Para dissertar sobre este tema queremos usar como exemplo o recente escândalo internacional o que em um caso de estupro, envolveu um delegado de uma ONG e uma mulher, representante de outra, enquanto promoviam discussões referentes a um mega evento mundial. Recebemos textos sobre o caso, recheados de indignação e posicionamentos sobre o fato ocorrido.
Lamentavelmente, pessoas que desrespeitam os direitos e as liberdades fundamentais do outro ser humano podem estar em qualquer recanto do planeta, até mesmo na vida doméstica, e não trazem nenhuma sinalização quando irão atacar, provocando a destruição moral e psíquica de suas vítimas, portanto, as ONG's não estão imunes a essas ocorrências.
Consideramos aqui ONG's, no sentido literal, ou seja, organizações que não tem vinculação governamental, portanto, são reuniões de grupos da Sociedade Civil, em forma associativa, cooperativa, sindical etc.
Alguns homens, embora tenham graduação em nível superior, liberação social e econômica, um ótimo cargo, disponham de últimos recursos tecnológicos e até mantenham uma família, ainda não sabem se comportar diante de uma mulher, ao ficar só com ela em algum ambiente, ou tenha que viajar ou hospedar-se em algum hotel para tratar de assuntos profissionais ou de interesse coletivo e social.
São os riscos que algumas mulheres correm: estupro, violência por xingamentos, ironias e constrangimentos públicos, ataques à honra, ofensa com palavras, roubo de idéias, de contatos, financeiros e de cargos. São atos covardes que ferem o plano físico, biológico, moral, intelectual, econômico, social ou político, todos considerados direitos da pessoa humana, não só para homens, como para as mulheres.
O desafio atual é como a lei irá proteger essas poucas mulheres que alçam pioneiramente "seus vôos" nas lideranças políticas e sociais, nacionais ou mundiais, pois, quanto mais alto os escalões, mais difícil para as mulheres garantirem seus direitos, isto porque há a competitividade desleal, em meio às vaidades humanas. E, quando não se pode vencer pelo conhecimento ou capacidade intelectual, usa-se a força bruta, estupro, simulações, a violência moral, todos como "golpes baixos" para imobilizar "as suas oponentes ou concorrentes" é o que deve motivar tais atos, se não forem esses, então, não houve aprendizado para o "domínio da besta humana".
Consideramos importante ressaltar que, atualmente, a competitividade desleal e a violência moral ocorre também entre mulheres, algumas porque ainda não sabem quais punições legais que poderão enfrentar, outras porque se sentem respaldadas e são agentes à serviço de alguns homens (como "laranjas"), umas porque estão atrás de lucro fácil e ascensão rápida sem compromisso efetivo com causas coletivas, apenas com as vaidades pessoais.
Exemplos há muitos, principalmente quando correm verbas para patrocínios de algumas empresas que "compram" projetos de responsabilidade social, códigos de ética, ou qualquer coisa que faça a "maquilagem social", num "vale tudo" qualquer, conforme notícias recentes.
Deste modo, está na hora de se levar a público as ocorrências negativas "escondidas embaixo dos tapetes" da área. É hora de se criar conselhos de ética, de arbitragem para casos inesperados. Está na hora de encaminhar para as punições legais, quem é violador(a) dos direitos das pessoas, por violência física ou moral.
Omissão é sinônimo de conivência com o crime e todas as pessoas que permitem tais atos são responsáveis. Se uma diretoria não age de forma correta, diante de um fato violador, o que deve fazer um(a) associado(a) de uma ONG (associação etc.) que não comungue com este ato?
Em primeiro lugar, faça uma carta manifestando seu repúdio e relatando o fato, o qual não faz parte dos estatutos, da ética e até das leis, oponha-se, terminantemente, dando um prazo para a solução. Envie para a entidade esta carta, protocolize uma segunda via com carimbo e assinatura do recebedor e data, faça constar de ata de assembléia. Ou, então, envie por cartório de títulos e documentos sua posição, também é válido um telegrama com cópia e protocolo de entrega. Guarde este comprovante de sua manifestação contrária a atos violadores e exija solução durante assembléias, reuniões de conselho etc.
Se todos os que estiverem contra atos violadores se precaverem com documentos e agirem com manifestos junto às diretorias e membros da entidade haverá um verdadeiro exercício de cidadania e respeito constitucionais, portanto, uma implementação de direitos humanos em todos os ambientes, inclusive os das ONG's, que deverão ser o exemplo de democracia e respeito às pessoas.
Dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, queremos enviar nossa solidariedade para essa corajosa mulher que denunciou o estupro do qual foi vítima, enquanto no exercício de sua cidadania social, coletiva e mundial.
Enviamos nossos parabéns para todas as mulheres que lutam pela melhoria social e moral dentro das ONG's, das empresas, das instituições governamentais, na família e nas escolas.
Entregamos-lhe a edição n.º 25, com o abraço de Elisabeth Mariano e equipe Jornal da Mulher Brasileira.
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
* O Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo organizou a exposição "MARIAMA", de 23 à 30 de janeiro, em sua sede.
* Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística "as mulheres profissionais que trabalham em agronegócios representam 40% deste setor".
* Outras estatísticas revelam que "as mulheres representam 40% da classe economicamente ativa no país. Em cada 10 contas bancárias 4 são de mulheres, as quais detém 42% das cadernetas de poupança, e são responsáveis por 33% das aplicações financeiras no Brasil".
Uma ONG que existe há 12 anos, em São Paulo, denominada Serviço à Mulher Marginalizada (SMM/SP) tem como objetivo trabalhar com as questões ligadas à exploração sexual comercial das mulheres, adolescentes e crianças. A SMM/SP em conjunto com a ASBRAD - Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude, em Guarulhos / SP lançaram, no final de 2003, e vêm fazendo muito sucesso a "ação de enfrentamento" Proteja-se do "tráfico de seres humanos - o tráfico de mulheres, crianças e adolescentes é crime e dá cadeia!"
Esta ação inclui telefones com ligações gratuitas para denúncias de todo o Brasil, e o número é 0800-490500.
"O tráfico de pessoas, segundo a ONU, é a terceira fonte de receita ilegal no mundo, e os principais seres humanos traficados são mulheres e meninas. O Brasil, infelizmente, é considerado um dos grandes "exportadores" de seres humanos. Esta ação é apoiada pela Secretaria de Justiça do Estado, pelo Consulado dos Estados Unidos, em São Paulo e por várias ONG's".
(Fonte: http://www.smm.org.br)
"O livro "Família: redes, laços e políticas públicas" é resultado de uma parceria entre o CENPEC e a Oficina Municipal da Fundação Konrad Adenauer, o Instituto dos Estudos Especiais da PUC / SP, a Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) e o Centro de Estudos e Pesquisas da Administração Municipal (CEPAM).
Contém os principais debates surgidos no seminário (de mesmo nome), realizado em 2002, pelos mesmos parceiros. A publicação, organizada pelas pesquisadoras Ana Rojas e Maria Amália Faller Vitale do IEE / PUC-SP, é uma tentativa de discutir as relações entre família e Estado enquanto competências.
Composta por artigos de vários especialistas no assunto, conservando-se os posicionamentos diferenciados, está dividida em três partes: "vida em família", "trabalhando com famílias" e "famílias e políticas públicas".
O livro custa R$ 30,00. Mais informações: CENPEC info@cenpec.org.br ou IEE-PUC, para Carla ou Zélia, iee@pucsp.br.
"Um novo estudo apresentado na Conferência Européia do Câncer (ECCD), em Copenhagen, mostrou que a combinação de dois medicamentos anti-câncer Herceptin® (trastuzumab) e Taxorene® (docetaxel), praticamente dobra o tempo de sobrevida mediano das mulheres portadoras da forma mais agressiva do câncer de mama (HER2 - positivo)."
(...) "De acordo com dados de 2000, da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 8% a 9% das mulheres irão desenvolver câncer de mama durante a vida. A cada ano, mais de um milhão de novos casos serão diagnosticados em todo o mundo, com uma taxa de mortalidade de perto de 400 mil pacientes por ano".
A Roche tem uma ampla linha de medicamentos e é líder mundial em oncologia, possui 4 unidades de pesquisas (duas nos EUA, uma na Alemanha e outra no Japão) e 4 centros de desenvolvimento (dois nos EUA, um no Reino Unido e outro na Suíça).