Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 98 - de 15 de Março de 2010 a 14 de Abril de 2010

Olá Leitores!

Destacamos esta mensagem entre todas as homenagens recebidas

Foram centenas de mensagens que recebemos em homenagem ao Dia Internacional da Mulher - 08 de março – e, curiosamente, quase a metade, enviadas por homens. Foram poesias, textos, reportagens, artigos, notícias de eventos, denúncias, pedidos de ajuda, enfim, tudo muito valioso, como expressões que demonstram bem a conscientização sobre o valor das mulheres em nossa sociedade.

De todas as mensagens que recebemos repartimos com você esta que é de autoria do psiquiatra e escritor dr. Jorge Marcio, autor do BLOG InfoAtivo.DefNet, e intitulada: “Todo útero é um mundo... e há úteros que surpreendem o mundo”.

“Segundo o dicionário, o útero é o lugar onde qualquer coisa é concebida ou trazida à vida. No meu entender, não existe nada exceto útero. Ao todo, há o útero da Natureza; depois há o útero materno; e finalmente há o útero em que em que se situa a nossa vida e o nosso ser a que chamamos de mundo...”. Henry Miller (A Sabedoria do Coração)

O Dia Internacional da Mulher deve ser comemorado também como o dia de algumas mulheres, que, erroneamente, alguns consideram "especiais", principalmente porque até bem pouco eram invisíveis. Falo e escrevo sobre e para mulheres com deficiência. Estas mulheres estiveram muito tempo associadas à idéia heredológica, ou seja de eugenia, herança e de doença aplicada às deficiências. Conheçam a "família Kallikak". Eram elas que, segundo essa lógica, transmitiam genes defeituosos ou geravam os seres considerados 'anormais', sempre como oposição do bom, do normal e do belo.

Além do estigma da deficiência elas tinham de enfrentar, duplamente, os estereótipos e discriminações que estiveram colados, transculturalmente, ao gênero feminino.”

Leiam a integra do texto em: http://infoativodefnet.blogspot.com/2010/03/todo-utero-e-um-mundo.html

Na expectativa de que esta breve reflexão seja importante para uma nova visão em su vida entregamos para você a edição nº 98 com abraço de Elisabeth Mariano e equipe Jornal da Mulher Brasileira.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Professora do SENAI cria vestido de noiva para mulheres com paralisia cerebral

Com modelagem diferente, a roupa se adapta melhor ao corpo e é mais fácil de vestir do que os modelos tradicionais

Por Nei Flávio Meirelles

Leny Pereira e seu vestido de noiva para pessoas com paralisia cerebral

“Para pessoas com paralisia cerebral, que têm dificuldade para controlar os movimentos, vestir roupa pode ser uma tarefa penosa. "Há mães que precisam cortar as roupas e diferentes lugares para vestir seus filhos", diz Leny Pereira, professora de tecnologia em gestão de moda do Senai do Paraná.

Pensando nisso, Leny desenvolveu roupas voltadas a pessoas com dificuldade para vestir roupas comuns. "Criei uma modelagem específica que pode minimizar o sofrimento de quem não têm o equilíbrio para vestir-se sozinho".

Uma das criações da professora é um vestido de noiva. O modelo tem duas peças: saia e blusa. A parte de cima abre na lateral e se desdobra em várias partes para se adaptar em corpos com atrofias.

A ideia de explorar este nicho de mercado veio com a observação de pessoas com deficiência. O vestido de Leny foi um dos projetos inscritos na mostra "Inova Senai", que acontece durante a 6ª Olimpíada do Conhecimento, no Rio de Janeiro. Assim que fez sua inscrição, a professora recebeu o patrocínio para bancar sua pesquisa e comprar os tecidos. “Agora é partir para a industrialização”, afirmou a futura empresária.”

(Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI126592-16368,00-PROFESSORA+DO+SENAI+CRIA+VESTIDO+DE+NOIVA+PARA+MULHERES+COM+PARALISIA+CEREB, Por e-mail enviado por NFOATIVO DEFNET 4363 – Paralisias Cerebrais Nº 4363 - ano 14 - 12/03/2010 - EDIÇÃO EXTRA)

Lançamento de livro - “Dicionário Crítico do Feminismo”

Por Elisa Marconi e Francisco Bicudo

“Os movimentos de mulheres continuam acontecendo. As mulheres permanecem buscando mais qualidade de vida, igualdade entre os gêneros, acesso aos direitos mais fundamentais, o fim da violência e muito mais”. É com essas premissas que a socióloga Helena Hirata justifica a atualidade e a pertinência do livro que organizou, em parceria com três pesquisadoras francesas.

O Dicionário crítico do feminismo, lançado em dezembro último pela Editora Unesp (341 pags. e R$ 55,00), apresenta 50 verbetes ligados ao tema, como aborto, emancipação, violência doméstica, direitos das mulheres, religião e feminismo – todos desenvolvidos e escritos por alguns dos maiores especialistas (como filósofos, sociólogos e educadores) em questões de gênero na França.

“Além de oferecer uma conceituação profunda, apesar de concisa, cada rubrica oferece ainda reflexões e discussões relevantes para cada área. Assim, o leitor conhece não só o assunto, mas o pensamento mais aprofundado que é formulado a respeito dele”, explica Helena, que é brasileira, mas mora na França há 40 anos, trabalhando como pesquisadora no Centro Nacional de Pesquisa Científica daquele país, o CNRS, na sigla em francês.

Desde o final do ano passado, a autora está no Brasil como professora convidada do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), ministrando um curso na pós-graduação e divulgando o dicionário por várias cidades do Brasil. Helena lembra que, inspiradas por obras similares, como o Dicionário crítico de trabalho e tecnologia, de Antonio Cattani (Editora UFRGS), ela e as outras autoras – Françoise Laborie, Hélène Le Doaré e Danièle Senotier – perceberam que não havia nenhum dicionário a respeito do feminismo na França. Começaram então a amadurecer a ideia e a organizar o projeto.

(Fonte: http://www.sinprosp.org.br/reportagens_entrevistas.asp?especial=254)

Associação APROFE - Associação Pró-Falcêmicos

A APROFE promoverá um encontro no dia 26 de março para integrar um grupo de convidados com o objetivo de montar mais um núcleo APROFE. Essa iniciativa da APROFE - Associação Pró-Falcêmicos - vai priorizando sua missão de propagar informação da Anemia Falciforme no Estado de São Paulo, tirando da obscuridade a doença. A atual presidenta é a Nilcéa Alves Gomes Silva.

Contato diretoria: (11) 3107-4164 - associacao_pro_falcemicos@yahoo.com.br

(Fonte: jornalista Marcia Farro)

Três Mil Mulheres no Brasil - Marcha Mundial de Mulheres

“A Marcha Mundial de Mulheres nasceu em 2000 como um evento de grande visibilidade pública internacional e hoje esta organizada em 50 países, com a Secretaria Internacional sob responsabilidade do Brasil”, comemora Viviane Hermida, Assessora de Projetos da CESE. Agora em março, período da primeira atividade da Ação Internacional, três mil mulheres estarão organizadas no país, em delegações presentes em todos os estados integrantes da Marcha Mundial de Mulheres (MMM). Ao todo, serão dez dias divididos entre de caminhadas pela manhã e atividades de formação à tarde.

Os cursos e oficinas da Marcha abordarão temas como: trabalho doméstico; saúde da mulher e práticas populares de cuidado; autonomia e liberdade; educação não sexista e não racista; economia solidária e feminista; soberania alimentar, reforma agrária e trabalho das mulheres no campo; agroecologia; biodiversidade, energia e mudanças climáticas; políticas de erradicação da violência doméstica e sexual; tráfico de mulheres etc. Em Perus, município de São Paulo, no dia 16, o debate sobre paz e desmilitarização contará com a presença da filha mais velha do revolucionário Ernesto Che Guevara, a pediatra cubana Aleida Guevara.

Ainda como parte das atividades no Brasil, no centenário de aniversário do Dia Internacional da Mulher (08/03), um grande ato público em Campinas marcará o lançamento desta 3ª Ação Internacional da MMM. No meio da caminhada (13/03), está prevista uma outra ação pública, em Várzea (SP), onde será lançado o livro sobre o histórico do 8 de Março. No encerramento, em São Paulo, as caminhantes farão um balanço das ações e planejarão os seus próximos passos.”

(Fonte: CESE IN http://www2.abong.org.br/final/noticia.php?faq=20787)

Marcha Mundial das Mulheres Percorrem o interior de São Paulo

“As três mil militantes de todo o Brasil que estão acompanhando a Marcha Mundial das Mulheres continuam percorrendo cidades da grande São Paulo, região Sudeste do país. Após estarem no município de Louveira, onde participaram de palestras sobre trabalho das mulheres e autonomia econômica, com a feminista Helena Hirata, as marchantes chegaram nesta sexta-feira (12) à Jundiaí. Durante a permanência no município, as mulheres foram orientadas sobre justiça ambiental, luta por território e soberania alimentar.

A marcha já passou por Campinas, Valinhos e Vinhedos e nos próximos dias estará em Várzea Paulista (13), Cajamar (14), Jordanésia (15), Perus (16) e Osasco (17). Nas próximas paradas serão discutidos temas como violência sexista, paz e desmilitarização, maternidade como decisão e não como destino, luta contra a violência sexista, integração dos povos como alternativa e o papel do Estado.

Durante o sábado, dia 13, em Várzea Paulista, as mulheres participaram de um ato público em homenagem aos 100 anos do Dia Internacional da Mulher e do lançamento do livro ‘As origens e a comemoração do Dia Internacional da Mulher’, de Ana Isabel Álvarez González, que faz um relato histórico do oito de março. A programação também foi composta por debates sobre o movimento feminista. Um show cultural com a cantora Leci Brandão encerrou as atividades no município.

Na passagem por Perus, na terça-feira, dia 16, as marchantes terão a oportunidade de debater sobre paz e desmilitarização com a médica cubana Aleida Guevara, filha de Ernesto Che Guevara, médico, contestador, marxista e militante de esquerda que lutou contra a miséria e o imperialismo.

Além das atividades de formação e dos momentos culturais que acontecem à tarde e à noite, a Marcha Mundial é fortemente marcada por reivindicações. Durante o período da manhã, motivadas pelo lema "Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres", as militantes saem às ruas para expor as principais pautas de sua luta e reivindicar mudanças e melhorias para as mulheres.

As reivindicações se baseiam em quatro campos de ação, que são: autonomia econômica das mulheres; bens comuns e serviços públicos; paz e desmilitarização; e violência contra as mulheres. Os eixos foram adaptados de acordo com as realidades das brasileiras.

Entre as principais pautas de luta estão: criação de aparelhos públicos que liberem as mulheres do serviço doméstico, não privatização dos recursos naturais do país, aumento do salário mínimo, fim de todas as formas de violência contra a mulher, realização da reforma agrária e legalização do aborto.”

Para mais informações a ação de 2010 da MMM, acesse http://www.sof.org.br/acao2010

(Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=45983)