Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 22 - de 15 de Novembro de 2003 a 14 de Dezembro de 2003

Olá Leitores!

O REMÉDIO PARA O DESAMOR

Como um dos temas mais debatidos no momento está a violência doméstica que envolve mulheres, crianças e adolescentes nas políticas públicas e nas entidades.

Obviamente, que a dor e o sofrimento é maior quando ocorrem agressões de parte das pessoas próximas, as quais são consideradas de confiança.

No entanto, crianças são espencada, também, por mães, tias, avós, madrastas, empregadas e não só por homens da casa; o maior agravante masculino é o abuso sexual que permeia os atos de agressão física.

O que dizer dos jovens, rapazes e moças, que agridem seus pais e avós?

O que leva a tantos desatinos, algumas pessoas para abusarem de outras pessoas fisicamente mais frágeis?

Há um incentivo e permissividade maior, ou há uma frustração desmedida que faz exarcebar estes atos de violência doméstica?

Porém, vale ressaltar que os esclarecimentos, o socorro e a proteção das leis às vítimas são necessários, mas não suficientes. Assim como não é suficiente apenas punir os responsáveis para se reduzir a violência doméstica.

Precisamos considerar que o desamor demonstrado e recebido fere mais na alma, que não cicatriza, diante da dor moral inserida no ato abusivo da violência. Qual é o remédio para o desamor - origem da violência?

O amor virou palavra banalizada, passou a ser teatralizado, diariamente, de modo permissivo, ou escandalizado nas apresentações das cenas criminais, dentro da hora de lazer na casa das pessoas.

Qual a conseqüência quando não se vive o verdadeiro amor? Buscar as raízes, as causas destes males sociais e combatê-los à luz do amor é tarefa para muitas gerações que se disponham a buscar a paz na família, com os colegas, com os desconhecidos passantes em nossa vida.

E por ironia, ou por sorte?! Somos nós mulheres as que vivemos mais tempo junto a fase inicial da construção de um ser humano, do ventre aos primeiros anos escolares.

Poderá o amor vivenciado e alicerçado nos primeiros anos de vida, ser mais forte do que os chamados mundanos para o desamor?

O processo educativo para os valores da família, o respeito às diferenças, a busca do bem comum poderá ser um fermento para uma vida pacífica entrre pessoas na sociedade atual?

Crer que o amor sincero, - aquele sentimento que nos move na busca da tranqüilidade oferecida na aceitação, na confiança, no perdão, no convívio com as pessoas amadas, é algo que nos torna mais humanos.

Crer que na maioria dos lares ainda exista amor e paz nos traz mais conforto diante de tanta exposição dos atos domésticos violentos.

Com esta reflexão trazemos a edição n.° 22, aguardamos suas notícias, críticas ou sugestões. Receba o abraço de Elisabeth Mariano e equipe Jornal da Mulher Brasileira.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

FONOAUDIÓLOGOS DEFENDEM O TESTE DA ORELHINHA

A presidenta do Conselho Regional de Fonoaudiologia da 7ª Região, Simone Barcelos Leite, defendeu (na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre) o projeto que torna obrigatórios o teste da orelhinha e a triagem neo-natal auditiva em todos os hospitais de referência de Porto Alegre. "O teste detecta problemas auditivos nos bebês e permite uma tratamento mais eficaz na doença".

Segundo Simone "o ideal é que o teste seja feito antes mesmo da alta hospitalar da criança" e acrescentou que "se trata de um método eficaz, objetivo, não-invasivo e de fácil aplicabilidade".

Reforçou Simone que: "a audição é fundamental para o desenvolvimento da fala e da linguagem do ser humano. E a detecção precoce de problemas, preferencialmente até o sexto mês de vida, garante um desenvolvimento adequado".

A fonoaudióloga lamentou que "no país a média para o diagnóstico de problemas de audição em crianças seja de 3 a 4 anos de idade, quando o recomendável é a detecção até o sexto mês de vida". Alertou " que no Brasil o índice de surdez é considerado elevado, com 3 casos para cada mil nascidos", e explicou que "os fatores de risco para doenças auditivas são histórico familiar, infecções e períodos de internação em UTIs iguais ou superiores a 48 horas. Metade dos casos de crianças com problemas, não se detecta precocemente hoje porque a triagem auditiva só é feita em bebês com fatores de risco"; concluiu Simone.

O projeto defendido no Conselho é de autoria do vereador Aldacir Oliboni (Porto Alegre / RS).

(Fonte: Marco Marocco - Assessoria Câmara Municipal)

I ENCONTRO DE UNIVERSITÁRIOS AFRODESCENDENTES

Como realização do Instituto Fatecafro e a ONG Qualiafro ocorreu, em 12 de novembro, o I Encontro de Universitários Afrodescendentes, em São Paulo, no anfiteatro da FATEC. O objetivo é debater sobre a inclusão de pessoas afrodescendentes no mercado de trtabalho criando-se políticas de ações afirmativas, além de incentivar programas e buscar a adesão empresarial.

Foram conferencistas:

Laudeci Reis (Qualiafro), Edílson Marques da Silva (UNESP), Dagoberto José Fonseca (UNESP), Deputado Sebastião Arcanjo e o representante da KODAK, Edmundo Dantas Pacheco.

MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA E PROGRAMA "SÃO PAULO: EDUCANDO PELA DIFERENÇA, PARA A IGUALDADE"

O Governo do Estado de São Paulo e o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo, em parceria, com a Secretaria de Estado de Educação, lançaram estes eventos no dia 14 de novembro, cuja aula inaugural visa capacitar professores de toda a rede pública para o ensino da disciplina "História e Cultura Afro-Brasileira", além de incentivar o ensino nos cursos médio e fundamental, objetiva-se também aplicar ações afirmativas dentro das salas de aula. Foram desenvolvidas muitas outras atividades culturais, com a participação da sociedade e interessados pelo assunto tema, sendo que na abertura oficial do MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA esteve presente o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin e a presidenta do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo, Elisa Lucas Rodrigues.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Cultura)

A CRIAÇÃO DO MOVIMENTO AUTÔNOMO DE MULHERES TRABALHADORAS RURAIS NO ACRE E MÉDIO PURUS

O jornalista Maikol divulgou para nós o "trabalho da historiadora Tereza de Almeida Cruz, que no período de 1988 a 1998, investigou a criação do Movimento Autônomo de Mulheres Trabalhadoras Rurais no Acre e Médio Purus. Uma década considerada significativa na organização de colonos ribeirinhos que, a partir de seus sonhos de vida, da resistência que brota do cotidiano forjaram uma identidade coletiva criada pelo próprio movimento, tornando-se, assim, novas personagens na cena histórica acreana.

O trabalho de Tereza dá vida e voz às trabalhadoras rurais, desvirilizando a história, como forma de dar visibilidade àquelas que foram condenadas à séculos de silêncio, vendo-as protagonistas da história como seres, que a partir de seu modo de vida, constroem tempos históricos diferenciados, tecendo a sua resistência no cotidiano da vida, que desemboca numa organização cada vez mais articulada, para adquirir maior força de lutar pela sua libertação e por melhoria da qualidade de vida, juntamente com os homens".

(Fonte: Maikol)

SHOWS

PRÓ-MATERNIDADE SÃO PAULO

De 14 a 30 de novembro, no Clube Regatas Tietê, ocorrerão muitos shows beneficentes Pró-Maternidade São Paulo.

(Fonte: Nelize Carvalho)