Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 96 - de 15 de Janeiro de 2010 a 14 de Fevereiro de 2010

Olá Leitores!

Novidades para o parto normal pioneiramente no Estado do Piauí

No Piauí foi inaugurada em 12 de janeiro o Centro de Parto Normal da maternidade Evangelina Rosa a fim de estimular os partos normais, dedicando atenção especial a parturientes de baixo risco e seus bebês. (Carlos Lustosa Filho/Cidadeverde.com)

Esta iniciativa é muito importante como política pública haja visto que o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde (ANS) querem aumentar o número de partos normais na rede privada de saúde.

Conforme informações recentes do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, atualmente, cerca de 80% dos nascimentos pagos pelos planos de saúde são cesarianas. No Sistema Único de Saúde (SUS), esse porcentual cai para 30%, mesmo assim esta taxa é alta. Busca-se políticas de incentivos para esta redução tais como, a conscientização de gestantes, além das instituições e dos profissionais de saúde, na área estatal e privada. Além disto, estudos buscam um formato para uma melhor remuneração pelo parto normal na tabela do SUS.

Embora não tenham sido citadas a importância das doulas nesta conscientização vimos aqui parabenizar as iniciativas para o parto normal, todavia ressaltamos que faltou incluir uma nova visibilidade para estas mulheres que são importantíssimas para a tranquilidade da gestante para o pré e pós parto.

Com esta observação trazemos informações úteis sobre o parto normal e cesárea, além de outras noticias que são de interesse público e coletivo para as mulheres do nosso Brasil.

Receba esta edição nº 96 com o abraço fraternal da equipe do Jornal da Mulher Brasileira.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Cesarianas atingem 32% dos partos no Brasil

“Os partos por cesariana aumentam os riscos para a saúde das mães e bebês, como também os custos de cuidados médicos, se comparados com os partos normais.

Esta "epidemia" ocorre em parte porque a cesariana é aceita agora culturalmente como um modo normal de dar à luz a um bebê. Para serem eficazes, ações para reduzir estas cirurgias desnecessárias precisariam envolver as autoridades de saúde pública, associações médicas, escolas médicas, médicos, parteiras, enfermeiras, a mídia, e a população geral.

Em um editorial, a revista British Medical Journal comentou o trabalho, qualificando o parto cesário de uma cirurgia "politicamente incorreta".

(Fonte: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=2821&ReturnCatID=1784, acesso em 14/01/10)

O que é doula?

“A palavra “doula” vem do grego e significa “mulher que serve”, sendo hoje utilizada para referir-se à mulher sem experiência técnica na área da saúde, que orienta e assiste a nova mãe no parto e nos cuidados com bebê. Seu papel é oferecer conforto, encorajamento, tranqüilidade, suporte emocional, físico e informativo durante o período de intensas transformações que está vivenciando.

(Fonte: http://www.despertardoparto.com.br, acesso em 14/01/10)

O que a doula faz?

“Antes do parto a ela orienta o casal sobre o que esperar do parto e pós-parto. Explica os procedimentos comuns e ajuda a mulher a se preparar, física e emocionalmente para o parto, das mais variadas formas.

Durante o parto a doula funciona como uma interface entre a equipe de atendimento e o casal. Ela explica os complicados termos médicos e os procedimentos hospitalares e atenua a eventual frieza da equipe de atendimento num dos momentos mais vulneráveis de sua vida. Ela ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto e parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento, etc.

Após o parto ela faz visitas à nova família, oferecendo apoio para o período de pós-parto, especialmente em relação à amamentação e cuidados com o bebê.”

(Fonte: http://www.doulas.com.br/doulas.html, acesso em 14/01/10)

Doular à distância: é possível?

Autora: Adriana Tanese Nogueira

“Dizia o poeta que "tudo é grande se a alma não for pequena". Quando uma pessoa é competente e sabe o que faz, pode doular à distância, sim. É o caso que ocorreu recentemente com a doula Mara Freire. Ela acompanhou via MSN, sem ter nunca encontrado a grávida, nem sequer vê-la via câmera, seu trabalho de parto que resultou num feliz parto natural hospitalar após uma cesárea.

A gestante estava com 41 semanas e 4 dias e sua médica já agendando uma nova cesárea. Como é frequente nesses casos, o trabalho de parto não começava. Frequente por que? Como imaginam que está uma mulher nessas condições? Ansiosa. Assim estando, o trabalho de parto não pode acontecer.

Mara deu um jeito nisso e acompanhou seu progredir até "sentir" que a grávida devia estar com 7/8 centímetros de dilatação e que era melhor ir ao hospital. Lá a enfermeira confirmou o diagnóstico virtual da Mara e antes mesmo que fosse possível preparar a sala parto, o bebê nasceu.”

Leia o depoimento integralmente em: http://www.humanizacaoesperta.com/2010/01/doular-distancia-e-possivel.html

(Fonte: Boletim ano 6/n.100 terça-feira, 12 de janeiro de 2010 – http://www.amigadoparto.com)

Vaticano condena a criminalização da conduta homossexual

Uma coalizão de organizações não-governamentais informou, esta semana, que um painel da Assembléia Geral das Nações Unidas avançou e ajudou a dar novo impulso à discussão da questão da violação dos direitos humanos sobre a orientação sexual e dentidade de gênero.

O encontro incluiu discussões sobre discriminação e sobre a rigorosa “legislação anti-homossexual” em discussão no Parlamento de Uganda, e sobre todos os grupos religiosos americanos que promovem esse projeto de lei, bem como a homofobia na África. Em um movimento inovador, um representante do Vaticano, que se encontrava na audiência, leu uma declaração condenando fortemente a criminalização da conduta homossexual.

O Painel, realizado no dia 10 de dezembro, aniversário de 61 anos da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos, foi organizado pela Suécia numa aliança com a Argentina, o Brasil, a Croácia, a França, os Países Baixos e a Noruega. O Painel foi patrocinado por um grupo de seis organizações não-governamentais que defendem o direito de lésbicas, gays, bisexuais e transgêneros e contou com a presença de 200 pessoas, abrangendo representantes de 50 nações.

A declaração do Vaticano dizia que se “se opunha a todas as formas de violência e discriminação injusta contra homossexuais, incluindo uma legislação penal discriminatória que enfraquece a dignidade inerente à pessoa humana. O assassinato e abuso sofrido pelos homossexuais devem ser rejeitados em todos os níveis, especialmente quando tal violência é cometida pelo Estado.”

O poder legislativo da Uganda atualmente está debatendo o documento “anti-homossexualidade”. Participantes do encontro disseram que as prescrições de pena de morte poderiam ser retiradas do projeto de lei, outras punições permanecerão e estas ainda levarão muitos ugandianos à morte ou a serem expulsos do país.

Falando no Painel, Victor Mukasa, co-fundador do grupo Sexual Minorities Uganda (SMUG) “Minorias Sexuais de Uganda”, para International Gay and Lesbian Human Rights Commission (IGLRHC) descreveu como ele foi forçado a deixar a Uganda após brutaildades policiais e ataques à sua residência. Disse que o projeto de lei “anti-homossexual” reflete um padrão homofóbico que vem se espalhando pela África.

A falta de segurança, as prisões e as detenções arbitrárias, a violência e os assassinatos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros tem se tornado a“ordem do dia” na África. Nada poderá mudar enquanto lésbicas, gays, bissexuais e Transgêneros viverem apavorados quando reivindicam seus direitos humanos básicos.

Durante o Painel, o reverendo Kapya Kaoma, um padre anglicano da Zâmbia, diretor do projeto Political Research Associates (PRA), de Massachusetts, EUA, ao apresentar o relatório Globalizing the Culture Wars: U.S. Conservatives, African Churches, and Homophobia, disse que muitas atitudes homofóbicas na África são ativamente exportadas por grupos norte- americanos. Ele fez um apelo às liderança religiosas norte-americanas, que vem promovendo o ódio e o medo da homossexualidade na África, para que se oponham inquestionavelmente ao projeto de lei citado e apóiem os direitos humanos de todos os povos, indepedentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Denunciou a responsabilidade moral desta liderança ao não impedir a violência. Apelou para que fizessem estas declarações no próprio território africano, e, não, apenas para o público norte-americano.

Representantes de alguns países participantes do encontro se manifestaram em relação à cumplicidade de alguns governos quanto à questão do preconceito e da violência baseada na orientação sexual e identidade de gênero. Indyra Mendoza Aguilar, coordenadorra da Rede Lésbica Feminista Cattrachas, em Honduras, declarou que a impunidade reinante desde o golpe militar de junho, em seu país, implicou na generalização da violência contra pessoas já marginalizadas.

Participantes apontaram que torturas, matanças e outros abusos graves atingem as pessoas não só pela sexualidade mas porque elas aparentam, vestem-se ou agem de maneiras diversas das normas de masculinidade e feminilidade.

A co-fundadora da Sociedade de Mulheres Transsexuais das Filipinas, Society of Transsexual Women of the Philippines, Sass Sasot, disse: “Agora é o momento de se conscientizar que diversidade não diminui a nossa humanidade. Você quer nascer, viver e morrer com dignidade – eu também! Você quer viver com autenticidade – eu também!”

(Fonte: CEPIA em 08/01/10, http://www.abong.org.br/final/noticia.php?faq=20527)

Conferência Infanto-juvenil reunirá jovens de todo o mundo

“Dia 15 de janeiro é o prazo máximo para inscrição na Conferência Internacional Infantojuvenil “Vamos Cuidar do Planeta” (Confint 2010), que reunirá jovens de 50 países para discutir e propor ações locais para enfrentar as mudanças socioambientais globais.

A Conferência, iniciativa do governo brasileiro por meio do Ministério da Educação, terá duas etapas. Primeiro os países participantes organizam conferências em suas escolas, onde alunos e professores terão a chance de debater os desafios das mudanças climáticas, além de assumir responsabilidades e propor ações em suas comunidades. Em seguida, será realizada uma etapa nacional, que selecionará os delegados para a conferência internacional no Brasil.

Para mais informações, acesse a página da conferência na internet. Também há atualizações diárias em seu grupo no Facebook (Let's Take Care of the Planet) e no Twitter (Confint2010)”.

(Fonte: Envolverde e MEC in http://giselebundchenblog.blogspot.com/search/label/PORTUGUES, acesso em 14/01/10)

Judiciário brasileiro lança as primeiras varas de Direito Ambiental no Brasil

“O Conselho da Justiça Federal vai instalar em breve as primeiras varas federais especializadas em Direito Ambiental no Brasil nos estados do Amazonas, Pará e Amapá. O objetivo é subsidiar e capacitar juízes de todo o mundo na aplicação do Direito Ambiental envolvendo temas relevantes como combate a poluição, proteção da biodiversidade e questões relativas às mudanças climáticas. Somente nos últimos 20 anos, foram mais mil decisões no Superior Tribunal de Justiça sobre os mais variados temas do Direito Ambiental e sobre todos os biomas brasileiros, como floresta amazônica, mata atlântica, pantanal, cerrado, caatinga e zona costeira.”

(Fonte: Assessoria de Imprensa do STJ -15/12/2009)

Apoios a projetos comunitários

Buscam-se colaboradores e doadores para os projetos abaixo citados, que poderão ser adotados por empresas pelas áreas e Responsabilidade Social, ou incorporados a algumas outras atividades voluntárias de alguns clubes de serviços ou grupos de amizade fraternal. As sugestões foram retiradas do Banco de Projetos do site da Petrobrás, onde poderão ser encontradas mais sugestões em: http://www2.petrobras.com.br/minisite/desenvolvimento_cidadania/bancodeprojetos.asp

Projeto Recicla Glicério Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientais

Reestruturação e ampliação da coleta seletiva de lixo das cooperativas Cooperglicério e Coopersampa, que vão beneficiar 45 catadores. Prevê ampliação de cooperados, cursos de capacitação de recicláveis e de reorganização do funcionamento com gestão autônoma e auto-sustentável. (Estado: São Paulo)

Instituição: Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientais

Mais Cooperação Mais Cidadania

Proposta de organização dos catadores da cidade de Bauru em empreendimento autogestionário, baseada na economia solidária gerando renda para uma parte da população que está à margem da sociedade. Objetiva formar uma cooperativa e uma usina de reciclagem.

Instituição: Instituto Soma. (Estado: São Paulo)

Projeto Manacás - Florescendo a Cidadania através do Meio Ambiente

Ampliar a coleta seletiva integrando outras cooperativas para formação de uma rede de comercialização, superação dos atravessadores e construção de maior poder de negociação junto à indústria da reciclagem, além de aumentar o número de associados de 20 para 45.

Instituição: Cooperativa de Trabalho dos Recicladores de Itapecerica da Serra - Cris. (Estado: São Paulo)

Semeando Felicidade

Pretende ajudar 300 pessoas, a maioria mulheres, a produzirem hortaliças, frutas e plantas medicinais, bem como educá-las nas áreas de agroecologia, economia popular solidária e segurança alimentar. Implementação de cisternas de armazenamento de água da chuva, 40 pomares, 5 hortas e 3 viveiros de mudas comunitários fazem parte do projeto.

Instituição: Conselho Popular de Defesa dos Direitos Humanos dos Moradores do Bairro Felicidade. (Estado: Minas Gerais)

Segurança Alimentar Nutricional para Convivência com o Semi-Árido em São José da Taper

Construção de ações integradas e coletivas de produção que possibilitem a promoção de segurança alimentar nutricional e autonomia produtiva das comunidades rurais do município. Participam do projeto trezentas famílias de agricultores.

Instituição: Prefeitura Municipal de São José da Tapera. (Estado: Alagoas)

Nossa Terra Tem Mais Valor

Atenderá 350 agricultores, um membro de cada família da comunidade em ações para desenvolver sistema de irrigação e plantar feijão rosinha; criar viveiro de mudas nativas para reflorestamento e capacitar 280 agricultores. Planeja colher 120 toneladas de feijão, evitar o desmatamento e gerar recursos para a sustentabilidade do projeto.

Instituição: Associação dos Produtores e Moradores da Fazenda Tamboril. (Estado: Bahia)

Educação e Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário

Educar jovens dentro de novos paradigmas de desenvolvimento rural por meio da realização de cursos de capacitação; da inserção em práticas de captação de águas pluviais e de reutilização das águas para irrigação de hortaliças e forragens; e da potencialização de sistema de produção de caprinos.

Instituição: Fundação Santa Ângela. (Estado: Piaui)

Projeto Oásis no Semi-Árido Potiguar - Posap.

Gerar alternativas de trabalho e geração de renda para jovens das comunidades rurais e assentamentos localizados nos municípios de Carnaubais, Governador Dix Sept Rosado e Mossoró. Serão atendidos 80 jovens na faixa dos 20 a 29 anos, que se encontram fora da escola e possuem baixa qualificação.

Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. (Estado: Rio Grande do Norte)

Florescendo mel e cidadania no cerrado

Iniciar e aprimorar a atividade de apicultura com 40 famílias, proporcionando uma alternativa alimentar, para inserção social e econômica dos jovens rurais e das mulheres agricultoras no processo produtivo e proporcionar fonte alternativa de renda e geração de emprego, com manutenção da biodiversidade do bioma cerrado.

Instituição: Central de Associações dos Mini e Pequenos Produtores Rurais de Niquelândia / GO – Camprun. (Estado: Goiás)

Florestas Medicinais

Objetiva ampliar a participação de pequenos agricultores (posseiros, quilombolas e pequenos agricultores de origem cabocla e européia) na cadeia de Plantas Medicinais, Condimentares e Aromáticas (PMCA), ampliando a renda familiar e melhorando a qualidade de vida. Serão atendidos 29 jovens e 166 adultos.

Instituição: Fundação para o Desenvolvimento Econômico Rural da Região Centro-Oeste. (Estado: Paraná)

Lançamento de Livro: Louca por Homem - Histórias de uma doente de amor

Livro: Louca por Homem - Histórias de uma doente de amor
Autora: Cláudia Tajes
Editora: Agir

Sobre a Autora:

Cláudia Tajes nasceu em Porto Alegre, em 1963. Redatora publicitária, estreou na literatura com Dez quase amores. Lançu pela Agir o best-seller Avida sexual da mulher feia e As pernas de Úrsula. Para a escritora Cíntia Moscovich, a autora demonstra, desde o primeiro livro, "uma habilidade espantosa para desencavar a graça do seio da desgraça". Outros títulos: Dores, amores e assemelhados e Vida dura.

Sobre a obra:

"Graça é uma apaixonada profissional, em busca da estabilidade do amor eterno. Na montanha-russa dos seus relacionamentos amorosos, ela muda a cor do cabelo, vira vegetariana, fumante, poeta, mística, atleta, deprimida e ainda tem fôlego para seguir em frente, rumo a uma nova paixão que novamente vai reenquadrar toda a sua existência."

Letícia Wierzchowski