Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 233 - de 15 de Junho de 2021 a 14 de Julho de 2021

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Como resolver tais situações terríveis contra inocentes crianças? A quem interessa a violência silenciada?

Muita tristeza é perplexidade é o que se pode fazer diante tais informações, onde todos os tipos de violências e até o assassinato estão noticiados e documentados.

Para onde vão todos os casos de todos os tipos de violências contra bebês até contra adolescentes!?!

A bem da verdade, ainda não li um anúncio de serviços advocatícios (nem de mulheres) que sejam especializados em casos de violências e crimes contra crianças.

Estarrecedor... não entendo de penalidades... mas, a meu ver, pela dor e horror que se sente na fragilidade desde bebê até adolescente, estar diante de alguém agindo “enfurecidamente contra aquelas criaturinhas indefesas...” não é um crime hediondo? Como julgam e penalizam até para desestimular tais vilanias?

Se é possível verificar se tem doença mental, além das penalidades, tem que ir para carceragens de doentes mentais... quem faz algo assim contra crianças!!!

Você sabia destes dados estatísticos e da realidade brasileira de tal vergonha? (quase 30% da população do país, ou mais de crianças e adolescentes em mãos de bárbaros/as, que lhes abusam, violentam, maltrataram, e até matam? Qual animal que você conhece que faz isto com própria cria?

Então, se assim agem, não se pode empregar as leis para pessoas humanas... mas, sim, para “bestas desenfreadas e certas que ficarão impunes!” Ou com regalias?

Muito triste, terrível ter que aceitar isto, e não saber que há soluções rápidas para se intervier e salvar, bebês e crianças, adolescentes, antes das mortes sendo inocentes!

Nosso fraternal abraço, aquelas pessoas humanitárias que zelam para que tais desvios sociais sejam impedidos e punidos.

À disposição para saber como é possível colaborar com as causas e autoridades, a fim de se reverter tais quadros sociais gravíssimos e insolúveis, por enquanto.

E que DEUS ABENÇOE E PROTEJA OS BEBÊS, AS CRIANÇAS E OS/AS ADOLESCENTES NO BRASIL.

Entregamos para c esta edição com pesquisas (embora está tão triste) há outras que talvez possam ser mais de seu agrado... Mas, a vida infantil é o futuro de tudo!

Cordial abraço, Professora Mestra Elisabeth Mariano

Pesquisa:

PERFIL DAS CRIANÇAS DO BRASIL - IBGE

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018 estimou que temos no Brasil 35,5 milhões de crianças (pessoas de até 12 anos de idade), o que corresponde a 17,1% da população estimada no ano, de cerca de 207 milhões

ACESSE ESTE LINK E SAIBA MAIS,

Crianças | Perfil das crianças do Brasil - IBGE - Educa

QUANTAS DEZENAS DE CRIANÇAS SÃO AGREDIDAS, ABUSADAS SEXUALMENTE, DESAPARECIDAS, E, ATÉ ASSASSINADAS NO BRASIL?

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-04/sbp-violencia-mata-mais-de-103-mil-criancas-e-adolescentes-no-brasil

CRIANÇAS

Brasil registrou 14 mil denúncias de abuso sexual infantil em 2020

Data de publicação: 10 de Maio de 2021, 04:15h

Número de abuso sexual, estupro e exploração sexual contra crianças e adolescentes pode ser ainda maior

LEI Nº 12.845, DE 1º DE AGOSTO DE 2013.

Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual atendimento emergencial, integral e multidisciplinar, visando ao controle e ao tratamento dos agravos físicos e psíquicos decorrentes de violência sexual, e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social.

Art. 2o Considera-se violência sexual, para os efeitos desta Lei, qualquer forma de atividade sexual não consentida.

Art. 3o O atendimento imediato, obrigatório em todos os hospitais integrantes da rede do SUS, compreende os seguintes serviços:

I - diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas demais áreas afetadas;

II - amparo médico, psicológico e social imediatos;

III - facilitação do registro da ocorrência e encaminhamento ao órgão de medicina legal e às delegacias especializadas com informações que possam ser úteis à identificação do agressor e à comprovação da violência sexual;

IV - profilaxia da gravidez;

V - profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST;

VI - coleta de material para realização do exame de HIV para posterior acompanhamento e terapia;

VII - fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os serviços sanitários disponíveis.

§ 1o Os serviços de que trata esta Lei são prestados de forma gratuita aos que deles necessitarem.

§ 2o No tratamento das lesões, caberá ao médico preservar materiais que possam ser coletados no exame médico legal.

§ 3o Cabe ao órgão de medicina legal o exame de DNA para identificação do agressor.

Art. 4o Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação oficial.

Brasília, 1o de agosto de 2013; 192o da Independência e 125o da República.

DILMA ROUSSEFF

José Eduardo Cardozo

Alexandre Rocha Santos Padilha

Eleonora Menicucci de Oliveira

Maria do Rosário Nunes

Lei nº 13.431, 04/04/2017

Estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Íntegra disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13431.htm

Decreto nº 7.958, 13/03/2013

Estabelece diretrizes para o atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e da rede de atendimento do SUS

Íntegra disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D7958.htm

Resolução do CONANDA nº 162, 28/01/2014

Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes

Íntegra disponível em: http://www.direitosdacrianca.gov.br/conanda/resolucoes/162-resolucao-162-de-28-de-janeiro-de-2014/view

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.


TV Jornal da Mulher Brasileira

Entrevista com o Nutricionista Clínico Dr. Rogério Elias



Perfil do Nutricionista Clínico Dr. Rogério Elias

Dr. Rogério Elias

Nutricionista Clínico

Pós graduando em Fitoterapia e Suplementação Nutricional

Área de atuação: Tratamento Biológico do autismo, TDAH, alergias e intolerâncias alimentares, seletividade alimentar, saúde do aparelho digestivo, doenças autoimunes.

Atende presencialmente no estado de Pernambuco e Alagoas, e de forma remota a famílias de diversos estados do Brasil e no exterior, como no Canadá, Estados Unidos e Espanha.

Decidiu entrar no curso superior de Ciência da Nutrição após ver ganhos expressivos no desenvolvimento de seu filho mais velho que está dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Assim contribui, hoje, com seu conhecimento para a melhoria de vida de seus pacientes e respectivas famílias.

É um estudioso do papel extra ósseo da Vitamina D, cujo o seu TCC na graduação foi o tema O PAPEL DA VITAMINA D NO TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA.

Autor do e-book NUTRIÇÃO - A CHAVE MESTRE NO TRATAMENTO BIOLÓGICO DO AUTISMO

– maio de 2021. Que aborda os impactos ambientais da poluição, da microbiota, da alimentação e da epigenética no autismo.

Contatos:

Redes Sociais:

Youtube: Rogério Elias Nutricionista

Instagram: @dr.rogerioelias

Whatsapp para consultas: (82) 99936-0308

OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da TV JORNAL DA MULHER BRASILEIRA, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.

Rádio Jornal da Mulher Brasileira

Entrevista com a Empresária Karina Azevedo Zanette Fruett

Karina Azevedo Zanette Fruett
Foto. DGMODEL
Make: Gisele Costa
Cabelo: Susana Moretto Hair & Nilson Marcondes
Vestuário: Bárbara Rainho

Perfil da Empresária Karina Azevedo Zanette Fruett

Karina Azevedo Zanette Fruett

45 Anos - Natural: Cachoeiro de Itapemirim - ES

Estado Civil: Casada

Grau Superior : Publicidade e Propaganda, 1999 - Universidade Metodista de Piracicaba.

13 Anos como representante Comercial no ramo Otico. Participou de eventos e Feiras da Abioptica em SP.

Especialização em Vendas de Oculos, pelo Senac Tiradentes - SP - 2016

Proprietaria da Selfie Otica e Relojoaria, localizada na cidade de São Caetano do Sul.

Coordenadora de Comunicação no Nucleo de Mulheres Empreendedoras da ACISCS - Associação Comercial de São Caetano do Sul - 2017/2019

Embaixadora na Nação Empreendedora, grupo de empresarios em São Paulo. Com Participação efetiva em desenvolvimento pessoal e captação de novos membros.

Curso de Capacitação em empreendedorismo e gestao pelo Sebrae - Santo Andre - 2018

Socia/Proprietaria na empresa Azzurra Comercio de Carimbos e Brindes Ltda. Desde 2020. Empresa no ramo de Distribuição de Suprimentos para Carimbos, Gravação e corte a Laser. Com 25 Anos de mercado, atuante em todo Brasil.

Atuante a frente da Selfie Otica e Relojoaria ha 7 anos, vem desenvolvendo um trabalho diferenciado com seus clientes que precisam de auxilio e conforto visual. Especialista em cuidar da visão como algo unico e individual. Pois cada cliente tem uma necessidade diferente, mediante a graduação prescrita pelo medico Oftalmologista ou Optometrista, tambem em relação as suas atividades diarias de uso da visão, seja para o trabalho ou estudo. "Cada individuo é unico, e eu auxilio a cada um deles na escolha da melhor armação e lente, de forma que fique bonito e confortável.

Contatos:

E-mail: selfieotica@gmail.com

Whatsapp: (11) 97224-9967

Instagram: @selfieotica_relojoaria

Facebook: Selfie Otica e Relojoaria

OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da RÁDIO JORNAL DA MULHER BRASILEIRA, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.

15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

O Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa foi oficialmente reconhecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2011, após solicitação da Rede Internacional de Prevenção ao Abuso de Idosos (INPEA), que estabeleceu a comemoração em junho de 2006.

Representa um dia do ano em que o mundo inteiro manifesta sua oposição aos abusos e sofrimentos infligidos a algumas de nossas gerações mais velhas.

A violência contra o idoso pode ser definida como “um ato único, repetido ou a falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento em que exista uma expectativa de confiança que cause dano ou sofrimento a uma pessoa idosa”. É uma questão social global que afeta a saúde e os direitos humanos de milhões de idosos em todo o mundo e que merece a atenção da comunidade internacional.

Em muitas partes do mundo, o abuso de idosos ocorre sem que haja reconhecimento ou resposta, pois, até recentemente, esse grave problema social estava oculto à vista do público e era considerado um assunto privado. Ainda hoje, o abuso de idosos continua sendo um tabu, subestimado e ignorado pelas sociedades mundialmente. No entanto, há evidências que indicam que o abuso de idosos é um importante problema de saúde pública e social.

Ocorre nos países em desenvolvimento e nos países desenvolvidos e, no entanto, geralmente é subnotificado. As taxas ou estimativas de prevalência existem apenas em países desenvolvidos selecionados – variando de 1% a 10%. Embora a extensão dos maus-tratos aos idosos seja desconhecida, seu significado social e moral é óbvio e, como tal, exige uma resposta multifacetada, focada na proteção dos seus direitos.

De uma perspectiva social e de saúde, a menos que os setores de atenção primária e de assistência social estejam bem equipados para identificar e lidar com o problema, o abuso de idosos continuará sendo subdiagnosticado e ignorado.

Pela passagem dessa data comemorativa, em 2020, o secretário geral das Nações Unidas afirmou em mensagem:

“A pandemia do COVID-19 está causando medo e sofrimento incalculáveis para as pessoas idosas em todo o mundo. Além de seu impacto imediato na saúde, a pandemia está colocando as pessoas mais velhas em maior risco de pobreza, discriminação e isolamento. É provável que tenha um impacto particularmente devastador sobre as pessoas idosas nos países em desenvolvimento. Os idosos têm os mesmos direitos à vida e à saúde que todos os outros. As decisões difíceis em torno dos cuidados médicos que salvam vidas devem respeitar os direitos humanos e a dignidade de todos”.

Tipos de violência contra as pessoas idosas:

A mais comum é a negligência, quando os responsáveis pelo idoso deixam de oferecer cuidados básicos, como higiene, saúde, medicamentos, proteção contra frio ou calor.

O abandono vem em seguida e é considerado uma forma extrema de negligência. Acontece quando há ausência ou omissão dos familiares ou responsáveis, governamentais ou institucionais, de prestarem socorro a um idoso que precisa de proteção.

Há, ainda, a violência física, quando é usada a força para obrigar os idosos a fazerem o que não desejam, ferindo, provocando dor, incapacidade ou até a morte. E a sexual, quando a pessoa idosa é incluída em ato ou jogo sexual homo ou heterorrelacional, com objetivo de obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.

A psicológica ou emocional é a mais sutil das violências. Inclui comportamentos que prejudicam a autoestima ou o bem-estar do idoso, entre eles, xingamentos, sustos, constrangimento, destruição de propriedade ou impedimento de que vejam amigos e familiares.

Por último, há a violência financeira ou material, que é a exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou o uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais.

No Brasil, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), lançou a Campanha Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa, com o objetivo de abordar medidas para prevenir e identificar situações de violência, negligência e abuso contra os idosos. Experiências e boas práticas serão compartilhadas, com contribuições para uma proposta de protocolo de atenção.

Idosos com aspecto descuidado, que apresentem marcas no corpo mal explicadas ou sinais de quedas frequentes e que tenham familiares ou cuidadores indiferentes a eles, podem estar sendo vítimas de violência.

Onde procurar orientação ou denunciar:

Fontes:

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

Organização das Nações Unidas

Prefeitura Municipal de Curitiba (PR)

https://bvsms.saude.gov.br/15-6-dia-mundial-de-conscientizacao-da-violencia-contra-a-pessoa-idosa-2/

VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS

Abaixo são elencados os tipos de violência praticada contra a pessoa idosa:

(Fonte: http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/agravos/publicacoes/manual-de-enfrentamento-a-violencia-contra-a-pessoa-idosa.pdf, data de acesso: 13/06/2021)

Maus-Tratos

Violência invisível:

11 crianças são agredidas ou negligenciadas por hora no Brasil

Especialistas alertam que, sem a escola, muitos casos de violência não são notificados e crianças ficam ainda mais vulneráveis

TM- Thays Martins

Postado em 19/05/2021 12:57 / atualizado em 20/05/2021 14:53

Caso Henry Borel, atentado a creche Aquarela, criança encontrada no lixo. A impressão que dá é que todo dia toma conta do noticiário uma tragédia com alguma criança. E não é só impressão, os dados mostram um aumento da violência contra os pequenos durante a pandemia. O Disque 100, serviço de denúncias do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, registrou 95.247 denúncias em 2020 contra 86.800 em 2019. Este é o maior patamar desde 2013. No caso do Distrito Federal, houve um aumento de 236,13% nas denúncias em 2020, segundo a Secretaria de Justiça (Sejus). A maior parte delas relacionada a negligência.

A média é de quase 11 denúncias por hora. Porém, o número pode ser muito maior devido a baixa notificação. A maior parte das agressões acontecem no ambiente familiar, o que dificulta que sejam identificados. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 60% das agressões acontecem dentro de casa. “Sempre teve um número alto de subnotificação e com essa hiperconvivência essa situação de violência fica ainda mais agravada”, destaca a coordenadora de Desenvolvimento Institucional do Itaú Social, Milena Duarte.

Este foi o caso de Henry Borel, que morreu dentro do apartamento onde morava com a mãe e o padrasto, em março deste ano. A suspeita é que o namorado da mãe, o vereador afastado Dr. Jairinho, tenha torturado a criança até a morte. Este também é o caso do menino Gael, que morreu em maio também em casa. A investigação aponta que a mãe o teria matado.

Os dois também têm outro ponto em comum: eles tinham menos de seis anos. Um levantamento feito pela Fundação para a Infância e Adolescência (FIA-RJ) apontou que as vítimas mais atingidas pela violência são exatamente as crianças menores de 6 anos. Nos últimos 10 anos, cerca de 2 mil crianças com menos de 4 anos morreram vítimas de agressão no Brasil, segundo a SBP. No período de janeiro de 2010 a agosto de 2020, 103,149 mil crianças e adolescentes de até 19 anos de idade morreram vítimas de agressões no Brasil.

OS TIPOS DE VIOLÊNCIA

De acordo com a SBP, a maior parte dos registros de maus-tratos são de violência física, seguido de violência psicológica e de tortura. Mas um outro tipo de violência acaba fugindo dos registros: a sexual. Segundo dados da FIA-RJ esta é a maior violência que atinge os pequenos. E o mais preocupante: a maior parte dos agressores são os próprios pais ou pessoas próximas. Segundo levantamento do Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), a violência sexual acontece, em 73% dos casos, na casa da própria vítima ou do suspeito, e é cometida por pai ou padrasto em 40% das denúncias.

Porém, os registros tiveram queda em 2020. No período de maior confinamento, em abril, houve uma redução que chegou a 19%, segundo a ONDH. “Historicamente, os registros de estupro de vulnerável vem aumentando ano a ano. O que não significa um aumento da violência e sim mostra que está tendo mais notificação. Mas na pandemia você tem uma queda. Isso porque as crianças estão em casa e é em espaços públicos, como a escola, que essas violências são identificadas", destaca Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta, que trabalha no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes.

Por isso é tão importante ficar atento aos sinais que a criança pode apresentar. Segundo Milena Duarte são eles que irão demonstrar se a criança está sofrendo algum tipo de violência. “As crianças dão alguns sinais. Ela muda o comportamento, demonstra tristeza, choro, falta de concentração”, explica.

No contexto de pandemia, o papel da escola para identificar estes casos fica ainda mais evidente. “Nesse contexto fica ainda mais delicado, porque a escola e as organizações perdem esse vínculo com essas famílias”, destaca Milena. “A escola tem um papel fundamental de prevenir e proporcionar conhecimento para que essas crianças possam estar protegidas. A escola é quem consegue chegar a mais crianças”, completa.

Este papel é tão importante que o Instituto Liberta fez uma parceria com a Secretaria de Educação de São Paulo com atividades on-line em que as crianças participavam de brincadeiras e uma inteligência artificial identificava quais crianças estavam mais tristes. Com isso, o robô perguntava se a criança queria falar com um adulto. E em uma conversa pelo chat foi possível identificar 200 casos de violência, sendo 53 de violência sexual em nove meses.

Luciana Temer destaca que uma grande dificuldade no combate a violência infantil é a resistência da sociedade em acreditar no papel da educação. “A escola precisa estar preparada para falar sobre violência com os alunos. Existe um mito de que a discussão sobre sexualidade não deve ser feita na escola, que questões sobre sexo devem ser discutidas em família. Agora, como você entrega o porquinho para o lobo tomar conta? Essa violência é muito intrafamiliar. Não é uma exceção. É um problema gravíssimo. É um tema da família também, mas todo mundo deve proteger essa criança”, afirma.

No combate a essas violências, outro importante papel é o desempenhado pelos conselhos tutelares. “Nesse contexto de pandemia ele tornou a prática dos conselheiros ainda mais complexa, aliado a isso a gente percebeu que os conselheiros, assim como a rede de proteção, sofreram de forma mais intensa com a queda dos registros”, destaca o professor Humberto Miranda, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Ele foi um dos pesquisadores por trás do estudo Violências sexuais contra crianças e adolescentes em tempos de pandemia por Covid-19, desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ele também pontua o impacto negativo que teve a falta de aulas presenciais neste período. “Diminuiu os registros, mas isso não quer dizer que a violência tenha diminuído nesse contexto de isolamento social. Com as escolas não estando funcionando, compromete a visibilidade do problema. Já é uma cultura de registro precarizada que ainda ficou mais grave”, ressalta.

Segundo ele, o estudo constatou a necessidade de um maior investimento nos conselhos tutelares e nas escolas. “Falta de investimento e de informação é um problema. As plataformas de registro não são articuladas em rede. É por meio dos registros que as políticas são articuladas. É preciso uma formação continuada da rede de proteção”, afirma.

O pesquisador também destaca que percebeu que muitos conselheiros ainda estão tomados por preconceitos, o que compromete o trabalho. “É muito comum a rede de proteção falar que foi culpa da menina. Isso é muito sério. A questão da violência sexual não é uma questão de fé, é uma questão que deve ser debatida a luz da política pública”, diz.

Há um ano, João Pedro Matos Pinto, um garoto de 14 anos, foi morto dentro de casa em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, durante uma operação contra tráfico de drogas das polícias Civil e Federal. Após João Pedro ser baleado, a polícia o levou de helicóptero e a família ficou sem saber onde a criança estava até a manhã do outro dia, quando encontraram ele no Instituto Médico Legal (IML) de São Gonçalo.

Desde a morte de João de Pedro, outras 11 crianças morreram vítimas de balas perdidas no Rio de Janeiro, segundo a ONG Rio de Paz. O caso mais recente foi o do menino Kaio Guilherme da Silva Baraúna, de 8 anos, que morreu em 24 de abril depois de ser atingido por um tiro na cabeça em Bangu, Zona Oeste do Rio. Ele estava numa festa de criança quando foi baleado.

O Rio de Paz acompanha desde 2007 histórias de crianças e adolescentes mortos por armas de fogo no estado do Rio. Desde então, já foram contabilizadas 82 mortes. Em 2020, foram 12 crianças mortas, média de uma por mês. Este ano, já são 4 vítimas: Kaio Guilherme, 8 anos, Ray Pinto Farias, de 14 anos, Ana Clara Gomes. 5 anos, e. Alice. 5 anos.

"Sempre que um menino ou uma menina morre de forma tão banal e hedionda pensamos que tudo vai mudar, mas nada muda. Perguntas são feitas sobre essas mortes. Respostas objetivas são dadas, mas as medidas não são implementadas e os crimes continuam. Essas tragédias deixariam de acontecer se armas não chegassem às mãos de criminosos. Como arma e munição chegam ao Rio? O que os governos federal e estadual têm feito para que essas pragas não entrem no Rio? Quais são os principais fomentadores da cultura da guerra e do uso de arma de fogo no Brasil?", questiona Antonio Carlos Costa, presidente do Rio de Paz.

E esse cenário não se restringe ao Rio de Janeiro, de acordo com relatório do Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), entre 2015 e 2020, morreram 581 jovens de até 19 anos por policiais militares e civis em São Paulo. No mesmo período, morreram 504 jovens vítimas de homicídios, latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte. Ou seja, a polícia de São Paulo matou mais jovens do que somados todos os outros tipos de mortes violentas.

No caso do DF, há quase um ano, em Águas Claras, uma menina de 10 anos levou um tiro de raspão enquanto brincava na quadra de esportes do condomínio. Este ano uma outra criança, de apenas dois anos, foi atingida por uma bala perdida na cabeça durante uma troca de tiros no Varjão.

LEI DO FEMINICÍDIO

Em 9 de março de 2015 foi sancionada a Lei 13.104/15 que incluía o feminicídio como um tipo ao homicídio qualificado.

É preciso uma série de fatores para caracterizar o feminicídio, mas a lei é importante, pois visibiliza o caso de violência extrema contra as mulheres.

Aqui está o texto:

Feminicídio

VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:

§ 2º -A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:

I - violência doméstica e familiar;

II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Aumento de pena

§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:

I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;

II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência;

III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.” (NR)

Art. 2º O art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com a seguinte alteração:

“Art. 1º...

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV, V e VI)

(Fonte: https://www.todamateria.com.br/feminicidio/, data de acesso: 12/06/2021)

Pets e doenças em humanos

Saiba como se proteger da raiva, doença transmitida por animais infectados

Fonte: Dr. Lucas Chaves Netto, infectologista no Hospital Sírio-Libanês; e o Dr. Otelo Rigato Junior, infectologista no Hospital Sírio-Libanês.

Publicado em 29/12/2017

Graças à vacinação, o Brasil controlou os casos de raiva humana – doença grave transmitida principalmente através da mordida de animais infectados. Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde, três pessoas foram diagnosticadas com raiva em 2016. Duas delas adquiriram a doença ao serem mordidas por morcegos em Tocantins e na Bahia; e uma por gato, em Pernambuco.

Apesar dos poucos casos da doença em humanos, a manutenção dos cuidados deve ser constante, sobretudo pela progressiva e constante aproximação dos ambientes urbanos e silvestres no País.

No estado de São Paulo, não há registro de raiva humana desde 1997, mas em 2017 já foram observados 17 casos de raiva em morcegos não-hematófagos (que não se alimentam de sangue). Isso é sinal de que o vírus continua presente em alguns animais. “Não devemos nunca abaixar a guarda contra essa doença, que ao redor do mundo provoca a morte de uma pessoa a cada dez minutos”, comenta o Dr. Lucas Chaves Netto, infectologista no Hospital Sírio-Libanês.

Os morcegos infectados são os principais transmissores da raiva para humanos em regiões silvestres, embora a doença possa ser transmitida por vários mamíferos, como bovinos, equinos, macacos e gambás. Já nas zonas urbanas, são os gatos e os cachorros que costumam passar a doença. Pequenos roedores urbanos, como ratos, camundongos, hamsters e até coelhos de estimação, não representam risco de transmissão da raiva.

Também infectologista no Hospital Sírio-Libanês, o Dr. Otelo Rigato Junior explica que mesmo os morcegos não-hematófagos, presentes nas cidades, podem ser transmissores da raiva em razão de acidentes. Ao ser manipulado, o animal pode acabar mordendo ou arranhando as pessoas, transmitindo a doença. “Ao depararmos com um caso de morcego dentro de casa, devemos evitar o contato com o animal e chamar auxílio de bombeiros ou guarda civil”, sugere o médico.

Além da mordida, a raiva pode ser transmitida quando animais infectados arranham ou lambem feridas abertas das pessoas.

Quais os sintomas da raiva?

O período de incubação da raiva, ou seja, o tempo médio entre a infecção e o surgimento de sintomas, pode variar de duas semanas a três meses. No início, a doença se apresenta por meio de:

Se você foi mordido por um animal mamífero e sentiu qualquer um desses sintomas, procure ajude médica imediatamente.

Após esse quadro inespecífico da doença, a pessoa infectada pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas:

Por conta desses sintomas neurológicos, a doença recebeu o nome de raiva. Outro sintoma característico da doença é a hidrofobia (aversão a água). “Quando a pessoa infectada vê ou tenta ingerir líquido, ela apresenta espasmos, hipersalivação, diarreia e vômitos”, descreve o Dr. Chaves Netto.

Como me prevenir da raiva?

Diante da mordida de qualquer animal mamífero que você não tenha a certeza de estar imunizado contra a raiva, lave imediatamente a ferida com água corrente e sabão. Após a limpeza, observe o animal por dez dias e, diante de comportamentos estranhos, como não reconhecer o dono e parar de comer, procure o quanto antes um serviço especializado (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais – Crie).

Geralmente, o procedimento será a aplicação de uma vacina e/ou soro antirrábico, conforme a avaliação do ferimento pelo médico. “Trata-se de um tratamento profilático, cujo objetivo é neutralizar imediatamente o vírus da raiva no organismo”, explica o Dr. Rigato Junior.

Vacine seu cão e seu gato, anualmente, contra a raiva. Nos meses de agosto e setembro, o governo costuma promover campanhas de vacinação gratuita. Caso seu cão ou seu gato seja mordido por outro mamífero, cuja imunização contra a raiva seja desconhecida, observe também o animal por dez dias e, diante de comportamentos suspeitos, como agressividade, procure uma unidade de saúde animal (zoonose) especializada.

Se você lida constantemente com animais, é visitante de cavernas ou viaja para locais com morcegos e outros bichos que podem transmitir a raiva, vacine-se. O Centro de Imunizações do Hospital Sírio-Libanês oferece a vacina contra a raiva para crianças e adultos.

A cura da raiva após a doença ser instalada é rara. No Brasil, o primeiro caso tratado com sucesso foi em 2008 no Recife, dando origem ao “Protocolo de Recife”, atual modelo de tratamento no País. Trata-se do uso de medicamentos antivirais e sedação profunda, além de medidas em terapia intensiva de monitorização clínica de alta complexidade. Tais medidas são realizados a após confirmação laboratorial da doença.

O Hospital Sírio-Libanês está preparado para fazer o diagnóstico e a condução clínica de pacientes com raiva, contando com os mais modernos recursos de tratamento. Tais medidas são fundamentais para tentar minimizar os danos provocados por essa grave doença.

(Fonte: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/saiba-como-se-proteger-da-raiva-doenca-transmitida-por-animais-infectados.aspx, data de acesso: 11/06/2021)