regulada os nossos pulmões.
22. É um bom lazer
Cantar pode ser uma ótima opção de lazer e hobby, ajudando a sair da rotina e ainda proporcionar prazer e satisfação por cantar.
23. Em suma: cantar mais ajuda a sofrer menos
Festas musicais, brincadeiras cantantes, karaokês com a família e os amigos ou até cantar sozinho uma canção que gosta, são formas de promovermos a alegria e momentos de satisfação em nossas vidas. Repertório musical não irá faltar: samba, ópera, sertanejo, rock, pagode, axé, bossa-nova, hip-hop, romântica, gospel e outras.
O importante é sentir-se bem! Para comprovar todos estes benefícios, cante mais e solte a voz mesmo que seja desafinada. Deixe de lado a vergonha, a autocrítica e a preocupação com o que os outros vão achar ou pensar. Não é a toa que os bebês se acalmam quando ouvem uma canção de ninar, não é mesmo?
Cantar é uma boa terapia e ainda por cima é grátis, é só cantar! Tem gente que canta até na rua! Podemos cantar em várias situações, o que importa é ser feliz ao realizarmos o que nos faz bem e é saudável!