Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 238 - de 15 de Novembro de 2021 a 14 de Dezembro de 2021

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Campanhas de conscientização social são ótimas e necessárias (igrejas podem colaborar também)

Diante de tantos conflitos e dificuldades inesperadas na vida de todas as famílias no Mundo, algo está em comum em todos os lares de todas as Nações: “se reinventar!”

O que se desenrolava em cada família até já fazia parte do acervo cultural/moral das famílias, pois há incontáveis décadas havia quase uma padronização de “saúde” e de cultura, onde tudo se encaixava numa organização até por hábitos regionais e sazonais.

A pandemia trouxe o inesperado com ela...

Dar-se conta que havia algo que mais parecia ter que lutar “contra inimigo invisível!”

E, infelizmente HAVIA em alguns países /capitais/cidades lideranças frágeis e despreparadas, sem muita cultura, e sem vivência em respeitar direitos sociais...

Foi um caos para a população; pois havia dois temores: o da pandemia, e de não ter como se tratar! E, além disso, o PÂNICO! Poderia ocorrer morte na família...

Receba nosso abraço fraternal, e mais esta edição.

Elisabeth Marino e equipe JORNAL DA MULHER BRASILEIRA

P.S.

ATENÇÃO NÃO TEMOS REPRESENTANTES E NEM AUTORIZADOS, TEMOS DIREITOS AUTORAIS E MARCÁRIOS GARANTIDOS POR LEIS.

SAIBA MAIS SOBRE AS CAMPANHAS, ACESSE LINKS:

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TV Jornal da Mulher Brasileira

Entrevista com o Psiquiatra Prof. Dr. Alfredo Simonetti


Perfil do Psiquiatra Prof. Dr. Alfredo Simonetti

Prof. Dr. Alfredo Simonetti

Médico, Psiquiatra e Psicanalista, Professor titular de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina São Camilo (SP), da Faculdade de Medicina da USP-SP, Professor convidado da PUC-SP para cursos de pós-graduação na área de saúde (COGEAE-PUC-SP), Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicologia Hospitalar (NEPHO-SP), curador e palestrante do Programa Café Filosófico da TV Cultura e CPFL, coordenador no site http://www.mapadamente.com.br/

Autor dos livros: Manual de Psicologia Hospitalar (Ed. Artesã), A Cena Hospitalar (Ed. Artesã) e O Nó e o Laço (Ed. Integrare)

CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/1458715185063893

CONTATO:

Endereço: R. Augusta, 2676 – Jardim America, São Paulo – SP, 01412-100

Telefone: (11) 3064-3936

OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da TV JORNAL DA MULHER BRASILEIRA, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.

Rádio Jornal da Mulher Brasileira

Entrevista com a Irmã Roseana Maria da Silva

Roseana Maria da Silva
Foto: Arquivo Pessoal

Perfil da Irmã Roseana Maria da  Silva

Irmã Roseana Maria da  Silva, nascida no dia 11 de agosto, na cidade de Buíque, no agreste Pernambucano.

Jovem entrei na Congregação das Irmãs Franciscanas da Terceira Ordem Seráfica, que tem sua Casa-mãe na Alemanha.

A mística da nossa Congregação se fundamenta no Amor Seráfico, inspirada na Estigmatização de São Francisco: Amor na contemplação, amor na fraternidade e amor na doação/serviço ao próximo.

No momento eu faço parte do Conselho da nossa Província Brasileira das Irmãs Seráficas e animadora do SAV (Serviço de Animação Vocacional).

Além do curso de enfermagem que no momento é muito útil no nosso trabalho junto à Casa de Apoio Sol Nascente II, em Lagoinha, SP, com soropositivos (aidéticos), também fiz o curso de verão sobre em Espiritualidade Franciscana.

Nosso trabalho aqui no Brasil: comunidade de Buíque, PE, Casa de Apoio Sol Nascente em Lagoinha, SP, São Paulo (parceria com SEFRAS), Guaratinguetá e Pindamonhangaba.

Somos uma Congregação pequena, mas aberta aos desafios da atualidade. Por isso usamos uma frase de uma das quatro Irmãs que há 100 anos desembarcaram no Brasil: “A coragem deve crescer com as dificuldades….”

Links para matérias:

Se você deseja adquirir o livro da Casa de Apoio Sol Nascente II, entre em contato conosco pelo telefone: (12)3647-1196 ou pelo Whatsapp: (12) 99704-6005.

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Novembro Roxo

MEJC realiza Semana da Prematuridade, com palestras, oficinas e debates sobre prevenção e cuidados

A prematuridade ainda é a principal causa de mortalidade infantil no mundo

Publicado em 11/11/2021 09h59 Atualizado em 11/11/2021 10h05

Um em cada quatro nascimentos na Maternidade Escola Januário Cicco, unidade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN), vinculada à Rede Ebserh, ocorre até 37 semanas de gestação, o que caracteriza a prematuridade.

Para chamar a atenção da sociedade sobre como prevenir o parto prematuro e lidar com bebês nascidos precocemente, a MEJC realiza, a partir da próxima quarta-feira (17) - Dia Mundial da Prematuridade - até a sexta-feira (19), a Semana da Prematuridade.

O evento contará com a realização de mesa redonda, tendo como tema principal o papel da família e a assistência humanizada ao recém-nascido de baixo peso, palestras que abordarão temáticas voltadas para a prematuridade, o desenvolvimento neuropsicomotor e a importância do aleitamento materno, além da realização de oficinas de sensibilização com profissionais e uma atividade especial voltada para os genitores dos recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCA) da MEJC.

Somente em 2020, 1.204 bebês prematuros nasceram na MEJC, uma das maiores maternidades públicas do Norte e Nordeste, referência na gestação de alto risco no Rio Grande do Norte. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que a prematuridade ainda é a principal causa de mortalidade infantil no mundo. Um outro dado, desta vez do Ministério da Saúde (MS), mostra que, no Brasil, cerca de 12% de todos os partos ocorrem antes do tempo.

Segundo a ginecologista e gerente de atenção à saúde da MEJC, Maria da Guia de Medeiros Garcia a melhor forma de evitar a prematuridade é realizar um pré-natal adequado. “A chave para evitar o parto prematuro é o um pré-natal de qualidade, com no mínimo seis consultas, acesso aos exames e a uma maternidade no momento adequado. Em casos de pré-natal de alto risco a paciente deve ser encaminhada para um ambulatório específico”, afirma.

Confira a programação completa do evento aqui.

A Campanha

Novembro é considerado o mês internacional de sensibilização para a prematuridade e o objetivo é alertar sobre o crescente número de partos prematuros, como preveni-los, e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebê, para sua família e para a sociedade.

A campanha do Novembro Roxo acontece durante todo o mês, mas concentra suas ações, principalmente, no dia 17, Dia Mundial da Prematuridade. O roxo é a cor símbolo da causa da prematuridade.

O roxo foi escolhido por simbolizar sensibilidade e a individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros. Além disso, o roxo também significa transmutação e mudança, ou seja, a arte de transformar algo em outra forma ou substância, assim como no desenvolvimento de um bebê prematuro.

Neste ano, o foco da campanha é a separação zero entre mãe e bebê prematuro, ou seja, permitir que a mãe tenha condições de ficar internada para acompanhar o filho prematuro o tempo todo e que o pai também tenha livre acesso.

Devido a pandemia da Covid-19, foi restrito o livre acesso do pai. Por ser uma instituição pública, a MEJC permite que a mãe fique internada junto com seu filho, quando ele passa a ficar na enfermaria Canguru ou no alojamento de mães acompanhantes, quando o recém-nascido precisa dos cuidados da UTI Neonatal.

Ambiência

A UTI Neonatal da MEJC, composta por 23 leitos, recebeu uma nova ambientação, que proporcionou uma atenção ainda mais acolhedora e humana aos bebês prematuros internados na unidade e consequentemente aos profissionais que atuam diretamente na assistência dos recém-nascidos.

As duas alas da UTI Neonatal receberam adesivos decorativos com temas relacionados ao fundo do mar nas paredes, tornando o ambiente mais leve e acolhedor e, uma das alas, passou por uma pequena reforma recebendo novo revestimento de piso.

A ação fruto da colaboração e empenho da equipe de profissionais que compõem a unidade, marca o início da programação do Novembro Roxo na MEJC.

Sobre a Rede Ebserh

A MEJC faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde agosto de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.

Devido à essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.

(Fonte: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/mejc-ufrn/comunicacao/noticias/mejc-realiza-semana-da-prematuridade-com-palestras-oficinas-e-debates-sobre-prevencao-e-cuidados#:~:text=O%20roxo%20foi%20escolhido%20por,desenvolvimento%20de%20um%20beb%C3%AA%20prematuro, data de acesso: 14/11/2021)

PENSE

Uma em cada cinco estudantes já...

...sofreu violência sexual

Editoria: Estatísticas Sociais | Cristiane Crelier | Arte: Brisa Gil e Jessica Candido

10/09/2021 10h00 | Atualizado em 30/09/2021 10h14

Resumo

A violência sexual se mostra presente na vida de um significativo percentual de meninos e meninas que frequentam escola. Dentre as meninas, uma em cada cinco adolescentes (20,1%) de 13 a 17 anos diz já ter sido tocada, manipulada, beijada ou ter tido partes do corpo expostas contra a sua vontade. E 8,8% das meninas nessa idade já foram forçadas ao sexo, a maioria antes dos 14 anos. Os garotos também são alvos desse tipo de violência, mas em percentuais bem menores.

Os agressores costumam ser pessoas próximas às vítimas. Além disso, o contexto socioeconômico pode determinar onde cada tipo de agressão é mais comum, sendo que os índices de importunação sexual são mais altos dentre alunos da rede privada e os de estupro dentre os da pública.

Esses são alguns dos dados obtidos pela Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019, que entrevistou escolares dessa faixa etária em todo o Brasil sobre diversos temas, que vão desde os hábitos e a saúde até a autoimagem e a saúde mental. O método de coleta de informação da PeNSE, por meio de um dispositivo móvel utilizado pelo próprio adolescente, garante o anonimato e a individualidade de quem responde, de modo que os estudantes fiquem com menos receio de responder sobre temas sensíveis.

“Dessa forma conseguimos captar melhor as informações sobre casos de violência sexual que, normalmente, não chegam a ser reportados a nenhuma autoridade ou figura de autoridade, principalmente no caso de menores de 18 anos, que, em geral, não sabem a quem recorrer”, comenta Cristiane Soares, uma das analistas da PeNSE.

No geral, 14,6% dos estudantes de 13 a 17 anos narraram já terem sofrido algum tipo de violência sexual pelo menos uma vez na vida. Mas o percentual entre as meninas (20,1%) foi mais que o dobro do observado entre os meninos (9,0%). E na rede privada houve mais relatos desse tipo de violência (16,3%) do que na rede pública (14,4%).

“É preciso estar atento. Muitas vezes caracterizado como “brincadeira”, a importunação ou assédio sexual pode assumir contornos de estupro e levar as vítimas ao medo e ao abandono escolar, por exemplo. Esse tipo de violência pode ter várias consequências para os jovens, podendo criar uma cultura permissiva quando tais atos não são vistos como sérios e passíveis de punição”, ressalta Cristiane Soares.

Entre os principais agressores os adolescentes apontaram o namorado ou namorada (29,1%), amigos (24,8%), pessoas desconhecidas (20,7%), outros familiares (16,4%) e pai, mãe ou responsável (6,3%). Considerando que os casos de violência sexual podem ter ocorrido mais de uma vez e, inclusive, sido praticados por pessoas diferentes, os escolares puderam identificar mais de um autor no questionário.

“Ao se pensar em políticas públicas para ajudar esses adolescentes, é preciso estar muito atento ao fato de que os agressores, grande parte das vezes, são pessoas do ambiente doméstico das vítimas ou pessoas com quem elas têm relação de afetividade. Isso provoca um sentimento de desamparo e de não ter a quem recorrer.

O adolescente sente que não tem com quem falar sobre o que está acontecendo com ele”, alerta Cristiane Soares, que destaca, nesse sentido, a importância das políticas públicas de escuta, acolhimento, acompanhamento e orientação. “A culpabilização afeta social e emocionalmente essas pessoas”, complementa.

Além disso, 6,3% dos adolescentes disseram já terem sido obrigados a ter relações sexuais contra a sua vontade. E mais uma vez as meninas se mostraram o principal alvo dos agressores: 8,8% disseram já terem sido forçadas, frente a um percentual de 3,6% para os meninos. A ocorrência foi mais alta entre os estudantes da rede pública (6,5%, frente a 4,9% na rede privada).

Um dado ainda mais alarmante foi que, em 68,2% dos casos desse tipo de violência, o aluno tinha 13 anos ou menos quando foi forçado. Namorado ou namorada foram apontados como os principais autores (26,1%), seguido por outro familiar (22,4%).

Mas pessoa desconhecida (19,2%), amigo (17,7%), outra pessoa além das relacionadas (14,7%) e pai, mãe ou responsável (10,1%) tiveram percentuais também relevantes.

Agressão física é mais alta dentro de casa do que fora dela

Os demais tipos de agressão física parecem ser mais comuns em casa. Pelo menos 21,0% dos adolescentes de 13 a 17 anos afirmaram terem sido agredidos pelo pai, mãe ou responsável alguma vez nos doze meses anteriores à pesquisa.

Mais escolares de 13 a 15 anos afirmaram terem sofrido esse tipo de agressão (23,0%), enquanto no grupo etário de 16 a 17 anos o percentual foi menor (17,3%).

“Vale ressaltar que o questionário da PeNSE não leva em conta se foi um corretivo leve ou grave por uma atitude inadequada ou se foi o que chamamos de violência gratuita, mas sim o sentimento em relação àquela agressão, se o adolescente se sentiu agredido e desprotegido pela pessoa que deveria protegê-lo”, ressalta Cristiane Soares.

E foram também as meninas que mais relataram esse tipo de agressão (22,1%, contra 19,9% dos meninos). Quanto ao contexto socioeconômico, foram os estudantes da rede privada que mais afirmaram terem sido agredidos pelo responsável (23,6%, contra 20,6% no ensino público).

Por outro lado, a agressão física perpetrada por outra pessoa que não seja o pai, mãe ou responsável foi apontada por 13,2% dos escolares. E mais uma vez os estudantes da rede privada foram os que mais reportaram esse tipo de agressão (16,4%, contra 12,7% na rede pública).

Sendo que, na maior parte das vezes, os agressores são amigos (48,2%) ou outros familiares (17,6%). Mas também pode ser outra pessoa (15,8%), namorado (12,3%) ou desconhecido (11,7%). Além disso, houve relatos de violência policial (7,0%) ou, em casos mais raros, efetuada por algum funcionário da escola (1,7%).

(Fonte: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/31579-uma-em-cada-cinco-estudantes-ja-sofreu-violencia-sexual, data de acesso: 11/11/2021)

Estatísticas de gênero: ocupação das mulheres é menor em lares com crianças de até três anos

Editoria: Estatísticas Sociais

04/03/2021 10h00 | Atualizado em 05/03/2021 06h27

Em 2019, o nível de ocupação das mulheres de 25 a 49 anos vivendo com crianças de até 3 anos de idade foi de 54,6% e o dos homens foi de 89,2%.

Em lares sem crianças nesse grupo etário, o nível de ocupação foi de 67,2% para as mulheres e 83,4% para os homens.

As mulheres pretas ou pardas com crianças de até 3 anos de idade no domicílio apresentaram os menores níveis de ocupação: 49,7% em 2019.

Em relação a cuidados de pessoas ou afazeres domésticos, as mulheres dedicaram quase o dobro de tempo que os homens: 21,4 horas contra 11 horas semanais. A proporção em trabalho parcial (até 30 horas semanais) também é maior: 29,6% entre as mulheres e 15,6% entre os homens.

Na população com 25 anos ou mais, 15,1% dos homens e 19,4% das mulheres tinham nível superior completo em 2019.

No entanto, as mulheres representavam menos da metade (46,8%) dos professores de instituições de ensino superior no país.

Em cursos de graduação, elas são minoria entre os alunos nas áreas ligadas às ciências exatas e à esfera da produção: apenas 13,3% dos alunos de Computação e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) são mulheres, enquanto elas ocupam 88,3% das matrículas na área de Bem-Estar, que contempla cursos como Serviço Social.

Apesar de mais instruídas, as mulheres ocupavam 37,4% dos cargos gerenciais e recebiam 77,7% do rendimento dos homens.

Em 2020, as mulheres eram 14,8% dos deputados federais, a menor proporção da América do Sul e a 142ª posição de um ranking com dados para 190 países.

No processo eleitoral de 2018, 32,2% das candidaturas para o cargo de deputado federal foram de mulheres. Entre as candidaturas que contaram com receita superior a R$ um milhão, apenas 18,0% foram femininas.

Em 2020, entre os vereadores eleitos, 16% eram mulheres.

As mulheres eram apenas duas entre os 22 ministros.

Na esfera estadual e distrital, 27,6% dos policiais civis e 11% dos policiais militares eram mulheres, em 2018.

Utilizada para a análise do fenômeno do feminicídio (definido na Lei n. 13.104/2015), a informação sobre local de ocorrência da violência mostra que em 2018, enquanto 30,4 % dos homicídios de mulheres ocorreram no domicílio, para os homens essa proporção foi de 11,2%.

Em 2019, apenas 7,5% dos municípios tinham delegacias especializadas para atender mulheres.

Em 2019, 2,1% dos casamentos envolviam mulheres de até 17 anos.

De 2011 para 2019 a taxa de fecundidade adolescente caiu de 64 para 59 nascimentos a cada mil mulheres, sendo a maior taxa na região Norte (84,5 nascimentos a cada mil mulheres) e, por UF, no Amazonas (93,2).

Essas são algumas das informações da segunda edição

das Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, que analisa as condições de vida das brasileiras a partir de um conjunto de indicadores proposto pelas Nações Unidas.

O IBGE compilou informações de suas pesquisas e de fontes externas para elaborar o estudo.

Em lares com crianças de até 3 anos, mulheres têm menor nível de ocupação

Em 2019, a taxa de participação das mulheres na força de trabalho foi 54,5%.

Entre os homens, esta medida chegou a 73,7% - uma diferença de 19,2 pontos percentuais.

A taxa mede a parcela da população em idade de trabalhar (15 anos ou mais de idade) que está na força de trabalho (ou seja, trabalhando ou procurando trabalho e disponível para trabalhar).

Entre as mulheres de 25 a 49 anos que viviam em lares com crianças de até 3 anos de idade, pouco mais da metade (54,6%) estava efetivamente ocupada.

Em lares sem crianças nessa faixa etária, o nível de ocupação das mulheres foi de 67,2% Entre os homens, o nível de ocupação é superior tanto em lares com crianças com até 3 de idade (89,2%), quanto em lares sem crianças nesse grupo etário (83,4%).

As mulheres pretas ou pardas com crianças de até 3 anos de idade no domicílio apresentaram os menores níveis de ocupação: 49,7% em 2019.

Entre as mulheres brancas, a proporção foi de 62,6%.

Para aquelas sem a presença de crianças nesta faixa etária, os percentuais foram 63,0%, entre mulheres pretas e pardas, e 72,8% entre brancas.

Mulheres dedicam quase o dobro do tempo em cuidados e/ou afazeres domésticos.

No Brasil, em 2019, as mulheres dedicaram aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos quase o dobro do tempo que os homens: 21,4 horas contra 11 horas semanais.

Embora na Região Sudeste as mulheres dedicassem mais horas a estas atividades (22,1 horas), a maior desigualdade se encontrava na Região Nordeste: 21,8 para elas e 10,5 para eles, ou seja, 11,4 pontos percentuais.

As mulheres pretas ou pardas estavam mais envolvidas com os cuidados de pessoas e afazeres domésticos, com o registro de 22,0 horas semanais em 2019, ante 20,7 horas para mulheres brancas.

Também há diferenças marcantes por classes da população em ordem crescente de rendimento domiciliar per capita: as mulheres que fazem parte dos 20% com os menores rendimentos trabalham em média 24,1 horas nas atividades de cuidados e afazeres domésticos, enquanto as que se encontram nos 20% com os maiores rendimentos trabalham 18,2 horas.

29,6% das mulheres e 15,6% dos homens trabalham em tempo parcial

Mulheres que necessitam conciliar trabalho remunerado com os afazeres domésticos e cuidados, em muitos casos, aceitam ocupações com carga horária reduzida.

Em 2019, cerca de um terço das mulheres (29,6%) estavam ocupadas em tempo parcial (até 30 horas semanais de trabalho), quase o dobro do verificado para os homens (15,6%).

As mulheres pretas ou pardas eram as que mais exerciam o trabalhado parcial, que representava 32,7% do total, contra 26,0% das mulheres brancas.

Os homens em trabalho parcial eram 17,2% entre pretos e pardos e 13,5% entre brancos.

As regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores proporções de mulheres ocupadas em trabalho parcial: 39,2% e 37,5%, respectivamente.

Mulheres recebem 77,7% do rendimento dos homens

Em 2019, as mulheres receberam 77,7% (ou pouco mais de ¾) do rendimento dos homens. Enquanto o rendimento médio mensal dos homens era de R$2.555, o das mulheres era de R$1.985.

A desigualdade é maior entre as pessoas nos grupos ocupacionais com maiores rendimentos.

Nos grupos de Diretores e gerentes e Profissionais das ciências e intelectuais, as mulheres receberam, respectivamente, 61,9% e 63,6% do rendimento dos homens.

Nas Regiões Sudeste e Sul as mulheres recebiam em média, 74,0% e 72,8%, respectivamente, do rendimento dos homens.

Nas Regiões Norte e Nordeste, onde os rendimentos médios foram mais baixos para homens e mulheres, as desigualdades eram menores (92,6% e 86,5%, respectivamente).

Pretos e pardos têm maior proporção de atraso ou abandono escolar

Embora a frequência à escola ou creche seja semelhante para homens e mulheres em todas as faixas etárias, o atraso escolar atinge mais o sexo masculino, especialmente os pretos e pardos.

Isso é percebido a partir da taxa de frequência escolar líquida ajustada, que considera a frequência escolar no nível de ensino adequado a sua faixa etária, ou a conclusão desse nível.

Em 2019, ambos os sexos registraram a mesma taxa (95,8%) no ensino fundamental. No nível superior, porém, as mulheres registraram uma taxa de 29,7%, contra 21,5% dos homens.

Uma mulher de 18 a 24 anos tinha, em 2019, cerca de 38% mais chances de estar frequentando ou já ter terminado o ensino superior do que um homem da mesma faixa etária.

Embora as mulheres apresentem índices superiores aos dos homens, o acesso à educação se dá de forma desigual entre as mulheres.

Em 2019, mulheres pretas ou pardas entre 18 e 24 anos apresentavam uma taxa ajustada de frequência líquida ao ensino superior de 22,3%, quase 50% menor do que a registrada entre brancas (40,9%) e quase 30% menor do que a taxa verificada entre homens brancos (30,5%). A menor taxa ajustada de frequência escolar líquida se verificou entre os homens pretos ou pardos (15,7%).

Apesar de mais instruídas, mulheres ainda são minoria na docência superior

Entre a população com 25 anos ou mais, 15,1% dos homens e 19,4% das mulheres tinham nível superior completo em 2019.

Na população mais jovem, no recorte de 25 a 34 anos, essa diferença chega a 6,8 pontos percentuais: 25,1% das mulheres possuíam nível superior completo, contra 18,3% dos homens.

Entretanto, as mulheres representavam 46,8% dos professores de instituições de ensino superior no Brasil. Essa proporção vem crescendo, ainda que lentamente, nas últimas duas décadas.

A proporção mais alta é na Bahia (51,8%) e a mais baixa, em São Paulo (43,4%).

Na graduação, apenas 13,3% dos alunos de Computação e TIC são mulheres

As mulheres são minoria em cursos de graduação nas áreas ligadas às ciências exatas e à esfera da produção. Em 2019, elas correspondiam a apenas 13,3% das matrículas nos cursos presenciais de graduação na área de Computação e Tecnologias da Informação e Comunicação, e 21,6% na área de Engenharia e profissões correlatas.

Já nas áreas relacionadas ao cuidado, a participação feminina é muito maior.

Na área de Bem-Estar, que inclui cursos como Serviço social, a participação feminina nas matrículas foi de 88,3% em 2019.

Em Direito e Medicina, duas áreas tradicionais, as mulheres também constituíam uma maioria das matrículas de graduação, embora por margens mais estreitas – 55,2% e 59,7%, respectivamente.

Tabagismo ainda é mais frequente entre homens e a obesidade, entre mulheres

Em 2019, enquanto 15,7% dos homens de 15 anos de idade ou mais responderam consumir algum produto de tabaco, o percentual foi de 9,4% para as mulheres.

Em comparação com 2013, quando a faixa etária investigada foi a partir de 18 anos, o tabagismo diminuiu para ambos os sexos, quando as taxas eram de 18,9% para os homens e 11,0% para as mulheres, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).

A obesidade, por sua vez, cresceu entre 2013 e 2019.

Considerando a população a partir de 20 anos de idade, a incidência de obesidade entre os homens aumentou de 17,5% para 22,8%. Entre as mulheres, aumentou de 25,2% para 30,2% em 2019.

Esperança de vida aumenta e taxa de mortalidade na infância diminui entre as mulheres

A esperança de vida das mulheres aos 60 anos era maior do que a dos homens e aumentou entre 2011 e 2019.

Em 2011, a esperança de vida de uma mulher de 60 anos no Brasil era de 23,1 anos e passou para 24,4 em 2019. Já a dos homens subiu de 19,6 para 20,7 anos.

Uma mulher de 60 anos na Região Sul tinha quase 3 anos a mais de expectativa de vida que uma mulher da mesma idade na Região Norte: 25,3 e 22,4 anos, respectivamente.

A mortalidade na infância (probabilidade de uma criança morrer antes dos cinco anos de idade) entre os meninos passou de 20,6 em cada mil nascidos vivos, em 2011, para 15,1, em 2019.

Entre as meninas, o indicador passou de 17,2 para 12,8, em cada mil nascidas vivas. Enquanto na Região Norte uma menina nascida em 2019 tinha 17,2‰ de chances de morrer com menos de 5 anos, na Região Sul as chances eram de 9,0‰.

Em 2020, mulheres eram 14,8% dos deputados, 16% dos vereadores e 7,1% dos ministros

No Brasil, o percentual de parlamentares mulheres na Câmara dos deputados passou de 10,5%, em dezembro de 2017, para 14,8%, em setembro de 2020.

Apesar do aumento, o Brasil era o país da América do Sul com a menor proporção e encontrava-se na 142ª posição de um ranking com dados para 190 países.

O processo de candidatura ao cargo de deputado federal indica o descompasso entre homens e mulheres na Câmara.

Em 2018, 32,2% das candidaturas para o cargo de deputado federal foram de mulheres, em comparação a 31,8%, em 2014.

Essas proporções estão ainda próximas à cota mínima de 30% de candidaturas para cada sexo, por partido ou coligação partidária, como previsto em lei.

Em 2018, entre as candidaturas para o cargo de deputado federal que contaram com receita superior a R$ um milhão, apenas 18,0% eram de mulheres.

Estudos apontam que candidaturas com maior volume de recursos financeiros são mais propensas ao sucesso eleitoral.

Nos ministérios a desigualdade é ainda maior: em 25 de setembro de 2020, dos 22 ministros de Estado, apenas dois eram mulheres (ou 7,1%).

Na esfera municipal, somente 16,0% dos vereadores eleitos em 2020 eram mulheres, um aumento de menos de 3 pontos percentuais em relação a 2016.

O estado com a menor proporção foi o Rio de Janeiro, com 9,8%; a maior, o Rio Grande do Norte, com 21,8%.

Mulheres pretas e mulheres pardas encontravam-se sub-representadas entre as vereadoras eleitas.

Embora representassem 9,2% e 46,2% das mulheres na população em 2019, alcançaram 5,3% e 33,8% das cadeiras obtidas pelas mulheres nas eleições de 2020.

Mulheres eram 27,6% do efetivo das polícias civis em 2019

O percentual de policiais mulheres é um indicador que, além de atender à meta de integrar as mulheres à vida pública, compõe as medidas de assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar.

Esse atendimento se dá no âmbito das polícias civis, subordinadas aos governos estaduais.

Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), em 2019, as mulheres representavam 11% do efetivo ativo da polícia militar e 27,6% da polícia civil das Unidades da Federação.

No efetivo total, elas correspondiam a 14,6%, sendo a menor participação de mulheres no Rio Grande do Norte, com 5,3%, e a maior participação no Amapá, com 24,3%.

Mulheres ocupavam 37,4% dos cargos gerenciais em 2019

No Brasil, 62,6% dos cargos gerenciais eram ocupados por homens e 37,4% pelas mulheres, em 2019.

A maior desigualdade por sexo foi encontrada nos 20% da população ocupada com os maiores rendimentos do trabalho principal (77,7% para os homens contra 22,3% para as mulheres).

Do mesmo modo, a desigualdade se aprofunda nas faixas etárias mais elevadas: entre pessoas de 60 ou mais anos de idade, 78,5% dos cargos gerenciais eram ocupados por homens e 32,6% pelas mulheres.

Em 2019, 2,1% dos casamentos envolviam mulheres de até 17 anos

Segundo as Estatísticas do Registro Civil, em 2019, 21.769 casamentos foram realizados com cônjuges de até 17 anos do sexo feminino, o que corresponde a 2,1% do total de casamentos em 2019. Do sexo masculino, foram 2.203 (0,2% do total).

A incidência do fenômeno vem se reduzindo desde 2011, quando 48.637 casamentos foram registrados com mulheres de até 17 anos, ou 4,7% do total de casamentos do ano. Rondônia, porém, apresentou, em 2019, proporção superior à do Brasil de oito anos antes, com 6,4%.

Maior taxa de fecundidade adolescente está na região Norte

No Brasil, em 2019, a taxa de fecundidade adolescente (entre mulheres de 15 a 19 anos) era de 59 nascimentos a cada mil mulheres. Em 2011, a taxa era de 64‰.

Nas regiões Sudeste e Sul as taxas de fecundidade adolescente eram de 49,4 e 50,0, respectivamente; no Centro-Oeste e Nordeste, eram de 62,7 e 65,2, respectivamente.

Já na Região Norte, a taxa era de 84,5 nascimentos a cada mil mulheres de 15 a 19 anos de idade.

A maior taxa foi encontrada no Amazonas (93,2) e a menor, no Distrito Federal (42,7). No mundo, a menor taxa, em 2018, foi apresentada pela União Europeia (8,9) e a maior, pela África Subsaariana (101,2).

30,4 % dos homicídios de mulheres ocorrem no domicílio

Utilizada para a análise do fenômeno do feminicídio (definido na Lei n. 13.104/2015 como o homicídio contra a mulher por razões da condição do sexo feminino – violência doméstica ou familiar e menosprezo ou discriminação à condição de ser mulher), a informação sobre local de ocorrência da violência mostra que a proporção de homicídios cometidos no domicílio tem maior vulto entre as mulheres.

Em 2018, enquanto 30,4 % dos homicídios de mulheres ocorreram no domicílio, para os homens a proporção foi de 11,2%.

Entre as mulheres, as pretas ou pardas tinham maiores taxas de homicídio que as mulheres brancas, tanto no domicílio, quanto fora dele. No domicílio, a taxa para as mulheres pretas ou pardas (1,4) era 34,8% maior que para as mulheres brancas (1,1); fora do domicílio, era 121,7% maior (3,8 e 1,7, respectivamente).

Apenas 7,5% dos municípios têm delegacias especializadas para atender mulheres

Dentre as medidas previstas para o atendimento às mulheres em situação de violência, a Lei Maria da Penha determina a criação de serviços de atendimento às vítimas.

Em 2018, a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) identificou que 2,7% dos municípios brasileiros possuíam casa-abrigo de gestão municipal, 20,9% dispunham de serviços especializados de enfrentamento à violência contra mulheres e 9,7% ofereciam serviços especializados de atendimento à violência sexual.

Em 2019, 7,5% municípios contavam com delegacia especializada, patamar que não aumentou desde 2012.

(Fonte: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/30172-estatisticas-de-genero-ocupacao-das-mulheres-e-menor-em-lares-com-criancas-de-ate-tres-anos, data de acesso: 14/11/2021)

Mulheres são mais instruídas, mas ocupam apenas 37,4% dos cargos de gerência

Por: Redação Otimiza Benefícios

Embora mais instruídas que os homens, as mulheres ainda têm dificuldades de acessar cargos de chefia e gerência no mercado de trabalho.

No Brasil, apenas 37,4% dos cargos gerenciais existentes em 2019 eram ocupados por mulheres, segundo os dados do levantamento Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A desigualdade era ainda mais elevada entre os 20% dos trabalhadores com os maiores salários.

Nessa faixa de renda, as mulheres eram apenas 22,3% dos ocupados, enquanto os homens respondiam pelos demais 77,3%.

Segundo o IBGE, o dado revela que as mulheres estão ainda mais sub-representadas em cargos gerenciais mais bem remunerados e com potencialmente mais responsabilidades.

Em 2019, as mulheres receberam 77,7% do rendimento dos homens.

“As mulheres são mais instruídas que os homens. Então a menor inserção no mercado de trabalho não se deve à instrução, porque é justamente o contrário”, disse Bruno Mandelli Perez, pesquisador do IBGE.

Entre a população com 25 anos ou mais de idade, 40,4% dos homens não tinham instrução ou não concluíram o ensino fundamental.

Essa proporção foi menor entre as mulheres, 37,1%.

Por outro lado, 19,4% da população feminina com 25 anos ou mais já tinha concluído o ensino superior, contra uma fatia de 15,1% entre os homens.

A única faixa etária em que havia mais homens com ensino superior do que mulheres é a mais avançada, de 65 anos ou mais, reflexo da dificuldade da inserção do acesso feminino a instituições de curso superior décadas atrás.

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(Fonte: https://otimiza.pro/mulheres-sao-mais-instruidas-mas-ocupam-apenas-374-dos-cargos-de-gerencia/, data de acesso: 14/11/2021)