O gigantismo do Brasil na área de ensino e as carreiras surpreendentes para professores/as
Conforme lemos em recente pesquisa, em fins de Fevereiro deste ano havia “900 mil estudantes no Brasil”, sendo 686 mil no Ensino Superior e 214 mil para o nível de ensino médio e técnico.
Também pesquisamos noutro artigo, que o Brasil apontava 2.608 instituições de ensino superior, sendo 2.076 faculdades, e 294 centros universitários, 198 universidades, e 40 Institutos Federais de Educação e, Centros Federais de Educação Tecnológica.” Atualmente, segundo fontes, há mais de 120 diferentes cursos de tecnólogo disponíveis pelo Brasil. A Educação Básica teve 47,3 milhões de matrículas em 2020, sendo que nesse ano existiam no Brasil 179.533 escolas públicas. E, havia registros de 1.500 escolas particulares.
O que visamos ressaltar é a importância da carreira de ensino do magistério desde os primeiros momentos escolares das crianças até a
carreira nacional de ensino superior, e, a carreira internacional para lecionar em universidades no exterior, ou com extensões de acordos no país.
NOSSO RECONHECIMENTO DOS VALOROSOS PROFESSORAS/PROFESSORES, ALICERCES DE ENSINO E DA EDUCAÇÃO NO BRASIL!
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Susyleide Gomes de Brito
Bibliotecária. Graduação pela Universidade Federal de Pernambuco. Trabalhou na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade de Pernambuco, Comando da Aeronáutica, CPRH. Atualmente trabalha na Universidade Federal de Pernambuco. Especialização em Gerência de Sistemas e Serviços de Informação pela FESP/SP e Gestão e Serviços de Informação pela UFPE. Mestranda pelo programa de Tecnologia Nuclear IPEN/USP. Atuando em biblioteca universitária, coleção especial e obras raras, atendimento ao usuário e catalogação de acervos.
Bibliotecas são espaços democráticos que oferecem oportunidade de leitura, acesso a livros, revistas e dicionários, além de ser ambientes de estudo, encontros e reunião. Rangananthan criou cinco leis que resumem muito bem o mundo da biblioteconomia: os livros são para serem usados, todo leitor tem seu livro, todo livro tem seu leitor, poupe o tempo do leitor, e biblioteca é um organismo em crescimento.
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Prof.ª Dr.ª Maria Dolores Fortes Alves
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Terça-feira, 18 de fevereiro de 2020, 14h20
Pesquisa aponta que percentual de docentes com nível superior vem crescendo
O país tem 1,4 milhão de docentes em atividade nas salas de aula do ensino fundamental, de acordo com o Censo Escolar da Educação Básica 2019, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A pesquisa aponta que 83,2% dos professores do ensino fundamental (1º ao 9º ano) têm nível superior completo com licenciatura. O percentual vem crescendo nos últimos anos.
Quando se observam os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), nos quais se concentram 751.994 docentes, 80,1% são graduados com licenciatura (602.375). Outros 4,1% concluíram o ensino superior (bacharelado) e 10,6% têm o magistério em nível médio. O censo ainda identificou 5,2% de professores dos anos iniciais, com nível médio ou inferior.
O total de professores atuando em turmas de 6º ao 9º ano alcançou 755.986 docentes. De acordo com o Censo, a formação dos educadores para esta fase do ensino tem melhorado. Em 2019, o percentual de professores com licenciatura aumentou 6 pontos percentuais, na comparação com o ano de 2015 e 2,3 pontos percentuais em relação ao Censo Escolar 2018.
A pesquisa mais recente revela que 9 a cada 10 professores (690.419) que trabalham com os anos finais do fundamental possuem nível superior completo: 86,6% (654.419) têm licenciatura e 4,8% (36.082) têm bacharelado.
Indicador – Com base nos dados do Censo Escolar, a Diretoria de Estatísticas Educacionais calcula o Indicador de Adequação da Formação Docente (AFD), que afere a proporção de professores que atuam nas áreas de sua graduação. O indicador é resultado da relação entre a formação inicial dos docentes de uma escola e as disciplinas que eles lecionam.
Os dados podem ser consultados na área de indicadores do portal do Inep, e são apresentados por unidade da Federação, município e escolas. O AFD permite acompanhar a evolução da Meta 15 do Plano Nacional de Educação que prevê que todos os professores da educação básica tenham formação específica para a área de conhecimento em que atuam até 2024.
Censo Escolar – Principal pesquisa estatística sobre a educação básica, o censo é coordenado pelo Inep e realizado em regime de colaboração entre as secretarias estaduais e municipais de educação. Com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país, abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica: regular, especial, profissional e educação de jovens e adultos.
Todos os resultados do Censo Escolar 2019 estão disponíveis para consulta no portal do Inep, incluindo notas e sinopses estatísticas, resumo técnico, microdados e indicadores da educação básica.
Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep
"São uma força poderosa que pode impulsionar o desenvolvimento global"
A data, que foi instituída em 1995, assinala-se anualmente a 15 de outubro e tem por objetivo alertar para o papel determinante que o sexo feminino desempenha num universo que, tradicionalmente, muitos (ainda) associam sobretudo ao sexo masculino.
Hoje celebra-se o Dia Mundial da Mulher Rural. Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) a 15 de outubro de 1995, pretende alertar para a importância do papel social das mulheres que vivem em zonas rurais. "Ouvi-las e amplificar as suas vozes é fundamental para disseminar os conhecimentos que têm sobre as alterações climáticas, impelindo os governantes, os empresários e os líderes das comunidades a agir", apela António Guterres.
"Enquanto implementadoras das novas técnicas agrícolas, primeiras [pessoas] a reagir perante as crises e empreendedoras da energia verde, as mulheres rurais são uma força poderosa que pode impulsionar o desenvolvimento global", elogia o secretário-geral da ONU numa mensagem publicada no site oficial deste organismo. "Mulheres e raparigas rurais a construir uma resistência climática" é o tema oficial das comemorações deste ano.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que há cinco anos escolheu "Empoderar a mulher rural e eliminar a pobreza e a fome" como tema, a população feminina constitui cerca de 43% da mão de obra agrícola nos países em desenvolvimento. Nalgumas das economias baseadas fundamentalmente na agricultura, chegam mesmo a representar mais de 70% da força de trabalho nos campos dessas regiões desfavorecidas.
Apesar de terem passado praticamente duas décadas desde que a ONU, na sua quarta conferência sobre a mulher, realizada em Pequim, na China, instituiu este dia, muita coisa mudou. Mas também muito continua por alterar, mesmo nos países mais desenvolvidos. "As mulheres rurais recebem uma remuneração inferior à dos homens. Frequentemente, ficam para trás no acesso a educação, na formação, na tecnologia e na mobilidade", afirmou publicamente há cinco anos, em março de 2014, Juan Somavia, o então diretor-geral da OIT. "As mulheres rurais são agricultoras, pescadoras, pastoras e empresárias", sublinha Ban Ki-moon.
"Garantem a preservação das identidades étnicas, dos conhecimentos tradicionais e das práticas sustentáveis. Prestam cuidados, criam os filhos e tomam pessoas à sua guarda. Desempenham um papel essencial no desenvolvimento agrícola, na segurança alimentar e nutricional e na gestão dos recursos naturais", elogiou publicamente o antigo dirigente da ONU, antecessor do ex-primeiro-ministro português António Guterres no cargo.
A mensagem foi, na altura, difundida no site da Associação das Mulheres Agricultoras e Rurais Portuguesas (MARP), atualmente desatualizado. Apesar da evolução que se tem vindo a registar, o caminho a percorrer ainda é longo. "As alterações climáticas exacerbam as desigualdades que ainda persistem, deixando muitas mulheres, que sofrem desproporcionalmente com elas, para trás", condena ainda António Guterres.
Por MARLUCE CORRÊA RIBEIRO
26 de setembro de 2019
Você já pensou em como a presença da mulher na agricultura familiar é expressiva?
Em algum momento, você já se deu conta da importância da mulher no cenário das pequenas propriedades rurais brasileiras?
No Brasil, milhões de agricultores e agricultoras familiares são responsáveis por sete de cada dez alimentos que abastecem a mesa do consumidor e esse setor conta com uma participação feminina indispensável para a produção e a manutenção da família na zona rural.
É fato comprovado que as mulheres estão presentes desde estabelecimentos menores que 1 hectare até propriedades de 10.000 hectares. Mas um aspecto importante apontado pelo censo agropecuário 2017 deve ser ressaltado: os estabelecimentos com faixa de área menor que 1 hectare apresentam uma proporção de gênero mais equilibrada que nas grandes fazendas, sendo de 2 homens para 1 mulher, mostrando a força e a importância da mulher na pequena propriedade rural.
Papel social da agricultora familiar
Na maioria das propriedades rurais que se encaixam no módulo da agricultura familiar, a presença das mulheres é muito marcante. Um dos motivos é que a mão de obra familiar é alicerçada, principalmente pelo trabalho do homem e da mulher. Isso mantém os dois na propriedade de forma que a mulher se torna peça fundamental não só no trabalho diário, mas no estímulo à permanência da família com os vínculos rurais, incentivo a sucessão familiar, cuidado com os filhos, com a terra e com os animais.
Dessa forma, podemos entender que, acima de qualquer outra função, a mulher na agricultura familiar tem um grande papel social tanto na família como na comunidade.
Rotina da mulher camponesa
Um exemplo de agricultora familiar que é o alicerce da família na propriedade é Rosana Faleiro, produtora no município de Orizona-GO, que é responsável por muito do que acontece na fazenda Santa Bárbara.
Ela levanta cedo, faz o café, assa o biscoito e vai para o curral. Ela precisa ajudar seu esposo, já que a mão-de-obra da fazenda é, exclusivamente, familiar, como em todas as propriedade que se enquadram, devidamente, nesse modelo de fazenda.
Além do auxílio na ordenha, a parte de higienização também é por conta dela. Ordenhadeira e sala de ordenha limpas, é hora de mudar de serviço. Alimentar os porcos, as galinhas, cuidar da horta, fazer almoço e todos os demais afazeres da casa são por conta dela.
Enquanto cozinha Rosana se lembra que também precisa fazer as anotações dos gastos com a lavoura do plantio até a produção de silagem e anotar também os medicamentes utilizados nos bezerros, pois sabe que tudo que anota em sua caderneta é de extrema importância para os dados da gestão da propriedade.
Durante o mês ela fica por dentro de todos os gastos e contas a pagar pois ela também ajuda na administração da fazenda. O cuidado com as filhas também é notável. Duas meninas que seguem os passos dos pais e não perdem o vínculo com o campo pois, tanto elas quanto os pais, entendem a necessidade e a beleza da sucessão familiar.
Quem é considerado agricultor familiar?
A Lei N° 11.326, de 24 de julho de 2006, considera como agricultor familiar aquele empreendedor familiar rural que detenha no máximo 4 módulos fiscais, utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, tenha percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento e dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. São inclusos silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores, povos indígenas e quilombolas que atendam o padrão determinado pela lei.