Nossos parabéns às psicólogas e aos psicólogos brasileiros!
Podemos afirmar atualmente, o trabalho, o lazer, os estudos, e, até na vida pessoal ou familiar somente será melhor se estivermos bem com o nosso “próprio EU”!!!
Em todas as fases e etapas da vida, vive melhor quem tem uma amizade leal, ou, um Psicólogo ou uma Psicóloga para a orientação emocional, pois, supera-se!
Viver feliz consigo mesmo, ou consigo mesma, é estar feliz com seu! interior!
Se isso lhe ocorre, agradeça_ ao seu ou a sua_ profissional em Psicologia.
Parabéns...Abraço fraternal de Elisabeth Mariano e equipe Jornal da Mulher Brasileira.
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Sandra Regina Schewinsky
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Por Carlos em 20/07/2020
Na busca por se entender melhor, tratar determinadas dificuldades, cuidar da saúde mental dos colaboradores ou ainda
para aperfeiçoar o ambiente de trabalho, a atuação dos profissionais de psicologia se destaca. Então, nada mais justo que eles tenham uma data de celebração: o Dia do Psicólogo.
Para saber em que dia e mês essa comemoração acontece, além de compreender qual é a importância desse profissional no setor de recursos humanos de qualquer empresa, preparamos este conteúdo. Boa leitura!
O Dia do Psicólogo é comemorado sempre em 27 de agosto. A data foi escolhida por relembrar a regulamentação da profissão de psicólogo, que aconteceu no ano de 1964 com a implementação da lei nº4119/62. Posteriormente, em 2016, a lei nº13.407/16 oficializou a data nacionalmente.
A atuação de um profissional de psicologia pode se dar em diversos âmbitos. De forma geral, eles buscam compreender as diferentes facetas do comportamento humano, além de atuar na prevenção e resolução de problemas de saúde mental e na melhoria da qualidade de vida.
Em uma sociedade cada vez mais acelerada e repleta de incertezas em diversas esferas, muitas pessoas sofrem e adoecem em decorrência de problemas psíquicos. Quadros depressivos, de ansiedade e síndrome de burnout estão entre os transtornos que exigem mais atenção de um psicólogo, sendo tratados com o seu auxílio.
Todavia, não é preciso, nem recomendável, procurar um psicólogo apenas quando a situação estiver ruim. Quem deseja lidar melhor com seu dia a dia (seja no âmbito pessoal, seja no profissional) e se compreender melhor, também pode buscar a orientação desses profissionais para acompanhar questões que estejam causando alguma aflição.
O termo psicologia surgiu no século XVI, buscando compreender os indivíduos, suas angústias e inquietações. De lá até os dias atuais, a área cresceu muito e criou várias vertentes, com psicólogos de diferentes especialidades e atuando em diversos setores. No entanto, a profissão só foi regulamenta devido a mobilização de profissionais para que isso se tornasse realidade, ressaltando a importância de celebrar a data do Dia do Psicólogo.
O setor de recursos humanos é outro campo de atuação muito fértil para os profissionais de psicologia, fator esse cada a vez mais percebido pelas empresas. Elas notaram que contar com bons psicólogos atuando no RH traz ótimos resultados.
Todavia, vale destacar que um psicólogo não substitui ninguém com formação específica na gestão de recursos humanos (e vice-versa).
A principal função de um psicólogo dentro de um setor de RH é atuar a fim de promover a melhoria do ambiente de trabalho, tornando as relações corporativas mais saudáveis e produtivas. Com isso, cada colaborador consegue entregar os melhores resultados possíveis, o que é ótimo para todo mundo.
Para atingir esses objetivos, os profissionais de psicologia avaliam as diversas facetas do comportamento individual dentro do ambiente de trabalho e sugerem ações responsáveis por melhorar as relações interpessoais daquele local de trabalho.
Além disso, um psicólogo também ajuda nos processos de avaliação, recrutamento e seleção de colaboradores.
As diferentes frentes de um psicólogo junto ao setor de recursos humanos estão detalhadas nos tópicos a seguir. Acompanhe.
A adoção de práticas de gestão de clima organizacional tem como principal intuito avaliar a satisfação e o grau de motivação dos colaboradores, de modo a implementar medidas que possam elevar esses indicadores. Dessa forma, aumentam-se as chances de a empresa contar sempre com profissionais engajados e altamente produtivos.
O clima organizacional costuma ser reflexo da forma como cada colaborador percebe a empresa, indo desde aspectos simples da rotina (estrutura para o trabalho, por exemplo) até questões mais amplas (a missão e os valores do negócio).
Nesse sentido, é preciso encontrar maneiras de melhorar essa percepção. Se alinhado com essa perspectiva, um psicólogo é capaz de identificar os principais focos de insatisfação e oferecer sugestões de como resolvê-los.
Houve a percepção de que os colaboradores estão desmotivados? Talvez um plano de benefícios melhor ajude nisso. Não há entrosamento dentro das equipes? Reunir profissionais de perfil compatível costuma ser eficaz.
Avaliações constantes são essenciais em qualquer empresa. Isso permite medir e acompanhar a evolução de cada profissional, reconhecer aqueles que mais se destacam e oferecer capacitação para quem possa eventualmente estar aquém do esperado.
No entanto, sem um método, a avaliação proposta pode não refletir com precisão a qualidade do trabalho de cada um dos colaboradores. Dessa forma, a presença de um psicólogo na elaboração de ferramentas de análise de desempenho é indispensável.
As avaliações no ambiente corporativo podem acontecer das mais diversas formas, de maneira individual ou em grupo.
Os feedbacks que acompanham esse processo são dados por superiores, pelos colegas de equipe ou pelo próprio avaliado, em um processo de autofeedback.
Um psicólogo também exerce função essencial em processos de recrutamento e seleção, seja para escolher novos colaboradores, seja para realizar promoções. Se bem desenvolvido, um plano de recrutamento consegue filtrar e avaliar profissionais alinhados com os valores da empresa.
Isso aumenta a chance de escolher o candidato certo e reduz a possibilidade da contratação não prosperar, diminuindo custos com o turnover — uma preocupação constante de qualquer setor de recursos humanos.
Processos de recrutamento e seleção normalmente envolvem entrevistas, testes e dinâmicas, que devem ser planejadas e acompanhadas por psicólogos para obter melhores resultados.
Esses mesmos psicólogos também podem ser úteis na identificação, manutenção e desenvolvimento dos chamados high potentials — profissionais com alto potencial de desempenho. Quanto mais diversa, engajada e integrada a equipe for, mais chances deles aparecerem. Normalmente, a melhor maneira de desenvolvê-los e permitir que todo esse potencial seja aproveitado é por meio de programas constantes de treinamento.
Além disso, apostar em planos de desenvolvimento individual, na criação constante de novos projetos e contas com planos de carreiras competitivos também ajudam a manter a atenção desses profissionais promissores.
Todo esse esforço, certamente, trará ótimos retornos para a empresa.
Se você atua na psicologia — no setor de recursos humanos ou não —, parabéns pelo Dia do Psicólogo!
Já quem não é, aproveite a data para reconhecer o papel insubstituível desses profissionais, sempre focados em melhorar a qualidade de vida de todos. Se a sua empresa tem um psicólogo, que tal utilizar a comunicação interna de modo a organizar homenagens àqueles que trabalham com a sua equipe?
Reportagem de Kátia Kishi
Quem acompanhou a euforia da premiação do Oscar 2017 nesse final de semana notou a gafe no momento de entrega do maior - e mais esperado - prêmio cinematográfico da noite (La La Land foi anunciado equivocadamente como melhor filme no lugar de Moonlight).
Mesmo com os erros e constantes memes que circularam nas redes sociais, um filme biográfico saiu sem estatuetas, mas conseguiu conquistar seu espaço durante a cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
Esse foi Hidden Figures (adaptado do livro homônimo de Margot Lee Shetterly) que no Brasil foi traduzido como “Estrelas Além do Tempo”. O enredo biográfico resume a história de três cientistas negras (Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson) que fizeram a diferença na agência espacial norte-americana NASA (National Aeronautics and Space Administration) durante a corrida espacial, permitindo que astronauta John Glenn fosse o primeiro americano a orbitar ao redor da Terra em 1962.
O longa metragem “Estrelas Além do Tempo” saiu sem premiação no Oscar 2017, mas recebeu três indicações como melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor atriz coadjuvante para Octavia Spencer (que interpreta a cientista Dorothy Vaughan, programadora que implementou o sistema de linguagem Fortran na NASA). Além disso, foi premiado em outros festivais, como de melhor elenco no SAG Awards 2017.
Apesar da premissa do filme procurar compreender a história das três cientistas, o foco da história se concentrou em Katherine Johnson (interpretada por Taraji P. Hansen), matemática responsável por calcular a trajetória de Alan Shepard (primeiro americano e segundo homem no espaço) e que revisou os cálculos realizados pelos ainda pioneiros computadores eletrônicos a pedido pessoal de John Glenn, antes de sua viagem pela órbita terrestre, devido ao seu destaque como matemática.
Das três cientistas retratadas, Katherine Johnson é a única que ainda está viva com 98 anos. A matemática surpreendeu a plateia que acompanhava o Oscar 2017 ao subir no palco para anunciar, junto com as atrizes de “Estrelas Além do Tempo”, o prêmio de melhor documentário. Sua aparição foi antecedida pelas palavras de Taraji P. Hansen:
“Nós três tivemos o privilégio de estar em um filme sobre Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson que brilhantemente fizeram a nossa nação [EUA] chegar até o espaço. Agora, por favor, senhores, deem boas vindas a uma verdadeira heroína e membro da Nasa: Katherine Johnson”. - Taraji P. Hansen durante a cerimônia do Oscar 2017.
Continua...
29 de agosto de 2020 Marta José
Deborah Bittencourt Malheiros
O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é celebrado em 29 de agosto. A data foi escolhida em razão do 1º Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), que aconteceu em 1996.
É um dia dedicado a discutir políticas públicas de combate à lesbofobia e dar visibilidade à comunidade lésbica no Brasil.
Em função da invisibilidade social das mulheres lésbicas é imprescindível que o Estado as reconheça para produzir e promover políticas públicas, caso contrário, se manterão desatendidas em suas reais necessidades.
Nos dias atuais muito se fala em interseccionalidade, ou seja, quando se considera, se avalia diversas identidades sociais e sistemas que possuem relação com a opressão, com a discriminação. É preciso olhar para os diferentes marcadores sociais e culturais, como por exemplo, para a mulher, lésbica, negra, periférica, sem emprego e de classe socioeconômica mais baixa, que é mais vulnerável à violência, quando comparada à mulher, lésbica, branca, que possui um emprego.
Avanços em marcos legais são importantes para as mulheres lésbicas, como a Lei Maria da Penha, que faz menção à orientação sexual; a possibilidade de mulheres lésbicas se casarem no civil; amparo legal para reprodução assistida, e a grande conquista em 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou equiparar a LGBTfobia, que é caracterizada pela discriminação contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, à Lei de Racismo (Lei 7.716/1989), até Legislativo aprovar legislação específica. Portanto, LGBTfobia é crime!
A Secretaria da Justiça e Cidadania possui diversos setores que são dirigidos por mulheres. Ocupam esses cargos de direção mulheres brancas, negras, heterossexuais, lésbicas. Existe o compromisso da pasta com o respeito à diversidade humana.
São Paulo é o Estado pioneiro em políticas públicas para a diversidade sexual e de gênero, bem como no enfrentamento da LGBTfobia e também da Lesbofobia.
A Secretaria da Justiça e Cidadania é guardiã da maior política pública para a população LGBTQIA+, por meio da Lei nº 10.948/2001, que pune administrativamente a discriminação em razão da orientação sexual ou identidade de gênero.
A Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual (CPDS) acolhe as denúncias de discriminação via Ouvidoria. O formulário pode ser acessado no endereço eletrônico: https://www.ouvidoria.sp.gov.br/Portal/Identificado.aspx
É importante lembrar que, apesar de estarmos vivendo em isolamento social (em razão da covid-19) a pessoa vítima de Lesbofobia pode procurar os canais oficiais de denúncia.
Por meio de convênio firmado entre a Secretaria da Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, via Centros Judiciários de Solução de Conflitos (Cejusc), é possível a resolução de conflitos dessa espécie via mediação. Nos casos em que não há conciliação, é instaurado processo administrativo com base na Lei nº 10.948/2001. As sanções previstas no artigo 6º da legislação variam de advertência e multa de 500 até 1.000 mil UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo- (R$ 27.601,00). Esse valor poderá ser elevado até 3.000 mil UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo- (R$ 82.830,00) em caso de reincidência.
A Pasta também promove permanentemente campanhas e palestras de divulgação dessa legislação e de outros marcos legais do segmento LGBTQIA+.
Ações da SJC para Mulheres
Em março de 2019, a Secretaria da Justiça lançou a campanha Mulher, Você Pode! para valorizar o papel da mulher na transformação da sociedade.
A estrutura da Secretaria da Justiça tem órgãos que oferecem suporte para atendimento médico, jurídico, psicológico e de assistência social à mulher.
Por meio do Centro de Integração da Cidadania (CIC), as mulheres têm acesso a serviços públicos gratuitos e podem participar de ações diversas para o desenvolvimento local.
O CIC é composto por 17 postos de atendimento, sendo oito na capital, cinco na região metropolitana, dois no interior e um na Baixada Santista.
No CIC Oeste, o Centro Intersetorial de Assistência à Mulher (Ciamsp) oferece atendimentos com psicólogo, ginecologista, assistência social, assistência jurídica, capacitação profissional, encaminhamento para entrevistas de emprego, cursos profissionalizantes, atendimento das ocorrências, articulação com delegacias para medida protetiva e parceria com empresas de ônibus para retirada da mulher da Cidade, além de oficinas para mulheres de Jiu-jitsu e Aikido. O posto está localizado na Estrada de Taipas, nº 990, e funciona das 8h às 17h.
O CIC Oeste lançou, na quarentena, um grupo de WhatsApp para atender mulheres que sofrem violência doméstica, chamado Elas por Elas Mulheres Solidárias, resgatando Marias Telefone, Telefone: (11) 9 9549-0815.
O CIC Leste também realizou atendimento online de vítimas de violência, por meio das agentes Bem Querer Mulher (voluntárias que foram capacitadas para atender vítimas de violência nos CICs).
Os CICs Guarulhos, Grajaú, Cajamar e São Vicente também criaram whatsapp institucionais para tirar dúvidas sobre serviços e ações e orientar as pessoas sobre o auxílio emergencial, serviços de saúde e emprego. Informações: http://www.justica.sp.gov.br
As mulheres que se sentem vítimas de qualquer tipo de violência também podem se dirigir ao Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI) da Secretaria da Justiça, localizado no Fórum Criminal da Barra Funda. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Durante o distanciamento social, os atendimentos ocorrem via telefone (11) 3291.2614, e e-mail: cravi@justica.sp.gov.br
Deborah Bittencourt Malheiros é coordenadora-geral de Apoio aos Programas de Defesa da Cidadania da Secretaria da Justiça e Cidadania.
Data reforça a necessidade da busca por condições igualitárias entre homens e mulheres
ESPECIAL
26/08/2020
Uma luta histórica, a busca das mulheres pelo acesso a direitos civis, condições igualitárias de trabalho e representatividade política permanece sendo uma pauta atual. Definido como o Dia Internacional da Igualdade Feminina, 26 de agosto é uma data que reforça a necessidade de debate e de ações efetivas para o alcance da equidade nas mais diferentes esferas da sociedade.
Um dos âmbitos em que há maiores desigualdades de gênero, o mercado de trabalho ainda reflete a tardia inserção feminina. No Brasil, apenas há 58 anos as mulheres conquistaram o pleno direito, perante as leis brasileiras, de exercer uma profissão. A vitória, em 1962, ocorreu com a revogação do inciso VII do Artigo 242 do Código Civil brasileiro de 1916 – em que o trabalho feminino estava sujeito à autorização do marido.
“Estudos apontam que apesar das conquistas observadas nas últimas décadas, tanto em termos de direitos políticos quanto da crescente participação das mulheres no mercado de trabalho, desigualdades de gênero ainda persistem em vários aspectos da vida social, sendo o econômico talvez um dos mais visíveis. Dentro desse contexto, estão fenômenos como as diferenças salariais entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções; a segregação sexual no mercado de trabalho; a inserção feminina em empregos mais precários; bem como a sobrecarga nos trabalhos domésticos”, destaca a professora Patrícia Grossi, docente da Escola de Humanidades e pesquisadora na área de violência de gênero e políticas públicas.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), elaborada no primeiro trimestre deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres correspondem a maior parte da população fora da força de trabalho (formal ou informal), sendo 64,5% das pessoas.
Por outro lado, 92% das mulheres realizam os afazeres domésticos do domicílio – a taxa masculina é de apenas 78,5%. “Um dos caminhos para superar a invisibilidade desse tipo de trabalho é mostrar o tempo gasto com as atividades domésticas, (como cozinhar, lavar roupas, limpar a casa, cuidar de crianças e idosos) e o quanto esses afazeres contribuem para a economia”, comenta Patrícia. A professora também destaca que um estudo realizado entre 2001 e 2010 no Brasil contabilizou o valor do trabalho doméstico. “A pesquisa apontou que esses afazeres correspondem a aproximadamente 12,76% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2004, por exemplo, representaram mais de 225 bilhões de reais. Desse total, 82% (cerca de R$ 185 bilhões) foram gerados pelas atividades desempenhadas por mulheres”, evidencia.
No entanto, segundo a PNAD Contínua, o rendimento médio mensal feminino é 21,3% menor. De acordo com levantamentos divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mesmo quando as mulheres são donas do próprio negócio elas recebem 22% a menos do que os homens.
Contribuir para avançar
Na PUCRS e no Hospital São Lucas (HSL), ao todo, cerca de 52% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres. “A Universidade vem trabalhando na busca pela equidade através de grupos de estudos, disciplinas sobre relações de gênero no âmbito da graduação e pós-graduação, cines-debates, workshops, participação no Comitê Impulsionador Gaúcho da Campanha He for She, promovida pela ONU Mulheres”, ressalta a professora Patrícia.
De 21 a 28 de agosto é comemorada a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, que este ano tem como tema “Protagonismo empodera e concretiza a inclusão social”, definido pela APAE Brasil com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre as necessidades específicas de organização social e de políticas públicas para promover a inclusão social desse segmento populacional, além de combater o preconceito e a discriminação. A data foi instituída em 1964 pelo Decreto nº 54.188, inicialmente intitulada Semana Nacional da Criança Excepcional, e foi alterada pela Lei 13.585 em dezembro de 2017 e passou a se chamar Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.
De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, estima-se uma prevalência de 1% da população com deficiência intelectual, sendo que a deficiência intelectual grave é de cerca de 6 por 1.000 (GODOY, et. al 2019).
O Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), atende este público em suas diversas faixas etárias, através dos serviços especializados de Estimulação Precoce, Atendimento Educacional Especializado, Serviço Pedagógico Específico, Programa de Educação Profissional, Programa de Atividades Laborais, Serviço de Atendimento Específico e Serviço de Convivência. Tais serviços são oferecidos tanto no campus da FCEE quanto nos Centros de Atendimento Educacional Especializado (CAESP) em todo o estado.
Nessa semana enfatizamos, com orgulho, o inerente direito da pessoa com deficiência no que tange ao sistema educacional inclusivo em todos os níveis de aprendizado ao longo da vida como forma de alcançar sua máxima autonomia possível, desenvolvendo seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, sociais e intelectuais, respeitando, no entanto, seus interesses e necessidades de aprendizagem individuais.
Segundo o Art. 2º. do Estatuto da Pessoa com Deficiência, considera-se a pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015). Já o termo deficiência múltipla tem sido comumente utilizado para “caracterizar o conjunto de duas ou mais deficiências associadas, de ordem física, sensorial, mental, emocional ou de comportamento social”, sendo caracterizadas, no entanto, pelo nível de desenvolvimento, suas possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem, determinando assim as necessidades educacionais de cada indivíduo, haja vista que, segundo a Secretaria de Educação Especial (BRASIL, 2006), o desempenho e as competências dessas pessoas são heterogêneos e variáveis.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – DSM-5 (APA, 2014), a Deficiência Intelectual (ou Transtorno do Desenvolvimento Intelectual) é uma condição que tem início no período do desenvolvimento e inclui prejuízos funcionais, tanto intelectuais quanto adaptativos, confirmados tanto pela avaliação clínica quanto por testes de inteligência padronizados e individualizados. Essa condição interfere nos domínios conceitual, social e prático da vida do sujeito, afetando funções intelectuais como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência.
O DSM-5 (APA, 2014) também aponta déficits em funções adaptativas que promovem defasagens nos padrões de desenvolvimento socioculturais, especialmente em relação a independência pessoal e responsabilidade social. Sem suporte e apoio continuados, os déficits de adaptação limitam o funcionamento em uma ou mais atividades diárias, como comunicação, participação social e vida independente, e em múltiplos ambientes, como em casa, na escola, no local de trabalho e na comunidade.
(Texto elaborado pelas profissionais da FCEE Alana Fantin e Patrícia Braz)