Os dados estatísticos recentes demonstram que no Brasil temos dezenas de milhões de portadores em algum tipo de deficiência física, mental ou de aprendizagem. Portanto, abre-se um novo campo de trabalho para todas as áreas de profissionais liberais nas diversas especializações de PPD's (Pessoas Portadoras de Deficiências), assim como na prestação de serviços. Desde o segmento de ensino até o cumprimento legal das cotas nas empresas abre-se uma nova oportunidade, principalmente, a de desafiar e quebrar paradigmas e, junto com as PPD's, colherem importantes louros nas vitórias que serão conquistadas.
Quando se fala em PPD's precisamos reconhecer e valorizar o esforço e o mérito conquistado pelas PPD's que, também, tornam-se profissionais liberais, e acadêmicos, e atuantes nos mais diversos segmentos da sociedade e do mundo do trabalho, provando que não há limites e deficiências.
Para parabenizar, neste mês as pessoas que são PPD's ou com especialização nesta área profissional, abaixo transcrevemos o texto da doutoranda Maria Dolores Fortes Alves (que é PPD em locomoção), altamente especializada em Distúrbios de Aprendizagem e Psicopedagogia, em reconhecimento da importância da educação inclusiva, e de oportunidades de trabalho em prol das PPD's.
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Os limites estão em nossa tola razão. Quando há Amor no coração não há limites!
Certa vez, uma grande amiga me relatou: "enquanto a pessoa com deficiência for vista como um problema para a sociedade, não teremos uma inclusão verdadeira". Digo mais, enquanto existir este olhar excludente, as pessoas não vencerão suas muletas mentais, seus apoios em não aceitar o "diferente", aquilo que não têm coragem de superar em si mesmos.
A aceitação requer coragem. Coragem para romper paradigmas, barreiras internas limitadoras e abrirmos espaço para possibilidades de crescimento... Verdadeiro!
"O que é essencial é invisível aos olhos..." (Exupéry)
Inclusão inicia-se no coração. Em gestos de amor e solidariedade no qual percebamo-nos todos como filhos do cosmos e fios da teia da vida.
Excluir é fechar as portas para possibilidades, para potencialidades. É desperdiçar jóias de crescimento e deixarmos de vencer nossas próprias barreiras internas, é cercarmo-nos na mediocridade da não aceitação do outro, do outro nós mesmos.
Quem aceita, quem confia no que o outro pode dar, com o outro fia. Então, pode-se solidarizar e juntos tecerem caminhos para o crescimento, mútuo. Assim, encontramo-nos integrantes da humanidade e irmandade cósmica. Tornamo-nos dignos de pertencer à raça humana, filhos de um Pai Criador.
Digo mais, enquanto limitações de dimensão física (cor, etnia, etc) forem mais importantes que valores humanos universais como sabedoria, amorosidade, conhecimento, paz, etc., não há razões para mantermos abertas nossas escolas, pois, não estamos educando / ensinando a humanidade para a humanidade e sim para a barbárie.
"Vamos construir pontes antes que as fendas sejam tão profundas que jamais consigamos transpô-las". Antes que a humanidade se destrua... Vamos construir pontes de amor, aceitação, solidariedade, compaixão... Vamos construir pontes para uma vida mais rica de sabedoria interior, em que não tentemos concertar esta dimensão física do homem antes de tentar enxergar e concertar sua dimensão espiritual, transcendente... Estas são as limitações, as deficiências que ainda não vencemos, porque não conseguimos vê-las!
"Não
foi dada
atenção, não foi visto...
O
não visto não havia emergido,
não era possível ver...
Quando veio
à luz, foi possível ver..."
(autor desconhecido)
A bacharel em piano erudito Fabiana Fator Gouvea Bonilha, foi a primeira pessoa deficiente visual que concluiu o "curso de pós-graduação no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas / UNICAMP. Sua tese foi intitulada: Leitura musical na ponta dos dedos: caminhos e desafios do ensino da Musicografia Braille na perspectiva de alunos e professores", no qual ela concluiu que "o ensino da notação musical na linguagem Braille - que os deficientes visuais percebem pelo tato é falho, principalmente, pela escassez de investimentos na transcrição de partituras (em todo o Estado há apenas uma instituição dedicada a isso), e pela falta de conhecimento dos professores de música, com pouca experiência em lecionar para cegos". Segundo a recém-pós-graduada Fabiana, "em geral, o cego acaba sendo autodidata, procurando livros de teor musical transcritos para o Braille. Mas, eles não são didaticamente organizados e isso exige um grande esforço".
Fabiana "também desbravou outras áreas, como a Psicologia" (concluído na UNICAMP) e ela, além de "transcrever várias peças para o Braille, em março deste ano, iniciará o doutorado na UNICAMP, com a meta de aprofundar o tema do mestrado"(...)
Conforme alerta da entidade AGENDE, que nos foi enviada, foi "apontado na imprensa pernambucana, que 30 mulheres foram assassinada nos primeiro 24 dias de 2006", deste modo, o "Fórum de Mulheres de Pernambuco, após esgotar todas as tentativas de diálogo", editaram "uma Carta Aberta para tornar pública a sua indignação e convocar movimentos sociais e outras organizações da sociedade civil a se juntarem a este movimento de protesto frente à violência que atinge as mulheres no Estado, cobrando dos governos a responsabilidade constitucional para com a garantia e proteção da vida e da segurança da população".(...)
(...)"As 67 organizações de mulheres (grupos populares, ONG's, núcleos universitários, secretarias de partidos) e as feministas autônomas que compõem o Fórum de Mulheres de Pernambuco, sabem que a violência contra as mulheres pode fazer vítimas indiferentemente em todos os grupos sociais. Porém, é preciso reconhecer que este tipo de abuso ameaça principalmente as mulheres que não têm condições de sair da situação antes que ela se agrave ou que termine num trágico homicídio (onde a vítima será a mulher)".(...)
A Carta Aberta foi enviada assinada por 67 entidades, em 31 de janeiro de 2006.
A ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) promoveu o 49º Encontro Psicoeducacional - Transtornos Afetivos (Depressão e Transtorno Bipolar): Diagnóstico e Tratamento, com palestras de psiquiatras, psicólogos e debates com especialistas, no dia 28 de janeiro, na Biblioteca Monteiro Lobato, em São Paulo.
No dia 23 de fevereiro ocorrerá, em São Paulo, o Seminário Internacional Bioética, Deficiência e Direitos Humanos, que reunirá pesquisadores das principais universidades do Brasil e do Canadá, junto com as principais entidades de defesa dos Direitos Humanos da pessoa deficiente.
As inscrições são gratuitas, com vagas limitadas, devem ser feitas pelo e-mail: inclusao@gmail.com. O evento ocorrerá na sede do CIEE, em São Paulo, terá tradução simultânea em inglês / português e tradução em Libras.
Para mais informações contatar Fábio Adiron - tel.: (11) 3673-5032 ou (11) 8179-6000.
A jornalista Anne Kingston, de Toronto, no Canadá, autora do livro: "A importância de ser esposa" lançado pela Editora Record (R$ 49,90 - 406 págs.), analisa o "impacto do casamento na vida psicológica, econômica e sexual das mulheres modernas, a indústria do matrimônio e da noiva como um ícone do consumismo e a romantização equivocada da vida doméstica. Geralmente, ao falar em união as mulheres se condicionaram a focar no glamour do dia do casamento, e não nele em si. Isso criou um mercado milionário em torno do dia da noiva e seus sonhos, afastando as atenções dos problemas e do dia-a-dia do casamento".